6.440-(11aGOSTO2018.13.13') Conhecer a Ásia Central...Cazaquistão...Lago Issy Kul...
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12aGOSTO2018 Azerbaijão, Cazaquistão, Irão, Rússia e
Turquemenistão...5 países do Mar Cáspio
Os cinco países banhados pelo Mar Cáspio chegaram a acordo sobre o
estatuto jurídico do maior corpo de água fechado e interior do mundo,
assegurando o princípio de decisão colectiva.
Os
líderes do Azerbaijão, Cazaquistão, Irão, Rússia e
Turquemenistão assinaram hoje, na cidade costeira cazaque de Aktau, o
acordo que culmina 22 anos de negociações sobre o estatuto jurídico do
Mar Cáspio. Apesar de não ter ficado definida a delimitação de
fronteiras marítimas, o acordo consagra que as questões legais devem ser
implementadas com o «consenso dos cinco estados litorais», disse o
presidente iraniano, Hassan Rouhani, citado pela PressTV. O
presidente russo, Vladimir Putin, destacou a cooperação em áreas como o
comércio, o transporte marítimo e as pescas, mas também a nível
militar entre os «Cinco do Cáspio». Segundo a RT, uma das
provisões do acordo proíbe o acesso ao Mar Cáspio por parte de forças
militares de terceiros. A medida foi destacada como sendo de «grande
importância» para a segurança colectiva da região por ambos os
líderes políticos. Em aberto terá ficado a exploração de
hidrocarbonetos no Cáspio, onde se estima a presença de extensas
reservas de petróleo e de gás natural.
Pretensões hegemónicas dos EUA ameaçadas
O
acordo surge num momento em que os EUA tentam endurecer o
bloqueio económico ao Irão, com a retirada do Plano de Acção Conjunto
Global (JCPOA, na sigla em inglês), que foi subscrito em 2015 pelo Irão e
pelo Grupo 5+1 (os cinco membros com assento permanente no Conselho de
Segurança das Nações Unidas – EUA, Reino Unido, França, Rússia e China –
e a Alemanha). Simultaneamente, a tensão entre os EUA e os seus
aliados com a Rússia tem estado em crescendo, com a sucessão de casos:
do alegado envenenamento do agente britânico Sergey Skripal a uma
hipotética intervenção russa nas eleições norte-americanas de 2016. O
acordo pode ainda criar condições mais favoráveis para a
concretização do ambicioso projecto da China – também alvo da «fúria»
norte-americana, desta feita através da imposição de tarifas
alfandegátias – de construção de uma nova «Rota da Seda», com o
investimento em infra-estruturas na região atravessada pelo Mar Cáspio.
Ásia Central: uma nave que paira a meio milímetro do presente
Uma
marca transversal a todos os países da Ásia Central é o usufruto em
massa do espaço público logo que a temperatura o permite,
particularmente após o jantar.
Os parques, as praças (sobretudo aquelas onde há fontes) são tomadas
pelos risos das crianças, os acordes das guitarras, o chiar dos travões
das bicicletas dos adolescentes e o burburinho das conversas dos mais
velhos.
Por convenção, pelas 23 horas todos regressam a casa. As fontes páram de
funcionar e a música de ecoar. Sente-se que vem um novo dia a caminho.