14/07/2018

8.878.(14jul2018.11.33') Gustav Klimt

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Nasce a 14jul1862
e morre a 6fev1918
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 estive poucas horas em Viena e como Klimt estava tão presente...
 https://www.youtube.com/watch?v=sIrnnbRU2bU
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"Se não conseguires agradar a toda a gente através da tua actividade e obras de arte - agrada a poucos. Agradar a muitos é mau."
"Toda a arte é erótica."
"Não há auto-retrato de mim."
"Embora mesmo quando estando ocioso eu tenho abundância de alimentos para o pensamento."
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https://www.facebook.com/GustavKlimtShop/?ref=br_rs
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 14 de Julho de 1862: Nasce o pintor austríaco Gustav Klimt
Artista austríaco, Gustav Klimt nasceu a 14 de julho de 1862, em Baumgarten, próximo de Viena, e morreu a 6 de fevereiro de 1918, em Viena, vítima de apoplexia. Estudou na Escola de Artes e Ofícios de Viena entre 1876 e 1883. Nesse mesmo ano fundou, juntamente com o irmão Ernst Klimt e com Franz Matsche, um atelier de pintura, especializando-se na execução de murais, pinturas para tetos ou para cenários.



O seu trabalho inicial consistiu essencialmente em grandes murais para teatros, num estilo naturalista, de entre os quais se destacam o teto do Burgtheater de Viena (1886-1888) e as pinturas da escadaria do Museu de História de Arte, também em Viena (1890-1892). Neste trabalho, Klimt procurou fazer uma síntese da história da arte, pintando cada personagem num estilo diferente, conforme ao período que encarnava. A partir de 1894 executou grandes pinturas alegóricas para o teto da Sala Magna da Universidade de Viena, enveredando por uma linguagem mais ornamental e linear, próxima dos ideais estéticos do movimento da Arte Nova. Estes trabalhos, "A Filosofia", "A Medicina" e "O Direito", foram tão fortemente criticados pelas correntes mais tradicionalistas, que se abandonou a intenção de os colocar nos locais previstos. Confrontado com esta hostil reação crítica do público, Klimt retirou-se da vida pública.



Em 1897, Klimt foi um dos membros fundadores do grupo da Secessão de Viena(um movimento de reação contra o conservadorismo académico burguês), tornando-se seu presidente até 1905, ano em que abandonou o movimento para formar o Grupo Klimt. Nesta altura colaborava no periódico Ver Sacrum, para o qual realizou um conjunto de ilustrações de carácter alegórico.

A partir de 1898, o seu trabalho tornou-se mais original e inovador, ganhando um carácter simultaneamente mais simbólico e decorativo. Em 1902 executa, para a sede da Secessão, um edifício projetado por Olbrich, o Friso de Beethoven, uma grande pintura mural, cuja influência sobre as gerações mais jovens foi considerável. Este friso foi, tal como a 9.ª Sinfonia de Beethoven, realizado em três fases, dividindo-se em "Aspiração à Felicidade", "As Forças Inimigas" e "Hino à Alegria".

Os seus trabalhos mais famosos, datados do último período artístico do pintor, foram O retrato de Fritza Riedler (1906) e os murais e mosaicos realizados para o Palácio Stoclet (1905-1909) em Bruxelas, uma grande casa desenhada pelo arquiteto austríaco Joseph Hoffmann, também ele membro da Secessão Vienense. Nas suas pinturas, Klimt revelou a tendência para eliminar o efeito de profundidade e de volume, transformando as figuras num conjunto de superfícies decorativas, com carácter abstrato, de onde se destacavam os pormenores figurativos das mãos e dos rostos.

Neste período, Klimt colabora com muitos dos artistas dos Wiener Werstätten (ateliers vienenses), fundados em 1902 por Hoffmann, realizando aí inúmeros trabalhos de artes aplicadas.

Apesar de ser contestado no seu país natal até 1917 (ano em que foi eleito membro de honra da Academia de Viena), em 1910 a sua obra foi alvo de uma receção entusiástica na Bienal de Veneza.

Pintou essencialmente a mulher feminina e fatal, enfatizando a sexualidade, nomeadamente através da representação das senhoras da sociedade de Viena. Os seus quadros compõem-se de mosaicos, cores quentes, motivos florais e animalescos e, claro, de mulheres sensuais de corpos desnudados.

As suas obras pictóricas mais conhecidas são O Beijo, uma pintura a óleo sobre tela datada de 1907-1908, onde o artista pinta um par romântico ornado por uma composição de mosaicos e elementos vegetalistas; e o Abraço, um projeto para a decoração da casa Stoclet, concebido entre 1905 e 1909.

A pintura de Klimt, um dos mais importantes pintores vienenses de inícios do século, teve significativas repercussões na obra de alguns artistas do movimento expressionista, tais como o alemão Egon Schiele e o austríaco Oskar Kokoschka.

Gustav Klimt. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. 
wikipedia (imagens)

Arquivo: Klimt.jpg
Gustav Klimt (1914)

Ficheiro:Egon Schiele - Gustav Klimt im blauen Malerkittel - 1913.jpeg
Gustav Klimt por Egon Schiele (1913)


As Musas de Klimt

Arquivo: Gustav Klimt 046.jpg


Arquivo: Gustav Klimt 049.jpg
Arquivo: Gustav Klimt 058.jpg
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/07/14-de-julho-de-1862-nasce-o-pintor.html
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 Análise da obra: "O Beijo", de Gustav Klimt
O Beijo (original: Der Kuss) é um quadro do pintor austríaco Gustav Klimt. Executado em óleo sobre tela, mede 180x180 centímetros, é uma das obras mais conhecidas de Klimt, devido a um elevado número de reproduções realizadas até hoje.
Revelando a influência do compatriota Sigmund Freud, as obras de Gustav Klimt reflectem os anseios intelectuais, eróti
cos e simbólicos e também as paixões estéticas do dinâmico círculo intelectual da Viena de finais do século XIX. O trabalho de Klimt faz uma síntese do Simbolismo e da Art Nouveau. Usando a ornamentação elaborada característica da Art Nouveau, o artista pintou imensos frisos ornamentais retratando cenas com um clima de conto de fadas, e produziu ainda retratos marcantes que fundem as formas estilizadas e cores extravagantes do Simbolismo ao seu conceito pessoal e eclético de beleza.
A obra-prima de Klimt, O Beijo (1907-1908), é uma festa reluzente de erotismo e beleza. O quadro tem um brilho sensual de mosaico bizantino. Um homem, envolvido num manto dourado ricamente trabalhado, inclina-se para beijar uma mulher que está de joelhos. Dos corpos dos amantes vemos apenas os rostos e as mãos, além dos pés flexionados da mulher. Tudo o resto é uma opulenta cascata de ouro ricamente engastada com, ametistas, safiras, rubis, opalas e esmeraldas. Por baixo deles estende-se um leito de pétalas. O mundo do casal retratado não é o nosso, é o mundo de fantasia e da intimidade. O Beijo é uma pintura intensamente erótica.
As flores e arbustos que formam uma cama na pintura são os únicos elementos que parecem ligar os amantes ao mundo real. O próprio artista cultivava flores e plantas, usando-as constantemente como elemento nas suas obras. E demonstrava o conhecimento do significado simbólico de cada uma delas, as plantas douradas do quadro que contornam os pés da mulher são conhecidas como erva de Parnaso, um antigo símbolo da fertilidade. Outro elemento recorrente nas pinturas de Klimt são as ruivas. Influenciado pelos pré-rafaelitas, que popularizaram a imagem da mulher ruiva, nas obras do artista as madeixas vermelhas ganham o estatuto de sedução e feminilidade. Alguns críticos de arte, não veem a pintura como uma representação romântica. Afinal, apenas o homem está a beijar. As mãos da mulher parecem tentar afasta-lo, enquanto ele a segura com as duas mãos. Outros estudiosos, vão além e conjecturam que a mulher esteja morta e sua cabeça decapitada, devido à sua palidez e ao posicionamento no quadro.
Sobre o casal, muitos especialistas afirmam que seria praticamente um retrato de Klimt com Emilie Flöge,(Viena, 1874 – Viena 1952) – eterna companheira e musa do artista.
O quadro está exposto na Galeria Belvedere de Viena.

Fontes: http://www.belvedere.at/de
obviousmag.org
noticias.universia.com
wikipedia (Imagens)

https://www.facebook.com/107358489335605/photos/a.107488435989277.12708.107358489335605/2042559492482152/?type=3&theater
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 https://www.facebook.com/107358489335605/photos/a.107488435989277/2477339652337465/?type=3&theater
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 Portrait of Fritza Riedler 1906
 https://www.facebook.com/107358489335605/photos/a.107488435989277/2477351085669655/?type=3&theater
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 Mäda Gertrude Primavesi, 1912 -
 https://www.facebook.com/107358489335605/photos/a.107488435989277/2477358225668941/?type=3&theater
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Mulheres na História (XXIII) Adele Bloch-Bauer

Adele Bloch-Bauer nasceu em Viena a 9 de Agosto de 1881, era a mais nova dos sete filhos do banqueiro Moritz Bauer e Jeannette Bauer. O seu pai era o director geral da influente associação vienense  de Bancos. Quando ela tinha quinze anos o seu mundo  foi abalado pela morte precoce do seu irmão mais velho Karl. Presumivelmente foi o trauma da morte do irmão, que a levou a distanciar-se da religião.  

Adele  casou-se relativamente jovem. Em 19 de Dezembro de 1899, contraiu matrimónio com o industrial Ferdinand Bloch (1864-1945), que era 17 anos mais velho . 

Adele estudou literatura clássica alemã, Francês e Inglês por iniciativa própria. Ela era delicada, tendendo a ficar doente.
Em casa do matrimónio Bloch - Bauer compareciam convidados de destaque, salientam-se os compositores Gustav Mahler, Richard Strauss, Alma Mahler-Werfel, os escritores Stefan Zweig e Jakob Wassermann , artistas do círculo de Gustav Klimt, actores do Burgtheater, e após a Primeira Guerra Mundial, os socialistas Karl Renner  e Julius Tandler.

No Verão de 1903, Ferdinand Bloch-Bauer pediu a Gustav Klimt para pintar o retrato da sua esposa, pretendendo-o como um presente para o aniversário dos seus pais, em Outubro. O retrato (conhecido como Gold Adele) foi exibido em público apenas no início de 1907. Adele está sentada num trono de ouro, é o ícone moderno de uma grande dama, o fundo dourado e o céu estrelado complementam o seu rico manto de ouro. Pensa-se que terá existido uma relação amorosa entre Adele e Gustav Klimt. Uma indicação do seu relacionamento pode ser encontrado na obra "Judith", em que Adele é, presumivelmente a modelo. Num segundo retrato, datado de 1912, Adele está em pé de frente para o espectador, com um vestido elegante. O papel de parede colorido atrás dela evoca uma fantasia exótica do mundo do extremo oriente. Os rumores sobre um affair entre ela e Klimt nunca foram confirmados. Além dos dois retratos de Adele, os Bloch-Bauer, também compraram quatro paisagens e numerosos desenhos de Klimt. Adele e Ferdinand estavam orgulhosos da sua colecção de arte, que inclui pinturas de artistas austríacos famosos como Ferdinand Georg Waldmüller, Rudolf von Alt  e Emil Jakob Schindler. 

Em 1918, após a queda da monarquia da Áustria-Hungria, Ferdinand e Adele solicitaram  a cidadania checa com o endereço do seu castelo "Schloß Jungfern" perto de Praga. Mas, a sua base permaneceu em Viena. Julius Tandler, um convidado de destaque nas suas festas,  tornou-se médico de Adele. Foi possivelmente devido à sua influência que ela começou a apoiar causas socialistas. No seu testamento, ela deixou o seu dinheiro a instituições de caridade, entre elas a Sociedade dos Amigos das Crianças. Ela doou a sua biblioteca ao público vienense e  à Biblioteca Operária.

Em 24 de Janeiro de 1925, Adele Bloch-Bauer morreu repentinamente de meningite, em Viena. O filme Woman in gold, de Simon Curtis  é a história verídica de Maria Altmann, herdeira de Adele Bloch-Bauer, que lutou pela restituição de uma das principais obras de Klimt. 
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Arquivo: Gustav Klimt 046.jpg
Retrato de Adele Bloch-Bauer - Gustav Klimt (1907)
Arquivo: Gustav Klimt 047.jpg
Retrato de Adele Bloch-Bauer - Gustav Klimt (1912)
Judite e a cabeça de Holofernes - Gustav Klimt https://www.youtube.com/watch?v=wu9JeTX6Sdw
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2013/06/mulheres-na-historia-xxiii-adele-bloch.html
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24 de Janeiro de 1925: Morre Adele Bloch-Bauer, musa de Gustav Klimt

Adele Bloch-Bauer nasceu em Viena a 9 de Agosto de 1881, era a mais nova dos sete filhos do banqueiro Moritz Bauer e Jeannette Bauer. O seu pai era o director geral da influente associação vienense  de Bancos. Quando ela tinha quinze anos o seu mundo  foi abalado pela morte precoce do seu irmão mais velho Karl. Presumivelmente foi o trauma da morte do irmão, que a levou a distanciar-se da religião.  

Adele  casou-se relativamente jovem. Em 19 de Dezembro de 1899, contraiu matrimónio com o industrial Ferdinand Bloch (1864-1945), que era 17 anos mais velho . 

Adele estudou literatura clássica alemã, Francês e Inglês por iniciativa própria. Ela era delicada, tendendo a ficar doente.
Em casa do matrimónio Bloch - Bauer compareciam convidados de destaque, salientam-se os compositores Gustav Mahler, Richard Strauss, Alma Mahler-Werfel, os escritores Stefan Zweig e Jakob Wassermann , artistas do círculo de Gustav Klimt, actores do Burgtheater, e após a Primeira Guerra Mundial, os socialistas Karl Renner  e Julius Tandler.

No Verão de 1903, Ferdinand Bloch-Bauer pediu a Gustav Klimt para pintar o retrato da sua esposa, pretendendo-o como um presente para o aniversário dos seus pais, em Outubro. O retrato (conhecido como Gold Adele) foi exibido em público apenas no início de 1907. Adele está sentada num trono de ouro, é o ícone moderno de uma grande dama, o fundo dourado e o céu estrelado complementam o seu rico manto de ouro. Pensa-se que terá existido uma relação amorosa entre Adele e Gustav Klimt. Uma indicação do seu relacionamento pode ser encontrado na obra "Judith", em que Adele é, presumivelmente a modelo. Num segundo retrato, datado de 1912, Adele está em pé de frente para o espectador, com um vestido elegante. O papel de parede colorido atrás dela evoca uma fantasia exótica do mundo do extremo oriente. Os rumores sobre um affair entre ela e Klimt nunca foram confirmados. Além dos dois retratos de Adele, os Bloch-Bauer, também compraram quatro paisagens e numerosos desenhos de Klimt. Adele e Ferdinand estavam orgulhosos da sua colecção de arte, que inclui pinturas de artistas austríacos famosos como Ferdinand Georg Waldmüller, Rudolf von Alt  e Emil Jakob Schindler. 

Em 1918, após a queda da monarquia da Áustria-Hungria, Ferdinand e Adele solicitaram  a cidadania checa com o endereço do seu castelo "Schloß Jungfern" perto de Praga. Mas, a sua base permaneceu em Viena. Julius Tandler, um convidado de destaque nas suas festas,  tornou-se médico de Adele. Foi possivelmente devido à sua influência que ela começou a apoiar causas socialistas. No seu testamento, ela deixou o seu dinheiro a instituições de caridade, entre elas a Sociedade dos Amigos das Crianças. Ela doou a sua biblioteca ao público vienense e  à Biblioteca Operária.

Em 24 de Janeiro de 1925, Adele Bloch-Bauer morreu repentinamente de meningite, em Viena.
O filme Woman in gold, de Simon Curtis  é a história verídica de Maria Altmann, herdeira de Adele Bloch-Bauer, que lutou pela restituição de uma das principais obras de Klimt. 
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Judite e a cabeça de Holofernes - Gustav Klimt

Arquivo: Gustav Klimt 046.jpg
Retrato de Adele Bloch-Bauer - Gustav Klimt (1907)
 https://www.youtube.com/watch?v=wu9JeTX6Sdw&feature=youtu.be&fbclid=IwAR1eFMkUdzONipMIRCf-5XWFeJQgu3M4iZtTLM5BfWNBBuaK4xzwetXI5pc
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/01/24-de-janeiro-de-1925-morre-adele-bloch_24.html?fbclid=IwAR1CVJPgcrwkZBThZvt_gzM7iej15B3kMXpbu5oiDiSr6ud2ZsEXmCKblS8
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O retrato de Sonja Knips, de Gustav Klimt

Sophie Maria Amalia Potier des Echelles nasceu a 2 de Dezembro de 1873, na cidade de Lvov, onde o seu pai, o general Maximiliano Potier des Echelles, estava em serviço. Em 1896 casou-se com o magnata da indústria metalúrgica e instituições de crédito, Anton Knips. 

Ligada ao mundo artístico, Sonja admirava a arte moderna, especialmente Gustav Klimt e Josef Hoffman e  os membros da  Secessão de Viena.

O arquitecto Josef Hoffman foi contratado para projectar o seu apartamento no número 15 na Gumpendorferstrasse em 1903. Na sala de estar do apartamento, Hoffman colocou uma das paisagens de Klimt. Para além do apartamento, Hoffman também projectou a residência de campo dos Knips em Weissensee, perto do Lago Millstatt, e o túmulo da família no cemitério de Hietzing. Mas a grande obra deste arquitecto foi o projecto  da casa da família em Viena, construída entre 1924-1925. No salão principal da casa foi colocado este retrato.

Sonja faleceu na sua residência de Seeboden a 25 de Junho de 1959. Nos seus documentos privados, ela declara-se uma "artista". Uma das suas netas, Barbara Creagham afirmou que o casamento da avó não foi feliz. Os seus dois filhos morreram jovens e o seu irmão favorito morreu depois de cair de um cavalo.


Este retrato de Klimt é considerado o primeiro do seu novo estilo, trabalhando no formato quadrado e ao abandonar o hiper-realismo de trabalhos anteriores. Sonja está sentada num cadeirão branco e atrás dela vemos um grande ramo de orquídeas, um elemento que se repete no canto superior esquerdo. Esta é a única referência à natureza mostrada num retrato de Klimt. Sonja usa um elegante vestido rosa com gola alta, folhos nos ombros, e saia rodada. Na forma como o vestido é representado encontra-se a influência de James Abbott mac Neill  enquanto que na pose, Klimt é inspirado por um retrato de Hans Makart, especificamente no de Charlotte Wolter como Messalina. A mão esquerda de Sonja segura firmemente a cadeira e a direita surge com um livro vermelho na mão, identificado como um dos cadernos do pintor. O seu gesto é sério e melancólico e é mais um dos elementos de referência do retrato. Sonja olha para o espectador, a luminosidade projecta-se nos seus olhos e aumenta o brilho dos mesmos. O resultado é um trabalho verdadeiramente espetacular, com o qual Klimt será o retratista favorito das mulheres de alta burguesia de Viena como evidenciado pelos retratos de Adele Bloch-Bauer e .Fritza Riedler. O retrato encontra-se no museu  Belvedere, em Viena.
Fontes:http://www.viennatouristguide.at/
Artehistoria
wikipedia(imagem)


File:Klimt - Bildnis Sonja Knips.jpeg
O retrato de Sonja Knips, de Gustav Klimt
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2014/02/o-retrato-de-sonja-knips-de-gustav-klimt.html
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Mulheres na História (XXIV) Emilie Louise Flöge

Emilie Louise Flöge  nasceu a 30 de Agosto de 1874 em Viena, foi designer de moda e empresária além de musa e modelo de Gustav Klimt. 
Emilie começou por ser costureira tornando-se posteriormente designer de moda e empresária. Começou a trabalhar em 1895, com  Pauline, a sua irmã mais velha, quando esta abriu uma escola de costura.  A partir 1904 as irmãs estabeleceram-se como mulheres de negócios e abriram uma loja de moda de alta costura conhecida como Schwestern Flöge (Irmãs Flöge), numa das principais avenidas de Viena. Durante as suas viagens a Londres e Paris, as irmãs familiarizaram-se com as últimas tendências da moda de Coco Chanel e Christian Dior. A loja foi um êxito e Gustav Klimt colaborou com as irmãs realizando alguns desenhos
No entanto, após o Anschluss  com o Terceiro Reich alemão (anexação da Áustria por Hitler) em 1938,  a loja Flöge perdeu os seus clientes mais importantes e teve que fechar continuando Emilie a trabalhar em sua casa.

Emilie Flöge e Gustav Klimt conheciam-se uma vez que a irmã mais nova dela, Helene, era casada com Ernst, irmão de Gustav. Quando Helene ficou viúva (quatro anos após o casamento) , Gustav tornou-se  tutor e protector da sua sobrinha. Assim, desde os seus dezassete anos que Emilie e a sua família conviviam com Gustav. Ambos foram figuras activas da Secessão de Viena, grupo de artistas que incluía arquitectos, designers e pintores, tendo assim um relacionamento não só pessoal como profissional.
O retrato de Emilie aparece em muitos quadros do pintor e crê-se que era sua amante, mas não existem dados concretos sobre este tema. Pensa-se que a sua amizade ia mais além do companheirismo, se assim era Emilie aceitou inúmeras infidelidades de Gustav que teve 14 filhos
A desenhadora esteve ao lado de Klimt até à morte deste, a 6 de Fevereiro de 1918. Emilie herdou metade do  património de Klimt quando este faleceu. No final da segunda guerra mundial houve um incêndio na sua casa e perdeu-se a sua colecção de moda e também objectos de valor da herança de Klimt.
Emilie Flöge surge oficialmente em quatro obras do pintor. Uma deles é um retrato pintado em 1902 e apresentado na exposição do movimento criado pelo próprio Gustav e conhecido como Secessão. No quadro, Emilie surge com um vestido azul, decorado com elementos de Art Noveau. 
Mas Emilie Flöge também poderia ter sido o modelo da mais famosa pintura de Klimt, O Beijo
wikipedia(Imagens)

Arquivo: Gustav Klimt 049.jpg

Retrato de Emilie Louise Flöge - Gustav Klimt (1902)
Arquivo: Gustav Klimt 016.jpg
Gustav Klimt e Emilie Louise Flöge 
Emilie Louise Flöge
 https://www.youtube.com/watch?v=_grtdFyMelQ

https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2013/06/mulheres-na-historia-xxiv-emilie-louise.html?spref=fb&fbclid=IwAR3rb9CJ4KnG8L-3RcLiaaiP2c1LH40MlS7TlnE9QZGgh8Wawx-KbxIfrEQ
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