01/07/2018

7.639.(1jul2018.10.55') Carlos Magno...Império Carolíngio...Imperadores Romanos...Império Romano-Germânico

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Império Romano-Germânico
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21 de Setembro de 1558: Morre Carlos V, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico

Monarca da família dos Habsburgos, foi imperador do Sacro Império Romano-Germânico (como Carlos V) e rei de Espanha (como Carlos I). Nasceu em Gand a 24 de Fevereiro de 1500, filho de Filipe, duque da Borgonha, senhor da Flandres e arquiduque da Áustria. Herdou do seu pai os Países Baixos e o Franco Condado. Quando, em 1516, morre Fernando de Aragão, o seu neto Carlos (V) torna-se Carlos I de Espanha. Devido à incapacidade de reinar de Joana, a Louca, sua mãe e filha dos Reis Católicos, Carlos tomou posse de Castela e suas dependências na América, de Aragão, do reino de Napóles e da Sicília, para além de portos-chave no Norte de África (Trípoli, Oran, Bougie)

Em 1519, é eleito Imperador Germânico, ganhando a Francisco I, que chegou a fazer prisioneiro, e a Carlos de Espanha. Teve depois que dominar inúmeras revoltas no interior dos seus vastos Estados (os comunerosem Castela, 1520-22; o povo de Gand, 1539-40; os príncipes alemães protestantes, 1546-1555), para além de estar constantemente em guerra com a França de Francisco I e contra o avanço do Império Otomano.

Devido à dimensões do seu império, Carlos V foi um soberano itinerante: quando abdica, em Bruxelas, em Outubro de 1555, afirma que, no seu reinado, fizera 9 viagens à Alemanha, 16 a Espanha, 4 a França, 2 a África, 2 a Inglaterra, 7 a Itália e 10 aos Países Baixos.Vários foram os seus êxitos maiores para a construção da sua monarquia imperial: vitória de Pavia, em 1525, que lhe rende o Milanês (região de Milão), em detrimento da França; eleição do seu irmão Fernando como rei da Boémia e da Hungria, em 1526 (a quem, aliás, já a partir de 1522, cedia o governo dos territórios austríacos e dos legados Habsburgos); conquista de Tunes, em 1535; vitória de Mühlberg, em 1547, que ataca em cheio a liga protestante alemã; por último, a mais importante, a conquista de imensos territórios na América. Aqui, residia a força e o poder universal de Carlos V, baseados não no título imperial, mas no facto de ser senhor efectivo de importantes territórios exteriores ao Império Germânico. Há, no fundo, um império dito de Carlos V, o "Império onde o sol nunca se punha".Na América, base do Siglo de orode Espanha e das riquezas do séc.XVI, Carlos V criou os vice-reinos do México (1535) e de Lima (1542). No seu reinado, os Espanhóis exploram o Panamá (1513) e atingem o Iucatão. Fernão de Magalhães e Del Cano circum-navegam o Mundo. Conquistam o Império Inca a partir de 1524; atingem a Florida (1528), Buenos Aires e o Mississípi (1538). Coronado chega à Califórnia (1539). Em 1545 abrem-se as Minas de Potosí (Bolívia), um dos pilares da economia de Carlos V.

Teve 3 derrotas no seu império: não recuperou a Borgonha à França; não destruiu o Império Otomano; não reconstituiu a unidade católica na Alemanha.Senhor de grande parte da Europa e de quase toda a América, possuidor de intermináveis riquezas, abdicou em 1555 do senhorio da Borgonha para Filipe II (seu filho e de D. Isabel de Portugal, com quem teve também D. Joana, mãe de D. Sebastião) e, em 1556, também lhe dá a coroa espanhola e suas dependências. No mesmo ano, entregou a Fernando a coroa imperial e retirou-se para o mosteiro jerónimo de Yuste, onde morreu a 21 de Setembro de 1558, depois de ter construído o maior império da Terra.


Carlos V. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)
Retrato de Carlos V, Imperador do Sacro Império Romano Germânico
File:Emperor charles v.png
O Imperador Carlos V por Juan Pantoja de la Cruz, cópia de um retrato de Ticiano
Arquivo: Empire of Charles V.png
Os domínios de Carlos V
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/09/21-de-setembro-de-1558-morre-carlos-v.html
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24 de Fevereiro de 1500: Nasce Carlos V, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico

Monarca da família dos Habsburgos, foi imperador do Sacro Império Romano-Germânico (como Carlos V) e rei de Espanha (como Carlos I). Nasceu em Gand a 24 de Fevereiro de 1500, filho de Filipe, duque da Borgonha, senhor da Flandres e arquiduque da Áustria, falecido em 1506. Nesta data, herda os Países Baixos e o Franco Condado. Quando, em 1516, morre Fernando de Aragão, o seu neto Carlos (V) torna-se Carlos I de Espanha. Devido à incapacidade de reinar de Joana, a Louca, sua mãe e filha dos Reis Católicos, Carlos tomou posse de Castela e suas dependências na América, de Aragão, do reino de Napóles e da Sicília, para além de portos-chave no Norte de África (Trípoli, Oran, Bougie).



Em 1519, é eleito Imperador Germânico, ganhando a Francisco I, que chegou a fazer prisioneiro, e a Carlos de Espanha. Teve depois que dominar inúmeras revoltas no interior dos seus vastos Estados (os comunerosem Castela, 1520-22; o povo de Gand, 1539-40; os príncipes alemães protestantes, 1546-1555), para além de estar constantemente em guerra com a França de Francisco I e contra o avanço do Império Otomano.
 

Devido à dimensões do seu império, Carlos V foi um soberano itinerante: quando abdica, em Bruxelas, em Outubro de 1555, afirma que, no seu reinado, fizera 9 viagens à Alemanha, 16 a Espanha, 4 a França, 2 a África, 2 a Inglaterra, 7 a Itália e 10 aos Países Baixos.Vários foram os seus êxitos maiores para a construção da sua monarquia imperial: vitória de Pavia, em 1525, que lhe rende o Milanês (região de Milão), em detrimento da França; eleição do seu irmão Fernando como rei da Boémia e da Hungria, em 1526 (a quem, aliás, já a partir de 1522, cedia o governo dos territórios austríacos e dos legados Habsburgos); conquista de Tunes, em 1535; vitória de Mühlberg, em 1547, que ataca em cheio a liga protestante alemã; por último, a mais importante, a conquista de imensos territórios na América. Aqui, residia a força e o poder universal de Carlos V, baseados não no título imperial, mas no facto de ser senhor efectivo de importantes territórios exteriores ao Império Germânico. Há, no fundo, um império dito de Carlos V, o "Império onde o sol nunca se punha".Na América, base do Siglo de orode Espanha e das riquezas do séc.XVI, Carlos V criou os vice-reinos do México (1535) e de Lima (1542). No seu reinado, os Espanhóis exploram o Panamá (1513) e atingem o Iucatão. Fernão de Magalhães e Del Cano circum-navegam o Mundo. Conquistam o Império Inca a partir de 1524; atingem a Florida (1528), Buenos Aires e o Mississípi (1538). Coronado chega à Califórnia (1539). Em 1545 abrem-se as Minas de Potosí (Bolívia), um dos pilares da economia de Carlos V.
 
Teve 3 derrotas no seu império: não recuperou a Borgonha à França; não destruiu o Império Otomano; não reconstituiu a unidade católica na Alemanha.Senhor de grande parte da Europa e de quase toda a América, possuidor de intermináveis riquezas, abdicou em 1555 do senhorio da Borgonha para Filipe II (seu filho e de D. Isabel de Portugal, com quem teve também D. Joana, mãe de D. Sebastião) e, em 1556, também lhe a coroa espanhola e suas dependências. No mesmo ano, entregou a Fernando a coroa imperial e retirou-se para o mosteiro jerónimo de Yuste, onde morreu a 21 de Setembro de 1558, depois de ter construído o maior império da Terra.

Carlos V. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)


 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/02/24-de-fevereiro-de-1500-nasce-carlos-v_24.html?fbclid=IwAR32qF-c4A6kH8g6_nxW7ARnZmehgPi8LgHMXU6ri_M4wpCvDGMtFUtgJnQ
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A expansão do Império Romano

Mapa extraído de "Acetato 7", História 7, Porto Editora

Quando Augusto se tornou imperador, Roma controlava quase todo o território em redor do Mediterrâneo. Durante os 150 anos seguintes, conquistaram mais territórios, criando um império que se estendia da Grã-Bretanha ao Médio Oriente. O apogeu do império foi em 117 d. C., no reinado do imperador Trajano.

Texto retirado de Fiona Chandler, História Universal Verbo do Mundo Antigo, Ed. Verbo, 2000.
 http://disciplina-de-historia.blogspot.com/2011/10/expansao-do-imperio-romano.html
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Império Carolíngio
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Carlos Magno

02 de Abril de 742: Data provável do nascimento de Carlos Magno.

Carlos Magno terá nascido em Aix-la-Chapelle, a actual cidade de Aachen, na Alemanha, no seio da família real dos francos. O seu pai era Pepino, o Breve, e o seu avô Carlos Martel.
Pepino destronara em 751 o último rei merovíngio e apoderara-se do título real. Mais tarde, em 754, fez-se coroar e sagrar pelo Papa Estêvão II. Logo de seguida invadiu a Itália para defender o Papa dos Lombardos, que viria de novo a auxiliar em 756. A partir de 760, o seu principal objectivo militar foi a conquista da Aquitânia, as terras a sul do rio Loire. Nestas expedições, Pepino, o Breve, fazia-se acompanhar pelo seu filho Carlos Magno.
Quando Pepino morreu, em 768, Carlos Magno procurou forjar uma aliança com os Lombardos, através do seu casamento com a filha do rei Desiderius (ou Didier), em 770. Mas Carlos Magno não era o único a reinar. Como era costume entre os francos, de acordo com a lei sálica, o trono era dividido pelos filhos do rei. Ora, Pepino deixara, para além de Carlos, Carlomano responsável pela governação de boa parte do reino. Este, entretanto, morreu em 771 e, nessa altura, Carlos Magno tentou apoderar-se dos seus territórios. Na sequência destes acontecimentos, os herdeiros de Carlomano procuraram refúgio na corte de Desiderius. Quebravam-se deste modo as relações amistosas com o seu sogro, e iniciava-se então um período de confronto.

Entretanto, em 772 o Papa Adriano I pediu ajuda a Carlos Magno para se proteger de Desiderius. Esta oportunidade foi aproveitada pelo rei franco, que invadiu a Itália lombarda e assumiu o título real. Na sua estadia em Roma, Carlos Magno reafirmou a promessa feita pelo seu pai e prometeu proteger as terras papais. Em 772, travou batalhas com os Saxões e, embalado pelo sucesso obtido em Itália, envolveu-se em novas campanhas para os cristianizar em 775. De início, estas operações militares tiveram algum sucesso, mas arrastaram-no para uma guerra de 30 anos. Neste período conduziu muitas outras campanhas. Em 778, travou batalhas em território ibérico. No regresso ao seu reino, a retirada liderada por Rolando foi surpreendida por uma emboscada de pastores bascos, em Roncesvales. No final da década de 80 do século VIII (788), subjugou os Bávaros e, entre 791 e 796, os seus exércitos conquistaram o império dos Ávaros (o "Ring"), que nos dias de hoje corresponde, de um modo geral, à Hungria e à Áustria oriental. Tendo estabelecido o seu domínio sobre muitos povos, o rei franco construiu um vasto domínio territorial, no qual se assumiu como o imperador. Esse título foi-lhe concedido no dia de Natal de 800 na igreja de S. Pedro, em Roma, pelo Papa Leão III, que o ungiu e lhe colocou uma coroa na sua cabeça. Em 813, Carlos Magno designou o seu filho Luís seu sucessor e pessoalmente o coroou. A coroação de Carlos Magno como imperador dos Romanos, em 800, foi um acontecimento revivalista da tradição imperial romana ocidental e ao mesmo tempo abriu um precedente para a dependência dos imperadores em relação à aprovação papal. Carlos Magno deu continuidade à obra iniciada por Clóvis, o chefe franco do século V d. C., que derrotara os Romanos e estabelecera um reino estendido entre grande parte da Gália e o Sudoeste da Alemanha, para além de converter os seus súbditos, adeptos da heresia ariana, em cristãos fervorosos. No século VIII, Carlos Magno retomou a ação de Clóvis. Lutou com os Eslavos a sul do Danúbio, anexou o Sul da Germânia e subjugou e converteu os Saxões do Noroeste. Durante a sua administração, Carlos Magno estabeleceu uma capital com carácter mais permanente, ao contrário dos seus antecessores. Para sua residência predilecta, a partir de 794, escolheu Aix-la-Chapelle (Aachen, na Alemanha). Para tal, mandou erigir uma igreja e um palácio; a cidade inspirava-se, essencialmente, nos critérios arquitetónicos das cidades de Ravena e de Roma, antigas metrópoles romanas.


Na sua corte, reuniu estudiosos e intelectuais de toda a Europa, de entre os quais se destacava o religioso britânico Alcuíno de York, a quem confiou a direcção da Escola do Palácio. Alcuíno, ou Albino (735-804), foi um intelectual eclesiástico, natural de Yorkshire, educado na Escola de York, cujas cartas se encontram entre as mais valiosas fontes de informação do quotidiano e humanismo francês do século VIII. Em 778, estava à frente da escola da catedral de York, e, passados dois anos, conheceu Carlos Magno numa missão em Roma. A pedido deste foi incumbido de dirigir o programa educacional dos Francos, entre 781 e 790, vindo a exercer uma forte influência na vida intelectual do mundo ocidental. Em 794, no concílio reunido em Frankfurt, sobre o Reno, lutou contra o adocionismo, uma heresia que dividia a Igreja. Depois de uma curta passagem pela sua terra natal, Alcuíno voltou para França. No seu regresso foi nomeado abade de S. Martinho de Tours em 796. Da sua obra ficaram, para além das epístolas, trabalhos de retórica e poemas.
Carlos Magno tornou-se famoso, em muitos cantos do Mundo, pela promoção que fez da educação e mecenato das artes. Durante o seu tempo, preparou-se o advento da arte românica. Este movimento de renovação cultural ficou conhecido como Renascimento Carolíngio. Os chefes carolíngios foram fervorosos encorajadores do trabalho missionário junto dos germanos. Entre eles destaque-se S. Wilibrord, que fundou o mosteiro de Echternach, e Santo Bonifácio, fundador das abadias de Reichenau e Fulda e reformador da Igreja franca. Os germanos não francos, no entanto, retiveram muitas das crenças pagãs misturando-as com a sua nova fé. O Heliand, por exemplo, um épico do século IX, representa Cristo como um rei guerreiro saxão.
O reino de Carlos Magno era administrado por cerca de 250 administradores, que recebiam o nome de condes através da emissão de capitulares, isto é, decretos que abordavam um vasto número de temas, referentes, por exemplo, a assuntos militares, judiciais, mosteiros, à educação e à administração das propriedades régias.

O Império Carolíngio estava baseado na estrutura social do Império Romano tardio. A língua oficial da corte e da Igreja era o latim. No entanto, os Francos da Gália adotaram um latim vernacular, que originou a língua francesa; os Francos de outras regiões germânicas do Leste falavam variadas línguas que formaram o alemão. O único exemplar de germânico arcaico é um poema do século VIII, o Hildebrandslied, que versa sobre um trágico duelo travado entre um pai e o seu filho. Depois de 800 o império não se expandiu. Aliás, já na última década do século VIII, os Francos tiveram o seu primeiro encontro com um novo invasor: o povo Viking, que durante anos assolará as costas europeias. O contributo de Carlos Magno não se limitou apenas às suas vitórias e à grandeza do seu império. Legou-nos mais do que isso: sobretudo, trouxe uma curiosa mistura entre a tradição latina e a inovação germânica, que ele próprio representava. Por um lado, era um típico guerreiro germânico, que passou a maior parte da sua vida em campos de batalha e, por outro, um campeão da Cristandade, que colocou o seu imenso poder e prestígio ao serviço da doutrina cristã, da vida monástica, do ensino do latim, da cópia de livros, do respeito pela lei e fidelidade a Roma. A sua vida serviu de modelo a muitos reis medievais, uma vez que associava as culturas germânica e romana, duas referências basilares da civilização europeia, que então se forjava.

Carlos Magno tornou-se rei dos francos aos 26 anos de idade. Reinou durante 46 anos e morreu de pleurite aguda aos 71 anos, no dia 28 de janeiro de 814. Os seus restos mortais encontram-se na catedral da cidade alemã de Aachen, que fora a capital do seu império.
* Não existem certezas quanto à data
Novo Império do Ocidente: Carlos Magno (Séculos VIII-IX). In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)
Representação de Carlos Magno na Catedral de Moulins, França, finais do século XV
 File:Vitrail Cathédrale de Moulins 160609 34.jpg
Ficheiro:Charlemagne-by-Durer.jpg

Coroação de Carlos Magno - Grandes Chroniques de France-Jean Fouque

File:Sacre de Charlemagne.jpg
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/04/02-de-abril-de-742-data-provavel-do.html?spref=fb&fbclid=IwAR1C0OH3pYlTBtMnl14YQp1h83M4WFUmFBqP8rhxKNjXWg7mrwevBSuQ68U
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Roma o Grande Império - A Era dos Imperadores

 O maior imperio do mundo visto pelos olhos atuais, a ascenção a queda os conquistadores os conquistados Roma o grande imperio. : A fundação de Roma foi um marco na história. Os fatos que ocorreram após o surgimento do povo romano deram luz a uma civilização que influenciou o mundo ocidental. E o dominou. O The History Channel apresenta a coleção Roma, o Grande Império. Da ascensão ao declínio, ip passando pela monarquia, república e império, às conquistas no Oriente e Ocidente, Roma é retratada por meio de recursos gráficos e dramatúrgicos. Saiba mais sobre o dia-a-dia do Império Romano, os bastidores do poder e seus lendários líderes, como Julio César, Otávio Augusto, Marco Antonio, Nero e Calígula.
https://www.youtube.com/watch?v=Ee5x9ovsnHM
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4seTEMbro476...Queda de Roma (início da Idade Média)
https://www.youtube.com/watch?v=jrwPgu6ITRY
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04 de Setembro de 476: Rendição de Rómulo Augusto marca o fim do Império Romano do Ocidente

O dia 4 de Setembro de 476 é geralmente aceite como a data da queda do Império Romano do Ocidente. Nesse dia, o último imperador em Roma, Flávio Rómulo Augusto, foi derrotado por um comandante militar bárbaro, Odoacro. Se bem que Augusto estivesse oficialmente no poder, a sua autoridade era apenas uma formalidade, uma vez que os chefes bárbaros detinham a maior parte do poder. A destituição de Augusto marcou o fim do poder romano, porém as regiões romanas de outros lugares continuaram sob o mandato romano depois de 476.

Flávio Rómulo Augusto, chamado ironicamente  "Augústulo" (pequeno Augusto), nasceu em 461 em Ravena e foi o último imperador romano do Ocidente (475-476). Curiosamente, tinha o nome do fundador e primeiro rei de Roma (Rómulo) e do primeiro imperador, Augusto.

Era filho do general Flávio Orestes e assumiu o trono levado por seu pai. No entanto, o imperador romano do Oriente, Zenon, não o reconhecia como tal. Os Hérulos – tribo germânica originária do sul da Escandinávia – reclamavam a entrega de terras do centro da península itálica e tal facto provocou a queda de Rómulo que contava com apenas 15 anos. Em seu lugar, o general hérulo Odoacro reclamou o trono da Itália, confinando Rómulo em Lucullanum, na baía de Nápoles. A data da sua morte é desconhecida embora existam alguns indícios de que poderia ter vivido até às décadas de 520 ou 530.


Este acontecimento levou numerosos historiadores a considerá-lo como o marco do início da Idade Média. Embora Odoacro tenha reivindicado o trono da Itália não mostrou interesse em aspirar à dignidade imperial, reconhecendo o imperador romano do Oriente, sediado em Constantinopla, como o único imperador. Este episódio serviu como justificação jurídica aos imperadores de Bizâncio para se considerarem como os legítimos soberanos do Império Romano e eventualmente tentar a reconquista dos territórios ocidentais ocupados pelos reinos bárbaros.
A versão tradicional do fim da Antiguidade foi que a desintegração política e militar do poder romano acarretou a ruína de sua civilização.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

Saque de Roma pelos Vândalos, em 455 - Heinrich Leutemann 
Rómulo Augusto abdica da coroa
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/09/04-de-setembro-de-476-rendicao-de.html
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17 de Janeiro de 395: Morte do Imperador Teodósio marca a partilha definitiva do Império Romano

A morte do imperador romano Teodósio I no dia 17 de Janeiro de 395 marca a partilha definitiva do Império Romano. A seu filho Arcádio, de 18 anos, o imperador lega o Oriente, com capital em Constantinopla, e ao seu filho Honório, de 11 anos, o Ocidente, com capital em Ravena. Esta cisão pode ainda hoje ser vista na fronteira que separa a Croácia, ocidental e católica, da Sérvia e da Bósnia, oriental e ortodoxa.

A história do século V está marcada pelo fim da unidade imperial do Império Romano. O Império Romano do Ocidente entra em longo período de agonia antes do seu desaparecimento, inevitável depois das invasões bárbaras. O Império Romano do Oriente entra numa fase de mutação que o converteria em Império Bizantino.

A morte de Teodósio deu lugar a uma dessas datas que marcaram a história do Ocidente, inclusive a história de toda a Europa. Não se pode perder de vista que geograficamente o Império Romano ia desde a Península Ibérica até à Arménia.

As diversas lendas sobre a decadência de Roma costumam mascarar a realidade. As invasões bárbaras já haviam começado século e meio antes e a ascensão da Igreja Católica ao poder além da nomeação de bárbaros para a chefia de Estado prenunciavam o fim do império. A guerra de Teodósio contra Arbogastes mostrava à sociedade que o poder imperial já não infundia o mesmo temor de antes.

Teodósio havia previsto que com sua norte o império se dividiria em dois. Partia da constatação realista de um facto: diante da aguda crise, uma só entidade seria ingovernável, em especial porque os filhos do imperador eram ainda jovens e sem experiência. Decide então criar dois impérios de dimensões similares, o Império do Oriente a ser governado por seu filho Arcaádio e o do Ocidente por Flávio Honório, um menino.

Todavia, o que mudava, acima de tudo, era a eleição do regente. Tratava-se do general, Estílicon, marido de Serena, sobrinha de Teodósio. A escolha é sensata porque Estílicon, embora ambicioso, era um homem competente. Se bem que fosse desde 385 cidadão romano, era de origem vândala. Na corte, isto representava uma afronta a toda uma classe aristocrata e conservadora. No entanto, a evidência mostrava que os mais capazes para administrar o império eram os bárbaros.


 Na corte do Oriente, o império era administrado por Rufino. Nascido na Aquitânia de origem obscura, este sexagenário, católico, inteligente e eloquente, mostrava-se ambicioso. Apreciado por Teodósio e favorito do jovem Arcádio desde 394, chega de uma maneira quase natural aos mais altos cargos. Porém outro personagem, muito mais obscuro, faria estragos na corte. Tratava-se de Eutrópio, um eunuco, ex-escravo, nascido na Arménia e que fora recrutado por Teodósio.

Rufino, por seu lado, torna impossível a vida dos visigodos aos quais havia vencido em Tesália na Primavera de 395, evitando ao mesmo tempo que Estílicon se apoderasse de Ilírico, zona na costa do Mar Adriático, a norte da Macedónia. Eutrópio não quis ficar para trás e em 27 de Abril, aproveitando-se da viagem de Rufino à Síria, casa Arcádio com Eudóxia, filha do notável franco, Flávio Bauto. Esta jovem, apreciada pela sua beleza e jovialidade, encanta o imperador, o que tranquiliza Eutrópio.



Momentaneamente aliado de Estílicón, Eutrópio prepara a eliminação de Rufino. Em Novembro de 395, sugere a Arcádio organizar um desfile das tropas com a finalidade de cumprimentar os homens do general godo Gainas os quais, não obstante, tinham acabado de saquear Olímpia. Rufino é convidado e, colhido numa armadilha, é apunhalado diante do imperador em 27 de Novembro de 395.



Uma vez no poder e cada vez mais audacioso e cruel, o  eunuco Eutrópio, humilha e desonra os oficiais e funcionarios a seu bel prazer. Pior ainda, vende os cargos públicos, cria e suprime empregos  e  comporta-se como um verdadeiro tirano. À sombra dele, Arcádio, homem enfermiço e insignificante, desaparece pouco a pouco. Eutrópio chega inclusive a exilar  o seu antigo protector,  Abundâncio, e depois despoja dos seus bens a Timas, um general influente e famoso, quem é enviado ao Egipto, onde morreria na miséria.



Em 398, Eutrópio é nomeado fidalgo e patrício e no ano seguinte, cônsul. Começa então a inspirar medo em todos os cortesãos. Temido, manda erigir estátuas em sua honra.




Na Primavera, Gainas arrasa os arredores de Constantinopla. Em Julho de 399, é nomeado Aureliano, um prefeito do pretório hostil a Eutrópio. Uma vez capturado, Eutrópio é desterrado para Chipre, onde volta a ser preso. Levado à Calcedónia, em Bitínia, é julgado e decapitado.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

Disco o Missorium Teodosio MPLdC.jpg
Arcádio
Honorius steel engraving.jpg
Flávio Honório
Divisão do Império após a morte de Teodósio
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27 de Fevereiro de 380: O Imperador Teodósio promulga o Édito de Tessalónica ordenando que o cristianismo seja a religião oficial do Estado Romano.

Depois da renúncia ao "paganismo" por parte do estado imperial romano em 379, foi promulgado o Édito de Tessalónica a 27 de Fevereiro de 380, pelo qual todos os súbditos do imperador de Roma se deveriam "reunir na fé transmitida aos Romanos pelo apóstolo Pedro". O referido édito  também conhecido como Cunctos Populos ou De Fide Catolica  foi promulgado  Teodósio, imperador com o qual a Igreja assume-se como único credo oficial do Império e detentora do primado moral. A Igreja, agora numa relação mais estreita com o Estado, lançava-se na sua organização e consolidação territorial. Desde Constantino, todavia, que aquela nova organização monoteísta, legalmente reconhecida, começara a empreender esforços de gestão das comunidades crescentes de cristãos. 


A organização da Igreja romano-cristã partiu da cidade, isto é, da fixação de comunidades cristãs em núcleos urbanos, os quais gradualmente passaram a ser a base da organização eclesiástica, pois muitas cidades se tornaram sedes de bispado - daí o termo , do latim sedes, "cadeira", o mesmo que cathedra, de onde deriva o sinónimo de sé, "catedral". Cada bispo torna-se assim, aclamado pelo povo e confirmado pelos seus congéneres de comunidades próximas, líder da sua comunidade, não apenas espiritual mas também, cada vez mais, temporalmente. Mas os esforços de estruturação da Igreja romano-cristã já tinham começado no século III, um século violento e sangrento, sem dúvida, mas intelectualmente notável no Cristianismo e com comunidades cada vez mais ativas e maiores a exigirem enquadramento e organização eclesiástica. 

A partir de começos do século III, surgem os concílios provinciais, isto é, reuniões de bispos de uma região com objetivo de defesa da ortodoxia cristã. O primeiro concílio universal, ou ecuménico, reunindo bispos de todo o Império, foi o de Niceia, em 325, convocado pelo imperador Constantino, importante para a organização da Igreja, pois criou os fundamentos da organização das províncias eclesiásticas, metropolitas, lideradas por arcebispos, das quais as mais antigas, como Antioquia, Alexandria, como também Constantinopla, Jerusalém e a própria Roma passarão a patriarcados. O bispo de Roma, patriarca, primaz da nova Cristandade, só receberá o título de papa a partir do século V. Roma, a mais importante metrópole do Ocidente, ganha o título de Sede Apostólica, primaz do Ocidente, já que no Oriente apenas lhe reconheciam supremacia honorífica e não disciplinar ou em termos de doutrina. 

A Igreja após Constantino entrou numa era de expansão, conseguindo interditar o paganismo e passando ela própria a perseguir, de certo modo, os pagãos. Igreja e estado confundem-se cada vez mais, com o segundo a tornar-se um braço secular de apoio à primeira, principalmente na repressão e aniquilamento de heresias e de hereges, como sucedeu com o Arianismo, por exemplo. O Cristianismo tendia a tornar-se num fator de coesão e unidade do Império em desagregação, pelo que as divisões no seio da religião oficial, patentes nas lutas entre a ortodoxia e as heresias (heterodoxia), não poderiam ser toleradas pela tutela imperial. O culto cristão tornou-se público, o que fez com que se erigissem novos templos ou se adaptassem anteriores estruturas, como as basílicas, que agora passam a ter um fim religioso e não apenas administrativo ou judicial. Os cristãos passam a ter uma relação com a realidade político-social maior, participando em atos públicos e até integrando o exército. Também a cristianização dos povos "bárbaros" e do Norte de África, onde surgiriam comunidades cristãs ativas e intelectualmente brilhantes (Hippona, Cartago...), reforçou a autoridade e prestígio da Igreja de Roma, enquanto que as comunidades orientais, de matriz grega (o Ocidente era mais latino...) se destacavam mais no plano teológico, no que foram fermento de muitas heresias, em contrapartida (Arianismo, Monofisismo, Nestorianismo, etc...). No Oriente, vários grupos cristãos não gregos, como os povos siríacos, os Arménios ou os Coptas de África, enveredaram, por exemplo, pela condenada heresia monofisita (Cristo apenas tinha uma natureza, a humana, e não duas, a divina e a humana), o que abalou a unidade da Igreja romano-cristã, minada também pela divisão no Império Romano entre o Oriente e o Ocidente, com duas "capitais", Constantinopla e Roma, respetivamente. As rivalidades entre os patriarcados orientais e destes em relação a Constantinopla, a par do viveiro de heresias e da multiplicação de experiências monástico-eremíticas, tornaram a Igreja Romano-Cristã do Oriente muito mais dividida e em afastamento e confronto face ao Ocidente, palco de polémicas entre a erudita Alexandria e a cosmopolita Constantinopla, por exemplo.

Roma, todavia, gozava da sua antiguidade e estatuto imperial, da sua vetusta urbanidade, a Urbe, caput mundi, apesar de empobrecida, insegura e ameaçada constantemente, além de crescentemente anárquica. Graças ao Cristianismo, a queda do império foi adiada, mas não por muito tempo, já que aquela adveio em 476. Todavia, a Igreja Romano-Cristã não desapareceu, consolidou-se e expandiu-se, não apenas na cristianização dos povos germânicos que pulverizaram o antigo império como também através da expansão do monaquismo no Ocidente. O Império do Oriente prosseguiu a sua marcha de vida, mantendo o respeito por Roma e pela tradição. O estatuto dos papas tal fazia perseverar, insuflando autoridade e organização numa cidade, Roma, caída nas garras dos saques e devastações dos germânicos. A organização episcopal, a construção de inúmeras igrejas, o crescimento das antigas dioceses e o aparecimento de inúmeras novas, o fermento espiritual e intelectual mantiveram o prestígio de Roma, mais afastada das querelas e disputas teológicas que varriam o Oriente.

Fontes: Infopédia

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Teodósio I


Santo Ambrósio e o Imperador Teodósio -  Anthony van Dyck
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/02/27-de-fevereiro-de-380-o-imperador.html?fbclid=IwAR2j0YmiBbVE3m41EDWfdq0bBfP_8dpq5DwKoeIaX72IFXyTPH3A7MkAptQ
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25 de Julho de 306: Constantino I é proclamado Imperador pelas suas tropas

Constantino I, o Grande, de seu nome completo Flávio Valério Aurélio Constantino, nasceu provavelmente entre 272 e 274 na região de Naisso, Mésia Superior. Foi imperador romano entre os anos de 306 e 337, ano da sua morte. E era filho de Constâncio Cloro e de Helena.
À morte de seu pai em Iorque em 306, Constantino é aclamado pelos seus soldados César, em 25 de julho do referido ano e depois Augusto, tendo casado com Fausta, filha de Maximiano, que Constantino vence no confronto de Marselha. Em 312, fica com o domínio do Ocidente ao vencer Maxêncio, filho de Maximiano, na Ponte Mílvia, perto de Roma. Com a morte de Galério em 311, Constantino inicia o governo conjunto do Oriente com Licínio, que suporta até 324, altura em que o derrota na batalha de Crisópolis, mandando-o matar em Tessalonica.
Com a publicação do édito (ou carta) de Milão no ano de 313, estabeleceu a tolerância de culto, iniciada anteriormente por Galieno e Galério, e no concílio de Niceia de 325 condena os donatistas e estabelece condutas de fé e disciplina, favorecendo deste modo o progredir do cristianismo como religião dominante do império, situação que sai reforçada com a consagração à Virgem Maria em 330 da capital do império de Constantinopla.
A nível do governo geral foi um hábil estratego, conferindo ao poder imperial um cunho pessoal, introduzindo na administração pessoas da sua confiança. Tornou a aristocracia senatorial numa classe territorial, que se hierarquizava mediante os serviços prestados ao Estado. Empreendeu também reformas ao nível militar, separando os encargos do exército dos civis e retirando protagonismo aos contingentes fronteiriços.

* Não existe certeza quanto à data de nascimento
Constantino I. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)

File:Constantine Chiaramonti Inv1749.jpg
Estátua de mármore de Constantino do século IV
File:Raphael Baptism Constantine.jpg
O Baptismo de Constantino

File:Sir Peter Paul Rubens - Constantius appoints Constantine as his successor - Google Art Project.jpg
Constâncio nomeia Constantino como seu sucessor - Peter Paul Rubens
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/07/25-de-julho-de-306-constantino-i-e.html?spref=fb&fbclid=IwAR0U3FhnB-eWVYOK2dAusdPdWK4OIRZ5x0PPaorjbBaSZH1AExZsm6kHHM0
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30ab313...ImperaDOR Licínio unifica o Império Romano do Oriente...
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https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1921603014577801&id=107358489335605
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30 de Abril de 313: O imperador Licínio unifica todo o Império Romano do Oriente



Imperador romano do Oriente (?-324) entre 308 e 324. Governou a par de Constantino (este no Ocidente), com o qual manteve acesas diatribes, acabando por ser dominado por ele, que acusava Licínio de ser anti-cristão. Grande militar, trilhou um percurso de armas notável até ao confronto com Constantino. Entre a abdicação de Diocleciano e Maximiano em 1 de maio de 305 e o ano de 308 três longos anos de usurpações e lutas intestina e fratricidas agitaram e tingiram de sangue o Império Romano. Em 308, Galério, um Augusto idoso no poder, convocou uma assembleia na qual tentou sanar as divergências entre as fações em luta, mas sem sucesso. Neste convénio participou Valério Liciniano Licínio, um antigo companheiro de armas de Galério, com quem tinha combatido contra os Persas. Licínio foi nessa mesma assembleia nomeado César, com a responsabilidade de administrar a região do Danúbio e Balcãs. Galério esperava poder vir um dia a abdicar, ao fim de 20 anos no poder, em favor do seu velho amigo Licínio, que era o seu braço direito quando morreu em 311. Todavia, as coisas não correram como ambos tinham pensado, pois Galério tinha outros amigos.Licínio, na luta que se seguiu à morte de Galério pela posse dos seus domínios, viu a Ásia Menor tocar a Maximino Daia, que já então governava o Egito e a Síria. Hábil e astuto, logo Licínio procurou aliados: de facto, em 313 via Constantino dar-lhe o seu apoio em Roma, onde reinava como imperador do Ocidente. No dia 30 de abril de 313, Licínio unificou todo o Império Romano do Oriente. Licínio contraiu mesmo matrimónio com Constança, irmã de Constantino, já tolerante, entretanto, em relação ao Cristianismo, que Daia combatia freneticamente no Oriente. À frente de um exército que colocou sob a proteção do Deus único dos cristãos, Licínio marchou contra Daia, que acabou por derrotar, tendo torturado até à morte os conselheiros deste, anti-cristãos. Mas a partilha do Império entre Constantino e Licínio não acabou por ser tão líquida quanto se supunha vir a ser. Em 316, Constantino, sob o pretexto de que Licínio tinha recomeçado a perseguição aos Cristãos no Oriente, ocupou a quase totalidade dos territórios europeus governados por aquele. Em 324, novamente as forças de Constantino atravessaram os Balcãs marchando sobre Bizâncio. Depois da sua frota forçar o estreito dos Dardanelos, às portas daquela cidade, Constantino venceu as tropas de Licínio e conquistou a sua capital, Nicomédia. Constantino poupou-lhe a vida, dando mesmo um banquete em sua honra. Mas, passado um ano, mandou matá-lo. O historiador cristão Eusébio de Cesareia apressou-se, na sua História da Igreja, a apagar todas as alusões positivas e benevolentes em relação a Licínio. Apesar da ambição que se lhe atribui, era um grande guerreiro, um amigo leal (como o prova a sua amizade a Galério), um bom governante e administrador. Resta apurar com exatidão a sua verve anti-cristã, tradicionalmente aceite mas ainda por comprovar.
Licínio I. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014.
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Licinius1.jpg
File:Licinius-Constantine.jpg
Licínio à esquerda e o seu rival Constantino à direita
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180 a.C./...hj é dia d' imperador Marco Aurélio...morreu neste dia e vejam bem o que ele dizia...
Via Citador: "O homem comum é exigente com os outros; o homem superior é exigente consigo mesmo."
"Mudar de opinião e seguir quem te corrige é também o comportamento do homem livre."
"Escava dentro de ti. É lá que está a fonte do bem, e esta pode jorrar continuamente, se a escavares sempre."
"Muitas vezes erra não apenas quem faz, mas também quem deixa de fazer alguma coisa."
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17 de Março de 180: Morre o Imperador Marco Aurélio

Imperador romano entre 161 e 180, nascido em Roma e falecido em Vindobona (actual Viena).

César Marco Aurélio Antonino Augusto (em latim Caesar Marcus Aurelius Antoninus Augustus), conhecido como Marco Aurélio nasceu a 26 de Abril de 121  e faleceu a 17 de Março de 180, foi imperador romano desde 161 até à sua morte. Nascido Marco Ânio Catílio Severo (Marcus Annius Catilius Severus), começou a utilizar o nome de Marco Ânio Vero (Marcus Annius Verus) pelo casamento. Ao ser designado imperador, mudou o nome para Marco Aurélio Antonino, acrescentando-lhe os títulos de imperador, césar e augusto. Aurelius significa "dourado", e a referência a Antoninus deve-se ao facto de ter sido adoptado pelo imperador Antonino Pio.

Marco Aurélio casou-se com Faustina, a Jovem, filha de Antonino Pio e da imperatriz Faustina a Velha, em 145. Durante os seus trinta anos de casamento, Faustina gerou 13 filhos, entre os quais Cómodo, que se tornou imperador após Marco Aurélio, e Lucila, a qual casou com Lúcio Vero para solidificar a sua aliança com Marco Aurélio.


Quando as obrigações de governo permitiam, entregava-se à reflexão filosófica e escrevia os seus pensamentos, em língua grega. Tornou-se assim o terceiro e último expoente do estoicismo romano. O conteúdo das suas "Meditações", como ficaram conhecidos posteriormente seus pensamentos, registados em forma de diário, é marcado por tal filosofia, mas um estoicismo distante das doutrinas de Zenão. As especulações físicas e lógicas cedem lugar ao carácter prático dos romanos e ao aconselhamento moral. 

Para os estóicos, a filosofia não representa conhecimento, mas modo de vida. 

Em Marco Aurélio, a questão central da filosofia é o problema de como se deve encarar a vida para que se possa viver bem. O problema é tratado com grande dedicação por esse homem religioso e pouco interessado na investigação científica. Nos seus pensamentos, são bem visíveis as tendências ecléticas. Ele retoma ideias e exemplos de sabedoria que vêm desde Epicuro.

O estoicismo de Marco Aurélio apresenta divergências em relação às origens gregas. Para compreender as suas oscilações, é importante levar em conta as circunstâncias históricas em que viveu, mais que as suas características psicológicas. Embora a sua colaboração tenha sido importante, ele não chegou a ser um pensador original.

Marco Aurélio teve 13 filhos com a sua mulher, Faustina a Jovem, filha de Antonino o Pio. Um deles, gladiador brutal, sucede-lhe Cómodo.

A imagem do imperador Marco Aurélio está representada por uma estátua equestre (foto abaixo), hoje num museu do Capitólio, Roma, erigida em bronze no Palácio de Latrão, quando era ainda vivo. É a única que restou da Antiguidade e foi salva da destruição porque durante muito tempo  pensou-se que fosse de Constantino I, um cristão. 

As suas qualidades estéticas  valeram-lhe ser erguida por Miguel Ângelo no meio da praça do Capitólio, uma joia da Renascença italiana. Tornou-se o protótipo de todas as estátuas equestres do Renascimento. Uma cópia da estátua em bronze está na Piazza del Campidoglio, em Roma. 
Marco Aurélio. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)




As últimas palavras do Imperador Marco Aurélio - Eugène Delacroix

Ficheiro:Marcoaurelio30000.jpg


Estátua Equestre de Marco Aurélio



 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/03/17-de-marco-de-180-morre-o-imperador.html?spref=fb&fbclid=IwAR2l8h0QtLzTqcmCf671jqORYwbE6SmxypH6wkBdjU7kCFF5zpDYLVe--Vc
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https://www.youtube.com/watch?v=QNadFlsLoZY
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5 frases
https://www.youtube.com/watch?v=KHof2-Xe9IU
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 26ab2020
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MARCO AURÉLIO (Marcus Aurelius, 26 de Abril de 121 – 17 de
 
Março de 180), imperador e filósofo romano.
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“Os homens procuram a solidão no deserto, na praia ou nas montanhas — um sonho que tu próprio tanto tens acarinhado. Mas tais fantasias são totalmente impróprias de um filósofo, uma vez que em qualquer altura que queiras podes recolher-te dentro de ti próprio. Não há para o homem refúgio algum mais silencioso e mais tranquilo do que a própria alma; sobretudo para quem possua, em si mesmo, recursos que apenas precisa de contemplar para assegurar uma paz de espírito imediata — paz que é apenas outro nome para um espírito bem organizado. Aproveita, pois, este retiro com frequência e renova-te continuamente. Traça para a tua vida regras sumárias, mas que abranjam o fundamental; o retorno a elas bastará para remover todas as aflições e te reenviar sem desgaste para os deveres a que tens de voltar.”
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09 de Agosto de 117: Morre o Imperador Trajano

Marco Úlpio Nerva Trajano nasceu em Itálica (actual Santiponce), na Bética, no sul da Hispânia, perto de Híspalis (depois Sevilha) a 18 de Setembro de 53 d.C. Foi imperador romano de 98 a 117. Durante a sua administração, o Império Romano atingiu a sua maior extensão territorial graças às conquistas do leste.  Filho de uma família nobre, recebeu formação militar e conquistou muito prestígio ao comandar algumas importantes campanhas. Aos 38 anos de idade foi nomeado cônsul romano e adoptado pelo imperador Nerva como seu sucessor.
Trajano, homem de prestígio, recebeu muito apoio quando Nerva faleceu. O novo imperador era muito eficaz como administrador, facto reconhecido pelo senado que o apoiou da forma necessária para permitir que reorganizasse o império. Foi o responsável por recuperar a agricultura e o comércio e, mesmo reduzindo a carga tributária, foi capaz de promover importantes obras.
Trajano  destacou-se internamente como grande imperador, mas também foi notável para a expansão romana. Liderou muitas conquistas militares e territoriais que levaram Roma à sua máxima extensão. O seu propósito era o de conquistar terras ainda mais distantes, todavia problemas de logística e de saúde não permitiram as investidas. No início do século II, o exército de Trajano derrotou os dácios e, apesar disso, o imperador romano manteve o líder daquele povo no poder, com o cargo de procurador da Dácia. Trajano ainda tentou manter uma relação cordial, mas o líder dos dácios preferiu iniciar uma nova guerra contra os romanos, erro que foi fatal. Trajano não teve piedade da segunda vez, derrotou os dácios e mandou decapitar o seu governante. Já em 113, foi a vez da vitória contra os partos.
Trajano foi o primeiro imperador romano que não era de Roma, era da Hispânia. Ainda assim, é considerado por muitos como o melhor imperador romano de todos os tempos. Deixou como legado uma Roma restaurada arquitectonicamente e reformada em vários aspectos. Era um grande chefe militar, o qual proporcionou ao império a sua maior expansão territorial. No final da sua vida, adoptou o seu sobrinho Adriano, que se tornou seu sucessor. O fim do seu governo foi muito profícuo em guerras, e foi quando retornava de uma batalha perto do Mar Negro que Trajano faleceu, provavelmente de ataque cardíaco, no dia 9 de Agosto de 117.

Fontes: Trajano. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. 
wikipedia (Imagens)
 Ficheiro:Trajan-Xanten.JPG
Imperador Trajano
Arquivo: Traianus Glyptothek Munique 72.jpg
Busto de Trajano - Glyptothek, Munique
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/08/09-de-agosto-de-117-morre-o-imperador.html?spref=fb&fbclid=IwAR1dQXsKP3I0X9YxE39OLp2umsLdDy73o_XHEgxACPUVOZT-waPPqwlQRrE
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Imperador Júlio César
Nasceu a 13JUL...100 a.C.
e morreu, assassinado, a 15 de Março do ano 44 a. C
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 Documentário da BBC sobre a vida e a ascensão de Caio Júlio César parte 1
"Não sou rei sou César!"
 https://www.youtube.com/watch?v=zwYL7S2Sgus
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 https://www.youtube.com/watch?v=H4p_UL_tNFI
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 O chefe militar e ditador romano Júlio César é assassinado por 60 membros do Senado trecho do seriado Roma HBO
 https://www.youtube.com/watch?v=Zzxs86bCKNc
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 Júlio César foi herói de Roma, fundador de um império e um dos maiores generais da história. Na série você vai conhecer detalhes da genialidade militar, o genocídio utilizado como arma, as conquistas sexuais e a volta política armada do imperador romano. Ícones do Mau Comportamento revela que a avaliação psiquiátricade Júlio César mostra o tão aficionado ele era por alcançar o sucesso. Tanto que foi capaz de matar um milhão de pessoas para atingir o objetivo.
 https://www.youtube.com/watch?v=lduP9WVY4lc
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 Julho, o mês de Júlio César
O mês de Julho teve como designação original Quinctilis por ser o quinto mês do antigo calendário romano. No ano 44 a.C., o Senado romano alterou-o para Julius, em homenagem a Júlio César, o célebre general das campanhas da Gália. É também a Júlio César que se deve a reforma do calendário “Juliano”.

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10 de Janeiro de 49 a.C. : Júlio César atravessa o rio Rubicão

Ao comando da XIII Legião, Caio Júlio César atravessa o rio Rubicão, uma fronteira natural que separa a Gália Cisalpina e a Itália no dia  10 de Janeiro de 49 a.C.. Na época, o Senado romano proibia formalmente a todo general em armas de transpor essa fronteira sem expressa autorização. Ao transgredir a ordem, Júlio César violou a lei de Roma e declarou guerra ao Senado. No instante em que atravessou o Rubicão, exclamou: “Alea jacta est” (A sorte está lançada ou os dados estão lançados).A partir daquele momento ninguém conseguiria deter Júlio César. O general, estadista, orador, historiador e legislador romano, considerado um dos homens mais cultos do seu tempo e um dos maiores chefes militares de toda a história, entra em Roma, afasta Pompeu e, ao fim de uma longa guerra civil, submete o conjunto do Império Romano aos seus desígnios de ditador vitalício.
É de se notar que, diferentemente do que o senso comum imagina, Júlio César nunca foi princeps (latim para o primeiro no tempo ou no fim, o primeiro, chefe, o mais eminente, distinguidos ou nobre, o primeiro homem, primeira pessoa"), portanto, não pode ser considerado imperador romano, ainda que tivesse sido nomeado ditador vitalício em 45 a.C..
O nome César tornou-se nome de família da primeira dinastia, sendo usado como título. E atravessou milénios: os títulos Czar, russo, Kaiser, alemão, não passam do César romano.
Júlio César nasceu no ano 100 a. C., filho de uma família patrícia. Começaria a sua carreira política tomando parte da batalha que opôs seu tio Marius, chefe da facção popular, a Silas, chefe da facção senatorial.
A partir do ano 70 a. C. começa a ascender politicamente. Torna-se sucessivamente tribuno, militar, pró-cônsul, edil e pretor. Em seguida, governador da Gália Cisalpina e transalpina e mais adiante, pró-pretor na Espanha.
Em 59 a. C, é nomeado cônsul de Roma, graças ao triunvirato que havia formado com Pompeu e Crasso, fruto de aliança secreta. No ano seguinte, inicia as “Guerras da Gália”, submetendo ao seu poder diversos povos do Norte. Em 51 a. C., após um longo cerco em torno da Alésia (Borgonha), o chefe Vercingetorix depõe as armas e se rende a  César. A Gália é conquistada para a glória do comandante romano.
Depois do episódio da travessia do Rubicão e após a sua entrada triunfal em Roma, Júlio César persegue e esmaga as tropas do seu rival Pompeu em Tessália. Pompeu e os senadores tinham abandonado Roma  dirigindo-se à Grécia. Pompeu, vencido, busca refúgio no Egipto, junto ao rei Ptolomeu XIII, que temendo a represália de César, manda assassiná-lo. César vai atrás de Pompeu no Egipto e lá toma conhecimento do assassinato. O episódio deixou Ptolomeu, à ocasião em conflito com sua irmã-esposa Cleópatra, em maus lençóis. Quando a encontra, o general romano vê-se imediatamente seduzido pela rainha egípcia. Depois dos seus exércitos derrotarem as tropas de Ptolomeu, César oferece o trono do Egipto à sua amada.
César estava no auge da sua glória e poder. O imperador reinava nos dois lados do Mediterrâneo. Em Roma exercia um poder absoluto e adoptou algumas medidas que favoreceram os mais pobres.
Porém, no dia 15 de Março de 44 a. C. Júlio César, que se havia proclamado ditador vitalício, é assassinado. Em plena sessão do Senado, cerca de 50 senadores partidários da restauração da república oligárquica atiram-se sobre ele e  conferem-lhe 23 golpes de espada. César cai ao pé da estátua de seu antigo rival Pompeu. Entre os conspiradores encontrava-se Brutus, filho da amante do imperador, por quem tinha uma grande estima, e Cássio, general romano. Ao perceber Brutus entre os seus agressores, dirige-se a ele em grego: "Kai su Brutus teknon", que se poderia traduzir em latim popular por “Tu quoque, Brutus fili mii (Até tu, Brutus, filho meu).
O corpo do ditador foi levado por escravos e incinerado no Campo de Marte, como impunha a tradição. No seu testamento, César designou por herdeiro o filho adoptivo, Octávio, futuro imperador Augusto.
Depois da morte de César, abriu-se uma luta pelo poder entre o seu sobrinho-neto César Augusto e Marco António, que haveria de resultar na queda da República e na fundação do Império Romano de cujo trono se apossou Marco António.
A obra escrita de César que o coloca entre os grandes mestres da língua latina. Destaca-se a “De Bello Gallico” – comentários sobre as campanhas da Gália As narrativas, aparentemente simples e directas, são na realidade sofisticadas manobras de propaganda política dirigidas ao patriciado de Roma.
Fontes: Opera Mundi
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Resultado de imagem para júlio césar atravessa o rio rubicão
Anónimo-'César atravessa o Rubicão'-gravura in Eva March Tappan (1854-1930); The first old world hero stories. Emperor of Rome, pg. 102 
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/01/10-de-janeiro-de-49-ac-julio-cesar.html?fbclid=IwAR2ocs3n5cxBeJzMq0SnJzGFY_nK1BS8t4uVgunTp3wezTfpotcaNf-fVJo
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13* de Julho de 100 a. C. : Nasce Júlio César, líder político e militar romano

Nasceu no ano 100 a. C. no dia 13 de Julho* e morreu, assassinado, a 15 de Março do ano 44 a. C., ao cabo de uma carreira que fez dele o primeiro homem político de Roma. Dois anos após a sua morte ser-lhe-ia atribuído o estatuto de deus do povo romano.A sua entrada na vida pública foi precedida por vários anos de instabilidade em Roma. O jovem César começou por se dedicar à vida militar, que sempre lhe serviria de suporte às ambições políticas. Alcançou, depois, posições de menor importância na magistratura, até que, em 69 a. C., foi eleito questor. O cargo trouxe-o à Península Ibérica, e mesmo a território que é hoje em dia português. Mais tarde, em 62 a. C., foi eleito pretor, tendo de seguida ocupado o cargo de governador, mais uma vez, na Ibéria.Em 59, César foi eleito cônsul. Constituiu então, com Crasso e Pompeu, um triunvirato que duraria até ao ano de 56 a. C. Com tudo isto, a sua ascensão política era evidente. No plano militar, também, não deixavam de ser notadas as suas campanhas na Europa central e ocidental. O sucesso talvez mais significativo consistiu na submissão total da Gália na década de 50, com a capitulação do chefe gaulês Vercingetórix. Entretanto, em perigo de perder a sua posição devido a intrigas de senadores, César atravessa com as suas tropas o Rubicão, entrando em território italiano e dando início a uma guerra civil contra Pompeu. Nesta fase, a intenção de César era, não apenas salvaguardar a sua carreira política e até mesmo a sua segurança pessoal, mas também pôr travão ao desgoverno da Roma dominada pelas rivalidades e intrigas dos patrícios. A guerra, que se estendeu de 49 a 45 a. C., representaria, deste ponto de vista, o preço a pagar pela sobrevivência secular do império. Vitorioso, César, com o título de ditador de Roma, teve então a oportunidade que havia muito desejava para implementar diversas reformas importantes: concedeu a cidadania romana a certos povos que dela não usufruíam; reorganizou as estruturas administrativas locais do império; reformulou o calendário (uma medida de que ainda hoje se sentem os efeitos); alterou a constituição do Senado de forma a retirar poder à velha aristocracia. Na verdade, terá sido o seu crónico desprezo, bem expresso na sua forma autocrática de governar, pelos privilégios tradicionais da aristocracia patrícia que terá levado ao seu assassinato no Senado. 

No dia 15 de março de 44 a.C., foi assassinado com 23 facadas, nas escadarias do Senado, por um grupo de 60 senadores, liderados por Marcus Julius Brutus, seu filho adoptivo, e Caio Cássio. Júlio César ainda se defendeu, cobrindo-se com uma toga, até ver Brutus, quando então teria dito sua última famosa frase: "Até tu, Brutus".

Trata-se do mais conhecido atentado político da Antiguidade, descrito por Caio Suetónio Tranquilo (70 d.C.-140 d.C.), na biografia De vita Caesarum (Da vida dos Césares). "César" foi o título dos imperadores romanos de Augusto (63 a.C.-14 d.C.) a Adriano (76 d.C.-138 d.C.). Caio Júlio César foi morto por ter desprezado a opinião dos seus adversários. Supõe-se que os seus assassinos não tinham apenas motivos políticos, como também agiram por inveja e orgulho ferido. Matar um tirano, na época, não era considerado crime. Não há, porém, consenso entre os historiadores de que Júlio César tenha sido um tirano. Muitos dos seus planos não foram concretizados, mas ele deu uma orientação completamente nova ao desenvolvimento do Império Romano.


* Existe controvérsia no que diz respeito à data de nascimento

Júlio César. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.

wikipedia (Imagens)

Júlio César, estátua por Nicolas Coustou 

Ficheiro:Julius Caesar Coustou Louvre MR1798.jpg



Vercingetórix rende-se a César - Lionel Royer

Ficheiro:Siege-alesia-vercingetorix-jules-cesar.jpg



Assassinato de Júlio CésarKarl von Piloty

Ficheiro:Karl Theodor von Piloty Murder of Caesar 1865.jpg
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/07/13-de-julho-de-100-c-nasce-julio-cesar.html
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1.º Imperador OCTÁVIO CÉSAR AUGUSTO
 AUGUSTO, O PRIMEIRO IMPERADOR
 O imperador Augustus quando escapa de um atentado e toma conhecimento de que o seu fiel súbdito e enteado, Marcus Agrippa morrera, percebe que a sua sucessão está ameaçada.
Julia, filha do seu primeiro casamento tem dois filhos de Agrippa. Mas, as crianças vão ficar à mercê do senado e da sua sede de poder. Além disso, podem facilmente correr perigo de vida...
br> A segunda mulher de Augustus, Livia, tem os seus prórios e ambiciosos planos para Tiberius, filho do seu primeiro casamento. Ele deverá casar com Julia e assim tornar-se no herdeiro de Augustus...
Julia contudo rejeita esta proposta pois não quer sacrificar o seu amor,Lullus. Mais tarde, Julia concorda casar com Tiberius mas não desiste do seu amante, Lullus, que planeia outro atentado contra Augustus. Contudo, Lullus morre e Julia é forçada a abandonar Roma...

http://www.rtp.pt/programa/tv/p16508
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23seTEMbro63a.C. nasce Octávio César Augusto
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/09/23-de-setembro-de-63-c-nasce-octavio.html
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19 de Agosto do ano 14: Data provável da morte de Octávio César Augusto, primeiro imperador romano

Gaius Julius Caesar Octavianus (63 a. C.-14 d. C.), sobrinho-neto de Júlio César, cujo assassinato se encarregou de vingar, tornar-se-ia, mercê do seu génio político, o primeiro imperador romano. Como Júlio César, viria a fazer parte, logo após a sua morte, do panteão dos deuses de Roma.
Seu pai fora senador e pretor. Morrera, porém, quando Augusto tinha apenas quatro anos de idade. Assim, a sua entrada na vida pública contou sobretudo com o apoio de Júlio César, que, no seu testamento, o tomaria como filho adoptivo e herdeiro.
Com tal patrocínio, a carreira política de Augusto foi fulgurante desde o início. Em 43 a. C. formou com Lépido e Marco António o segundo triunvirato, tendo os três homens dividido entre si o governo do território do império. O triunvirato duraria oficialmente dez anos, mas a influência real de Lépido apagar-se-ia antes do termo desse período. Deste modo se tornava evidente a disputa entre Augusto e Marco António pelo domínio de Roma. Em 31 a. C., Augusto declara guerra a Cleópatra, a quem o seu adversário se aliara. Com a conquista do Egipto no ano seguinte, Marco António e a rainha suicidar-se-iam.
A partir de então, sem rivais a enfrentar, Augusto pôde começar, com um talento político e organizativo ímpar, a dispor de novo as estruturas do império de tal modo que garantia para si o controlo efectivo dos poderes essenciais ao mesmo tempo que mantinha as instituições republicanas. Assim, durante largos anos ostentou apenas os títulos de cônsul e tribuno, não havendo, contudo, dúvidas de que o seu poder era virtualmente ilimitado. Mais tarde assumiria também a direcção do culto religioso romano.
Enquanto os seus generais iam alargando os limites territoriais do império, sobretudo no continente europeu, Augusto consolidava o poder central e organizava a administração no que dizia respeito ao emprego de funcionários, à cobrança de impostos, à emissão de moeda e à manutenção da ordem pela frota e pelas legiões de Roma. Desta forma, o exercício do poder absoluto por Augusto coincidiria com uma época de paz e estabilidade interna no império (a chamada 
pax romana), época bem diferente do período conturbado das guerras civis que a precederam. Época áurea do império em vista da ordem social estabelecida e da extensão territorial alcançada, foi também notável pelas grandes obras realizadas (inúmeros templos foram erigidos, fez-se uma extraordinária rede de estradas) e pelas suas manifestações culturais, sobretudo no campo da literatura, em que se distinguiram autores como Virgílio, Horácio e Tito Lívio.
Octávio faleceu a 19 de Agosto do ano 14, preparou cuidadosamente a sucessão, tendo deixado o governo do império a Tibério Augusto, seu filho adoptivo.
Octávio César Augusto. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. 
wikipedia (Imagens)
File:Statue-Augustus.jpg
A estátua Augusto de Prima Porta


Ficheiro:Augustus Bevilacqua Glyptothek Munich 317.jpg

Busto de Augusto com a coroa cívica
Áureo de Octávio, c. de 30a. C.File:Octavian aureus circa 30 BCE.jpg

Assassinato de Júlio César,pai adoptivo de Octávio - Jean-Léon Gérôme
File:Jean-Léon Gérôme - The Death of Caesar - Walters 37884.jpg 

 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/08/19-de-agosto-do-ano-14-data-provavel-da.html
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IMPERADOR NERO
9jun tem a curiosidade de:
53 a.C. Nero se casa com Claudia Octavia.
62 a.C. Claudia Octavia se suicida.
68 a.C. O Imperador romano Nero suicida-se..
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Quo vadis
trailer
https://www.youtube.com/watch?v=9UOEKampAE8
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discurso de Nero
https://www.youtube.com/watch?v=iZ04KhQra6M
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Nero
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http://www.infoescola.com/biografias/nero/
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09 de Junho de 68 d.C.- O Imperador Nero suicida-se

Quinto imperador romano, tornou-se infame pela sua vida de devassidão tendo perseguido ferozmente os cristãos. Lucius Domicius Aenobarbus, depois Nero Claudius Caesar Drusus Germanicus, era filho de Agripina, a Jovem e de Gneus Domitius Aenobarbus. Nasceu em Antium a 15 de Dezembro de 37 d. C., sendo adoptado por Cláudio em 50. Casou com Octávia, filha deste e de Messalina, em 53. Foi proclamado imperador quando Cláudio faleceu, a 13 de Outubro de 54. Era então aluno de Séneca. A sua autoridade apoiava-se nos pretorianos do prefeito Burro.No início do seu reinado é favorável ao Senado. Porém, algumas tragédias palacianas (como o assassinato de Britânico, filho de Cláudio) auguram mau futuro. Só com o assassínio de Agripina, em Março de 59 (ordenado pelo próprio), Nero governa pessoalmente, cada vez mais afastado de Séneca. Assume, então, o aspecto de um soberano helenístico.

Burro morre em 62. O novo prefeito do Pretório é Tigelino. Nessa altura, Nero inicia-se na religião mazdaísta e no culto do Sol-Rei.

Depois do incêndio de Roma, em 64 (reconstrução da Domus Transitoria ou Casa Dourada), atribuído a um propósito premeditado de Nero, eclodiu a Revolta de Pisão (65), na qual estava comprometida uma grande parte da aristocracia senatorial. A repressão é implacável.

Em 66, Nero vai para a Grécia, onde participa nos Jogos. No ano seguinte, é chamado a Roma, onde tem de enfrentar várias sublevações, como a de Julius Vindex, governador da Gália lionesa (província de Lugdunum, Gália) e depois a de Galba, governador da Tarraconense, na Hispânia, e ainda a de Otão, na Lusitânia. Em 68, a sua situação como imperador era insustentável. Galba, o governador da província Tarraconense, decide tomar a iniciativa e marchar contra Roma, à frente de um enorme exército. O Senado seguiu o rumo dos acontecimentos e declarou Nero persona non grata, o que na prática o considerava um inimigo público, e reconheceu Galba como o novo imperador. Sem apoio de nenhum dos quadrantes de Roma, Nero foi obrigado a fugir. Perseguido pela guarda pretoriana, acabou por se suicidar, auxiliado pelo seu secretário, a única pessoa que lhe permanecera fiel.


A veracidade das histórias sobre o reinado de Nero é duvidosa, pois não sobreviveram fontes bibliográficas contemporâneas ao imperador. As primeiras histórias existentes mostram-se críticas demais ou são uma série de louvores. Além disso, a credibilidade dos relatos fica também embaçada pela presença de acontecimentos fantásticos e inverossímeis, sendo muitas as contradições que podemos encontrar entre os diferentes autores. Alguns historiadores conhecidos, como Fábio Rústico, Clúvio Rufo e Plínio o Velho, escreveram condenando o reinado de Nero em relatos que se perderam. Também foram escritas histórias sobre ele, de datas anteriores à sua ascensão ao trono, embora se desconheça o seu conteúdo.Por outro lado, fontes diferentes às citadas acrescentam uma visão limitada  sobre o imperador, embora poucas sejam favoráveis. Algumas das fontes porém, retratam-no como um imperador competente e popular entre o povo romano, especialmente no Oriente.
Nero. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
Wikipedia (Imagens)
Ficheiro:Nero Glyptothek Munich 321.jpg


Ficheiro:Nero Agrippina aureus 54.png
Moeda com Nero e Agripina
Ficheiro:John William Waterhouse - The Remorse of the Emperor Nero after the Murder of his Mother.JPG
Os remorsos de Nero após o assassinato da sua mãe- John William Waterhouse

O Imperador Nero no Cinema

 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/06/09-de-junho-de-68-dc-o-imperador-nero.html?spref=fb&fbclid=IwAR2S0VcQSLrLGgkGOdCv0RdM3MWpfWhCNNi__qm7gm5VCW_YKDAlM42gQmQ
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 O Imperador Romano Nero (Nero Cláudio Augusto Germânico) nasceu no dia 15 de dezembro do ano de 37, na cidade de Anzio, localizada no litoral da península Itálica. Filho de Agripina e enteado do Imperador Cláudio, Nero tornou-se imperador graças a uma trama de sua mãe e do filosofo Séneca, que percebendo que se aproximava a morte do Imperador, convenceu-o a adotar Nero, que além de seu enteado, era também seu genro, casado com sua filha Otávia. A verdadeira intenção de Agripina era dominar Roma por intermédio do filho.
Com a morte de Cláudio, Nero tornou-se o imperador romano (em 13 de outubro do ano de 54), e passou a chamar-se Tibério Nero Claudio Domiciano César. Para evitar futuras disputas, no ano seguinte, Sêneca providenciou a morte de Britânico, filho legítimo de Cláudio, portanto seu verdadeiro sucessor.
Os primeiros cinco anos de Nero como imperador, lhe renderam a fama de bom administrador, obra de Sêneca e Sexto Afrânio Burro (prefeito de Roma), que no papel de conselheiros, influenciavam as decisões de Nero enquanto atendiam a todos os seus desejos. Porém, a autoridade que sua mãe tentava lhe impor tornou-se incomoda, e no ano de 59, Nero mandou matar Agripina, sua mãe.
Dando sinais de desequilíbrio, Nero passou a agir com tirania. Divorciou-se de Otávia, em seguida assassinada, e casou-se com Pompéia.
No ano de 64, grande parte da cidade de Roma foi devastada por um incêndio. Nero foi acusado de ter ateado fogo a cidade, embora não existam provas, segundo historiadores, de que isso seja verdade. Acreditando que o incêndio tenha sido causado pelos cristãos, odiados naquela época, Nero ordenou que fossem perseguidos e jogados para as feras no Colisu.
Um ano depois, Nero assassinou, com um chute no ventre, sua esposa Pompéia, que estava grávida. Esse e outros desmandos, inclusive de ordem financeira, tornaram crescente a oposição a Nero. Como garantia, o já paranóico Nero passou a doar grandes quantidades de trigo aos pobres, de quem ganhou a simpatia.
Casou-se novamente no ano de 66, com Messalina, e em seguida partiu para a Grécia, então sob os domínios do império Romano, em uma viagem exuberante que durou 2 anos. Antes de retornar a Roma, libertou a Grécia do domínio romano, tornando-a independente.
De volta a Roma, o cenário encontrado por Nero era de rebeliões espalhadas por todo o seu império. A guarda pretoriana, responsável pela proteção de Nero e sua família, logo o abandonou, o que o levou a fugir para uma propriedade no campo.
Em 6 de junho do ano de 68, aos 37 anos, Nero suicidou-se, para a tristeza dos gregos e dos pobres, por quem era apreciado. Ele foi o último imperador da dinastia Júlio-Claudiana. 
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15 de Dezembro de 37: Nasce o Imperador Nero

O Imperador Nero no Cinema

Quo Vadis 
Ficheiro:Poster - Quo Vadis (1951) 01.jpg
Quo Vadis é um filme épico de 1951 realizado por Mervyn LeRoy , a partir de um guião de John Lee Mahin , SN Behrman e Sonya Levien, cuja acção decorre entre os anos 64 e 68. O filme conta a história de um comandante militar romano, Marcus Vinicius ( Robert Taylor ) que regressa da  guerra e apaixona-se por uma cristã devota, Lygia ( Deborah Kerr ), e a pouco e pouco aproxima-se cada vez mais do cristianismo. A  história de amor é contada no contexto histórico do início do cristianismo e da perseguição de Nero ( Peter Ustinov).
  https://www.youtube.com/watch?v=QYpKFMFNqXQ
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/12/15-de-dezembro-de-37-nasce-o-imperador.html?fbclid=IwAR1bRae0eR9aFnJzvgdCOCmgzGh4SBHTdC3lzvFwwyFfMrHdYYu7GKfejns
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Foi a 4 de setembro do ano 476 que um chefe militar de nome Odoacro, à frente de uma coligação de forças militares de origem germânica, forçou o imperador romano a abdicar do trono e assumiu pessoalmente o poder, não como imperador de Roma mas como rei de Itália.

Rómulo Augústulo, o imperador deposto, tinha apenas 16 anos e havia governado durante menos de um ano e em condições muito precárias, uma vez que foi colocado no trono pelo pai, um chefe militar que tinha igualmente usurpado o poder. Rómulo Augústulo foi o último imperador de Roma.
A sua deposição é tradicionalmente considerada como o fim do Império Romano e da Antiguidade e o início da Idade Média, mas na verdade parece não ter causado qualquer impacto ou suscitado qualquer reação. O poder real há muito que estava nas mãos dos chefes militares e dos líderes germânicos e o título de imperador era pouco mais do que uma posição honorífica, cuja autoridade era muito reduzida.
  • Pode-se falar na queda do Império Romano?
A expressão “queda do império romano” é muito utilizada como forma, até certo ponto dramática, para marcar o fim da Antiguidade e, em particular, a deposição de Rómulo Augústulo que teve lugar nesta data. Na verdade, o processo de declínio do império foi lento e arrastou-se por um longo período. Desde o século III que permanentes crises políticas, económicas e militares, em conjunto com a entrada de tribos germânicas, tinham enfraquecido e dividido o império.
No ano 395, o imperador Teodósio dividiu o império em duas metades, que entregou aos seus dois filhos e que nunca voltariam a reunir-se. A parte ocidental passou a ter a capital em Ravena e a oriental, em Constantinopla, ou seja, em Bizâncio.
A Europa ocidental dividiu-se em pequenos reinos, que lutavam entre si. Os domínios do império ficaram reduzidos à Península Itálica e os imperadores eram meras figuras simbólicas, porque o poder real estava nas mãos dos generais romanos e dos chefes bárbaros.
  • A deposição teve consequências?
A abdicação de Rómulo Augústulo e o fim dos imperadores romanos do Ocidente teve um efeito importante, mas apenas ao nível ideológico. Odoacro obteve o apoio do senado romano para a consolidação do seu poder e declarou-se vassalo do Império Romano do Oriente, ou seja, de Constantinopla, para onde enviou as insígnias do imperador deposto. Isto significava que a dignidade e o prestígio do império Romano não desapareceram, mas estavam agora nas mãos dos imperadores de Bizâncio, e assim se mantiveram durante toda a Idade Média.
Pouco se sabe do que aconteceu ao jovem imperador deposto. Parece certo que a sua vida foi poupada e que Odoacro limitou-se a exilá-lo para a região de Nápoles, o que prova que não constituía qualquer ameaça para o novo poder político na Itália.
Ouça aqui outros episódios do programa Dias da História
 http://ensina.rtp.pt/artigo/queda-do-ultimo-imperador-roma/
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 Cuidado com os Idos de Março
“Acautelai-vos com os Idos de Março” avisara-o um adivinho, tempos atrás. Mas Júlio César não dera nenhuma importância ao aviso, (naquela altura, os meses eram divididos em calendas, idos e nonas. Os Idos eram a 15 de Março, Maio, Julho e Outubro, nos restantes meses eram no dia 13).
Estava-se no ano 44 a.C., e os Idos tinham chegado. Na noite anterior César e a mulher,
Calpúrnia, estiveram a jantar em casa de Emílio Lépido e durante o serão caíra a conversa sobre o género de morte que cada um desejaria para si e César dissera que gostaria que fosse rápida e inesperada.
Tinha horror à doença física, à fraqueza e ao desgaste do corpo e a epilepsia de que sofria. Regressaram a casa, mas durante a noite, uma rajada de vento tinha escancarado as portas e as portadas das janelas, despertando César de um sono inquieto.

No dia seguinte, 15 de Março, havia uma reunião do Senado e César sentindo-se indisposto, estava hesitante entre ir ou ficar. Calpúrnia também estava inquieta, sonhara que abraçava um César moribundo…
Mas Décimo Bruto, um dos senadores que fora lá a casa para o acompanhar à reunião, troçando dessas superstições, convenceu-o a ir com ele. Sem fazer caso dos apelos da sua mulher, César respondeu-lhe: “Só se deve temer o próprio medo”, e saiu.

A sessão do Senado que estava marcada para esse dia, no corredor anexo ao teatro de Pompeio, no Campo de Marte, destinava-se a determinar qual o título que o ditador usaria ao assumir o comando das legiões romanas na guerra que se iria desencadear contra a Pérsia.
Mas os livros sibilinos, os livros sagrados que eram consultados em ocasiões muito especiais, tinham revelado que os Partos só seriam derrotados por um rei…E Roma era uma República…
E em Fevereiro, durante os festivais dos Lupercais, Marco António, o seu mais fiel amigo, tinha-lhe oferecido uma coroa, por entre os aplausos da multidão, que César recusou. A cena repetiu-se três vezes, e à terceira, o ditador não ordenou que a coroa fosse entregue a Júpiter!

Para os sessenta ou oitenta conjurados, de que Décimo Bruto fazia parte, a República parecia perdida. César venceria de certeza a guerra…Era necessário agir, eliminar o ditador e fazer a República renascer.
No caminho para o Campo de Marte, César encontra de novo o adivinho e troçando dele, disse-lhe que os Idos de Março já tinham chegado, mas o outro responde-lhe que já tinham chegado, mas ainda não tinham acabado… Um pouco mais à frente, um cidadão com uma súplica, um rolo, aproxima-se dele, mas César entrega-a a um dos seus secretários, dizendo que a leria depois, sem imaginar que o rolo continha na realidade, toda a revelação da conjura, incluindo nomes e datas…
Entrou então na cúria, enquanto Marco António era retido cá fora por um dos conjurados, sob qualquer pretexto.
Conta Suetónio: “Quando ele se sentou, os conjurados puseram-se à sua volta como que em atitude de deferência; e de repente Cimbro Tílio aproximou-se mais, como se quisesse pedir-lhe algo, e uma vez que César recusava e com o gesto mostrava querer adiar para mais tarde, agarrou-o pela toga, abanando-o pelos ombros. César gritou: Mas isto é violência! E então um deles atacou-o com um punhal, ferindo-o abaixo da garganta. César agarrou-lhe o braço, trespassou-o com o punhal e tentou escapar; mas um segundo golpe deteve-o. Como viu que estava a ser atacado por todos os lados com punhais desembainhados, envolveu a cabeça na toga puxando com a mão esquerda as pregas para baixo, para que caísse mais dignamente, com a parte inferior do corpo também tapada. E assim foi trespassado por vinte e três punhaladas; soltou um gemido, sem uma palavra, apenas à primeira punhalada, se bem que alguns tenham afirmado que disse a Marco Bruto quando este o atacou: Também tu, Brutus? Ficou algum tempo por terra, inanimado, tendo fugido todos, até que três servos o colocaram numa liteira, com um braço pendente e o levaram para casa”.
Quando Marco António conseguiu entrar na cúria, tudo estava terminado!
wikipedia (imagem)

EL PAIS
http://obaudahistoria.blogspot.pt/
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15 de Março de 44 a. C. : Julio César é assassinado

Nasceu no ano 100 a. C. e morreu, assassinado, a 15 de Março do ano 44 a. C., ao cabo de uma carreira que fez dele o primeiro homem político de Roma. Dois anos após a sua morte ser-lhe-ia atribuído o estatuto de deus do povo romano.A sua entrada na vida pública foi precedida por vários anos de instabilidade em Roma. O jovem César começou por se dedicar à vida militar, que sempre lhe serviria de suporte às ambições políticas. Alcançou, depois, posições de menor importância na magistratura, até que, em 69 a. C., foi eleito questor. O cargo trouxe-o à Península Ibérica, e mesmo a território que é hoje em dia português. Mais tarde, em 62 a. C., foi eleito pretor, tendo de seguida ocupado o cargo de governador, mais uma vez, na Ibéria.Em 59, César foi eleito cônsul. Constituiu então, com Crasso e Pompeu, um triunvirato que duraria até ao ano de 56 a. C. Com tudo isto, a sua ascensão política era evidente. No plano militar, também, não deixavam de ser notadas as suas campanhas na Europa central e ocidental. O sucesso talvez mais significativo consistiu na submissão total da Gália na década de 50, com a capitulação do chefe gaulês Vercingetórix. Entretanto, em perigo de perder a sua posição devido a intrigas de senadores, César atravessa com as suas tropas o Rubicão, entrando em território italiano e dando início a uma guerra civil contra Pompeu. Nesta fase, a intenção de César era, não apenas salvaguardar a sua carreira política e até mesmo a sua segurança pessoal, mas também pôr travão ao desgoverno da Roma dominada pelas rivalidades e intrigas dos patrícios. A guerra, que se estendeu de 49 a 45 a. C., representaria, deste ponto de vista, o preço a pagar pela sobrevivência secular do império. Vitorioso, César, com o título de ditador de Roma, teve então a oportunidade que havia muito desejava para implementar diversas reformas importantes: concedeu a cidadania romana a certos povos que dela não usufruíam; reorganizou as estruturas administrativas locais do império; reformulou o calendário (uma medida de que ainda hoje se sentem os efeitos); alterou a constituição do Senado de forma a retirar poder à velha aristocracia. Na verdade, terá sido o seu crónico desprezo, bem expresso na sua forma autocrática de governar, pelos privilégios tradicionais da aristocracia patrícia que terá levado ao seu assassinato no Senado. 

No dia 15 de março de 44 a.C., foi assassinado com 23 facadas, nas escadarias do Senado, por um grupo de 60 senadores, liderados por Marcus Julius Brutus, seu filho adoptivo, e Caio Cássio. Júlio César ainda se defendeu, cobrindo-se com uma toga, até ver Brutus, quando então teria dito sua última famosa frase: "Até tu, Brutus".

Trata-se do mais conhecido atentado político da Antiguidade, descrito por Caio Suetónio Tranquilo (70 d.C.-140 d.C.), na biografia De vita Caesarum (Da vida dos Césares). "César" foi o título dos imperadores romanos de Augusto (63 a.C.-14 d.C.) a Adriano (76 d.C.-138 d.C.). Caio Júlio César foi morto por ter desprezado a opinião dos seus adversários. Supõe-se que os seus assassinos não tinham apenas motivos políticos, como também agiram por inveja e orgulho ferido. Matar um tirano, na época, não era considerado crime. Não há, porém, consenso entre os historiadores de que Júlio César tenha sido um tirano. Muitos dos seus planos não foram concretizados, mas ele deu uma orientação completamente nova ao desenvolvimento do Império Romano.

Júlio César. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.

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Assassinato de Júlio César - Karl von Piloty

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Vercingetórix rende-se a César - Lionel Royer

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30 de Dezembro de 39: Nasce o Imperador Romano Tito Flávio



Tribuno militar, nasceu a 30 de Dezembro do ano 39, filho primogénito de Vespasiano. Foi educado na corte de Nero e começou a sua carreira como tribuno militar na Germânia e a seguir na Bretanha. Mais tarde, depois de ter sido questor, é nomeado lugar-tenente do pai na Judeia, em 66.Em 69, o pai faz-se proclamar imperador pelos soldados. Tito termina a guerra da Judeia, conquistando Jerusalém de assalto, em 70. Os romanos penetraram na cidade e iniciaram um assalto frontal sobre o Templo. Segundo  Flávio Josefo (historiador judeu romano), Tito ordenara que o Templo não fosse destruído, porém, durante a batalha pela cidade, um soldado lançou uma tocha para o interior do Templo e este ardeu depressa. O cronista Sulpício Severo, no entanto, afirma que Tito ordenou a destruição do Templo. Fosse o que fosse, o Templo foi totalmente destruído e a cidade saqueada, após o que os soldados proclamaram-no Imperator no campo de batalha.

No ano seguinte, regressa a Roma e é associado ao Império. Pensou casar-se com a rainha Berenice, mas é obrigado a renunciar a essa ideia para não enfrentar a opinião pública desfavorável.

Vespasiano, seu pai, morre em 79 e Tito sucede-lhe como imperador, mas o seu império foi efémero, pois morre a 13 de Setembro de 81.

Foi durante o seu reinado que ocorreu a famosa erupção do Vesúvio que engoliu Pompeia, Herculano e Stabia. Tito deu o seu nome a terras e ao arco que celebra o seu triunfo.
Tito Flávio Vespasiano. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. 
Wikipedia(imagens)


File:Titus of Rome.jpg
Busto do Imperador Tito
Ficheiro:Detail from Arch of Titus.jpg
Triunfo de Tito, detalhe do Arco de Tito em Roma
Ficheiro:Colosseum in Rome, Italy - April 2007.jpg

A construção de Anfiteatro Flávio, conhecido habitualmente como o Coliseu de Roma, começou na década de 70 sob o reinado de Vespasiano e foi inaugurado sob o reinado de Tito nos anos 80.
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/12/30-de-dezembro-de-39-nasce-o-imperador_30.html?fbclid=IwAR3U1zdL4IhBgRttV0mKPNeXjBdTgD-nDkbsojwBSqJ47v1I15kDI61hwzQ
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19 de Setembro de 86: Nasce o Imperador Antonino Pio

Antonino Pio de nome completo Titus Aurelius Fulvius Boionius Arrius Antoninus Pius (19 de Setembro de 86 d.C. — 7 de Março de 161), foi imperador romano de 138 a 161. Nasceu em Lanúvio, Lácio e sob a sua administração o Império Romano atingiu o apogeu, num período sem inovações, mas de grande prosperidade e equilíbrio. Oriundo da nobreza, foi cônsul, governador da província da Ásia e conselheiro de Adriano, que o adoptou e designou como seu sucessor. Quando Adriano morreu, convenceu o Senado a atribuir-lhe honras divinas, o que lhe teria valido o cognome Pio. Estabeleceu reformas  na justiça, abrandando os rigores da legislação e administrou habilmente as finanças. Uma rebelião na Bretanha levou-o a construir ali um muro de defesa, para reforçar o erguido por Adriano e garantir o domínio romano na região. As revoltas na Bretanha, Mauritânia, Judeia, Egipto e Dácia revelaram os primeiros sinais de fraqueza do império, mas não chegaram para abalar a segurança. 

Antonino Pio casou-se por volta de 110 - 115 com Ânia Galéria Faustina a Maior. Faustina era a filha de cônsul Marco Ânio Vero Rupília Faustina (meia-irmã da imperatriz romana Víbia Sabina por parte da mãe, Matídia). Faustina foi uma formosa mulher, conhecida em Roma pela sua sabedoria. Passou toda a sua vida ao cuidado dos desfavorecidos. Antonino Pio foi um dos poucos imperadores que  enfrentou as crises do seu governo sem sair da Itália, tratando os assuntos bélicos provinciais através de governadores ou por meio de cartas a cidades como Éfeso.

O seu nome foi dado à dinastia iniciada por Nerva, em que a sucessão se fazia por adopção. Sucedeu-lhe, após sua morte em Lório, na Etrúria,  Marco Aurélio.
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Arquivo: Antonino Pio BM Sc1463.jpg
Busto de Antonino Pio
Arquivo: Antonino Pio Glyptothek Munich 337 cropped.jpg


Busto de Antonino Pio- Glyptothek , Munique 
Ficheiro:Sesterius-Antoninus Pius-Italia-RIC 0746a.jpg
Sestércio de Antonino Pio com a personificação da Itália
Arquivo: Sbeitla 04.jpg
Arco de Antonino Pio em Sbeitla, Tunísia
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22 de Dezembro de 244: Nasce o imperador Diocleciano

César Caio Aurélio Valério Diocleciano Augusto  é coroado imperador romano em 20 de Novembro de 284. O seu reinado durou até 305, quando abdicou por problemas de saúde.


Nascido em 22 de Dezembro de 244 em Diocleia, perto de Salona, Dalmácia, de família ilíria humilde, começou a carreira militar no império de Numeriano. Foi governador de Mísia, antiga região do noroeste da Ásia Menor, e em 282 foi chefe da guarda imperial. Em 283 tornou-se cônsul. Foi aclamado imperador pelas Legiões no dia 20 de Novembro de 284, depois do assassinato de Numeriano.

O seu primeiro acto como imperador foi assassinar pessoalmente o assassino de Numeriano, Árrio Áper. Tomou uma atitude corajosa quando dividiu o império romano em dois: oriental e ocidental. Para governar o império romano ocidental nomeou Maximiniano, ficando Diocleciano com o oriental, quando recuperou a Mesopotâmia e estabeleceu protectorado sobre a Arménia.

Durante os anos 293 a 305 impôs uma reforma política, militar, judicial, económica e financeira ao império. Criou também uma tetrarquia. Nomeou Galério para governar com ele no oriente e depois ser o seu sucessor; para o governo do ocidente nomeou Constâncio Cloro. Maximiano governava a Itália e a África, e Constâncio Cloro, a Grã-Bretanha, a Gália e a Espanha. Galério governava as regiões do Danúbio e a Ilíria, e Diocleciano, o Egipto e a maior parte do oriente.


Durante as campanhas contra os sármatas e tribos do Danúbio (285-290), os alamanos (288) e os usurpadores na província do Egipto (297-298), Diocleciano expulsou das fronteiras do império as ameaças ao seu poder.

Em 299, negociou com os sassânidas, tradicional inimigo do império no Oriente, obtendo uma paz duradoura. Separou e ampliou os serviços militar e civil e reorganizou as divisões provinciais de Nicomédia, Mediolanum e Augusta Trevorum, implementando o maior governo na história do Império Romano.


Tendendo ao absolutismo, comum aos governantes do século III, passou a denominar-se autócrata. Estimulou formas imponentes nas cerimónias públicas e na arquitectura. As despesas burocráticas e militares e os projectos megalómanos levaram a uma reforma tributária, com a elevação, a partir de 297, dos impostos.

Nem todos os planos de Diocleciano tiveram sucesso. O Édito sobre os Preços Máximos de 301, a sua tentativa de controlar a inflação por meio do controlo de preços, foi mal sucedido. O sistema tetrárquico ruiu logo após a abdicação de Diocleciano ante as disputas dinásticas rivais de Magêncio e Constantino.  A perseguição de Diocleciano (303-311), a maior e mais sangrenta perseguição oficial do cristianismo, não só não conseguiu destruir a comunidade cristã como ainda a deixou mais fortalecida.

Após 324, a religião tornou-se maioritária no império, especialmente depois do seu primeiro imperador cristão, Constantino. Apesar dos insucessos, as reformas de Diocleciano alteraram fundamentalmente a estrutura do governo imperial romano, e ajudaram a estabilizar o império económica e militarmente, permitindo que seguisse intacto nos 100 anos subsequentes , apesar de ter chegado perto do colapso total durante a juventude de Diocleciano.

Em 1 de Maio de 305, debilitado pela doença, Diocleciano abandonou o palácio imperial e tornou-se o primeiro imperador romano a abdicar voluntariamente do seu cargo. Viveu os últimos anos da sua vida num palácio na Dalmácia, onde faleceu em 3 de Dezembro de 311. O seu palácio tornou-se posteriormente o centro da cidade croata de Split.

Diocleciano reabilitou as velhas tradições, incentivando o culto dos deuses antigos. Perseguiu os maniqueus, praticantes de religião persa. Empreendeu a grande perseguição aos cristãos no que é considerada pelos historiadores como a "Era dos Mártires".

O pretexto que desencadeou a perseguição teria sido um sacrifício no palácio imperial de Nicomédia, oficiado por Diocleciano, em que os cristãos presentes teriam feito gestos para desviar a presença dos "demónios idólatras". Em Fevereiro de 303, um primeiro édito imperial ordenava a destruição geral de igrejas, objectos de culto cristãos, e a destituição de funcionários adeptos da "nova" religião. Um segundo édito ordenou a prisão do clero em geral. Um terceiro previa a libertação dos cristãos em caso de apostasia, e o quarto ordenava toda a população do império a sacrificar aos deuses sob pena de morte ou trabalhos forçados em minas.

As perseguições de Diocleciano esbarraram na falta de entusiasmo de uma população já bastante cristianizada - especialmente no Oriente, onde Diocleciano e Galério governavam directamente. No Ocidente, Constâncio Cloro limitou-se a aplicar o primeiro édito. O zelo administrativo dos funcionários foi suficiente para garantir perseguições violentas tanto no Oriente como na parte do Ocidente governada por Maximiano, que só arrefeceriam em 311, quando Galério, moribundo, emitiu um édito de descriminalização do Cristianismo.

O édito de tolerância de Galério abriria caminho ao Édito de Milão de 313 – editado por Licínio e Constantino I – que não apenas toleraria o Cristianismo mas o reconheceria como uma das religiões oficiais – e finalmente a única – do império.
 Fontes: Opera Mundi
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O palácio de Diocleciano
Lápide com o texto "decreto sobre os preços máximos" de Diocleciano
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01 de Outubro de 208 : Nasce o imperador romano Alexandre Severo

Imperador romano (c.208 d. C.-235 d. C.), Marco Júlio Géssio Alexiano Bassiano, ou Marco Aurélio Severo Alexandre, imperador em 222-235. Ganhou prestígio de bom governante, apanágio da sua dinastia, os Severos, de que foi o último imperador. Nascido à volta de 209, era filho de Júlia Maméia e de Géssio Marciano, sendo sobrinho de Júlia Mesa (irmã de Júlia Domna, imperatriz, mulher de Sétimo Severo). As intrigas de Júlia Mesa fizeram com que o primo Heliogábalo, imperador, o adotasse oficialmente como seu filho, herdando assim o seu patronímico e passando a chamar-se desde então Marco Aurélio Severo Alexandre. Dele se dizia em Roma, tal como sucedia com Heliogábalo, que era filho bastardo de Caracala.Em 222, Alexandre tornou-se Imperador, depois da soldadesca enraivecida ter assassinado brutalmente Heliogábalo, que tinha tentado assassinar o primo. O reinado de Alexandre foi bastante diferente do antecessor, Heliogábalo, dissoluto e extravagante, tendo tido um começo auspicioso e com grande disciplina. Não deixaram, todavia, de ocorrer casos, como o assassinato em 223 ou 224 de Ulpiano, nomeado por Alexandre para o importante mas perigoso cargo de Prefeito do Pretório. Em 225, Alexandre Severo desposou Bárbia Orbiana, que acabou, porém, por ser exilada dois anos depois sob a acusação de uma pretensa tentativa de rebelião congeminada pelo seu pai.
Na sequência da derrocada do império Parto, a fronteira oriental do império Romano começou a sofrer a ameaça dos Persas Sassânidas, guiados por Artaxerxes I. Este acabou mesmo por invadir a Mesopotâmia romana em 230 e começou a pressionar a Síria. Alexandre não deixou, no entanto, de enveredar por negociações de paz com os belicosos Sassânidas, mas não foram bem sucedidas, motivando da parte dos Romanos uma campanha militar na Mesopotâmia, que ainda que não tenha conhecido um êxito retumbante ou definitivo, não deixou de forçar Artaxerxes a retirar-se para outras paragens.Em 233 Alexandre está em Roma, onde celebra o seu triunfo e é aclamado pelo povo. Mas esta glória não durou muito, pois em 234 chegavam notícias de problemas e de desordem na tradicionalmente difícil fronteira do Reno, o que forçou o Imperador a demandar a Germânia. Como antes do Médio Oriente, também então Alexandre Severo decidiu entabular conversações de paz em vez de dirimir razões pelas armas. Mas estas intenções pacifistas não foram bem entendidas e recebidas pelas legiões, que viram nessa decisão um sinal de fraqueza e até de medo. Esta desconfiança da soldadesca acabou por custar a vida ao Imperador, um mais assassinado pelos seus próprios soldados, que não havia muito tempo o tinham aclamado e glorificado. Com a morte de Alexandre Severo em 235 acabava não só um reinado marcado por uma boa governação mas também a dinastia dos Severos.      
 Alexandre Severo. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
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Busto de Alexandre Severo

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Busto de Alexandre Severo no Louvre
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Arco de Alexandre Severo em Dougga na Tunísia
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18 de Setembro do ano 96: O Assassinato do imperador romano Domiciano marca o fim da Dinastia Flávia

Imperador romano (?-96 d. C.), reinou entre 81 e 96. Quando Tito Flávio Domiciano, o último dos Flávios, era ainda jovem, o pai Vespasiano impôs-lhe uma vida modesta, enquanto que o seu irmão Tito, mais velho, por seu turno, era educado na corte e vivia de forma mais faustosa. Ainda que privado de cargos e de prestígio, Domiciano não deixou de ser uma pessoa ambiciosa e sedenta de poder, embora, na opinião de seu pai, não tivesse capacidade para o gerir. Chocado com o comportamento arrogante e imprudente de Domiciano em Roma no turbulento ano de 69, Vespasiano - que não deixava de gracejar com o filho dizendo-lhe que estava disposto a designar o próximo imperador para que ele pudesse demonstrar o seu poder e prestígio - limitou-se a conferir-lhe um poder meramente formal, não o associando demasiadamente ao governo. Mas tudo indica que Domiciano não tenha deixado de aprender durante o império do pai os princípios e métodos para uma sábia e avisada administração, característica de toda a dinastia Flávia. Domiciano sucedeu a seu irmão Tito em 81 no Império, concluindo a seguir a conquista da Bretanha (atual Inglaterra), em 79-80, que seu irmão quase terminara. Na Germânia, anexou os Campos Decúmanos depois de 89, organizou provincialmente os territórios na margem esquerda do Reno e na Mésia, alcançando também acordos com outros povos, como os Dácos. O temperamento desconfiado e irascível de Domiciano - que desde sempre, por exemplo, teve um grande fascínio pela personalidade e governação de Tibério - e a sua cobiça do poder fizeram, todavia, com que o seu reinado fosse marcado por uma tirania intolerante. O poder, de facto, foi imediatamente concentrado nas suas mãos. Considerando-se deus e patrono supremo, aboliu todas as formalidades imperiais, que serviam para esconder o poder absoluto do príncipe. Subjugou cruel e violentamente quaisquer formas de contestação ou rebelião (como a do legado António Saturnino, em janeiro de 89, à frente de duas legiões revoltosas na Germânia), para além de ofender sucessivas vezes senadores e conselheiros (favorecendo os cavaleiros, sua base de apoio, em detrimento daqueles) e de ver suspeitos e inimigos por todo o lado. Esta espiral de suspeição e de repressão terminou com o assassinato de Domiciano em setembro de 96, perpetrado por membros da sua própria família, entre os quais a sua mulher, Domícia Longina, e instigado por senadores. A moralização imperial levada a efeito pelos imperadores que sucederam a Domiciano, foi sempre elogiada e louvada por todos quantos sobreviveram ao reinado de terror do filho de Vespasiano. Os seus excessos de absolutismo da sua governação tornaram-no comparável, principalmente pelos seus opositores, aos imperadores Calígula e Nero. Plínio e Tácito, dois grandes intelectuais romanos do seu tempo, criticaram-no duramente, embora não tenham deixado de lhe reconhecer uma certa habilidade governativa, marcada por boas opções em termos de conduta do Estado, por toda uma energia e empenho em resolver os problemas militares que afligiam sempre a fronteira do Danúbio, para além do rigor das suas medidas de natureza económica. Neste âmbito, por exemplo, deixou refrear a tendência de sobreprodução que fazia baixar os preços agrícolas, revelando perspicácia, como sucede também no estreitar de relações comerciais com a China e principalmente a Índia. As províncias foram também bastante urbanizadas no seu principado. Foi, na verdade, um homem de cultura e com rasgos de humanismo notáveis, como sucedeu quando proibiu a castração de escravos. Ainda que mórbido e impiedoso, egocêntrico e cruel, em termos de atitudes políticas ou públicas, face ao seu desrespeito pelas altas magistraturas romanas e de certo modo pela tradição, não deixou de ser um Flávio em termos de governação, afastando-se por isso do extravagante Calígula ou do "criminoso" Nero. Como Flávio, notabilizou-se também nas obras públicas: concluiu o fórum que seu pai, Vespasiano, começara; edificou o Palatino; e mandou construir o enorme Palácio Flávio. A sua obra mais célebre, contudo, foi o estádio com o seu nome, que está na origem da atual Piazza Navona, um recinto que desde Domiciano era usado para espetáculos naumáquicos.     
Fontes:Domiciano. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
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File:Domiziano da collezione albani, fine del I sec. dc. 02.JPG
Busto de Domiciano no Museu do Louvre
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Denário de Domiciano
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Estátua de Domiciano no Vaticano
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13 de Outubro de 54: Morre o imperador romano, Cláudio

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01 de Agosto de 10 a.C. : Nasce o Imperador Cláudio

Tibério Cláudio César Augusto Germânico  (Lugdunum (Lyon), Gália,1 de Agosto de 10 a.C. – 13 de Outubro de 54), foi o quarto imperador de Roma, entre 41 e 54. É o segundo a ser proclamado um deus, após Augusto. Pertencente à dinastia júlio-claudiana, os seus pais eram Nero Cláudio Druso e Antónia, a Jovem. Era ainda neto de Livia Drusa, mulher de Augusto, sobrinho de Tibério e irmão de Germânico. Nasceu na Gália, hoje França, tornando-se assim o primeiro imperador nascido fora de Itália.

O Imperador Cláudio  era um homem muito culto, a quem se deve o conhecimento atual da língua etrusca. Mas, devido a alguns problemas físicos (era coxo e levemente surdo) e falta de experiência militar, ele não estava destinado a tornar-se imperador. Cláudio sobe ao trono imperial em 41 d.C. após o assassinato do seu sobrinho Calígula pela guarda pretoriana.

Foi casado quatro vezes, e em nenhum destes casamentos foi feliz. As duas primeiras mulheres foram repudiadas e a terceira, Messalina, foi executada por traição, adultério, libertinagem e acusação de conspiração. Foi com Messalina que Cláudio teve os seus dois únicos filhos, Britânico e Otávia, que casaria com o irmão adotivo, o imperador Nero. No final da vida, Cláudio tornou-se bastante permeável à influência de Agripina, sua quarta esposa. Por causa desta, ele deserdou o seu próprio filho e nomeou o enteado Nero seu sucessor.

O novo imperador acabou por se mostrar um excelente administrador, realizando obras públicas e importantes reformas administrativas. A sua política de expansão teve excelentes resultados, e ele foi o responsável pela conquista das províncias da Trácia, Judeia, Lícia, Nórica e Panfília e Mauritânia. No entanto, a conquista mais importante foi a Britânia (atual Inglaterra e Gales), incluída ao império em 43 d.C.. Cláudio morreu em 54, provavelmente envenenado por Agripina. O Senado Romano, por influência de Nero, proclamou-o deus. 

Cláudio. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. 
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Arquivo: Claudius crop.jpg

Busto de Cláudio - Museu Arqueológico de Nápoles
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Cláudio é proclamado Imperador, pormenor da obra Um Imperador romano - 41d.C. - Lawrence Alma Tadema
O império de Cláudio (37-54)
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07 de Dezembro de 43 a.C. : Marco Túlio Cícero é assassinado

Cícero nasceu numa antiga família da classe equestre, duma povoação do interior do Lácio, a quem tinha sido dada a cidadania romana somente em 188 a.C., e que nunca tinha por isso participado na vida política de Roma. O pai proporcionou aos dois filhos, Marco, o mais velho, e Quinto, uma educação muito completa, sendo que Marco Túlio, após ter estudado na escola pública e ter chegado à maioridade, foi entregue aos cuidados do célebre senador e jurista romano Múcio Cévola que o pôs a par das leis e das instituições políticas de Roma. 

Durante a Guerra Social do princípio do século I a.C (91-88 a.C.) Cícero passou brevemente pela vida militar, passo necessário para poder participar plenamente na vida política romana, tendo estado presente numa campanha militar sob o comando do cônsul Pompeu Estrabão, pai de Pompeu o Grande. Regressado à vida civil, começou a estudar filosofia com Filão, o Académico, mas a sua atenção centrou-se na oratória que estudou com a ajuda de Molo, o principal retórico da época, e de Diodoto, o Estóico.

Cícero é considerado o primeiro romano que chegou aos principais postos do governo com base na sua eloquência, e ao mérito com exerceu as suas funções de magistrado civil.  O primeiro caso importante que aceitou foi a defesa de Amerino, um escravo liberto, acusado de parricida por um favorito de Sila, nessa época ditador de Roma. Esta acção corajosa levou-o a sair prudentemente de Roma, após a conclusão do pleito, tendo viajado durante dois anos, oficialmente para se restabelecer de uma doença. Em Atenas reencontrou o seu colega de escola Pompónio Ático, com quem estabelecerá a partir daí uma longa, e muito célebre, Correspondência. No Oriente concluiu a sua formação filosófica e retórica.

Regressado a Roma em 76 a.C. após a morte de Sila, começou a sua carreira política, sendo nomeado questor da Sicília no ano seguinte, província que governou com sucesso. De regresso a Roma aceitou dirigir, em 70 a.C., o processo que a população da ilha intentou contra o pro-pretor da ilha, Verres, por corrupção. Venceu o processo obrigando este a sair de Roma. No ano seguinte (69 a.C.), cinco anos depois de regressar da Sicília, foi eleito edil e mais tarde, cumpridos os dois anos de intervalo entre magistraturas, foi escolhido para pretor (66 a.C.), discursando pela primeira vez a partir da  Rostra - a antiga plataforma dos oradores no Fórum de Roma - em defesa da Lex Manilia, que pretendia entregar a Pompeu o governo de várias províncias orientais, como base para atacar o rei do Ponto, Mitríades VI Eupator, em luta contra Roma no norte da península da Anatólia (Ásia Menor).



No fim da sua actuação como pretor, decidiu concorrer ao consulado, tendo por isso recusado a nomeação para o governo de uma província do império, o pagamento normal para o exercício do cargo de pretor. Foi eleito cônsul em 62 a.C., para o exercício do ano seguinte. Nesse cargo conseguiu destruir a Conjuração de Catilina, tendo sido declarado Pai da Pátria por essa actuação em defesa das instituições republicanas.

Mas o regresso triunfal de Pompeu a Roma, e a institucionalização do primeiro Triunvirato, fez com que as ambições políticas de Cícero sofressem um rude golpe, fazendo com que voltasse às actividades forense e literária. Mas a actuação de um seu inimigo político, P. Clódio, que criticava a actuação de Cícero durante a conjuração de Catilina, devido à execução dos conjurados sem julgamento, fez com que abandonasse voluntariamente Roma (58 a.C.) e a Itália indo para o exílio na Grécia, por onde deambulou, até que se instalou em Tessalónica no norte da província, o que não impediu a votação de uma lei que o desterrava. A perseguição de P. Clódio continuou, atacando a família mais próxima e as propriedades de Cícero, até que Pompeu interveio e conseguiu, com a ajuda de parentes e de amigos de Cícero, que o Senado se decidisse a chamá-lo do exílio. Quando regressou (57 a.C.), o Senado foi recebê-lo às portas da cidade, sendo a sua entrada quase uma procissão triunfal.



Seis anos mais tade (51 a.C.), devido a uma lei de Pompeu, que obrigava os senadores de nível consular ou pretoriano a dividirem as províncias vagas entre si, foi governar a Cilícia. Aí, nas costas meridionais da Ásia Menor, antigo centro da pirataria do Mediterrâneo oriental, lutou vitoriosamente contra tribos rebeldes das montanhas, recebendo dos seus soldados o título de Imperator. Demitiu-se e regressou a Roma por volta do ano 50 a.C., com intenção de reclamar a realização de um triunfo. Mas o começo das lutas entre Pompeu e César, que deram origem à Guerra Civil, impediram a sua efectivação.

Foi o período mais crítico do ponto de vista moral e político da vida de Cícero.

Querendo manter-se neutral na feroz luta política da época tentou agradar aos dois campos, sem conseguir agradar a nenhum deles. Mas manteve-se sempre mais perto de Pompeu, e do partido senatorial, do que de César, e do partido popular, e de facto acabou por se decidir, mas muito timidamente, pelo campo senatorial. Após a batalha de Farsalia (48 a.C.), e a fuga consequente de Pompeu e a morte deste no Egipto, recusou-se a comandar tropas e regressou a Roma, governada por António enquanto representante pessoal de César. Cícero passou então a dedicar-se integralmente à filosofia e à literatura, sendo desta época o tratado De Republica.

Os empréstimos feitos a Pompeu, naturalmente não pagos, empobreceram-no, tendo necessidade de pedir a assistência do seu velho amigo Ático, e de se divorciar da sua mulher, Terência, casando com Publilia, uma jovem de meios. Nessa período, Túlia, filha do seu primeiro casamento, morreu, o que provocou o divórcio da sua segunda mulher, que não terá mostrado suficiente pesar pela morte da enteada. Estes factos provocaram a publicação de De Consolatione.



O assassínio de César em 44 a.C. trouxe-o de novo para o centro da actividade política. Tentou recuperar a influência política, e a direcção do partido senatorial, mas António ocupou o lugar de Júlio César, e a Cícero só lhe restou escrever as orações contra o sucessor de César conhecidas comoFilípicas. A sua oposição a António granjearam-lhe o interesse de Octávio. Cícero não se deixou enganar pelo filho adoptivo de César, e as resoluções do Senado contra António tiveram origem nele. Mas Octávio, eleito cônsul, chegou a acordo com António e Lépido, antigo general de Júlio César, formando-se o segundo triunvirato. Cícero retirou-se com alguns familiares para Túsculo, a sul de Roma. Aí teve conhecimento que Octávio o tinha abandonado e que António o tinha colocado na lista dos proscritos, uma declaração de morte. Viajou para Fórmio, na costa adriática, com intenção de embarcar para a Grécia. Mas acabou por ficar afirmando «Moriar in patria soepe servata» (Morra eu na pátria que tantas vezes salvei), o que aconteceu às mãos de soldados comandados por um seu antigo cliente. Cortaram-lhe a cabeça e as mãos e, por ordem de António, pregaram-nas na Rostra.
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Jovem Cícero a Ler - Vicenzo Foppa
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Cícero denuncia Catilina - Cesare Maccari

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Busto de Cícero
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