e morreu no ano de 430...Hipona...
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28 de Agosto de 430: Morre Agostinho de Hipona, Santo Agostinho, Doutor da Igreja
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13 de Novembro de 354: Nasce Agostinho de Hipona, Santo Agostinho, Doutor da Igreja
Aurélio
Agostinho nasceu em 354 em Tagasta (Argélia) e terá sido o impulsionador da
primeira tentativa sistemática para a harmonização da Filosofia e da Teologia,
conciliando elementos de origem platónica e neoplatónica com os preceitos da
revelação. Por palavras suas, procurou «crer para entender e entender para crer»
com o objetivo de integrar num corpo doutrinal coerente as verdades da
fé.
Filho de Patrício, pagão, e Santa Mónica,
fervorosamente cristã, viveu uma juventude dissoluta mas sempre atormentada pela
busca da verdade e da felicidade. Depois de ter abraçado e renegado várias
doutrinas, deixou-se vencer pelo ceticismo e só tardiamente se converteu à
religião cristã.
O núcleo do
sistema agostiniano reside exatamente na superação do ceticismo e da dúvida que,
num percurso que encontrará paralelo em Descartes, o conduz ao primado
da certeza
imediata da experiência interior: mesmo quando duvida, o homem tem de admitir que
vive, recorda, conhece e quer, de onde lhe advém a certeza que existe, e que,
ainda que erre em todo o resto, pode ter como seguro que até para errar tem de
existir. Além disso, só é possível pôr em causa os dados do mundo exterior
quando existe algum padrão superior de Verdade. De facto, na razão, o ser humano
encontra certas verdades necessárias e universais - os princípios lógicos e
matemáticos, assim como as ideias de Uno, de Bem e de Belo -, cuja origem não
pode estar na experiência sensível. O mesmo acontece com a generalidade dos
conceitos, cujas especificações não podem ser extraídas da simples
sensibilidade, pressupondo Ideias determinadas apenas acessíveis por via
intelectual.
Para
Agostinho, todas essas Ideias não podem ser originárias senão de Deus e só se
tornam acessíveis ao homem por iluminação -
através da intervenção doMestre
interior, i.
é, o próprio Deus - pelo que o conhecimento da Verdade se apresenta como produto
de uma graça
divina que
apenas se pode dar em virtude de uma abertura da vontade para a fé, a partir da
qual se deve orientar para o bem e o amor genuíno de Deus. Só depois de
alcançado esse estado de contemplação da verdade divina pode, finalmente, o
indivíduo assegurar a bem-aventurança, a felicidade e a salvação que constituem
o objetivo último da existência humana.
No sistema agostiniano, as Ideias divinas, além de
serem consideradas princípio gnosiológico, surgem como princípio ontológico, uma
vez que correspondem ao projeto do universo na mente de
Deus.
Na geração
do mundo, Deus opera em três registos:
- cria, a
partir do nada, a matéria, que, no entanto, não existe por si mas em virtude de
uma permanente doação de ser por parte de Deus;
- reproduz
os arquétipos ideais - havendo a distinguir os entes espirituais, imortais,
criados já na sua forma final, dos entes materiais, cujo desenvolvimento explica
pelo recurso às razões
seminais, elementos formais dinâmicos
que constituem na matéria o longínquo reflexo das Ideias
divinas;
- cria o
tempo - remetendo Deus para uma instância completamente exterior à
temporalidade, deixa para o tempo, com início (o Génesis) e fim (o Juízo Final),
a marca da contingência e da precaridade.
Santo Agostinho, que ficou conhecido como «Doutor
da Graça», morreu em 430 em Hipona, onde havia sido sagrado bispo. As suas
investigações, pioneiras na análise da metafísica da experiência interior,
influenciaram decisivamente o percurso posterior do pensamento
filosófico.
Fontes:
Infopédia
wikipedia
(imagens)
Detalhe de "Agostinho ensinando
em Roma" de Benozzo Gozzoli
Manuscrito da Cidade de Deus, a obra mais famosa de
Agostinho.Início do século XV, atualmente na Biblioteca
Nacional da Holanda
Conversão
de Agostinho.
1756. Por Charles-Antoine Coypel, actualmente no Palácio de Versalhes, em França
1756. Por Charles-Antoine Coypel, actualmente no Palácio de Versalhes, em França
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