08/03/2019

9.624.(8mar2019.14.41') Ana de Castro Osório

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Nasceu a 18jun1872...Mangualde
e morreu a 23mar1935...Setúbal
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 Fátima Mariano....JN...2010feVER13
Figura incontornável da primeira vaga do movimento feminista em Portugal, Ana de Castro Osório faz parte do grupo de mulheres que desde a primeira hora se colocaram ao lado dos dirigentes do Partido Republicano Português, tendo, inclusive, sido convidada a participar no Congresso Repúblicano de Setúbal, em 1909.
Filha única de João Baptista de Castro e Mariana Osório de Castro Cabral de Albuquerque, Ana de Castro Osório nasceu em Mangualde, a 18 de Junho de 1872. Até aos 23 anos viveu em Setúbal, tendo publicado as suas primeiras crónicas no jornal semanal A Mala da Europa.
Foi ainda na cidade sadina que começou a compilar contos populares portugueses, a partir de narrativas orais que lhe tinham sido transmitidas por um pastor e uma velha rendeira da sua terra natal. Estes escritos foram primeiro publicados em folhetim, entre 1897 e 1935, sob o título "Para as Crianças". Dado o sucesso que alcançaram, foram mais tarde editados numa colecção de 18 volumes.
Em 1898, casou com Francisco Paulino Gomes de Oliveira, poeta e tribuno republicano. Anos antes, tinha recusado veementemente o pedido de casamento de Camilo Pessanha, de quem foi o grande amor. Contudo, a amizade manteve-se até à morte do poeta, em 1926.
Influenciada pelo marido, Ana de Castro Osório começou a dedicar-se às causas sociais e políticas, nomeadamente as que dizem respeito à protecção da criança e à condição da mulher. Em 1905, publicou "Às Mulheres Portuguesas", aquele que é considerado o primeiro manifesto feminista editado em Portugal.
Dois anos mais tarde, foi iniciada na Maçonaria, passando a militar na Loja Humanidade, e cria o Grupo Português de Estudos Feministas, a primeira associação feminista em Portugal. Antes de partir com o marido para o Brasil, em 1911, fundou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas (1908) e a Associação de Propaganda Feminista (1911).
A criação desta agremiação resultou de uma cisão entre o grupo apoiante de Ana de Castro Osório, que defendia que os esforços se deviam concentrar na defesa do direito ao voto, e o de Maria Veleda, que considerava ser mais importante a luta pela independência económica.
Ainda em 1911, publicou "A Mulher no Casamento e no Divórcio", tendo colaborado com Afonso Costa, ministro da Justiça, na elaboração da Lei do Divórcio. Três anos mais tarde, após a morte do marido por tuberculose, a escritora regressou a Portugal e fixou residência em Lisboa. Morreu em Setúbal em 1935.

 https://www.jn.pt/nacional/interior/ana-de-castro-osorio-e-a-causa-feminista-1493744.html
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 Fotografia de Ana de Castro Osório













Intelectual, jornalista, ensaísta, conferencista, feminista e republicana, considerada uma das mais notáveis teóricas dos problemas da emancipação das mulheres foi uma dedicada e incansável lutadora pela igualdade de direitos. Fundadora da literatura infantil em Portugal, (o aspecto vulgarmente mais salientado da sua biografia) com Para as Crianças, uma colecção que iniciou em 1897. Nascida em Mangualde, foi residir para Setúbal, onde casou com Paulino de Oliveira tribuno republicano. Desenvolveu uma intensa actividade em prol dos direitos das mulheres. Fundadora da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, do Grupo de Estudos Feministas e da Cruzada das Mulheres Portuguesas. Dirigiu várias publicações destinadas às mulheres e colaborou com inúmeros artigos, na imprensa, numa linha de actuação, comum à maioria das mulheres republicanas, que privilegiou a educação e a formação de uma opinião pública feminista esclarecida. Realizou conferências e comícios. Foi consultora de Afonso Costa, Ministro da Justiça do Governo Provisório, na elaboração da lei do divórcio.
Às Mulheres Portuguesas (1905) é uma colectânea (250ps) de artigos fundamentais, sobre as principais questões femininas que nunca conheceu reedição, onde exorta as mulheres ao “trabalho e ao estudo”, que considera “passo definitivo para a libertação feminina” ,apelando para que as mulheres não façam do amor “o ideal único da existência”. Ser feminista, diz, é “desejá-las criaturas de inteligência e de razão”. Sobre a rapariga portuguesa da época é implacável e irónica: “não tem opiniões para não ser pedante, não lê para não ser doutora e não ver espavoridos os noivos”. Defende a igualdade de salários, “por igual trabalho, igual paga” e afirma que “nada mais justo, nada mais razoável, do que este caminhar seguro, embora lento, do espírito feminino para a sua autonomia”. Em Às mulheres Portuguesas analisa detalhadamente a situação da mulher e o casamento, da mulher casada perante o código civil e perante o trabalho.

 https://www.leme.pt/biografias/portugal/letras/castroosorio.html
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23 de Março de 1935: Morre a escritora e jornalista portuguesa Ana de Castro Osório, autora de "As Mulheres Portuguesas", fundadora da Liga Republicana das Mulheres e do Grupo de Estudos Feministas.

Filha única de João Baptista de Castro e Mariana Osório de Castro Cabral de Albuquerque, Ana de Castro Osório nasceu em Mangualde, a 18 de Junho de 1872. Até aos 23 anos viveu em Setúbal, tendo publicado as suas primeiras crónicas no jornal semanal A Mala da Europa.

Foi ainda na cidade sadina que começou a compilar contos populares portugueses, a partir de narrativas orais que lhe tinham sido transmitidas por um pastor e uma velha rendeira da sua terra natal. Estes escritos foram primeiro publicados em folhetim, entre 1897 e 1935, sob o título "Para as Crianças". Dado o sucesso que alcançaram, foram mais tarde editados numa colecção de 18 volumes.

Em 1898, casou com Francisco Paulino Gomes de Oliveira, poeta e tribuno republicano. Anos antes, tinha recusado veementemente o pedido de casamento de Camilo Pessanha, de quem foi o grande amor. Contudo, a amizade manteve-se até à morte do poeta, em 1926.

Influenciada pelo marido, Ana de Castro Osório começou a dedicar-se às causas sociais e políticas, nomeadamente as que dizem respeito à protecção da criança e à condição da mulher. Em 1905, publicou "Às Mulheres Portuguesas", aquele que é considerado o primeiro manifesto feminista editado em Portugal.

Dois anos mais tarde, foi iniciada na Maçonaria, passando a militar na Loja Humanidade, e cria o Grupo Português de Estudos Feministas, a primeira associação feminista em Portugal. Antes de partir com o marido para o Brasil, em 1911, fundou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas (1908) e a Associação de Propaganda Feminista (1911).

A criação desta agremiação resultou de uma cisão entre o grupo apoiante de Ana de Castro Osório, que defendia que os esforços se deviam concentrar na defesa do direito ao voto, e o de Maria Veleda, que considerava ser mais importante a luta pela independência económica.

Ainda em 1911, publicou "A Mulher no Casamento e no Divórcio", tendo colaborado com Afonso Costa, ministro da Justiça, na elaboração da Lei do Divórcio. Três anos mais tarde, após a morte do marido por tuberculose, a escritora regressou a Portugal e fixou residência em Lisboa. Morreu em Setúbal em 1935.
Fonte: JN
wikipedia (imagens)
 http://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/03/23-de-marco-de-1935-morre-escritora-e.html
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