14/06/2017

7.596.(14jun2017,17.55') José Fanha

***
Nasceu a 19fev1951
***
biografia

https://lerparacrer.wordpress.com/2012/02/29/biografia-de-jose-fanha/
Eis o pequeno texto autobiográfico do escritor José Fanha, realizado pelos alunos do 8,º, e que serviu para apresentação do autor na sessão da parte da parte:
José Fanha – Biografia
Nasceu em Lisboa a 19 de Fevereiro de 1951. Licenciado em Arquitectura é guionista para a televisão e para o cinema, já foi professor do ensino secundário e é hoje assessor cultural na Câmara de Sintra. Poeta, declamador, contador de histórias, autor de letras para canções e de histórias para crianças, autor de textos para televisão, para rádio e para teatro é também pintor nos tempos livres. Participou, entre muitas outras actividades, no teatro (como fundador e animador), participou em concursos de televisão, colaborou em programas de rádio e tem trabalhado em adaptações de inúmeros textos teatrais ou televisivos.
Estudou dos 10 aos 17 anos no Colégio Militar onde conheceu uma educação muito rígida que ainda assim não lhe cerceou o espírito livre. Foi aí que começou a escrever e a perceber que a poesia é a língua que melhor lhe permitia falar de si. Aos 18 anos, entrou na Faculdade de Arquitectura e e foi aí que começou a olhar à sua volta e a perceber que estava a viver num país cinzento e triste, uma ditadura, onde as pessoas não eram livres de falar e cantar e dançar. Na década de 70 termina o seu curso e vive intensamente o dia 25 de abril. Nasceu então o poeta de intervenção.
No texto autobiográfico do seu site, podemos encontrar a sua verdadeira dimensão humana e poética que nos revela a sua constante luta pela liberdade em prol de um mundo melhor. Poeta de intervenção, faz parte da geração de abril com nomes como Zeca Afonso, Francisco Fanhais, Manuel Freire, José Jorge Letria e outros) que cantavam, mais às claras ou mais às escondidas, para juntar pessoas e dizer-lhes que era preciso acabar com a ditadura se queriam ser livres e mais felizes, cito.
O gosto pelas crianças e a sua facilidade comunicativa leva-o atualmente a inúmeras bibliotecas de escolas onde partilha com as crianças o gosto pela vida, pela poesia e pela palavra. É pai de três filhos que, cito, são a razão de muito do que faz. É para eles que guarda a criança que ainda vive dentro do seu peito e que, apesar de alguns tropeções e desgostos, vive sempre a encantar-se com as maravilhosas surpresas que a vida continua a reservar-nos, cito ainda. Hoje está aqui connosco e é um prazer poder desfrutar da sua companhia.
A nossa turma presta-lhe aqui um pequeno tributo, lendo o poema que nos fez despertar para a poesia.
***
via tinta fresca.net
8jun2017
no Centro Escolar de Alcobaça
Obra será apresentada em todas as escolas do concelho
Livro/CD “Alcobaça Terra do Amor” mostra ícones culturais do concelho às crianças
“Padeira de Aljubarrota”, “D. Inês de Portugal”, “Porquinhos de Alcobaça”, “Gulosos”, “Sapateiro” e “Moinho de Vento” são alguns dos poemas da autoria de José Fanha, com música de Daniel Completo e ilustrações de Cristina Completo, que compõem o livro/CD “Alcobaça Terra do Amor, apresentado no dia 8 de junho, no Centro Escolar de Alcobaça. O livro pretende celebrar as melhores características e qualidades do concelho de Alcobaça e da sua História, através de poemas e canções. O livro será apresentado em todas as escolas do concelho até ao final do ano letivo.
***
No BOOKS/Movies
2016
José Fanha acompanhou...
***
Coisas que Acontecem
Venceslau venceu na vida
Timóteo tocou trompete
Samuel sorveu a sopa
Paulino comeu esparguete.
Violeta viu as vistas
Diana doeu-lhe o dedo
Fernandinho foi aos figos
Silvina guardou segredo.
Albertino teve tino
Pedrito passou na praça
Henriqueta enriqueceu
Guidinha não achou graça.
Amadeu deu em doidinho
Noémia não disse nada
Marcela migou as migas
e a Célia fez a salada.
Valdemar virou a vela
Carlota foi ao calista
Luisinha leu as letras
Cristina levanta a crista.
Rosalina fez rissóis
Pompeu visitou Pompeia
Tolentino foi à tropa
Balbina foi à boleia.
Baltazar é batoteiro
Joana vai ao jardim
Laurindinha lava a louça
Francisco fugiu por fim.
Cantiga Felina
Eu sou uma gata gatona gatinha
pequena ladina
feroz e feliz e felina.
Eu sou uma gata que come
fanecas e figos
Feijão e favona e favinha
e…
comigo ninguém faz farinha!
Eu sou uma gata gatona gatinha
faceira furtiva
fadista fiel e festiva.
Eu sou uma gata que foge
da fúria do fogo
fanhosa felpuda fininha
e…
comigo ninguém faz farinha!
Eu sou uma gata gatona gatinha
uma bela figura
que fala que funga e que fura.
Eu sou uma gata que veste
um fatinho forrado
com fita fivela e fitinha
e…
comigo ninguém faz farinha!
https://lerparacrer.wordpress.com/2012/02/29/poemas-do-jose-fanha/
***

http://cvc.instituto-camoes.pt/poemasemana/31/poetas_cantores3.html

Naquela Praça
Hei-de encontrar-te ali
naquela praça que talvez já não exista.
Praça da palavra.
Praça da canção.
Praça de bandeiras a beijar
os primeiros odores da primavera.
Hei-de encontrar-te um dia
ao alto da cidade
partilhando pão
azeitonas
e poema.
Ali
naquela praça que talvez já não exista
hei-de encontrar-te um dia
e seguiremos
abraçando
as laranjeiras
desfraldando
uma vez mais
a nossa voz ao vento.
José Fanha
Tempo Azul
Porto, Campo das Letras, 2002


***