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NO TOP11
I-"Freud-para além da alma"...a preto e branco...
vi, quando tina 18 anos, no Cineclube no cinema da Alameda D. Afonso Henriques, às18h30'
junto ao ISTécnico
(onde agora está a IURD)
SINOPSE DO FILME; FREUD, ALÉM DA ALMA
Publicado em 18 de April de 2013 por MARIA ELIZABETE SANTOS DA PURIFICAÇÃO
O filme é em preto e branco, tem cerca de 02h21min min de duração e relata uma parte da vida do cientista psicanalista Dr. Sigmund Freud, que no início de sua carreira quanto médico, passa por inúmeras dificuldades, devido ao fato de desejar aprofundar suas descobertas e busca pela verdade a fim de validar sua teoria numa sociedade rígida e estreita em solo Europeu no século IX. O cenário do filme é relatado em duas cidades, grande parte em Viena, na Áustria, local de nascimento de Freud, e outra parte em Paris, no ano de 1885. Os acontecimentos do filme giram em torno de Freud, seus professores, família e pacientes, tendo como destacados os referidos personagens: o Dr. Meynert, Dr. Charcot, em seguida seu maior aliado, ou porque não dizer, seu maior opositor, o Dr. Breuer, destacamos também sua principal paciente, a Srtª Cecily, dentre outros personagens que tiveram seu grau de importância no decorrer do filme.
Em meio á descobertas e desalentos, Freud predisposto a conhecer o lado obscuro do inconsciente do homem, na sua trajetória quanto médico em um hospital psiquiátrico, admite uma paciente com histeria, contra a vontade de seu professor, o Dr. Meynert, que tenta todos os recursos para provar que os sintomas apresentados pela paciente de Freud são frutos de fingimento e imaginação da mesma, ou seja, o Dr. Meynert não acredita em neuroses. Contrariado Freud viaja para Paris a fim de conhecer de perto os ensinamentos do professor Dr. Charcot, acerca das técnicas de hipnose que o mesmo utilizava em suas pacientes.
Ao assistir uma apresentação do Dr. Charcot, em Paris, Freud se maravilha, observando dois pacientes sendo hipnotizados, uma mulher em uma cadeira de rodas, acometida por uma paralisia a 6 (seis) anos, e um homem com um sintoma denominado paralisia agitada (suas mãos e pernas não paravam de tremer), nessa oportunidade, o Dr. Charcot mostrou que através da hipnose, os sintomas dos pacientes podiam ser alterados, de acordo com o que seus inconscientes acreditassem que eram conscientes.
Ao retornar á Viena, Freud apresentou suas considerações em forma de relatório acerca da técnica da hipnose para o conselho medico, não sendo aceito pela maioria, mas recebeu a simpatia e atenção do Dr. Breuer, que já praticava esse2 método em uma paciente especial: Cecily, e lhe pediu para proceder a hipnose como tratamento para os pacientes no hospital em que trabalhava.
O filme tem seus momentos de tensão, quando em meio ao atendimento aos seus pacientes com o método da hipnose, Freud é interrompido e mal interpretado por colegas de trabalho, inclusive por seu primeiro mestre: o Dr. Meynert, que o demite imediatamente de seu posto de médico. Neste espaço de tempo, Dr. Breuer se torna um precioso aliado de Freud propondo parceria entre os dois, a fim de prosseguir com o estudo sobre a histeria e sua origem, deste modo, observamos Freud atendendo os pacientes do Dr. Breuer.
É interessante relatar que, as descobertas iniciais mais evidentes, que explica o erotismo e desejo da criança pela mãe (ou pelo pai) da teoria de Freud, não aconteceram com a paciente Cecily, mas sim ao atender o jovem Von Scholloser, que estava prestes a ser enviado para um manicômio, acusado de matar seu pai.
Em meio ao tratamento do jovem, através da hipnose, Freud identificou uma forte atração que a figura da mãe exercia sobre o filho, quando o jovem em meio ao transe hipnótico abraçou o manequim com erotismo, conceituando-o com a figura da mãe, manifestando resquícios de ódio ao pai. Esse tipo de comportamento provocou em Freud medo e confusão na sua mente, pois ainda não tinha respostas para dar a si mesmo, a ponto de abandonar o paciente e interromper seu trabalho, passando a escrever artigos científicos de anatomia, ficando assim cerca de 1 (um) ano.
Podemos observar no filme, seu retorno aos estudos científicos, quando foi convidado para visitar seu antigo professor, Dr. Meynert, que estava doente, mas o recebeu de maneira diferente, confessando que era portador de neurose (fato que ele escondeu de Freud) e pede para que ele siga em frente em busca de "destruir os dragões interiores" que cada um tem em seus inconscientes, afirmando "vá rumo á escuridão". Esse foi o fator chave para Freud retornar a pesquisa, voltando à casa do jovem Von Scholloser, que, descobriu ter falecido em um manicômio, entristecido e desapontado Freud se culpa por não ter prosseguido em busca da cura do jovem.
Podemos também observar no filme, que Freud tinha medo de suas descobertas, a ponto de relatar a sua esposa que num futuro não
muito distante as pessoas poderiam apedrejá-lo, mas também contemplamos um cientista corajoso disposto a buscar incessantemente por respostas às suas indagações que permeavam sua mente em todo o tempo, pois ao se deparar com a morte de seu pai, ele se descobre como agente ativo no processo de sua pesquisa, no funeral de3 seu pai, ele desmaia por não poder cruzar o portão do cemitério, o que o faz se autoanalisar buscando urgentemente respostas à sua suposta "neurose", e interessante citar que questionamentos permeavam a mente de Freud tais como:
"como posso defender uma teoria que não aprova em mim mesmo?".
A fim de prosseguir com sua pesquisa, Freud pede ao Dr. Breuer para acompanhar a paciente Cecily, e assim o fez. No tratamento da jovem Cecily, Freud descobre que não é necessária a intervenção da hipnose para que ela relate acontecimentos importantes, o que o faz redefinir seus métodos da pesquisa, adotando a conversação como instrumento principal ao tratamento dos "traumas" ou das "neuroses", em meio á essa investigação, Freud descobre que o pai de Cecily foi o precursor de suas neuroses, devido ao fato de que ela sentia raiva da mãe, e inconscientemente ela era sua principal adversária na disputa da atenção de seu pai.
A análise de Freud se estende, quando ele se coloca como integrante nesse processo quando descobre que o causador de sua neurose foi um ciúme possessivo que sentiu por sua mãe, a ponto de não conseguir visitar o túmulo de seu pai, que ao se aproximar do portão do cemitério, passava a ter tremedeiras e outros sintomas nervosos, sabia que precisava desvendar esse mistério para ele mesmo a fim de ter uma melhor qualidade de vida, pois ao se descobrir como peça chave de sua pesquisa, Freud não se aceitou e desejou fugir, mas dentro dele, podemos observar que existia uma força maior que o compelia a buscar as respostas escondidas no inconsciente, ou seja, no lado obscuro da mente humana.
E assim ele prosseguiu com sua teoria para apresentar sua descoberta em um congresso, no qual foi vaiado e repudiado por todos os integrantes, sendo abandonado pelo seu último professor e mentor, o Dr. Breuer, que já havia o avisado para parar com esse estudo, mas contundente e corajoso como Freud era, não desistira de sua tese, pois conseguira curar a Srtª Cecily e curar a si próprio, uma vez que visitou o túmulo do pai sem sentir nenhum sintoma de sua neurose.
Esse filme retrata os caminhos conflitantes em que certos cientistas tiveram que galgar antes de comprovarem suas teorias, quem imaginaria a terra redonda, se por anos acreditava-se que era quadrada? Quem imaginaria no ano de 1885 um pequeno pedaço de metal plastificado indicando que ali pode-se armazenar mais de 2 (dois) mil dados, que conhecemos hoje como chip? Quem imaginaria em pleno século IX se conectar com outra pessoa através de um telefone celular a uma4 distância absurda, mas que é comum no século XXI? Quem imaginaria no ano de 1885, uma ciência denominada psicanálise, que trata pessoas do mundo inteiro não só na mente, mas em sua profundidade pode atingir o amago da alma? De certo, quem acreditaria em um jovem médico de apenas 30 (trinta) anos de idade, defendendo que as crianças ao nascerem são compelidas a sentirem desejos sexuais por seus pais e que esse tipo de repressão tem que ser tratada para que o ser humano viva em sua totalidade? Claro, são questões complexas de se tratar, no entanto, através dos estudos iniciais de Sigmund Freud o mundo passou a conhecer a psicanálise como ciência.
Podemos perceber que, somente hoje em pleno século XXI, algumas questões acerca do funcionamento e complexidade da mente do ser humano podem ser respondidas com mais exatidão, mas em meio à teóricos e estudiosos, as mais diversificadas concepções são formadas acerca de uma só palavra, pois em sua aplicabilidade e dependendo da área em que ela é concebida, é que podemos relatar com mais precisão as definições de cada palavra em sua magnitude, ou seja, a mente ainda é considerada como o palco das mais variadas e complexas formas de pensamento, e por mais que estudem, conheçam e pesquisem acerca dos desígnios da mente, nunca conseguiremos alcançá-la em sua totalidade, nem tão pouco desvendá-la, considero que o autor e consumador do ser humano foi aquele que trabalhou em sua extrema perfeição em meio às complexidades que somos formados: Deus! Em vista do exposto, podemos pensar nessa concepção de que cada pessoa é diferente uma da outra e única em sua essência, abrindo sempre uma vertente para novos estudos e pesquisas acerca do comportamento do homem, ou seja, a mente tanto é infinita quanto complexa em suas dimensões, enquanto há vida, há processos na mente de uma pessoa, e enquanto processo, há estudos e possibilidades de se aproximar mais e mais de um terreno muito explorado pela ciência, mas pouco conhecido: a mente humana.
REFERÊNCIAS
HUSTON, John. Freud: Além da alma. Disponível em: < www.youtube.com/watch? v=QhXsMHfrkNA >. Acesso em: 08/02/2013.
https://www.webartigos.com/artigos/sinopse-do-filme-freud-alem-da-alma/106976/
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Via Graça Silva que rELEVOU no seu top10
alterei e passei a incluir no meu Top11
II-Ágora, o filme; Hipácia de Alexandria, a filósofa
Ágora, o filme, é oportuno. E deve merecer-nos aqui algumas palavras.
O filme centra-se largamente na figura de Hipácia, uma filósofa da Alexandria (século IV - século V da era cristã), uma figura importante no panorama intelectual do seu tempo. Contudo, no aspecto biográfico, esqueçam: não se sabe praticamente nada sobre a sua vida e obra. Todas aquelas peripécias pessoais, tanto as amorosas (como o episódio do sangue menstrual para mostrar a um aluno apaixonado a baixeza do corpo) como as científico-filosóficas (como a antecipação da hipótese kepleriana, heliocêntrica com elipses em vez de círculo) são possibilidades, são um esforço dramático para fazer de uma pessoa um símbolo de um círculo cultural e social que devia ter também algum peso político. Nem sequer se sabe se na altura daqueles acontecimentos dramáticos Hipácia seria ainda bastante jovem e bela (amada e odiada tanto pela sua inteligência como pelo seu encanto e beleza) ou já uma mulher madura (nesse caso admirada e odiada pelo seu brilho e poder).
(À esquerda: Hipácia de Alexandria, de Charles William Mitchell)
Parece, contudo, ser altamente credível que Hipácia seria uma figura de topo de um círculo científico-filosófico com uma actividade importante (designadamente, em matemática e astronomia), a escola de Alexandria, independente e diferente da escola de Atenas, mas não sendo sequer certo que forma teria essa "escola" (por exemplo, se teria um reconhecimento e um apoio formal da administração imperial). A sua orientação filosófica seria neoplatónica, uma herdeira da grande cultura antiga, religiosa e culturalmente pagã, provavelmente convivendo com práticas mais ou menos mágicas (o que faz com que os cristãos tivessem, tecnicamente, alguma razão em a acusar de "bruxaria").
(Hipácia de Alexandria, de Onorio Marinari)
O que é certo, e isso o filme mostra bem, é que aquele foi um
momento em que os cristãos agiram como bárbaros: porque agiram pelo
braço brutal da populaça e com desprezo pela cultura (designadamente, os
livros da segunda biblioteca da cidade); porque em termos religiosos
estavam numa fase de exclusivismo (não queriam liberdade de culto,
queriam que o seu culto fosse o único admitido); porque estavam a minar o
Estado, tomando de assalto o poder pelo desvio da religião, sobrepondo a
filiação religiosa à estrutura política da comunidade (fazendo um uso
terrorista das "conversões" dos dignitários imperiais). Tudo isso é
histórico e é oportuno lembrar, neste tempo em que muitos cristãos
ocidentais acusam outras religiões dessas práticas. (Acusam com razão,
não podem é falsear a história e esquecer que também os seus
antecessores fizeram essas experiências.)Do ponto de vista icónico, o filme faz (embora com rigor histórico, penso eu) uma identificação subtil entre a imagem dos cristãos militantes que "policiavam" a ofensiva (fazendo de tropa de choque do movimento) e a imagem que o ocidente tem hoje dos radicais islâmicos (o tipo físico e as roupas, nomeadamente, são comparáveis, o que não é de estranhar atendendo aos grupos étnicos que ocupam as paragens geográficas em causa).
O filme é político, de forma mais estrita, ao fazer reflectir sobre o uso da religião para efeitos políticos. Quem, como eu, já teve a experiência de, numa aldeia do norte deste país, estar cercado numa escola, onde tinha ido para assistir a uma sessão de esclarecimento de um partido político de esquerda, partido esse que nem sequer era o meu, tendo de ser daí "resgatado", sente aquela fúria "religiosa" da populaça de uma maneira muito especial.
O filme, como filme, não é brilhante. Mas vale a pena. É um filme útil para fazer pensar. O que, hoje em dia, faz muita falta.
Leitura recomendada: Clelia Martínez Maza, Hipatia, Madrid, La Esfera de los Libros, 2009
http://maquinaespeculativa.blogspot.com/2009/12/agora-o-filme-hipacia-de-alexandria.html
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III-Cinema Paraíso
https://www.youtube.com/watch?v=5WQLdZ7d9Lc
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http://www.rtp.pt/programa/tv/p16412
Um filme de rara e tocante sensibilidade
Salvatore Di Vitta, um bem sucedido cineasta italiano, recebe um telefonema da sua mãe na Sicília, onde nasceu e cresceu, que lhe dá a conhecer a morte de Alfredo. Salvatore regressa à Sicília, após muitos anos de ausência, e recorda os seus tempos de infância e adolescência na aldeia de Giancaldo e a sua longa e inesquecível amizade com Alfredo, o projeccionista do cinema local. Totó, como era então conhecido Salvatore e cujo pai tinha desaparecido durante a Segunda Guerra Mundial, sempre que podia fugir dos seus deveres como ajudante na missa refugiava-se no "Cinema Paraíso". Alfredo, o projeccionista
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cuRIOso...a 17noVEMbro2018 a Graça Silva elege para o seu top10!
IV-SONHOS DE aKIRA kUROSAWA...Akira Kurosawa’s Dreams
São oito episódios, alguns sobre as experiências vividas pelos japoneses após a 11 Guerra Mundial, como O Túnel. O trauma das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, por exemplo, é nítido nos episódios O Demônio Chorão e Monte Fuji em Vermelho. Este último, apesar de tratar de um assunto pesado, tem belas imagens formadas pelas nuvens de radioatividade coloridas (O Amarelo do Estrônio 90, o violeta do Césio 137 e o vermelho do Plutônio 239).
O fascínio do diretor pelo pintor Vincent Van Gogh também está presente. É retratado em Corvos, no qual um homem, ao admirar um quadro do artista, é levado para dentro da obra. Além de passear pelas pinturas do ídolo ao som do piano (música original de Shinichirô Ikebe, com o pianista Ikudo Endo), recebe uma lição de pintura do holandês: só é capaz de pintar aquele se envolve com a natureza, que a admira e segue a beleza que ela tem a oferecer.
Outro capítulo marcante é Pomar de Pêssegos. Levado por uma estranha
força ao local onde ficava o pomar de pêssegos de sua família, um garoto
encontra o imperador japonês e seus súditos numa espécie de morro
cortado em patamares – o que remete à tradicional hierarquia japonesa.
Eles estão preparados para dançar e celebrar “O Dia da Boneca”, ou seja,
o florescimento dos pessegueiros, pois os bonecos representam os
espíritos das árvores. Porém todas foram cortadas e não há mais o que
celebrar. Acusado de egoísta pelo imperador, o garoto puro chora a morte
das árvores. Como prova de comoção eles dançam uma calma e sincronizada
dança. Nesse momento começa a chover pétalas de flores de pêssego e no
local em que estavam as pessoas surgem lindas árvores floridas.
Além desses, Sonhos ainda traz os episódios O Sol em meio à Chuva, A Nevasca e Povoado de Moinhos – este último com uma mensagem aos seres humanos capitalistas. Um velho sábio fala ao moço da cidade grande sobre as coisas que considera as mais importantes na vida de uma pessoa: a água e o ar puro.
De que adianta tanto conforto proporcionado pelas invenções da modernidade, se não há mais paz e se as pessoas esqueceram que preservar a natureza é fundamental? O filme termina com uma lição: um cortejo festivo para celebrar a morte de uma senhora de 99 anos – afma!, nada mais justo do que se despedir de uma pessoa que viveu muito bem e de forma completa com dança e música.
Título Original: Akira Kurosawa’s Dreams / Yume
Gênero: Drama
Origem/Ano: JAP-EUA/1990
Duração: 119 min
Direção: Akira Kurosawa / lshirô Honda
http://www.entreculturas.com.br/2011/07/sonhos-akira-kurosawa/
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TEMPOS MODERNOS
Direção: Charles Chaplin
País: EUA
Nome original: Modern Times
Um operário de uma linha de montagem, que testou uma “máquina revolucionária” para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela “monotonia frenética” do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Mas o pior ainda está por vir.
OUTUBRO
Direção: Sergei Eisenstein
País: URSS
Nome original: Oktyabr
Em tom de documentário, acontecimentos em Petrogrado são encenados desde o fim da monarquia, em fevereiro de 1917, até o fim do governo provisório em novembro do mesmo ano. Lênin volta em abril. Em julho, os contra-revolucionários mandam prendê-lo. Em outubro, os Bolsheviks estão prontos para atacar: os dez dias que abalaram o mundo.
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O SAL DA TERRA
Direção: Hebert J. Biberman
País: EUA
Nome original: Salt of the Earth
Baseado em fatos reais, o filme retrata uma greve dos mineiros de origem mexicana, no Novo México. Com exceção de cinco atores, o elenco é composto por não-profissionais, a maioria participantes na greve real. O filme é profético ao descrever a participação das esposas dos trabalhadores oprimidos, uma antecipação do movimento de emancipação feminina que surgiria uma década mais tarde. Num contexto de injustiça social, desenrola-se um drama familiar vivido por Ramon e Esperanza Quintero, um mineiro de origem mexicana e sua esposa. No decorrer da greve, os papeis de Ramon e Esperanza invertem-se: um mandado de segurança contra os grevistas masculinos faz com que as mulheres assumam as atividades piqueteiras, deixando aos homens as tarefas domésticas. As mulheres evoluem de uma posição de subordinação para igualdade, aliadas em busca do objetivo comum.
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22abRI2019
reVI o filme tRÓIa...
lançado em 2004...Brad Pitt faz o papel de Aquiles
calcanhar de Aquiles... Seta lançada pelo Páris.
Páris que amou Helena de Esparta, enquanto Heitor (irmão) negociava a paz entre Tróia e Esparta e a levou para Tróia, provocando a guerra...O marido, Menelau, irmão do rei grego Aggaménon (conquistador de vários povos)
Rei Príamo
Aquiles filho de Peleu e...guerreiro...Não aceitava Agaménon como rei da Grécia...Apaixonou-se por Briseida, sobrinha do Rei Príamo, prima de Páris/Heitor
Aquiles mata Heitor, por este ter morto o primo (que se fardou como Aquiles)
Quem teve a ideia do cavalo de Tróia?
Eneias ficou com a espada (dada por Páris) para manter a nação de Tróia...
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http://www.adorocinema.com/filmes/filme-47357/
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Tróia era uma próspera cidade mercantil, razoavelmente rica, ponto de entrada para o Mar Negro. Hoje, Troia é um sítio arqueológico na Turquia, na província de Çanakkale, onde uma réplica do famoso cavalo nos recepciona e nos encanta.
Ocorrida no período entre 1300 a.C. e 1200 a.C., a Guerra de Troia foi um grande conflito bélico entre gregos e troianos, causado pelo rapto da princesa Helena, esposa do rei Menelau por Páris, filho do rei Príamo. Não confundir com Príapo, o filho de Afrodite que era conhecido pelo seu falo longo e ereto, de onde surgiu o termo médico priapismo, que corresponde a uma ereção persistente, geralmente dolorosa.
Páris, o príncipe troiano, fora a Esparta, em missão diplomática, e se apaixonou por Helena, considerada a mulher mais bonita do mundo então conhecido. Ao sair, Páris levou consigo a esposa do rei, deixando Menelau enfurecido. Mais de mil navios foram enviados para o ataque a Troia, liderados pelo general Agamenon.
Alexandre, o Grande, e Julio Cesar estiveram em Troia para visitar seu sitiamento, onde prestaram homenagem aos grandes heróis e absorveram parte de sua bravura, conforme narra Stephen Weir no livro As Piores Decisões da História, texto que serviu de mote para esta crônica. Frequentemente, presidentes dos Estados Unidos fazem visitas de surpresa a sítios de guerra.
Depois de dez anos de escaramuças, com grandes baixas em seu exército, os gregos fingiram ter desistido da guerra, embarcando em seus navios. Na praia, um enorme cavalo de madeira foi deixado aos inimigos, que o levaram para o interior da cidade, como símbolo da vitória. À noite, os soldados gregos escondidos na estrutura oca do cavalo saíram e abriram os portões para que o exército invadisse a cidade. Apanhados de surpresa, os troianos foram vencidos e a cidade incendiada. Desse modo, Menelau recuperou sua esposa, Helena, levando-a para Esparta.
Ao final, Troia foi destruída, e muitos troianos morreram pela vanglória de Páris. O retorno de Menelau à Grécia demorou outros dez anos. Menelau e Helena viveram juntos por muitos anos, até a morte daquele, em idade avançada. Depois da morte de Menelau, Helena foi exilada, e buscou refúgio em Rodes, onde foi enforcada pelas criadas, por ordem de Polixo.
Um rapto, uma guerra desumana, soldados vinte anos longe de suas famílias, milhares de vidas perdidas nos caminhos.
Aqui, um mix psiquiátrico composto de ira, inveja, luxúria e orgulho.
Uma ode à estupidez.
https://evaldoab.com/2015/02/06/esparta-o-rapto-de-helena-a-guerra-de-troia/
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Agamemnon, Agamenon, Agamenão [1] ou Agamémnon [2] (em grego antigo, Aγαμέμνων, "muito resoluto") foi um dos mais distintos heróis gregos, filho (ou neto) do rei Atreu de Micenas e da rainha Aerope, [3] e irmão de Menelau. [4] [5]Não há registos que provem que tenha de facto existido, mas é provável que tenha sido o rei de Micenas a comandar o épico cerco dos Aqueus à cidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agamemnon
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com Tom Cruise
https://www.youtube.com/watch?v=3VCGZUHN2D8
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O Cavalo de Troia O cavalo de Troia faz parte de um dos famosos estratagemas criados por Ulisses, com a finalidade de pôr termo à guerra travada com os Troianos que já durava há dez anos.
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Revolta na Bounty
O grande motim
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Um bom motivo para ver “O Grande Motim”: Marlon Brando. Foi por isso que resolvi assisti-lo há poucos dias, e honestamente, não me arrependi. Sempre tive a impressão que Brando fez filmes muito ruins e isso compromete sua trajetória. Alguém pode lembrar de clássicos como “Appocalipse Now” e “O Poderoso Chefão”, mas em ambos, a participação de Brando é economica diante do tamanho do filme. Não que ele não roube a cena com todo o seu talento, mas ainda assim, ficam faltanto filmes onde Brando é o dono da ação e da câmera.
E é por isso que “O Grande Motim” é um excelente filme. Marlon Brando faz o papel do imediado Christian Fletcher, um bom vivant, um sujeito descomplicado que bate de frente com o obcecado Capitão Willian Blight, vivido por Trevor Howard. A história presume que a Inglaterra envia um navio para o Taiti para trazer de lá o maior carregamento possível de fruta-pão, com a qual, estudiosos de 1787, supunham que seria possível alimentar todo o mundo.
A história ganha corpo na medida em que fica claro que o ego dos dois, imediato e capitão, vão se chocar diretamente. Isso constrói o conflito de onde nasce o motim que dá nome ao filme. É nesse motim onde o filme, até então dividido pelo contraste das personalidades antagonistas de imediato e capitão torna-se um filme onde Brando pode, enfim, navegar sozinho em seu talento interminável e render, a quem assiste, um ótimo longa. São mais de três horas de filme que são extremamente recompensadas diante da atuação de Marlon.
Mas sem falar da mecânica pela qual a narrativa se desenlaça até chegar aí, vamos nos ater ao valor de produção de “O Grande Motim”. É um ótimo filme e está longe de ser datado. Tem a marca de um bom filme épico e narra com uma saudável leveza a dureza da vida à bordo dos marujos, sobretudo quando estes estão no comando de um sujeito como o Capitão Blight.
O ponto alto do filme, sem dúvida, reside em Marlon Brando. A atuação é impecável e é bastante interessante observar a mudança de temperamento que se acomete do oficial naval folgazão ao renegado que rouba o comando de um navio de sua majestade e, depois, se arrepende. Marlon Brando dá outra dimensão ao filme. Não fosse ele e esta versão de “O Grande Motim” teria tudo para ser apenas outro filme de orçamento dilatado e muitas pretensões.
Uma cena em específico me chamou atenção. Ela se passa quando um envergonhado capitão Blight precisa ordenar Fletcher, personagem de Brando, a ir às vias de fato com a filha de um rei de uma tribo taitiana. As expressões e maneirismos que só Marlon Brando faz dão cores cômicas a uma cena que teria tudo para, em se tratando de outro ator, morrer e passar despercebida.
Um detalhe também interessante acerca desse filme, campeão de refilmagens, o que demonstra o quanto seu roteiro pode se manter afiado com o passar dos anos, é o detalhe de que foi o último trabalho de seu diretor, Lewis Milestone, diretor de filmes clássicos e magníficos, como “Nada de Novo no Front” de 1930 em adaptação ao romance de Erich Maria Remarche e “Onze Homens e um Segredo”, a versão original, com Frank Sinatra no elenco, de 1960.
Outro ator de “O Grande Motim” que merece umas linhas é Richard Harris. Teve uma extensa carreira no cinema e é o protagonista da série dos filmes “Um Homem Chamado Cavalo”. Além disso, Harris filmou longas recentes na década passada, como o primeiro dos Harry Potter, “O Conde de Monte Cristo” de 2002 e que oportunamente você verá também por aqui.
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trailer
https://www.youtube.com/watch?v=MEmZ_A0UTrA
Cartaz de "O Grande Motim" de 1962
https://osgrandesfilmes.wordpress.com/2011/09/04/o-grande-motim-mutiny-on-the-bounty/
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1935
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https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/04/28-de-abril-de-1789-revolta-na-bounty.html?spref=fb&fbclid=IwAR0xX9uNbbh8Ki1hnTxjQVI6gHrKMdgt0VMoncMqrtzphfUz-yxeUHDJB2Q
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Bonnie and Clyde
postei vários anos:
https://www.youtube.com/watch?v=6ljIs6Z0Mxc
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https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/05/23-de-maio-de-1934-morrem-bonnie-parker.html?spref=fb&fbclid=IwAR0ziB1iGcgSOyLJsRXKDfSiobVR03ZUACOXIpCy5dWTsi6uPSWMCpKSTzQ
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19noVEMbro2018
Pensador importante do século XIX, Karl Marx afirma que a filosofia
está morta. O autor, então, propõe um pensamento voltado a praxis
(teoria + ação) em detrimento ao ativismo e ao idealismo.
A tarefa da filosofia, portanto, é desmascarar os idealismos. O objetivo de tal feito é quebrar as falsas ideias que favorecem, em maior escala, as classes dominantes. Uma ideologia, para Marx, nega as contradições do mundo, se liberta da liberdade sob uma máscara que faz o oprimido acreditar que o é por sua culpa (meritocracia). A filosofia deve:
“(…)desnudar a lei econômica do movimento da sociedade moderna”
– O Capital.
Portando, a sociedade como nos aparece aos olhos é diferente do que ela é. A filosofia deve superar tais divergências que, porém, para Marx:
“Os filósofos até agora se limitaram a interpretar o mundo, mas o que importa é transforma-lo”
– Teses Sobre Feuerbach
Mas que mundo perverso é esse que Marx diz estar sendo escondido pelas ideologias? O que a filosofia deve desnudar?
O conceito de Alienação se torna importante nesse momento. Preso à ideologias da classe dominante, o trabalhador não tem noção de seu pertencimento a si (conceito de alienação). Portanto, o trabalhador alienado é aquele que não é dono de sua própria mão de obra, não toma consciência de sua exploração. Ao vender seu trabalho, o alienado não é mais dono de seu próprio corpo, uma vez que agora estará imposto à regras do burguês, do patrão, da classe dominante.
O trabalho alienado é triste pelo não pertencimento do corpo, mas não reflexivo uma vez que é escondido pelas ideologias dominantes.
Sabendo da necessidade da classe dominante em estabelecer através das ideologias o trabalhador alienado, é importante que o ser social perceba a Divisão básica. Para Marx, a sociedade se dividiria em dois grupos: Os burgueses (donos dos meios de produção) e o proletário (dono da força de trabalho).
Essa relação entre burguês e proletário gera o que Marx chama de Mais-valia. O burgues, dono dos meios de produção, contrata o proletário que tem apenas a sua mão de obra para oferecer. Não sendo detentor dos meios de produção, o trabalhador vende sua mão de obra que produz o produto final ao burguês. Contudo, o valor que o burguês paga ao proletário é sempre muito inferior àquilo que teve capacidade de produzir.
Exemplo:
Se, vendendo seu trabalho, o proletário produz para o burguês um total de 100R$ e o burguês lhe paga 5R$ para executar tal tarefa, o burguês está gerando o que Marx chama de Mais-valia.
Mais-valia é, portanto, a diferença entre o que o burgues recebe da exploração do trabalho e o que o proletário recebe.
No exemplo dado acima, o valor real do trabalho do proletário é 100$, mas o trabalhador recebe apenas 5$, tendo 95$ de mais-valia.
Portanto, através da mais-valia, o Capitalismo vive através da exploração da mão de obra do proletário, sobrevivendo quanto mais é capaz de absorver tal trabalho.
Através da exploração do trabalho o burguês chega ao produto final. Hora de pô-la no mercado. Alguns autores dirão que esta produção atende a uma demanda. Marx, contudo, dirá que essa demanda é criada através do fetichismo da mercadoria. O produto ganha um valor de necessidade, vivo, que nos domina e perseguimos constantemente. O que nos faz acreditar que precisamos de determinada mercadoria que aparentemente é inútil? O que nos faz querer trocar nossos produtos duráveis com frequência? No Cinema, o que faz filmes de herói terem mais atração no mercado que um filme húngaro, iraniano, japonês…?
Além dos heróis como elementos de fetichismo no cinema, temos no Cinema Noir, por exemplo, o consumo do cigarro como um estilo de vida. Nesse caso a mercadoria é vendida de maneira a alcançar um fator além de sua verdadeira (in)utilidade, mas de criar um grupo, para que sintam-se pertencente.
Para fundamentar suas ideias, Marx possui uma visão de mundo que pressupõe o Materialismo Histórico Dialético.
O materialismo marxista crê que a infraestrutura – que compõe os meios de produção e as relações de trabalho, ou seja, a vida concreta dos homens – explicaria a superestrutura (religião, leis, política, moral, filosofia, costumes…). Portanto, assim manifesta-se o materialismo em Marx, por consequência do que é material, a superestrutura da sociedade move-se.
Exemplo:
Em uma sociedade em que os meios de produção eram de um modelo bastante específico de escravocratas, como a grega, gerava-se muito mais tempo para o ócio aristocrata, fazendo surgir o início da filosofia grega. (obviamente trata-se de uma análise vulgar). Nesse caso, a infraestrutura (meios de produção) afetou diretamente a superestrutura (relações sociais, morais e políticas). Não são as ideias que explicam a matéria, mas as matérias formam as ideias tendo uma relação dialética entre ambas.
E o que se seria esse dialetismo? O que é um Materialismo Histórico?
Para Marx, o motor da história é a Luta de Classes. Ao dizer isso, não se determina as lutas sangrentas, mas os encontros entre elas que geram o movimento, o motor dos acontecimentos ao longo dos tempos. Então, a dialética está presente nesse encontro dos diferentes. Entre o trabalhador oprimido e os detentores dos meios de produção, e estes sempre estiveram em oposição.
A luta pela democracia, monarquia, direito de voto e outras, o que há no fundo é um constante embate entre as classes que proporciona o movimento do motor histórico. A partir da dialética presente na luta de classes a história se movimenta.
Karl Marx, contudo, ao contrário do que se diz no senso comum, tem uma relação de amor e ódio ao Capitalismo. A todo instante o filósofo faz questão de afirmar que o Capitalismo foi um processo importante de mudança histórica, uma vez que acelerou os meios de produção e modificou as relações de trabalho anteriores. Contudo, esse novo modelo é problemático como já pudemos ver aqui no texto. É natural do capitalismo a criação de desigualdades, sem a mais-valia não há sistema capitalista, esta seria a essência deste.
Nessa sociedade desigual, há a coisificação das relações sociais. O trabalhador é induzido a um mundo competitivo, onde o outro já não é mais visto como tal, mas como coisa. O estímulo a competitividade é introduzido através de um conceito romântico, como algo positivo (uma vez que o embate proporcionado pela competição criaria o movimento).
Por fim, no pensamento marxista a História tem papel fundamental. Uma sociedade que não conhece a (sua) história não é capaz de transforma-la. Portanto, o homem que não conhece a história acredita que o mundo assim sempre foi, não questionando o porque assim é. Em uma sociedade utópica o homem é detentor da história e portanto de pensamento crítico, sabendo como os meios de produção se constituíram.
A história, para Marx, é um meio de transformação social.
Materialismo (da matéria surge a ideia. Infraestrutura -> Superestrutura) Histórico (A história como meio de transformação, produz o embate) Dialético (Luta de Classes = Motor da história).
Confira alguns filmes que retratam a filosofia Marxista.
POCILGA
Direção: Pier Paolo Pasolini
País: Itália
Nome original: Porcile
A partir de duas histórias paralelas, uma no século XVI e outra na Alemanha pós-moderna, Pasolini faz um retrato metafórico nada alentador da degradação humana alastrada pela sociedades de consumo, as quais não prezam o sentido e a essência do ser humano, mas apenas sua capacidade de consumo. É uma reflexão sobre o lema da era capitalista: “consumo, logo existo”. Embora pareça um tanto estranho e complicado de se entender, Pocilga nada mais é que uma brincadeira do diretor, que utilizou temas incomuns como a antropofagia e a bestialidade, para criar uma obra puramente crítica e irônica sobre o assunto tão controvertido que é o consumismo.
1900
Direção: Bernardo Bertollucci
País: Itália
Nome original: Novecento
O filme acompanha as vidas e a relação de dois homens, o filho de um camponês e o de um fazendeiro, na Itália, de 1900 a 1945. Nesse período, surge e cresce o fascismo e, em contraposição, o comunismo, o que vai afetar a vida dos personagens centrais.
O DISCRETO CHARME DA BURGUESIA
Direção: Luis Buñuel
País: França
Nome original: Le Charme Discret de La Bourgeoisie
Mistura de situações reais da história com os sonhos e devaneios dos personagens. O filme se passa numa tarde onde alguns amigos se encontram para jantar. Crítica às situações e a hipocrisia da vida social burguesa.
TERRA E LIBERDADE
Direção: Ken Loach
País: Reino Unido
Nome original: Land and Freedom
Em 1936, jovem inglês desempregado abandona Liverpool para lutar contra os fascistas na Guerra Civil espanhola. Junta-se ao contingente internacional da Milícia Republicana, em Aragon, e mais tarde se desentende com seus companheiros do Partido Comunista. Com essa história, Loach exprime sua precisa visão política e seu engajamento socialista inflexível.
O POSTO
Direção: Ermanno Olmi
País: Itália
Nome original: Il Posto
Um cidadão provinciano vai a Milão, à procura de trabalho num grande complexo industrial. Consegue, mas não passa de um recepcionista. Conhece uma moça e a convida para a festa da firma. Ela não vem, mas em compensação morre um dos trabalhadores e o provinciano o substitui.
TEMPOS MODERNOS
Direção: Charles Chaplin
País: EUA
Nome original: Modern Times
Um operário de uma linha de montagem, que testou uma “máquina revolucionária” para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela “monotonia frenética” do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Mas o pior ainda está por vir.
OUTUBRO
Direção: Sergei Eisenstein
País: URSS
Nome original: Oktyabr
Em tom de documentário, acontecimentos em Petrogrado são encenados desde o fim da monarquia, em fevereiro de 1917, até o fim do governo provisório em novembro do mesmo ano. Lênin volta em abril. Em julho, os contra-revolucionários mandam prendê-lo. Em outubro, os Bolsheviks estão prontos para atacar: os dez dias que abalaram o mundo.
O SAL DA TERRA
Direção: Hebert J. Biberman
País: EUA
Nome original: Salt of the Earth
Baseado em fatos reais, o filme retrata uma greve dos mineiros de origem mexicana, no Novo México. Com exceção de cinco atores, o elenco é composto por não-profissionais, a maioria participantes na greve real. O filme é profético ao descrever a participação das esposas dos trabalhadores oprimidos, uma antecipação do movimento de emancipação feminina que surgiria uma década mais tarde. Num contexto de injustiça social, desenrola-se um drama familiar vivido por Ramon e Esperanza Quintero, um mineiro de origem mexicana e sua esposa. No decorrer da greve, os papeis de Ramon e Esperanza invertem-se: um mandado de segurança contra os grevistas masculinos faz com que as mulheres assumam as atividades piqueteiras, deixando aos homens as tarefas domésticas. As mulheres evoluem de uma posição de subordinação para igualdade, aliadas em busca do objetivo comum.
TEOREMA
Direção: Pier Paolo Pasolini
País: Itália
Nome original: Teorema
Em Milão a vida de uma rica família burguesa é totalmente modificada por um misterioso visitante (Terence Stamp), que seduz a empregada, o filho, a mãe, a filha e finalmente o pai. Além disto, tem um contato intelectual com todos eles, convencendo-os da futilidade da existência, e após cumprir seu objetivo parte em poucos dias. Após sua ida ninguém da família consegue continuar vivendo da mesma forma.
ENCOURAÇADO POTEMKIN
Direção: Sergei Eisenstein
País: URSS
Nome original: Bronenosets Potyomkin
Baseado em eventos históricos, o filme conta a história de uma rebelião no Navio de Guerra Potemkin. O que começou como um protesto, gerou uma rebelião depois que foram servidas carnes estragadas aos marujos no jantar. Os marujos erguem a bandeira vermelha e tentam levar a revolução no navio até a sua terra natal, a cidade de Odessa.
LADRÕES DE BICICLETAS
Direção: Vittorio de Sica
País: Itália
Nome original: Ladri di Biciclette
A história se passa logo após a Segunda Grande Guerra, com a Itália destruída e o povo passando necessidade. Ricci consegue um emprego após muita espera. Só que esse emprego, de colador cartazes na rua, lhe pedia como obrigação uma bicicleta. Ricci e sua mulher Maria conseguem um dinheiro para uma, possibilitando que ele realize o seu trabalho. Há também o menino Bruno, filho do casal. Fascinado por bicicletas, o menino cai de cabeça com o pai na busca pela bicicleta que lhes foi roubada, quando Ricci trabalhava apenas em seu primeiro dia.
CASA GRANDE
Direção: Fellipe Gamarano Barbosa
País: Brasil
Jean é um adolescente rico que luta para escapar da superproteção dos pais, secretamente falidos. Enquanto a casa cai, os empregados têm que enfrentar suas inevitáveis demissões, e Jean tem que confrontar as contradições da casa grande.
MACHUCA
Direção: Andrés Wood
País: Chile
Nome original: Machuca
Chile, 1973. Gonzalo Infante (Matías Quer) é um garoto que estuda no Colégio Saint Patrick, o mais conceituado de Santiago. Gonzalo é de uma família de classe alta, morando em um bairro na área nobre da cidade com seus pais e sua irmã. O padre McEnroe (Ernesto Malbran), o diretor do colégio, inspirado no governo de Salvador Allende decide implementar uma política que faça com que alunos pobres também estudem no Saint Patrick. Um deles é Pedro Machuca (Ariel Mateluna) que, assim como os demais, fica deslocado em meio aos antigos alunos da escola. Provocado, Pedro é seguro por trás e um deles manda que Gonzalo o bata, que se recusa a fazer isto e ainda o ajuda a fugir. A partir de então nasce uma amizade entre os dois garotos, apesar do abismo de classe existente entre eles.
CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO
Direção: Elio Petri
País: Itália
Nome original: La Classe Operaia Va in Paradiso
Adorado por seus superiores por ser um trabalhador extremamente dedicado e odiado pelo mesmo motivo por seus colegas de trabalho, Lulu vive entregue aos sonhos de consumo da classe média, alienado em meio aos movimentos de protesto de sua classe, até que um acontecimento põe em xeque suas opiniões.
DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL
Direção: Glauber Rocha
País: Brasil
Manuel (Geraldo Del Rey) é um vaqueiro que se revolta contra a exploração imposta pelo coronel Moraes (Mílton Roda) e acaba matando-o numa briga. Ele passa a ser perseguido por jagunços, o que faz com que fuja com sua esposa Rosa (Yoná Magalhães). O casal se junta aos seguidores do beato Sebastião (Lídio Silva), que promete o fim do sofrimento através do retorno a um catolicismo místico e ritual. Porém ao presenciar a morte de uma criança Rosa mata o beato. Simultaneamente Antônio das Mortes (Maurício do Valle), um matador de aluguel a serviço da Igreja Católica e dos latifundiários da região, extermina os seguidores do beato.
KES
Direção: Ken Loach
País: Reino Unido
Nome original: KES
Um dos primeiros filmes da carreira do consagrado diretor Ken Loach, Kes conta a história de um menino que vive em bairro pobre da cidade que, violentado em casa e ridicularizado na escola, acha uma forma de abstrair de sua dura realidade treinando um falcão. Poética e singela obra de formação do cineasta que posteriormente realizou obras-primas como Terra e Liberdade e Pão e Rosas.
https://portaldocurta.wordpress.com/2016/12/27/16-filmes-sobre-a-filosofia-de-karl-marx/
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18noVEMbro2018
CAIXA Cultural e Oscar Iskin
Apresentam:
Organizado em dez módulos temáticos – “O que é a filosofia?”, “Questões estéticas”, “Mito e Tragédia”, “O Existencialismo”, ”O amor em fuga”, “Morte e Finitude”, “História e Violência”, “O Fascismo hoje”, “Cinema e Revolução” e “O cinema nacional e a interpretação do Brasil” –, a mostra/curso ‘A História da Filosofia em 40 Filmes’ faz refletir sobre diferentes disciplinas filosóficas, tais como a metafísica, a epistemologia, a ética, a política e a estética.
O curso será realizado de maio de 2009 a fevereiro de 2010, sempre aos sábados, totalizando 40 aulas. Ao final da exibição de cada filme, Alexandre Costa e Patrick Pessoa vão proferir uma palestra sobre o teor filosófico do filme apresentado.
Abrindo o evento, nos dias 16, 23 e 30 de maio e 06 de junho, a reflexão sobre “O Que é a Filosofia?” pretende apresentar de forma clara o conceito de filosofia que deverá nortear a análise de todos os filmes propostos. Serão exibidos os filmes Rashomon, de Akira Kurosawa, Persona, de Ingmar Bergman, Stalker, de Andrei Tarkovsky, e Blow-up, de Michelangelo Antonioni.
No mês de junho e na primeira semana de julho, em “Questões Estéticas”, será colocada em discussão a origem e o caráter do Belo na Arte, com base nos filmes Morte em Veneza, de Luchino Visconti, Oito e meio, de Federico Fellini, Cidade dos Sonhos, de David Lynch, e Asas do Desejo, de Wim Wenders.
No módulo “Mito e Tragédia”, os filmes possibilitam considerar as origens da filosofia e sua distinção frente à antiga tradição poética grega, caracterizando, assim, no que se diferenciam a linguagens mitopoética e a lógico-filosófica. As obras apresentadas também servirão de base para a discussão sobre as variações históricas do trágico, tornando possível evidenciar as diferenças entre as tragédias antiga, moderna e contemporânea. Esse módulo, que vai de julho ao início de agosto, apresentará Medéia, de Pier Paolo Pasolini, Oldboy, de Chan-wook Park, Ladrões de bicicleta, de Vittorio De Sica, e Crimes e Pecados, de Woody Allen.
De agosto a setembro, “O Existencialismo” abordará as principais questões levantadas por este movimento, com ênfase nas obras de Sartre e Camus, a partir dos filmes A doce vida, de Federico Fellini, Estranhos no paraíso, de Jim Jarmusch, Acossado, de Jean-Luc Godard, e As coisas simples da vida, de Edward Yang.
“Amor em fuga” e “Morte e Finitude” perfazem um binômio que aborda os temas humanos mais decisivos, o amor e a morte, discutindo até que ponto as contribuições dos filósofos da tradição ainda servem para dar algum sentido à existência dos homens contemporâneos. De setembro a outubro, o público vai conferir clássicos como A janela indiscreta, de Alfred Hitchcock, O último metrô, de François Truffaut, Ricardo III, de Al Pacino, e Dogville, de Lars von Trier, entre outros.
Em novembro “Fascismo Hoje”, que apresentará filmes como Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, e M, o vampiro de Düsseldorf, de Fritz Lang, vai destrinchar as características deste movimento e dos ideais totalitários surgidos após a Primeira Guerra Mundial. Já em dezembro, em “Cinema e Revolução”, filmes como O Anjo exterminador, de Luis Buñuel, e O homem sem passado, de Aki Kaurismaki, vão apresentar a relação entre cinema e revolução, analisando as obras sob três prismas: o das revoluções bem sucedidas ou fracassadas, o das possíveis e o das invisíveis. Paralelamente a esse debate sobre como o cinema tratou o tema “revolução”, será discutido por que o cinema é a ferramenta mais revolucionária das artes do século XX.
Abrindo o ano de 2010, a cinematografia brasileira será posta em pauta no módulo “O Cinema Nacional e a Interpretação do Brasil”. Em um país sem grande tradição na produção de obras filosóficas, os grandes filósofos são Machado de Assis, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Mário de Andrade, Glauber Rocha, Leon Hirszman. Partindo dessa convicção, os filmes selecionados para esse módulo apresentam um panorama do melhor da produção filosófico-cinematográfica nacional. Fazem parte da filmografia desse módulo clássicos como Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha, e Brás Cubas, de Julio Bressane.
Alexandre Costa, curador da mostra, esclarece que “a seleção dos filmes foi norteada por dois critérios dificilmente separáveis: o primeiro, filosófico; o segundo, estético. Visando a contemplar um público não necessariamente familiarizado com o tipo de reflexão filosófica característica dos meios acadêmicos, optou-se sempre por filmes que formulassem com clareza as questões filosóficas que servem de fio condutor a cada um dos módulos”.
“É importante frisar, no entanto, que não tratamos o cinema como um meio, um veículo destinado à mera ilustração de idéias e conceitos filosóficos, mas como uma linguagem artística autônoma. Desse modo, os quarenta filmes selecionados para este projeto reafirmam o seu valor estético na justa medida em que resistem à sua instrumentalização, seduzindo-nos com uma linguagem que diz sempre muito mais (ou muito menos) do que a linguagem conceitual”, complementa Patrick Pessoa.
A mostra-curso ‘A história da filosofia em 40 filmes’ foi aprovada pelo edital 2008 de ocupação dos espaços da CAIXA Cultural e ficará em cartaz todo os sábados entre 16 de maio de 2009 e 28 de fevereiro de 2010. Confira a programação completa no serviço.
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18noVEMbro2018...
Graça Silva coloca no top10 A ONDA...comentei 1 bELAA escOLHA
Em uma escola da Alemanha, alunos tem de escolher entre duas disciplinas eletivas, uma sobre anarquia e a outra sobre autocracia. O professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel) é colocado para dar aulas sobre autocracia, mesmo sendo contra sua vontade. Após alguns minutos da primeira aula, ele decide, para exemplificar melhor aos alunos, formar um governo fascista dentro da sala de aula. Eles dão o nome de "A Onda" ao movimento, e escolhem um uniforme e até mesmo uma saudação. Só que o professor acaba perdendo o controle da situação, e os alunos começam a propagar "A Onda" pela cidade, tornando o projeto da escola um movimento real. Quando as coisas começam a ficar sérias e fanáticas demais, Wenger tenta acabar com "A Onda", mas aí já é tarde demais.
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-134390/
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Há outra ONDA:
https://www.youtube.com/watch?v=QBjeX5jPRi4
A Onda é um filme que relata um acontecimento em uma escola nos EUA. Quando o professor é questionado ele pensa em como explicar ou interpretar aquela questão. Assista o filme e reflicta o perigo de uma mente e atitude manipuladora. Este filme não está de forma comercial.
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16noVEMbro2018
Graça Silva coloca no top10 O PIANISTA...de facto 1 bELOO filme
O pianista polonês Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody) interpretava peças clássicas em uma rádio de Varsóvia quando as primeiras bombas caíram sobre a cidade, em 1939. Com a invasão alemã e o início da 2ª Guerra Mundial, começaram também restrições aos judeus poloneses pelos nazistas. Inspirado nas memórias do pianista, o filme mostra o surgimento do Gueto de Varsóvia, quando os alemães construíram muros para encerrar os judeus em algumas áreas, e acompanha a perseguição que levou à captura e envio da família de Szpilman para os campos de concentração. Wladyslaw é o único que consegue fugir e é obrigado a se refugiar em prédios abandonados espalhados pela cidade, até que o pesadelo da guerra acabe.
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-28359/
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12seTEMbro2018
J.Edgar Hoover
Ver em anticomunismo
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6seTEMbro2018
papillon
? Guiana Francesa?
? Ilha do Diabo?
com: Charlie Hunnam and Rami Malek.
https://www.youtube.com/watch?v=xqj7XOv9mC8
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Já tinha visto com o Steve McQueen...ProCURAR:
Papillon (1974) – Steve McQueen / Dustin Hoffman – Filme Completo - Legendado Sinopse e Detalhes: Na década de 30, Papillon (Steve McQueen) foi acusado de assassinato e enviado para cumprir prisão perpétua na Guiana Francesa, um purgatório onde os homens pagam seus crimes sofrendo degradações e brutalidades. As regras da prisão são claras: Qualquer um que tentar fugir ganhará como punição dois anos de solitária. Isso não é o bastante para assustar Papillon, que irá tentar fugir de qualquer maneira com a ajuda de Louis Dega (Dustin Hoffman). Em uma das vezes, Papillon quase consegue e vai parar incialmente em uma colônia de hansenianos e depois em uma tribo de índios caribenhos, até chegar à Ilha do Diabo, de onde ele tentará fugir pela última vez. Esta é a história verdadeira de dois homens na luta contra um sistema desumano e cruel. Um grande filme estrelado por dois gigantes do cinema. Papillon 1973 - USA – Cor - 150 min Direção: Franklin J. Schaffner Produção: Robert Dorfmann Franklin J. Schaffner Roteiro: Lorenzo Semple Jr. Dalton Trumbo Música: Jerry Goldsmith Elenco: Steve McQueen … Henri Charrière aka Papillon Dustin Hoffman … Louis Dega Victor Jory … Chefe índio Don Gordon … Julot Anthony Zerbe … Toussaint Robert Deman … André Maturette Woodrow Parfrey … Clusiot Bill Mumy … Lariot George Coulouris … Dr. Chatal
https://www.youtube.com/watch?v=RODCSKOm-LI
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5seTEMbro2017
FIM DE CASO (The end of the affair, 1999, Columbia Pictures, 102min) Direção: Neil Jordan. Roteiro: Neil Jordan, romance de Graham Greene. Fotografia: Roger Pratt. Montagem: Tony Lawson. Música: Michael Nyman. Figurino: Sandy Powell. Direção de arte/cenários: Anthony Pratt/John Bush, Joanne Woolard. Produção: Neil Jordan, Stephen Wooley. Elenco: Ralph Fiennes, Julianne Moore, Stephen Rea, Ian Hart, Jason Isaacs. Estreia: 02/12/99
2 indicações ao Oscar: Atriz (Julianne Moore), Fotografia
Publicado em 1951 e adaptado por Hollywood já em 1955 com Deborah Kerr e Van Johson, com o nome de "Pelo amor de meu amor", o romance "Fim de caso", do inglês Graham Greene é conciso (tem pouco mais de 230 páginas), mas dotado de uma grande força dramática. Quem percebeu isso foi o cineasta irlandês Neil Jordan, que em 1999 lançou sua própria versão cinematográfica da obra. Elogiadíssimo pela crítica e indicado a dois Oscar, o filme não foi bem-sucedido comercialmente, como normalmente acontece com bons filmes direcionados ao público maduro - nem chegou a cobrir, no mercado americano, seu orçamento de 23 milhões de dólares - mas é um espetáculo imperdível. Adaptado pelo próprio Jordan, o filme não é apenas uma pungente e arrasadora história de amor. É também um estudo sobre o ciúme, a fidelidade, a fé e, pode-se dizer sem medo, Deus. Realizado com sensibilidade e inteligência, "Fim de caso" é o tipo de obra que qualquer cineasta de bom gosto adoraria assinar.
A trama começa no final dos anos 40, quando o escritor Maurice Bendrix (Ralph Fiennes em atuação mais do que inspirada) reencontra um amigo, o político Henry Miles (Stephen Rea), em uma noite de chuva torrencial. Miles está plenamente convencido de que sua esposa, a bela Sarah (Julianne Moore, indescritível), o está traindo, e Bendrix, solícito, se oferece para contratar um detetive para seguí-la. Na verdade, o escritor tem seus próprios motivos para o interesse: descobrir o motivo que levou Sarah a abandonar, sem nenhuma razão aparente, o romance secreto que eles mantinham durante a guerra. Quando põe os olhos no diário da mulher que ainda ama desesperadamente, Bendrix descobre que o fim do caso entre eles tem uma razão aparentemente banal, mas extremamente forte em seu íntimo. http://clenio-umfilmepordia.blogspot.pt/2011/07/fim-de-caso.html
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4seTEMbro2017
revi o extraordináRIO filme
Mississipi, 1964.
Realizado por Alan Parker
Rupert Anderson (Gene Hackman) e Alan Ward (Willem Dafoe) são dois agentes do FBI que estão investigando a morte de três militantes dos direitos civis. As vítimas viviam em uma pequena cidade onde a segregação divide a população em brancos e pretos e a violência contra os negros é uma tónica constante.
https://www.youtube.com/watch?v=9D2_o70kj7s
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15jul2017
revi O ÚLTIMO SAMURAI
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https://www.youtube.com/watch?v=C_s9gg2qpdo
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cuRIOso...a 17noVEMbro2018 a Graça Silva elege para o seu top10!
IV-SONHOS DE aKIRA kUROSAWA...Akira Kurosawa’s Dreams
Dica de Luiza Casaburi
Filme do cineasta japonês Akira Kurosawa, Sonhos trata – em sua maior parte – da natureza e sua relação com o egoísmo humano, da destruição imposta a si mesmo e ao planeta.São oito episódios, alguns sobre as experiências vividas pelos japoneses após a 11 Guerra Mundial, como O Túnel. O trauma das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, por exemplo, é nítido nos episódios O Demônio Chorão e Monte Fuji em Vermelho. Este último, apesar de tratar de um assunto pesado, tem belas imagens formadas pelas nuvens de radioatividade coloridas (O Amarelo do Estrônio 90, o violeta do Césio 137 e o vermelho do Plutônio 239).
O fascínio do diretor pelo pintor Vincent Van Gogh também está presente. É retratado em Corvos, no qual um homem, ao admirar um quadro do artista, é levado para dentro da obra. Além de passear pelas pinturas do ídolo ao som do piano (música original de Shinichirô Ikebe, com o pianista Ikudo Endo), recebe uma lição de pintura do holandês: só é capaz de pintar aquele se envolve com a natureza, que a admira e segue a beleza que ela tem a oferecer.
Além desses, Sonhos ainda traz os episódios O Sol em meio à Chuva, A Nevasca e Povoado de Moinhos – este último com uma mensagem aos seres humanos capitalistas. Um velho sábio fala ao moço da cidade grande sobre as coisas que considera as mais importantes na vida de uma pessoa: a água e o ar puro.
De que adianta tanto conforto proporcionado pelas invenções da modernidade, se não há mais paz e se as pessoas esqueceram que preservar a natureza é fundamental? O filme termina com uma lição: um cortejo festivo para celebrar a morte de uma senhora de 99 anos – afma!, nada mais justo do que se despedir de uma pessoa que viveu muito bem e de forma completa com dança e música.
Título Original: Akira Kurosawa’s Dreams / Yume
Gênero: Drama
Origem/Ano: JAP-EUA/1990
Duração: 119 min
Direção: Akira Kurosawa / lshirô Honda
http://www.entreculturas.com.br/2011/07/sonhos-akira-kurosawa/
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TEMPOS MODERNOS
Direção: Charles Chaplin
País: EUA
Nome original: Modern Times
Um operário de uma linha de montagem, que testou uma “máquina revolucionária” para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela “monotonia frenética” do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Mas o pior ainda está por vir.
OUTUBRO
Direção: Sergei Eisenstein
País: URSS
Nome original: Oktyabr
Em tom de documentário, acontecimentos em Petrogrado são encenados desde o fim da monarquia, em fevereiro de 1917, até o fim do governo provisório em novembro do mesmo ano. Lênin volta em abril. Em julho, os contra-revolucionários mandam prendê-lo. Em outubro, os Bolsheviks estão prontos para atacar: os dez dias que abalaram o mundo.
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O SAL DA TERRA
Direção: Hebert J. Biberman
País: EUA
Nome original: Salt of the Earth
Baseado em fatos reais, o filme retrata uma greve dos mineiros de origem mexicana, no Novo México. Com exceção de cinco atores, o elenco é composto por não-profissionais, a maioria participantes na greve real. O filme é profético ao descrever a participação das esposas dos trabalhadores oprimidos, uma antecipação do movimento de emancipação feminina que surgiria uma década mais tarde. Num contexto de injustiça social, desenrola-se um drama familiar vivido por Ramon e Esperanza Quintero, um mineiro de origem mexicana e sua esposa. No decorrer da greve, os papeis de Ramon e Esperanza invertem-se: um mandado de segurança contra os grevistas masculinos faz com que as mulheres assumam as atividades piqueteiras, deixando aos homens as tarefas domésticas. As mulheres evoluem de uma posição de subordinação para igualdade, aliadas em busca do objetivo comum.
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22abRI2019
reVI o filme tRÓIa...
lançado em 2004...Brad Pitt faz o papel de Aquiles
calcanhar de Aquiles... Seta lançada pelo Páris.
Páris que amou Helena de Esparta, enquanto Heitor (irmão) negociava a paz entre Tróia e Esparta e a levou para Tróia, provocando a guerra...O marido, Menelau, irmão do rei grego Aggaménon (conquistador de vários povos)
Rei Príamo
Aquiles filho de Peleu e...guerreiro...Não aceitava Agaménon como rei da Grécia...Apaixonou-se por Briseida, sobrinha do Rei Príamo, prima de Páris/Heitor
Aquiles mata Heitor, por este ter morto o primo (que se fardou como Aquiles)
Quem teve a ideia do cavalo de Tróia?
Eneias ficou com a espada (dada por Páris) para manter a nação de Tróia...
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Em 1193 A.C., Paris (Orlando Bloom) é um
príncipe que provoca uma guerra da Messência contra Tróia, ao afastar
Helena (Diane Kruger) de seu marido, Menelaus (Brendan Gleeson). Tem
início então uma sangrenta batalha, que dura por mais de uma década. A
esperança do Priam (Peter O'Toole), rei de Tróia, em vencer a guerra
está nas mãos de Aquiles (Brad Pitt), o maior herói da Grécia, e seu
filho Hector (Eric Bana).
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-47357/
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Tróia era uma próspera cidade mercantil, razoavelmente rica, ponto de entrada para o Mar Negro. Hoje, Troia é um sítio arqueológico na Turquia, na província de Çanakkale, onde uma réplica do famoso cavalo nos recepciona e nos encanta.
Ocorrida no período entre 1300 a.C. e 1200 a.C., a Guerra de Troia foi um grande conflito bélico entre gregos e troianos, causado pelo rapto da princesa Helena, esposa do rei Menelau por Páris, filho do rei Príamo. Não confundir com Príapo, o filho de Afrodite que era conhecido pelo seu falo longo e ereto, de onde surgiu o termo médico priapismo, que corresponde a uma ereção persistente, geralmente dolorosa.
Páris, o príncipe troiano, fora a Esparta, em missão diplomática, e se apaixonou por Helena, considerada a mulher mais bonita do mundo então conhecido. Ao sair, Páris levou consigo a esposa do rei, deixando Menelau enfurecido. Mais de mil navios foram enviados para o ataque a Troia, liderados pelo general Agamenon.
Alexandre, o Grande, e Julio Cesar estiveram em Troia para visitar seu sitiamento, onde prestaram homenagem aos grandes heróis e absorveram parte de sua bravura, conforme narra Stephen Weir no livro As Piores Decisões da História, texto que serviu de mote para esta crônica. Frequentemente, presidentes dos Estados Unidos fazem visitas de surpresa a sítios de guerra.
Depois de dez anos de escaramuças, com grandes baixas em seu exército, os gregos fingiram ter desistido da guerra, embarcando em seus navios. Na praia, um enorme cavalo de madeira foi deixado aos inimigos, que o levaram para o interior da cidade, como símbolo da vitória. À noite, os soldados gregos escondidos na estrutura oca do cavalo saíram e abriram os portões para que o exército invadisse a cidade. Apanhados de surpresa, os troianos foram vencidos e a cidade incendiada. Desse modo, Menelau recuperou sua esposa, Helena, levando-a para Esparta.
Ao final, Troia foi destruída, e muitos troianos morreram pela vanglória de Páris. O retorno de Menelau à Grécia demorou outros dez anos. Menelau e Helena viveram juntos por muitos anos, até a morte daquele, em idade avançada. Depois da morte de Menelau, Helena foi exilada, e buscou refúgio em Rodes, onde foi enforcada pelas criadas, por ordem de Polixo.
Um rapto, uma guerra desumana, soldados vinte anos longe de suas famílias, milhares de vidas perdidas nos caminhos.
Aqui, um mix psiquiátrico composto de ira, inveja, luxúria e orgulho.
Uma ode à estupidez.
https://evaldoab.com/2015/02/06/esparta-o-rapto-de-helena-a-guerra-de-troia/
*
Introdução (o que foi)
A Guerra de Troia foi um conflito bélico
entre aqueus (um dos povos gregos que habitavam a Grécia Antiga) e os
troianos, que habitavam uma região da atual Turquia. Esta guerra, que
durou aproximadamente 10 anos, aconteceu entre 1300 a.C. e 1200 a.C.
Causa da guerra (resumo)
Gregos e troianos entraram em guerra por
causa do rapto da princesa Helena de Troia (esposa do rei lendário
Menelau), por Páris (filho do rei Príamo de Troia). Isto ocorreu quando o
príncipe troiano foi à Esparta, em missão diplomática, e acabou
apaixonando-se por Helena. O rapto deixou Menelau enfurecido, fazendo
com que este organizasse um poderoso exército. O general Agamenon foi
designado para comandar o ataque aos troianos. Usando o mar Egeu como
rota, mais de mil navios foram enviados para Troia.
A Guerra (como foi)
O cerco grego à Troia durou cerca de 10
anos. Vários soldados foram mortos, entre eles os heróis gregos Heitor e
Aquiles (morto após ser atingido em seu ponto fraco, o calcanhar).
A guerra terminou após a execução do
grande plano do guerreiro grego Odisseu. Sua ideia foi presentear os
troianos com um grande cavalo de madeira. Disseram aos inimigos que
estavam desistindo da guerra e que o cavalo era um presente de paz. Os
troianos aceitaram e deixaram o enorme presente ser conduzido para
dentro de seus muros protetores. Após uma noite de muita comemoração, os
troianos foram dormir exaustos. Neste momento, abriram-se portas no
cavalo de madeira e saíram centenas de soldados gregos. Estes abriram as
portas da cidade para que os gregos entrassem e atacassem a cidade de
Troia até sua destruição.
Os eventos finais da guerra são contados
na obra Ilíada de Homero. Sua outra obra poética, Odisseia, conta o
retorno do guerreiro Odisseu e seus soldados à ilha de Ítaca.
Mito ou fato histórico?
Durante muitos séculos, acreditava-se
que a Guerra de Troia fosse apenas mais um dos mitos da mitologia grega.
Porém, com a descoberta e estudo de um sítio arqueológico na Turquia,
pode-se comprovar que este importante fato histórico da antiguidade
realmente ocorreu. Porém, muitos aspectos entre mitologia e história
ainda não foram identificados e se confundem. Mas o que se sabe é que
esta guerra ocorreu de fato.
https://www.suapesquisa.com/historia/guerra_de_troia.htm*
Agamemnon, Agamenon, Agamenão [1] ou Agamémnon [2] (em grego antigo, Aγαμέμνων, "muito resoluto") foi um dos mais distintos heróis gregos, filho (ou neto) do rei Atreu de Micenas e da rainha Aerope, [3] e irmão de Menelau. [4] [5]Não há registos que provem que tenha de facto existido, mas é provável que tenha sido o rei de Micenas a comandar o épico cerco dos Aqueus à cidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agamemnon
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Helena De Tróia Paixão E Guerra
completo dobrado em portuguêscom Tom Cruise
https://www.youtube.com/watch?v=3VCGZUHN2D8
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24 de Abril de 1184 a.C. - Segundo a tradição, os gregos entram em Troia utilizando o Cavalo de Troia
Helena de
Troia
De acordo com a mitologia grega, Helena de Troia seria a mulher mais bela da Grécia. Filha de Zeus e Leda, segundo algumas versões, ou Némesis e Zeus, de acordo com outras, Helena teria sido esposa do rei de Esparta, Menelau. Outras tradições defendiam que Helena era filha de Oceano e Afrodite. O rapto de Helena, levado a cabo pelo herói Teseu, que pensava desposá-la, teria ocorrido durante a sua infância. De acordo com a lenda, os seus irmãos Castor e Pólux tê-la-iam resgatado de Afidnas, onde Helena havia sido entregue ao cuidados da mãe de Teseu. De regresso a Lacédomon, Tíndaro, pai terrestre de Helena, teria decidido ser tempo de casar a filha. Perante a multidão de pretendentes que se apresentaram, entre os quais se encontravam quase todos os príncipes da Grécia e os grandes heróis do seu tempo, Tíndaro viu-se confrontado com uma difícil decisão. Seguindo os conselhos de Ulisses, determinou que todos os pretendentes deveriam jurar aceitar a escolha de Helena e socorrer o eleito em caso de necessidade. Anos depois, a invocação deste juramento, por Menelau, uniu todos os chefes da Grécia na guerra contra Troia. Tíndaro teria ficado tão satisfeito com a solução oferecida por Ulisses que o último teria conseguido deste modo a mão de Penélope. Helena escolheu Menelau e do seu casamento nasceu, pouco depois, uma filha, Hermione.
De acordo com certas tradições, teriam concebido também um filho, chamado Nicóstrato. Mais tarde a beleza fatal de Helena seria a causa direta da Guerra de Troia. A história do conflito de dez anos teria começado quando as deusas Hera, Atena e Afrodite perguntaram ao príncipe troiano Páris qual a mais bela das três. Após cada uma das deusas ter tentado influenciar a sua decisão, Páris atribuiu a maçã de ouro a Afrodite, que lhe havia prometido o amor de uma mulher de beleza estonteante. Seguindo as indicações da deusa, Páris teria navegado para a Grécia, onde fora recebido com grande hospitalidade por Menelau, rei de Esparta. Helena seria, segundo os desígnios divinos, a eleita como recompensa de Páris. Apesar de levar uma vida feliz com Menelau, sob a influência e feitiço de Afrodite, Helena ter-se-ia apaixonado pelo príncipe troiano, que a persuadiu a fugir com ele, levando-a para Troia. Mas Helena não partiu de mãos vazias, levando consigo tesouros e um séquito de escravas. Menelau teria então convocado todos os chefes gregos para que o ajudassem a resgatar a esposa, os quais, com raras exceções, responderam ao seu chamado. Durante nove anos de conflito, Helena foi vítima da desconfiança e das acusações do povo troiano, que a considerava a causa da guerra. Uma versão alternativa da Ilíada conta que Aquiles, ouvindo relatos sobre a sua beleza, manifestou o desejo de conhecer Helena. O seu desejo concretizou-se, com a ajuda e intervenção divinas de Tétis e Afrodite, e nesse encontro Aquiles ter-se-ia unido a Helena. Assim, Aquiles teria sido o quarto marido de Helena, depois de Teseu, Menalau e Páris. O quinto seria Deífobo, com quem teria casado depois da morte de Páris. Após este longo período e de acordo com uma das versões, Menelau e Páris acordaram num duelo e Helena teria sido convocada para assistir ao mesmo. Quando se aproximou da torre, onde se encontravam os chefes gregos, a sua beleza era de tal modo inigualável e a sua tristeza tão profunda que ninguém pode deixar de sentir compaixão pela sua sina. Perante a vitória dos gregos e a sede de vingança de Menelau, Afrodite ajudou Páris na sua fuga, envolvendo-o numa nuvem e conduzindo-o em segurança para os aposentos de Helena.
Outras versões atestam que, com a ajuda de Helena que deveria entregar Troia, Ulisses teria conquistado a cidade e derrotado os troianos. Após a queda de Troia, Menelau uniu-se novamente a Helena, deixando a cidade em direção à Grécia natal. Mas a sua viagem de regresso teria sido repleta de tempestades que os levaram de costa a costa, no Mediterrâneo, parando no Chipre, Fenícia e Egito. Estes fenómenos naturais, de origem divina, seriam um castigo dos deuses, que não teriam ficado satisfeitos com o desfecho da história e o atrevimento de Menelau. Quando chegaram a Esparta, Helena e Menelau reassumiram o seu reino, vivendo o resto dos seus dias em esplendor real. A lenda que se desenvolveu em torno de Helena tornou-se muito complexa, tendo sofrido uma evolução considerável com a obra de Homero. Muitas destas lendas tendem a ilibar Helena das consequências das suas opções, apresentando-a como instrumento de um destino transcendente à sua vontade. A lenda da divinização de Helena, resultante de um diferente desfecho da sua história, seria atestada pelo grande número de santuários a si consagrados, nos quais se honrava também Menelau. Estas lendas, versões ou variantes, progressivamente sobrepuseram e esconderam a lenda primitiva, mas tornaram Helena de Troia numa das mais ricas personagens da mitologia grega.
O Cavalo de Troia O cavalo de Troia faz parte de um dos famosos estratagemas criados por Ulisses, com a finalidade de pôr termo à guerra travada com os Troianos que já durava há dez anos.
A guerra de Troia foi desencadeada por Páris (filho do rei troiano Príamo) que, apaixonado por Helena (casada com Menelau), a raptou. Os príncipes gregos juntaram-se para defender a honra de Menelau e, sob o comando de Agamémnon, atacaram Troia. Durante dez anos, os Gregos puseram cerco a Troia, mas sem qualquer resultado vitorioso. Até que o herói Ulisses, que era muito inteligente, ardiloso e conhecido pela sua grande capacidade de orador, se lembrou de uma artimanha. Fingindo a derrota, os Gregos deixaram, como oferta, um enorme cavalo de madeira às portas das muralhas de Troia. Convencidos da vitória, os Troianos transportaram o cavalo para dentro da cidade e festejaram durante toda a noite. Quando os Troianos, embriagados e cansados, começaram a dormir, guerreiros gregos, entre eles Ulisses, saíram do ventre do cavalo de madeira e atacaram-nos, conquistando por fim a cidade de Troia. Esta foi então incendiada, o rei Príamo e a sua família foram mortos e Helena voltou para o marido.
Diz a lenda que a verdadeira Helena tinha ficado no Egito, onde Menelau mais tarde a encontrou, e que Páris apenas tinha raptado o seu fantasma. Esta eventual estadia de Helena no Egito é também justificada por um naufrágio sofrido durante a viagem de regresso e que terá levado Helena e Menelau até àquele país. O casal só conseguiu chegar a Esparta oito anos depois da guerra de Troia.
Helena
de Troia. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora,
2003-2013.
O
Cavalo de Troia. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora,
2003-2013.
wikipedia
(Imagens)
Cuidado com os presentes dos gregos - Henri -
Paul Motte
Helena de Troia - Evelyn De Morgan
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/04/24-de-abril-de-1184-ac-segundo-tradicao.html?spref=fb&fbclid=IwAR33CfX79w0AC-R71Ww0hMJZm9r8O_ibU4rX4HbXKtN-bAODtgj_hSJoEHY***
Revolta na Bounty
O grande motim
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Um bom motivo para ver “O Grande Motim”: Marlon Brando. Foi por isso que resolvi assisti-lo há poucos dias, e honestamente, não me arrependi. Sempre tive a impressão que Brando fez filmes muito ruins e isso compromete sua trajetória. Alguém pode lembrar de clássicos como “Appocalipse Now” e “O Poderoso Chefão”, mas em ambos, a participação de Brando é economica diante do tamanho do filme. Não que ele não roube a cena com todo o seu talento, mas ainda assim, ficam faltanto filmes onde Brando é o dono da ação e da câmera.
E é por isso que “O Grande Motim” é um excelente filme. Marlon Brando faz o papel do imediado Christian Fletcher, um bom vivant, um sujeito descomplicado que bate de frente com o obcecado Capitão Willian Blight, vivido por Trevor Howard. A história presume que a Inglaterra envia um navio para o Taiti para trazer de lá o maior carregamento possível de fruta-pão, com a qual, estudiosos de 1787, supunham que seria possível alimentar todo o mundo.
A história ganha corpo na medida em que fica claro que o ego dos dois, imediato e capitão, vão se chocar diretamente. Isso constrói o conflito de onde nasce o motim que dá nome ao filme. É nesse motim onde o filme, até então dividido pelo contraste das personalidades antagonistas de imediato e capitão torna-se um filme onde Brando pode, enfim, navegar sozinho em seu talento interminável e render, a quem assiste, um ótimo longa. São mais de três horas de filme que são extremamente recompensadas diante da atuação de Marlon.
Mas sem falar da mecânica pela qual a narrativa se desenlaça até chegar aí, vamos nos ater ao valor de produção de “O Grande Motim”. É um ótimo filme e está longe de ser datado. Tem a marca de um bom filme épico e narra com uma saudável leveza a dureza da vida à bordo dos marujos, sobretudo quando estes estão no comando de um sujeito como o Capitão Blight.
O ponto alto do filme, sem dúvida, reside em Marlon Brando. A atuação é impecável e é bastante interessante observar a mudança de temperamento que se acomete do oficial naval folgazão ao renegado que rouba o comando de um navio de sua majestade e, depois, se arrepende. Marlon Brando dá outra dimensão ao filme. Não fosse ele e esta versão de “O Grande Motim” teria tudo para ser apenas outro filme de orçamento dilatado e muitas pretensões.
Uma cena em específico me chamou atenção. Ela se passa quando um envergonhado capitão Blight precisa ordenar Fletcher, personagem de Brando, a ir às vias de fato com a filha de um rei de uma tribo taitiana. As expressões e maneirismos que só Marlon Brando faz dão cores cômicas a uma cena que teria tudo para, em se tratando de outro ator, morrer e passar despercebida.
Um detalhe também interessante acerca desse filme, campeão de refilmagens, o que demonstra o quanto seu roteiro pode se manter afiado com o passar dos anos, é o detalhe de que foi o último trabalho de seu diretor, Lewis Milestone, diretor de filmes clássicos e magníficos, como “Nada de Novo no Front” de 1930 em adaptação ao romance de Erich Maria Remarche e “Onze Homens e um Segredo”, a versão original, com Frank Sinatra no elenco, de 1960.
Outro ator de “O Grande Motim” que merece umas linhas é Richard Harris. Teve uma extensa carreira no cinema e é o protagonista da série dos filmes “Um Homem Chamado Cavalo”. Além disso, Harris filmou longas recentes na década passada, como o primeiro dos Harry Potter, “O Conde de Monte Cristo” de 2002 e que oportunamente você verá também por aqui.
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trailer
https://www.youtube.com/watch?v=MEmZ_A0UTrA
Cartaz de "O Grande Motim" de 1962
https://osgrandesfilmes.wordpress.com/2011/09/04/o-grande-motim-mutiny-on-the-bounty/
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1935
O tenente Fletcher Christian (Clark Gable) lidera
uma investida contra o capitão do navio HMS Bounty, o
autoritário William Bligh (Charles Laughton). Bligh costumava tiranizar
seus subordinados, fazendo a tripulação passar por castigos físicos e
morais. Após a revolta liderada por Christian, as coisas ficam
tranquilas à bordo. Porém, Bligh retorna um ano depois, para vingar-se
dos marinheiros que o derrubaram.
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-42910/**
28 de Abril de 1789: Revolta na Bounty. Motim dos marinheiros, contra o capitão William Bligh, no Pacífico Sul.
No
dia 28 de Abril de 1789, a embarcação Bounty é palco de um motim. Assim
começa uma das mais conhecidas histórias da marinha inglesa, que
ilustra a durabilidade do domínio britânico sobre os mares.
Dois
anos antes, em Dezembro de 1787, a embarcação havia deixado o porto
inglês de Spithead com uma tripulação de 44 homens com destino ao Taiti,
no Pacífico. Posteriormente, a Bounty seguiria para as Antilhas.
Tratava-se
de um barco de transporte de carvão de três mastros, antes chamado
Bethya, que foi remodelado e rebaptizado como Bounty.
O
objectivo da viagem era colher sementes da ‘fruta-pão’, árvore
frutífera originária da Oceânia, no Taiti e levá-las à Jamaica, onde os
britânicos contavam cultivá-las para poder alimentar os escravos da
lavoura.
A
missão foi confiada ao tenente William Bligh, 33 anos. Bligh já tinha
efectuado diversas viagens transatlânticas e participou da segunda
missão do explorador James Cook. Para as necessidades da viagem, o
capitão Bligh – seu título a bordo – recrutou marinheiros voluntários,
de preferência os reincidentes, ou homens arrebanhados à força nos
portos segundo uma prática corrente na marinha britânica.
O
quarto oficial, Fletcher Christian, havia cumprido três travessias com
Bligh. Este, pouco após a partida, ofereceria a seu amigo a função de
quarto-mestre, seu segundo a bordo, ignorando a nomeação oficial pelo
Almirantado de John Fryer. Esta seria a primeira causa de dissensão.
A
embarcação navio tomou o rumo oeste tendo em vista contornar o
continente americano pelo cabo Horn. Várias semanas de tempestades, no
entanto, convenceram o capitão a mudar de itinerário, seguindo pelo Cabo
da Boa Esperança. Na nova rota, mais um contratempo: a ausência de
vento. O problema obrigou a tripulação a conduzir o navio a remo.
As
duras condições da travessia e a falta de disciplina levaram o capitão a
lidar com a tripulação de maneira mais bruta. Por fim, dois meses
depois, a Bounty chegou ao Taiti, onde foi calorosamente acolhido pelos
habitantes, em especial as mulheres.
A
Bounty partiu do Taiti após algumas semanas a recolher sementes das
famosas árvores. Tão logo em alto mar, Bligh conseguiu restaurar a
disciplina, mas os novos métodos não foram tolerados pelos marinheiros
voluntários. O descontentamento suscitou a revolta de uma parte deles,
com o apoio de Fletcher Christian, saudoso das belas taitianas. O
capitão Bligh e 18 dos seus fieis trabalhadores foram então abandonados
sobre um bote de cinco metros em pleno Oceano Pacífico.
Ao
preço de uma severa disciplina e graças a um racionamento extremo dos
alimentos, os exilados conseguiram alcançar a ilha de Timor após um
périplo de 5 mil quilómetros. A ambição de Bligh, no entanto, era chegar
a Londres para pedir um castigo exemplar para os amotinados.
Os
que ficaram no barco, um total de 25 tripulantes, retornaram a Taiti,
onde ajudaram o rei Pomaré I a reforçar a sua autoridade sobre a ilha.
Para
escapar da perseguição da justiça inglesa, os mais decididos resolveram
deixar a ilha. Embarcaram novamente na Bounty na companhia de belas
taitianas, seis taitianos e um serviçal negro.
O
objectivo era refazer a vida num lugar o mais isolado possível.
Encontraram então uma ilhota que não estava no mapa, baptizada de
Pitcairn, entre as ilhas de Páscoa e o arquipélago de Gambiers.
Christian teve o cuidado de mandar queimar a embarcação.
Todavia,
o idílio logo se transformou num pesadelo em razão da rivalidade em
volta das mulheres. Cada amotinado dispunha de uma mulher enquanto os
taitianos deviam ficar com uma para cada dois homens. A morte de uma
delas gerou violentas disputas entre os homens na ilha.
Quando
os americanos redescobriram Pitcairn em 1808 só restava na ilha um
sobrevivente da Bounty, John Adams, que tivera a satisfação de preencher
a sua solidão no meio de uma dezena de taitianas e de mais de vinte
crianças.
O
ex-amotinado morreu em 1829 aos 65 anos, chefe da pequena comunidade
mestiça. Ainda hoje, algumas dezenas de pessoas cultivam a lembrança da
Bounty.
Quanto
aos amotinados que permaneceram no Taiti, todos foram encontrados pelo
capitão Edwards, comandante da fragata Pandora, que conhecia o caso
Bounty. Entregues à justiça inglesa pelo rei Pomaré, passaram em Londres
por um tribunal marcial. Apenas três deles foram condenados à morte e
enforcados. O relato da sua tragédia comoveu a opinião pública britânica
e obrigou o Almirantado a humanizar a disciplina a bordo dos seus
navios.
Os estúdios de Hollywood não deixaram de aproveitar esta história e produziram em 1935 uma epopeia com o título de O Grande Motim, com Clark Gable no papel de Fletcher Christian.
Outros filmes sobre o tema foram feitos, entre eles Revolta na Bounty (1962) com Marlon Brando.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Os amotinados abandonam William Bligh e os seus companheiros do HMAV Bounty
https://www.youtube.com/watch?v=MEmZ_A0UTrAhttps://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/04/28-de-abril-de-1789-revolta-na-bounty.html?spref=fb&fbclid=IwAR0xX9uNbbh8Ki1hnTxjQVI6gHrKMdgt0VMoncMqrtzphfUz-yxeUHDJB2Q
***
Bonnie and Clyde
postei vários anos:
https://www.youtube.com/watch?v=6ljIs6Z0Mxc
*
23 de Maio de 1934: Morrem Bonnie Parker e Clyde Barrow, numa emboscada da polícia em Bienville Parrish, Louisiana
No
dia 23 de Maio de 1934, dois famosos criminosos norte-americanos,
procurados em todos os EUA, foram mortos num tiroteio com a polícia em
Louisiana.
Clyde
Chestnut Barrow, ou, como preferia apresentar-se, Clyde Champion
Barrow, nasceu em Teleco, no Texas, em 1909, e começou a carreira
criminosa roubando um peru, aos 16 anos. Logo seguiram-se os furtos em
lojas, residências e o roubo de um carro.
Bonnie
Parker nasceu em 1910. Aos 18 anos, já tinha um casamento fracassado
(casara-se aos 16). Na escola, havia sido premiada várias vezes por
escrever poesias e peças de teatro. Os dois conheceram-se em 1928,
provavelmente na casa de uma amiga comum.
Depois
de se conhecerem, Clyde foi preso e condenado a dois anos de reclusão.
Ela contrabandeou um revólver para dentro da cela, ajudando-o a fugir.
Poucas semanas depois, no entanto, ele voltou a ser preso e, desta vez,
condenado a 14 anos de cadeia.
O casal, que entrou para a história como "Bonnie & Clyde", ficou
famoso na época da depressão económica por assaltar bancos e postos de
gasolina. Ficaram conhecidos não só pela carreira criminosa e talento
para fugir da polícia, como também pelo romance entre os dois, que
fascinou o mundo.
Bonnie saiu da prisão em 1932, depois de dois anos de reclusão. Foi a
partir daí que surgiu o casal Bonnye & Clyde. A denominada Bloody
Barrow Gang fazia tremer o comércio: sinónimo de brutalidade impiedosa,
mas também vista como um sinal de revolta contra a miséria, em tempos de
crise. Em 1932 houve o primeiro assassinato. O grupo estava em fuga
permanente, roubando cada vez mais carros e estando cada vez mais
fortemente armados. Seguiram-se 14 assassinatos e várias fugas
espetaculares dos cercos da polícia. Todo o país acompanhava os passos
do bando.
No começo do ano de 1934, Bonnie e Clyde libertaram três companheiros do
gangue da prisão. O director desse estabelecimento prisional, Frank
Hamer, preparou uma armadilha mortal contra a dupla.
Ele contactou o pai de um dos rapazes do gangue e acertou a
possibilidade de redução da pena, se este colaborasse na prisão do duo. O
golpe deu certo. Acreditando tratar-se de uma avaria no carro do
cúmplice, Bonnie e Clyde pararam para socorrê-lo, e foram atacados por
seis franco atiradores. A salva de tiros acabou com as suas vidas, mas
iniciou uma lenda.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Bonnie Elizabeth Parker
Bonnie Parker and Clyde Barrow
https://www.youtube.com/watch?v=3ACCpXaA-MUhttps://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/05/23-de-maio-de-1934-morrem-bonnie-parker.html?spref=fb&fbclid=IwAR0ziB1iGcgSOyLJsRXKDfSiobVR03ZUACOXIpCy5dWTsi6uPSWMCpKSTzQ
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19noVEMbro2018
16 Filmes Sobre a Filosofia de Karl Marx
A tarefa da filosofia, portanto, é desmascarar os idealismos. O objetivo de tal feito é quebrar as falsas ideias que favorecem, em maior escala, as classes dominantes. Uma ideologia, para Marx, nega as contradições do mundo, se liberta da liberdade sob uma máscara que faz o oprimido acreditar que o é por sua culpa (meritocracia). A filosofia deve:
“(…)desnudar a lei econômica do movimento da sociedade moderna”
– O Capital.
Portando, a sociedade como nos aparece aos olhos é diferente do que ela é. A filosofia deve superar tais divergências que, porém, para Marx:
“Os filósofos até agora se limitaram a interpretar o mundo, mas o que importa é transforma-lo”
– Teses Sobre Feuerbach
Mas que mundo perverso é esse que Marx diz estar sendo escondido pelas ideologias? O que a filosofia deve desnudar?
O conceito de Alienação se torna importante nesse momento. Preso à ideologias da classe dominante, o trabalhador não tem noção de seu pertencimento a si (conceito de alienação). Portanto, o trabalhador alienado é aquele que não é dono de sua própria mão de obra, não toma consciência de sua exploração. Ao vender seu trabalho, o alienado não é mais dono de seu próprio corpo, uma vez que agora estará imposto à regras do burguês, do patrão, da classe dominante.
O trabalho alienado é triste pelo não pertencimento do corpo, mas não reflexivo uma vez que é escondido pelas ideologias dominantes.
Sabendo da necessidade da classe dominante em estabelecer através das ideologias o trabalhador alienado, é importante que o ser social perceba a Divisão básica. Para Marx, a sociedade se dividiria em dois grupos: Os burgueses (donos dos meios de produção) e o proletário (dono da força de trabalho).
Essa relação entre burguês e proletário gera o que Marx chama de Mais-valia. O burgues, dono dos meios de produção, contrata o proletário que tem apenas a sua mão de obra para oferecer. Não sendo detentor dos meios de produção, o trabalhador vende sua mão de obra que produz o produto final ao burguês. Contudo, o valor que o burguês paga ao proletário é sempre muito inferior àquilo que teve capacidade de produzir.
Exemplo:
Se, vendendo seu trabalho, o proletário produz para o burguês um total de 100R$ e o burguês lhe paga 5R$ para executar tal tarefa, o burguês está gerando o que Marx chama de Mais-valia.
Mais-valia é, portanto, a diferença entre o que o burgues recebe da exploração do trabalho e o que o proletário recebe.
No exemplo dado acima, o valor real do trabalho do proletário é 100$, mas o trabalhador recebe apenas 5$, tendo 95$ de mais-valia.
Portanto, através da mais-valia, o Capitalismo vive através da exploração da mão de obra do proletário, sobrevivendo quanto mais é capaz de absorver tal trabalho.
Através da exploração do trabalho o burguês chega ao produto final. Hora de pô-la no mercado. Alguns autores dirão que esta produção atende a uma demanda. Marx, contudo, dirá que essa demanda é criada através do fetichismo da mercadoria. O produto ganha um valor de necessidade, vivo, que nos domina e perseguimos constantemente. O que nos faz acreditar que precisamos de determinada mercadoria que aparentemente é inútil? O que nos faz querer trocar nossos produtos duráveis com frequência? No Cinema, o que faz filmes de herói terem mais atração no mercado que um filme húngaro, iraniano, japonês…?
Além dos heróis como elementos de fetichismo no cinema, temos no Cinema Noir, por exemplo, o consumo do cigarro como um estilo de vida. Nesse caso a mercadoria é vendida de maneira a alcançar um fator além de sua verdadeira (in)utilidade, mas de criar um grupo, para que sintam-se pertencente.
Para fundamentar suas ideias, Marx possui uma visão de mundo que pressupõe o Materialismo Histórico Dialético.
O materialismo marxista crê que a infraestrutura – que compõe os meios de produção e as relações de trabalho, ou seja, a vida concreta dos homens – explicaria a superestrutura (religião, leis, política, moral, filosofia, costumes…). Portanto, assim manifesta-se o materialismo em Marx, por consequência do que é material, a superestrutura da sociedade move-se.
Exemplo:
Em uma sociedade em que os meios de produção eram de um modelo bastante específico de escravocratas, como a grega, gerava-se muito mais tempo para o ócio aristocrata, fazendo surgir o início da filosofia grega. (obviamente trata-se de uma análise vulgar). Nesse caso, a infraestrutura (meios de produção) afetou diretamente a superestrutura (relações sociais, morais e políticas). Não são as ideias que explicam a matéria, mas as matérias formam as ideias tendo uma relação dialética entre ambas.
E o que se seria esse dialetismo? O que é um Materialismo Histórico?
Para Marx, o motor da história é a Luta de Classes. Ao dizer isso, não se determina as lutas sangrentas, mas os encontros entre elas que geram o movimento, o motor dos acontecimentos ao longo dos tempos. Então, a dialética está presente nesse encontro dos diferentes. Entre o trabalhador oprimido e os detentores dos meios de produção, e estes sempre estiveram em oposição.
A luta pela democracia, monarquia, direito de voto e outras, o que há no fundo é um constante embate entre as classes que proporciona o movimento do motor histórico. A partir da dialética presente na luta de classes a história se movimenta.
Karl Marx, contudo, ao contrário do que se diz no senso comum, tem uma relação de amor e ódio ao Capitalismo. A todo instante o filósofo faz questão de afirmar que o Capitalismo foi um processo importante de mudança histórica, uma vez que acelerou os meios de produção e modificou as relações de trabalho anteriores. Contudo, esse novo modelo é problemático como já pudemos ver aqui no texto. É natural do capitalismo a criação de desigualdades, sem a mais-valia não há sistema capitalista, esta seria a essência deste.
Nessa sociedade desigual, há a coisificação das relações sociais. O trabalhador é induzido a um mundo competitivo, onde o outro já não é mais visto como tal, mas como coisa. O estímulo a competitividade é introduzido através de um conceito romântico, como algo positivo (uma vez que o embate proporcionado pela competição criaria o movimento).
Por fim, no pensamento marxista a História tem papel fundamental. Uma sociedade que não conhece a (sua) história não é capaz de transforma-la. Portanto, o homem que não conhece a história acredita que o mundo assim sempre foi, não questionando o porque assim é. Em uma sociedade utópica o homem é detentor da história e portanto de pensamento crítico, sabendo como os meios de produção se constituíram.
A história, para Marx, é um meio de transformação social.
Materialismo (da matéria surge a ideia. Infraestrutura -> Superestrutura) Histórico (A história como meio de transformação, produz o embate) Dialético (Luta de Classes = Motor da história).
Confira alguns filmes que retratam a filosofia Marxista.
POCILGA
Direção: Pier Paolo Pasolini
País: Itália
Nome original: Porcile
A partir de duas histórias paralelas, uma no século XVI e outra na Alemanha pós-moderna, Pasolini faz um retrato metafórico nada alentador da degradação humana alastrada pela sociedades de consumo, as quais não prezam o sentido e a essência do ser humano, mas apenas sua capacidade de consumo. É uma reflexão sobre o lema da era capitalista: “consumo, logo existo”. Embora pareça um tanto estranho e complicado de se entender, Pocilga nada mais é que uma brincadeira do diretor, que utilizou temas incomuns como a antropofagia e a bestialidade, para criar uma obra puramente crítica e irônica sobre o assunto tão controvertido que é o consumismo.
1900
Direção: Bernardo Bertollucci
País: Itália
Nome original: Novecento
O filme acompanha as vidas e a relação de dois homens, o filho de um camponês e o de um fazendeiro, na Itália, de 1900 a 1945. Nesse período, surge e cresce o fascismo e, em contraposição, o comunismo, o que vai afetar a vida dos personagens centrais.
O DISCRETO CHARME DA BURGUESIA
Direção: Luis Buñuel
País: França
Nome original: Le Charme Discret de La Bourgeoisie
Mistura de situações reais da história com os sonhos e devaneios dos personagens. O filme se passa numa tarde onde alguns amigos se encontram para jantar. Crítica às situações e a hipocrisia da vida social burguesa.
TERRA E LIBERDADE
Direção: Ken Loach
País: Reino Unido
Nome original: Land and Freedom
Em 1936, jovem inglês desempregado abandona Liverpool para lutar contra os fascistas na Guerra Civil espanhola. Junta-se ao contingente internacional da Milícia Republicana, em Aragon, e mais tarde se desentende com seus companheiros do Partido Comunista. Com essa história, Loach exprime sua precisa visão política e seu engajamento socialista inflexível.
O POSTO
Direção: Ermanno Olmi
País: Itália
Nome original: Il Posto
Um cidadão provinciano vai a Milão, à procura de trabalho num grande complexo industrial. Consegue, mas não passa de um recepcionista. Conhece uma moça e a convida para a festa da firma. Ela não vem, mas em compensação morre um dos trabalhadores e o provinciano o substitui.
TEMPOS MODERNOS
Direção: Charles Chaplin
País: EUA
Nome original: Modern Times
Um operário de uma linha de montagem, que testou uma “máquina revolucionária” para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela “monotonia frenética” do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Mas o pior ainda está por vir.
OUTUBRO
Direção: Sergei Eisenstein
País: URSS
Nome original: Oktyabr
Em tom de documentário, acontecimentos em Petrogrado são encenados desde o fim da monarquia, em fevereiro de 1917, até o fim do governo provisório em novembro do mesmo ano. Lênin volta em abril. Em julho, os contra-revolucionários mandam prendê-lo. Em outubro, os Bolsheviks estão prontos para atacar: os dez dias que abalaram o mundo.
O SAL DA TERRA
Direção: Hebert J. Biberman
País: EUA
Nome original: Salt of the Earth
Baseado em fatos reais, o filme retrata uma greve dos mineiros de origem mexicana, no Novo México. Com exceção de cinco atores, o elenco é composto por não-profissionais, a maioria participantes na greve real. O filme é profético ao descrever a participação das esposas dos trabalhadores oprimidos, uma antecipação do movimento de emancipação feminina que surgiria uma década mais tarde. Num contexto de injustiça social, desenrola-se um drama familiar vivido por Ramon e Esperanza Quintero, um mineiro de origem mexicana e sua esposa. No decorrer da greve, os papeis de Ramon e Esperanza invertem-se: um mandado de segurança contra os grevistas masculinos faz com que as mulheres assumam as atividades piqueteiras, deixando aos homens as tarefas domésticas. As mulheres evoluem de uma posição de subordinação para igualdade, aliadas em busca do objetivo comum.
TEOREMA
Direção: Pier Paolo Pasolini
País: Itália
Nome original: Teorema
Em Milão a vida de uma rica família burguesa é totalmente modificada por um misterioso visitante (Terence Stamp), que seduz a empregada, o filho, a mãe, a filha e finalmente o pai. Além disto, tem um contato intelectual com todos eles, convencendo-os da futilidade da existência, e após cumprir seu objetivo parte em poucos dias. Após sua ida ninguém da família consegue continuar vivendo da mesma forma.
ENCOURAÇADO POTEMKIN
Direção: Sergei Eisenstein
País: URSS
Nome original: Bronenosets Potyomkin
Baseado em eventos históricos, o filme conta a história de uma rebelião no Navio de Guerra Potemkin. O que começou como um protesto, gerou uma rebelião depois que foram servidas carnes estragadas aos marujos no jantar. Os marujos erguem a bandeira vermelha e tentam levar a revolução no navio até a sua terra natal, a cidade de Odessa.
LADRÕES DE BICICLETAS
Direção: Vittorio de Sica
País: Itália
Nome original: Ladri di Biciclette
A história se passa logo após a Segunda Grande Guerra, com a Itália destruída e o povo passando necessidade. Ricci consegue um emprego após muita espera. Só que esse emprego, de colador cartazes na rua, lhe pedia como obrigação uma bicicleta. Ricci e sua mulher Maria conseguem um dinheiro para uma, possibilitando que ele realize o seu trabalho. Há também o menino Bruno, filho do casal. Fascinado por bicicletas, o menino cai de cabeça com o pai na busca pela bicicleta que lhes foi roubada, quando Ricci trabalhava apenas em seu primeiro dia.
CASA GRANDE
Direção: Fellipe Gamarano Barbosa
País: Brasil
Jean é um adolescente rico que luta para escapar da superproteção dos pais, secretamente falidos. Enquanto a casa cai, os empregados têm que enfrentar suas inevitáveis demissões, e Jean tem que confrontar as contradições da casa grande.
MACHUCA
Direção: Andrés Wood
País: Chile
Nome original: Machuca
Chile, 1973. Gonzalo Infante (Matías Quer) é um garoto que estuda no Colégio Saint Patrick, o mais conceituado de Santiago. Gonzalo é de uma família de classe alta, morando em um bairro na área nobre da cidade com seus pais e sua irmã. O padre McEnroe (Ernesto Malbran), o diretor do colégio, inspirado no governo de Salvador Allende decide implementar uma política que faça com que alunos pobres também estudem no Saint Patrick. Um deles é Pedro Machuca (Ariel Mateluna) que, assim como os demais, fica deslocado em meio aos antigos alunos da escola. Provocado, Pedro é seguro por trás e um deles manda que Gonzalo o bata, que se recusa a fazer isto e ainda o ajuda a fugir. A partir de então nasce uma amizade entre os dois garotos, apesar do abismo de classe existente entre eles.
CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO
Direção: Elio Petri
País: Itália
Nome original: La Classe Operaia Va in Paradiso
Adorado por seus superiores por ser um trabalhador extremamente dedicado e odiado pelo mesmo motivo por seus colegas de trabalho, Lulu vive entregue aos sonhos de consumo da classe média, alienado em meio aos movimentos de protesto de sua classe, até que um acontecimento põe em xeque suas opiniões.
DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL
Direção: Glauber Rocha
País: Brasil
Manuel (Geraldo Del Rey) é um vaqueiro que se revolta contra a exploração imposta pelo coronel Moraes (Mílton Roda) e acaba matando-o numa briga. Ele passa a ser perseguido por jagunços, o que faz com que fuja com sua esposa Rosa (Yoná Magalhães). O casal se junta aos seguidores do beato Sebastião (Lídio Silva), que promete o fim do sofrimento através do retorno a um catolicismo místico e ritual. Porém ao presenciar a morte de uma criança Rosa mata o beato. Simultaneamente Antônio das Mortes (Maurício do Valle), um matador de aluguel a serviço da Igreja Católica e dos latifundiários da região, extermina os seguidores do beato.
KES
Direção: Ken Loach
País: Reino Unido
Nome original: KES
Um dos primeiros filmes da carreira do consagrado diretor Ken Loach, Kes conta a história de um menino que vive em bairro pobre da cidade que, violentado em casa e ridicularizado na escola, acha uma forma de abstrair de sua dura realidade treinando um falcão. Poética e singela obra de formação do cineasta que posteriormente realizou obras-primas como Terra e Liberdade e Pão e Rosas.
https://portaldocurta.wordpress.com/2016/12/27/16-filmes-sobre-a-filosofia-de-karl-marx/
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18noVEMbro2018
CAIXA Cultural e Oscar Iskin
Apresentam:
História da Filosofia em 40 Filmes
Mostra cinematográfica abre espaço para reflexão sobre Cinema e Filosofia
CAIXA Cultural RJ – Cinema 2
Curadores e palestrantes: Alexandre Costa e Patrick Pessoa
De 16 de maio de 2009 a 28 de fevereiro de 2010, sábados às 10h30
Entrada franca
A CAIXA Cultural Rio apresenta, a partir de 16 de maio, ‘A
História da Filosofia em 40 Filmes’. Com curadoria de Alexandre Costa e
Patrick Pessoa, a mostra-curso põe em pauta temas filosóficos
fundamentais e promove o diálogo de cineastas, como Bergman, Fellini,
Glauber, Wenders, Kurosawa, Kubrick, Visconti e Godard, com importantes
pensadores, entre eles Platão, Descartes, Kant, Marx, Nietzsche,
Benjamin, Heidegger, Sartre e Foucault. A entrada é franca.Organizado em dez módulos temáticos – “O que é a filosofia?”, “Questões estéticas”, “Mito e Tragédia”, “O Existencialismo”, ”O amor em fuga”, “Morte e Finitude”, “História e Violência”, “O Fascismo hoje”, “Cinema e Revolução” e “O cinema nacional e a interpretação do Brasil” –, a mostra/curso ‘A História da Filosofia em 40 Filmes’ faz refletir sobre diferentes disciplinas filosóficas, tais como a metafísica, a epistemologia, a ética, a política e a estética.
O curso será realizado de maio de 2009 a fevereiro de 2010, sempre aos sábados, totalizando 40 aulas. Ao final da exibição de cada filme, Alexandre Costa e Patrick Pessoa vão proferir uma palestra sobre o teor filosófico do filme apresentado.
Abrindo o evento, nos dias 16, 23 e 30 de maio e 06 de junho, a reflexão sobre “O Que é a Filosofia?” pretende apresentar de forma clara o conceito de filosofia que deverá nortear a análise de todos os filmes propostos. Serão exibidos os filmes Rashomon, de Akira Kurosawa, Persona, de Ingmar Bergman, Stalker, de Andrei Tarkovsky, e Blow-up, de Michelangelo Antonioni.
No mês de junho e na primeira semana de julho, em “Questões Estéticas”, será colocada em discussão a origem e o caráter do Belo na Arte, com base nos filmes Morte em Veneza, de Luchino Visconti, Oito e meio, de Federico Fellini, Cidade dos Sonhos, de David Lynch, e Asas do Desejo, de Wim Wenders.
No módulo “Mito e Tragédia”, os filmes possibilitam considerar as origens da filosofia e sua distinção frente à antiga tradição poética grega, caracterizando, assim, no que se diferenciam a linguagens mitopoética e a lógico-filosófica. As obras apresentadas também servirão de base para a discussão sobre as variações históricas do trágico, tornando possível evidenciar as diferenças entre as tragédias antiga, moderna e contemporânea. Esse módulo, que vai de julho ao início de agosto, apresentará Medéia, de Pier Paolo Pasolini, Oldboy, de Chan-wook Park, Ladrões de bicicleta, de Vittorio De Sica, e Crimes e Pecados, de Woody Allen.
De agosto a setembro, “O Existencialismo” abordará as principais questões levantadas por este movimento, com ênfase nas obras de Sartre e Camus, a partir dos filmes A doce vida, de Federico Fellini, Estranhos no paraíso, de Jim Jarmusch, Acossado, de Jean-Luc Godard, e As coisas simples da vida, de Edward Yang.
“Amor em fuga” e “Morte e Finitude” perfazem um binômio que aborda os temas humanos mais decisivos, o amor e a morte, discutindo até que ponto as contribuições dos filósofos da tradição ainda servem para dar algum sentido à existência dos homens contemporâneos. De setembro a outubro, o público vai conferir clássicos como A janela indiscreta, de Alfred Hitchcock, O último metrô, de François Truffaut, Ricardo III, de Al Pacino, e Dogville, de Lars von Trier, entre outros.
Em novembro “Fascismo Hoje”, que apresentará filmes como Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, e M, o vampiro de Düsseldorf, de Fritz Lang, vai destrinchar as características deste movimento e dos ideais totalitários surgidos após a Primeira Guerra Mundial. Já em dezembro, em “Cinema e Revolução”, filmes como O Anjo exterminador, de Luis Buñuel, e O homem sem passado, de Aki Kaurismaki, vão apresentar a relação entre cinema e revolução, analisando as obras sob três prismas: o das revoluções bem sucedidas ou fracassadas, o das possíveis e o das invisíveis. Paralelamente a esse debate sobre como o cinema tratou o tema “revolução”, será discutido por que o cinema é a ferramenta mais revolucionária das artes do século XX.
Abrindo o ano de 2010, a cinematografia brasileira será posta em pauta no módulo “O Cinema Nacional e a Interpretação do Brasil”. Em um país sem grande tradição na produção de obras filosóficas, os grandes filósofos são Machado de Assis, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Mário de Andrade, Glauber Rocha, Leon Hirszman. Partindo dessa convicção, os filmes selecionados para esse módulo apresentam um panorama do melhor da produção filosófico-cinematográfica nacional. Fazem parte da filmografia desse módulo clássicos como Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha, e Brás Cubas, de Julio Bressane.
Alexandre Costa, curador da mostra, esclarece que “a seleção dos filmes foi norteada por dois critérios dificilmente separáveis: o primeiro, filosófico; o segundo, estético. Visando a contemplar um público não necessariamente familiarizado com o tipo de reflexão filosófica característica dos meios acadêmicos, optou-se sempre por filmes que formulassem com clareza as questões filosóficas que servem de fio condutor a cada um dos módulos”.
“É importante frisar, no entanto, que não tratamos o cinema como um meio, um veículo destinado à mera ilustração de idéias e conceitos filosóficos, mas como uma linguagem artística autônoma. Desse modo, os quarenta filmes selecionados para este projeto reafirmam o seu valor estético na justa medida em que resistem à sua instrumentalização, seduzindo-nos com uma linguagem que diz sempre muito mais (ou muito menos) do que a linguagem conceitual”, complementa Patrick Pessoa.
A mostra-curso ‘A história da filosofia em 40 filmes’ foi aprovada pelo edital 2008 de ocupação dos espaços da CAIXA Cultural e ficará em cartaz todo os sábados entre 16 de maio de 2009 e 28 de fevereiro de 2010. Confira a programação completa no serviço.
SERVIÇO
- Mostra-curso: A HISTÓRIA DA FILOSOFIA EM 40 FILMES
- Curadores/palestrantes: Alexandre Costa e Patrick Pessoa
- Realização: Lavoro Produções – www.lavoroproducoes.com.br
- Local: Teatro Nelson Rodrigues
- Temporada: de 16 de maio 2009 a 28 de fevereiro de 2010 (sempre aos sábados)
- Horário: das 10h30min às 14h
- Sessões seguidas de palestras
- Classificação: confira a classificação de cada filme na programação
- Entrada Franca (senhas a partir das 10h, por ordem de chegada)
- Capacidade: 85 lugares
- Acesso para cadeirantes
- Acesse a programação da CAIXA Cultural: www.caixa.gov.br/caixacultural
PROGRAMAÇÃO
Horário: 10h30 às 14h (filme seguido de palestra)MODULO 1 – o que é a filosofia?
- 16/05/09 Rashomon | Akira Kurosawa - Livre AUDIO da AULA
- 23/05/09 Persona | Ingmar Bergman – 14 anos AUDIO da AULA
- 30/05/09 Stalker | Andrei Tarkovsky - Livre AUDIO da AULA
- 06/06/09 Blow-up | Michelangelo Antonioni – 16 anos AUDIO da AULA
MODULO II - questões estéticas
- 13/06/09 Morte em Veneza | Luchino Visconti – 16 anos AUDIO da AULA
- 20/06/09 Oito e meio | Federico Fellini – Livre AUDIO da AULA
- 27/06/09 Cidade dos sonhos | David Lynch – 16 anosAUDIO 1 da AULA | AUDIO 2 da AULA
- 04/07/09 Asas do desejo | Wim Wenders – Livre AUDIO da AULA
MÓDULO III - mito e tragédia
- 11/07/09 Medéia | Pier Paolo Pasolini – 12 anos AUDIO da AULA
- 18/07/09 Oldboy | Chan-wook Park - 18 anos AUDIO da AULA
- 25/07/09 Ladrões de bicicleta | Vittorio De Sica – Livre AUDIO da AULA
- 01/08/09 Crimes e pecados | Woody Allen – 12 anos AUDIO da AULA
MÓDULO IV - o existencialismo
- 08/08/09 A doce vida | Federico Fellini – 14 anos AUDIO da AULA
- 15/08/09 Estranhos no paraíso | Jim Jarmusch – 12 anos AUDIO da AULA
- 22/08/09 Acossado | Jean-Luc Godard – 12 anos AUDIO da AULA
- 29/08/09 As coisas simples da vida | Edward Yang – 14 anos AUDIO da AULA
MÓDULO V - o amor em fuga
- 05/09/09 Aurora | F. W. Murnau – Livre AUDIO da AULA
- 12/09/09 Janela indiscreta | Alfred Hitchcock – 12 anos AUDIO da AULA
- 19/09/09 Todas as mulheres do mundo /Domingos de Oliveira – 14 anos AUDIO da AULA
- 26/09/09 O último metrô | François Truffaut – 14 anos AUDIO da AULA
MÓDULO VI - morte e finitude
- 03/10/09 Nosferatu, o vampiro da noite | Werner Herzog – 16 anos AUDIO da AULA
- 10/10/09 Hiroshima meu amor | Alain Resnais – 14 anos AUDIO da AULA
- 17/10/09 Paris, Texas | Wim Wenders – 12 anos AUDIO da AULA
- 24/10/09 O sétimo selo | Ingmar Bergman - Livre AUDIO da AULA
MÓDULO VII - história e violência
- 31/10/09 Ricardo III | Al Pacino – 14 anos AUDIO da AULA
- 07/11/09 Macbeth | Roman Polanski – 12 anos AUDIO da AULA
- 14/11/09 Dogville | Lars von Trier – 16 anos AUDIO da AULA
- 21/11/09 Marcas da violência | David Cronenberg – 18 anos AUDIO da AULA
MÓDULO VIII - o fascismo hoje
- 28/11/09 M, o vampiro de Düsseldorf | Frizt Lang – 18 anos AUDIO da AULA
- 05/12/09 Taxi Driver | Martin Scorsese – 14 anos AUDIO da AULA
- 12/12/09 Apocalypse now | Francis Ford Coppola – 16 anos AUDIO da AULA
- 19/12/09 Laranja mecânica | Stanley Kubrick – 18 anos AUDIO da AULA
MÓDULO IX - cinema e revolução
- 09/01/10 O anjo exterminador | Luis Buñuel – 14 anos AUDIO da AULA
- 16/01/10 O encouraçado Potemkin | Sergei Eisenstein – Livre AUDIO da AULA
- 23/01/10 O homem sem passado | Aki Kaurismaki - 14 anos AUDIO da AULA
- 30/01/10 Nós que nos amávamos tanto | Ettora Scola – 14 anos AUDIO da AULA
MÓDULO X - o cinema nacional e a interpretação do Brasil
- 06/02/10 São Bernardo | Leon Hirszman – 10 anos AUDIO da AULA
- 20/02./10 Deus e o diabo na terra do sol | Glauber Rocha – 14 anosAUDIO da AULA
- 27/02/10 Brás Cubas | Julio Bressane – 12 anosAUDIO da AULA
- 28/02/10 Macunaíma | Joaquim Pedro de Andrade – 12 anosAUDIO da AULA
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18noVEMbro2018...
Graça Silva coloca no top10 A ONDA...comentei 1 bELAA escOLHA
Em uma escola da Alemanha, alunos tem de escolher entre duas disciplinas eletivas, uma sobre anarquia e a outra sobre autocracia. O professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel) é colocado para dar aulas sobre autocracia, mesmo sendo contra sua vontade. Após alguns minutos da primeira aula, ele decide, para exemplificar melhor aos alunos, formar um governo fascista dentro da sala de aula. Eles dão o nome de "A Onda" ao movimento, e escolhem um uniforme e até mesmo uma saudação. Só que o professor acaba perdendo o controle da situação, e os alunos começam a propagar "A Onda" pela cidade, tornando o projeto da escola um movimento real. Quando as coisas começam a ficar sérias e fanáticas demais, Wenger tenta acabar com "A Onda", mas aí já é tarde demais.
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-134390/
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Há outra ONDA:
https://www.youtube.com/watch?v=QBjeX5jPRi4
A Onda é um filme que relata um acontecimento em uma escola nos EUA. Quando o professor é questionado ele pensa em como explicar ou interpretar aquela questão. Assista o filme e reflicta o perigo de uma mente e atitude manipuladora. Este filme não está de forma comercial.
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16noVEMbro2018
Graça Silva coloca no top10 O PIANISTA...de facto 1 bELOO filme
O pianista polonês Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody) interpretava peças clássicas em uma rádio de Varsóvia quando as primeiras bombas caíram sobre a cidade, em 1939. Com a invasão alemã e o início da 2ª Guerra Mundial, começaram também restrições aos judeus poloneses pelos nazistas. Inspirado nas memórias do pianista, o filme mostra o surgimento do Gueto de Varsóvia, quando os alemães construíram muros para encerrar os judeus em algumas áreas, e acompanha a perseguição que levou à captura e envio da família de Szpilman para os campos de concentração. Wladyslaw é o único que consegue fugir e é obrigado a se refugiar em prédios abandonados espalhados pela cidade, até que o pesadelo da guerra acabe.
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-28359/
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12seTEMbro2018
J.Edgar Hoover
Ver em anticomunismo
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6seTEMbro2018
papillon
? Guiana Francesa?
? Ilha do Diabo?
com: Charlie Hunnam and Rami Malek.
https://www.youtube.com/watch?v=xqj7XOv9mC8
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Já tinha visto com o Steve McQueen...ProCURAR:
Papillon (1974) – Steve McQueen / Dustin Hoffman – Filme Completo - Legendado Sinopse e Detalhes: Na década de 30, Papillon (Steve McQueen) foi acusado de assassinato e enviado para cumprir prisão perpétua na Guiana Francesa, um purgatório onde os homens pagam seus crimes sofrendo degradações e brutalidades. As regras da prisão são claras: Qualquer um que tentar fugir ganhará como punição dois anos de solitária. Isso não é o bastante para assustar Papillon, que irá tentar fugir de qualquer maneira com a ajuda de Louis Dega (Dustin Hoffman). Em uma das vezes, Papillon quase consegue e vai parar incialmente em uma colônia de hansenianos e depois em uma tribo de índios caribenhos, até chegar à Ilha do Diabo, de onde ele tentará fugir pela última vez. Esta é a história verdadeira de dois homens na luta contra um sistema desumano e cruel. Um grande filme estrelado por dois gigantes do cinema. Papillon 1973 - USA – Cor - 150 min Direção: Franklin J. Schaffner Produção: Robert Dorfmann Franklin J. Schaffner Roteiro: Lorenzo Semple Jr. Dalton Trumbo Música: Jerry Goldsmith Elenco: Steve McQueen … Henri Charrière aka Papillon Dustin Hoffman … Louis Dega Victor Jory … Chefe índio Don Gordon … Julot Anthony Zerbe … Toussaint Robert Deman … André Maturette Woodrow Parfrey … Clusiot Bill Mumy … Lariot George Coulouris … Dr. Chatal
https://www.youtube.com/watch?v=RODCSKOm-LI
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5seTEMbro2017
FIM DE CASO
FIM DE CASO (The end of the affair, 1999, Columbia Pictures, 102min) Direção: Neil Jordan. Roteiro: Neil Jordan, romance de Graham Greene. Fotografia: Roger Pratt. Montagem: Tony Lawson. Música: Michael Nyman. Figurino: Sandy Powell. Direção de arte/cenários: Anthony Pratt/John Bush, Joanne Woolard. Produção: Neil Jordan, Stephen Wooley. Elenco: Ralph Fiennes, Julianne Moore, Stephen Rea, Ian Hart, Jason Isaacs. Estreia: 02/12/99
2 indicações ao Oscar: Atriz (Julianne Moore), Fotografia
Publicado em 1951 e adaptado por Hollywood já em 1955 com Deborah Kerr e Van Johson, com o nome de "Pelo amor de meu amor", o romance "Fim de caso", do inglês Graham Greene é conciso (tem pouco mais de 230 páginas), mas dotado de uma grande força dramática. Quem percebeu isso foi o cineasta irlandês Neil Jordan, que em 1999 lançou sua própria versão cinematográfica da obra. Elogiadíssimo pela crítica e indicado a dois Oscar, o filme não foi bem-sucedido comercialmente, como normalmente acontece com bons filmes direcionados ao público maduro - nem chegou a cobrir, no mercado americano, seu orçamento de 23 milhões de dólares - mas é um espetáculo imperdível. Adaptado pelo próprio Jordan, o filme não é apenas uma pungente e arrasadora história de amor. É também um estudo sobre o ciúme, a fidelidade, a fé e, pode-se dizer sem medo, Deus. Realizado com sensibilidade e inteligência, "Fim de caso" é o tipo de obra que qualquer cineasta de bom gosto adoraria assinar.
A trama começa no final dos anos 40, quando o escritor Maurice Bendrix (Ralph Fiennes em atuação mais do que inspirada) reencontra um amigo, o político Henry Miles (Stephen Rea), em uma noite de chuva torrencial. Miles está plenamente convencido de que sua esposa, a bela Sarah (Julianne Moore, indescritível), o está traindo, e Bendrix, solícito, se oferece para contratar um detetive para seguí-la. Na verdade, o escritor tem seus próprios motivos para o interesse: descobrir o motivo que levou Sarah a abandonar, sem nenhuma razão aparente, o romance secreto que eles mantinham durante a guerra. Quando põe os olhos no diário da mulher que ainda ama desesperadamente, Bendrix descobre que o fim do caso entre eles tem uma razão aparentemente banal, mas extremamente forte em seu íntimo. http://clenio-umfilmepordia.blogspot.pt/2011/07/fim-de-caso.html
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4seTEMbro2017
revi o extraordináRIO filme
Mississipi, 1964.
Realizado por Alan Parker
Rupert Anderson (Gene Hackman) e Alan Ward (Willem Dafoe) são dois agentes do FBI que estão investigando a morte de três militantes dos direitos civis. As vítimas viviam em uma pequena cidade onde a segregação divide a população em brancos e pretos e a violência contra os negros é uma tónica constante.
https://www.youtube.com/watch?v=9D2_o70kj7s
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"Mississippi, 1964" - Mississipi em chamas (1988)
https://www.youtube.com/watch?v=sIzXvLUMyko***
15jul2017
revi O ÚLTIMO SAMURAI
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Publicado a 10/05/2008
Um belíssimo filme de 2003 dirigido pelo cineasta Edward Zwick. A história se passa no Japão, durante o Império Meiji.
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22fev2017
Uma Boa Mulher
Género: Comédia, Drama
Realização
Mike Barker
Mike Barker
Intérpretes
Helen Hunt, Scarlett Johansson, Tom Wilkinson, Stephen Campbell Moore, Mark Umbers
Helen Hunt, Scarlett Johansson, Tom Wilkinson, Stephen Campbell Moore, Mark Umbers
SinopseO casamento de um jovem casal é posto em risco pelos mexericos da alta sociedade. Robert Windermere (Umbers) é acusado de pagar secretamente a Erlynne (Hunt), uma mulher de má reputação, enquanto a mulher, Meg Windermere (Johansson), se exibe para Lord Darlington (Moore), um conhecido playboy.
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21jan2017
AS PALAVRAS
Rory Jansen (Bradley Cooper) é casado com Dora (Zoe Saldana) e trabalha em uma editora de livros. Ele sonha em publicar seu próprio livro, mas a cada nova tentativa se convence mais de que não é capaz de escrever algo realmente bom. Um dia, em uma pequena loja de antiguidades, ele encontra uma pasta com várias folhas amareladas. Rory começa a ler e logo não consegue tirar a história da cabeça. Logo ele resolve transcrevê-la para o computador, palavra por palavra, e a apresenta como se fosse seu livro. O texto é publicado e Rory se torna um sucesso de vendas. Entretanto, tudo muda quando ele conhece um senhor (Jeremy Irons) que lhe conta a verdade por trás do texto encontrado.
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-190358/trailer-19407873/
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21JAN2017
silêncio
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https://www.publico.pt/2016/12/15/culturaipsilon/noticia/silencio-scorsese-mostra-o-filme-da-sua-vida-1754649
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20jan2017
http://www.amctv.pt/filmes/a-senhora-parker-e-o-circulo-do-vicio
Realizador: Alan Rudolph
Ano: 1994
Elenco: Jennifer Jason-Leigh, Matthew Broderick, Campbell Scott, Gwyneth Paltrow, Peter Gallagher, Jennifer Beals, Andrew McCarthy
Ano: 1994
Elenco: Jennifer Jason-Leigh, Matthew Broderick, Campbell Scott, Gwyneth Paltrow, Peter Gallagher, Jennifer Beals, Andrew McCarthy
A vida da escrita tão aclamada Dorothy Parker (Jennifer Jason Leigh)
e o seu envolvimento com a lendária Távola Redonda do Algonquin
é descrita nesta biografia dirigida por Alan Rudolph.
Parker era conhecida pelas suas críticas teatrais e literárias, a sua poesia ácida e os guiões. O guião mais conhecido é o clássico de Hollywood: “Assim Nasce Uma Estrela”. Ela foi a primeira crítica feminina americana a ser levada em consideração pelos escritores de Nova Iorque. Ela foi considerada a estrela da Távola Redonda.
O filme contrasta a sua vida pessoal e criativa com a sua vida social.
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6jan2017
Voltei a ver AS HORAS
Em três períodos diferentes vivem três mulheres ligadas ao livro "Mrs. Dalloway". Em 1923 vive Virginia Woolf (Nicole Kidman), autora do livro, que enfrenta uma crise de depressão e idéias de suicídio. Em 1949 vive Laura Brown (Julianne Moore), uma dona de casa grávida que mora em Los Angeles, planeja uma festa de aniversário para o marido e não consegue parar de ler o livro. Nos dias atuais vive Clarissa Vaughn (Meryl Streep), uma editora de livros que vive em Nova York e dá uma festa para Richard (Ed Harris), escritor que fora seu amante no passado e hoje está com Aids e morrendo.
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http://filmeashoras.weebly.com/sinopse.html
Sinopse
O filme, As Horas, baseia-se no livro de Michael Cunningham, que, por sua vez, se inspirou no romance “Mrs. Dalloway” de Virginia Woolf. O enredo trata da história de três mulheres que carregam em suas vidas muitos sentimentos em comum, como a insatisfação e o fracasso.
São retratos de vidas em épocas diferentes, que se entrelaçam através de um livro, “Mrs. Dalloway”. É um filme de alma feminina, onde, nos artifícios da trama, outras mulheres se reconhecem no drama existencial de cada uma das personagens, humanizando assim o lado da ficção. Uma mulher que gostaria de ser uma personagem de um romance, uma que o escreve (a própria Virgínia Woolf), outra que o vive.
Acompanhamos, dessa forma, um dia na vida dessas três mulheres. São três histórias em espaços temporais distintos, mas intercaladas na narrativa. Virginia Woolf é a escritora do livro, que afastada da vida agitada de Londres por seu marido, a conselho médico, percebe-se a cada dia, mais infeliz e amargurada. A mesma, é retratada na altura em que escreve o livro em questão, onde seus conflitos internos são repassados para a obra, inclusive o suicídio. A segunda mulher é Laura, dona de casa, esposa e mãe. Laura encontra-se desesperada dentro de um casamento onde os sentimentos são artificiais, pois embora viva num ambiente de tranqüilidade e aparente felicidade, se sente vazia e cogita a morte para escapar da realidade da sua vida medíocre; ela está a ler o livro de Virgínia Woolf, o qual reforça sua idéia de evasão e suicídio. A terceira é Clarissa, uma bem sucedida editora, mulher cosmopolita do século XXI, vive um relacionamento lésbico de longa data e se identifica paradoxalmente com Mrs. Dalloway. Tudo o que Clarissa deseja no momento é que sua festa em comemoraçaõ a atribuição de um importante prémio à obra poética de Richard, seu melhor amigo e ex-amante dê certo. Richard encontra-se debilitado pela AIDS e vive fechado em um apartamento frio e sujo. No meio dos preparativos, Clarissa pressente o vazio daquela arrumação fútil e o peso das horas.
Uma das cenas iniciais do filme mostra as três mulheres se levantando ao amanhecer, concomitantemente, quando Virgínia escreve, Laura lê e Clarissa fala a mesma frase: “acho que eu mesma vou comprar as flores”, e uma outra cena onde vemos o suicídio de Virgínia, retratado de forma simbólica, mas muito forte. Com isso, percebemos que “cria-se logo no início da narrativa de Wollf, um paralelismo entre Celebração e desencanto, festa e morte” (AZEREDO, 2004, p. 30).
O desespero das três mulheres vai crescendo com o passar das horas, horas sempre iguais, horas sem nenhuma esperança de mudança, sem nenhuma ansiedade, só a ansiedade provocada pelo nada. Solidão, infelicidade, doença, identidade e realização sexual (nas três tramas as personagens beijam outra mulher na boca), e principalmente a morte.
As lutas e sofrimentos vivenciados pelas três mulheres são universais. As horas... os momentos... as decisões que tomamos. Talvez nos encontremos nas situações extremas de cada uma das personagens; cada uma delas lutando para dar um sentido à suas existências e ser simplesmente feliz. Três mulheres presas no tempo e no espaço, nos seus próprios espaços, nas suas vidas. Ao ser levantado o tema da morte, das escolhas, da sexualidade, das decisões, vemos que as personagens descobrem que nem sempre a vida é aquela que esperamos, nem sempre as horas são diferentes. O que são essas horas até perceberem que as perderam para sempre?
A emoção limite, que nos leva a tomar decisões e fazer escolhas que modificam a nossa vida para sempre.
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5jan2017
http://cinecartaz.publico.pt/Filme/367076_manchester-by-the-sea
- Título original:
- Manchester by the Sea
- De:
- Kenneth Lonergan
- Com:
- Casey Affleck, Michelle Williams, Kyle Chandler
- Género:
- Drama
- Classificação:
- M/14
- Outros dados:
- EUA, 2016, Cores, 137 min.
Lee Chandler, um encarregado de limpeza, tenta lidar com a morte do irmão após um ataque cardíaco e cuidar do seu sobrinho. Para isso, vai para Manchester-by-the-Sea, a pequena cidade do Massachusetts que dá nome ao filme.
Com Casey Affleck (irmão de Ben) à frente de um elenco do qual também constam nomes como Michelle Williams, Kyle Chandler, Lucas Hedges e Gretchen Mol, é um dos filmes mais falados de 2016 e um favorito ao Óscar. Foi escrito e realizado por Kenneth Lonergan, um nova-iorquino que começou como dramaturgo e escreveu os guiões de "Uma Questão de Nervos" e "Gangs de Nova Iorque". Estreou-se na realização em 2000 com "Podes Contar Comigo", tendo tido uma não muito produtiva carreira nesta faceta desde então. "Manchester by the Sea" é apenas o seu terceiro filme, sendo o sucessor de "Margaret", que depois de muitas atribulações saiu em 2011. PÚBLICO
Com Casey Affleck (irmão de Ben) à frente de um elenco do qual também constam nomes como Michelle Williams, Kyle Chandler, Lucas Hedges e Gretchen Mol, é um dos filmes mais falados de 2016 e um favorito ao Óscar. Foi escrito e realizado por Kenneth Lonergan, um nova-iorquino que começou como dramaturgo e escreveu os guiões de "Uma Questão de Nervos" e "Gangs de Nova Iorque". Estreou-se na realização em 2000 com "Podes Contar Comigo", tendo tido uma não muito produtiva carreira nesta faceta desde então. "Manchester by the Sea" é apenas o seu terceiro filme, sendo o sucessor de "Margaret", que depois de muitas atribulações saiu em 2011. PÚBLICO
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3jan2017
trailer
https://www.youtube.com/watch?v=l9vp4a6lG9c&feature=share
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http://cinecartaz.publico.pt/Filme/366580_a-luz-entre-oceanos
A Luz Entre Oceanos
- Título original:
- The Light Between Oceans
- De:
- Derek Cianfrance
- Com:
- Michael Fassbender, Alicia Vikander, Rachel Weisz
- Género:
- Drama
- Outros dados:
- EUA/Nova Zelândia/GB, 2016, Cores, 133 min.
Depois da Primeira Grande Guerra, um soldado traumatizado que foi aclamado como herói regressa à sua Austrália natal para trabalhar num farol. Lá, apaixona-se por uma mulher. Casam-se. Tentam ter filhos, mas perdem o bebé em todas as gravidezes. Um dia, encontram um barco a remos com o cadáver de um homem e uma bebé recém-nascida, que adoptam como deles. E é aí que os problemas começam.
Um filme de Derek Cianfrance, o responsável por filmes como Blue Valentine - Só Eu e Tu ou Como Um Trovão, baseado no best-seller de 2012 de M.L. Stedman. O elenco junta Michael Fassbender e Alicia Vikander (que se tornaram um casal na vida real durante a rodagem), Rachel Weisz e Bryan Brown. PÚBLICO
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22dez2016
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21dez2016
Lion
Nos últimos dias, muito se falou sobre filmes com “cara de Oscar”. Normalmente, essa descrição refere-se a biografias, produções baseadas em fatos reais ou em obras literárias, com histórias emocionantes e edificantes, daquelas que fazem rir e chorar sem pudores. Lion, do estreante Garth Davis, que faz sua estreia mundial no Festival de Toronto, é assim.
O longa conta a história de Saroo (Sunny Pawar), que tem uma vida miserável num pequeno povoado indiano. Aos 5 anos, ele ajuda a família a conseguir algum dinheiro – sua mãe carrega pedras para sustentar os três filhos. Um dia, Saroo insiste em acompanhar o irmão mais velho, Guddu (Abhishek Bharate), em um de seus trabalhos. Perde-se quando o trem onde descansa começa sua viagem sem passageiros até Calcutá, a 1.600 quilômetros dali. Saroo vaga pela cidade e topa com tipos suspeitos. É levado para um orfanato e adotado pelo casal australiano Sue (Nicole Kidman, completamente desglamorizada) e John (David Wenham).
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Vinte anos mais tarde (interpretado por Dev Patel), o rapaz decide procurar sua antiga casa com ajuda do Google Earth.
É uma história incrível, daquelas que a ficção jamais daria conta. Na primeira metade, o filme reconstitui as provações do pequeno Saroo, uma atuação impressionante de Sunny Pawar, que pode muito bem ser indicado ao Oscar. Dev Patel também oferece uma bela performance na fase adulta, como o rapaz que bloqueou o passado e de repente é invadido pelas memórias. Mas esta é a parte menos desenvolvida da trama, alongada e cheia de pontas soltas, como a relação de Saroo com seu irmão adotivo. Mas é um filme correto, até contido para o que poderia ser.
É uma história incrível, daquelas que a ficção jamais daria conta. Na primeira metade, o filme reconstitui as provações do pequeno Saroo, uma atuação impressionante de Sunny Pawar, que pode muito bem ser indicado ao Oscar. Dev Patel também oferece uma bela performance na fase adulta, como o rapaz que bloqueou o passado e de repente é invadido pelas memórias. Mas esta é a parte menos desenvolvida da trama, alongada e cheia de pontas soltas, como a relação de Saroo com seu irmão adotivo. Mas é um filme correto, até contido para o que poderia ser.
http://veja.abril.com.br/entretenimento/com-nicole-kidman-lion-mostra-sua-cara-de-oscar-em-toronto/
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20dez2016
Nicole Kidman admite ter sido difícil filmar as cenas de sexo com Tom Cruise no filme 'De Olhos Bem Fechados'
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11dez2016
Os miseráveis
baseado no livro de Victor Hugo
1998
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-17869/
Após cumprir 19 anos de prisão com trabalhos forçados por ter roubado comida, Jean Valjean (Liam Neeson) é acolhido por um gentil bispo (Peter Vaughan), que lhe dá comida e abrigo. Mas havia tanto rancor na sua alma que no meio da noite ele rouba a prataria e agride seu benfeitor, mas quando Valjean é preso pela polícia com toda aquela prata ele é levado até o bispo, que confirma a história de lhe ter dado a prataria e ainda pergunta por qual motivo ele esqueceu os castiçais, que devem valer pelo menos dois mil francos. Este gesto extremamente nobre do religioso devolve a fé que aquele homem amargurado tinha perdido. Após nove anos ele se torna prefeito e principal empresário em uma pequena cidade, mas sua paz acaba quando Javert (Geoffrey Rush), um guarda da prisão que segue a lei inflexivelmente, tem praticamente certeza de que o prefeito é o ex-prisioneiro que nunca se apresentou para cumprir as exigências do livramento condicional. A penalidade para esta falta é prisão perpétua, mas ele não consegue provar que o prefeito e Jean Valjean são a mesma pessoa. Neste meio tempo uma das empregadas de Valjean (que tem uma filha que é cuidada por terceiros) é despedida, se vê obrigada a se prostituir e é presa. Seu ex-patrão descobre o que acontecera, usa sua autoridade para libertá-la e a acolhe em sua casa, pois ela está muito doente. Sentindo que ela pode morrer ele promete cuidar da filha, mas antes de pegar a criança sente-se obrigado a revelar sua identidade para evitar que um prisioneiro, que acreditavam ser ele, não fosse preso no seu lugar. Deste momento em diante Javert volta a perseguí-lo, a mãe da menina morre mas sua filha é resgatada por Valjean, que foge com a menina enquanto é perseguido através dos anos pelo implacável Javert.
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10DEZ2016
A terra do nunca
http://www.ccine10.com.br/em-busca-da-terra-do-nunca-critica/
Título Original: Finding Neverland
Ano do lançamento: 2004
Produção: Estados Unidos da América
Gênero: Drama
Direção: Marc Forster
Roteiro: Allan Knee e David Magee
Ano do lançamento: 2004
Produção: Estados Unidos da América
Gênero: Drama
Direção: Marc Forster
Roteiro: Allan Knee e David Magee
Sinopse: J.M. Barrie (Johnny Depp) é um bem-sucedido autor de peças teatrais, que apesar da fama que possui está enfrentando problemas com seu trabalho mais recente, que não foi bem recebido pelo público. Em busca de inspiração para uma nova peça, Barrie a encontra ao fazer sua caminhada diária pelos jardins Kensington, em Londres. É lá que ele conhece a família Davies, formada por Sylvia (Kate Winslet), que enviuvou recentemente, e seus quatro filhos. Barrie logo se torna amigo da família, ensinando às crianças alguns truques e criando histórias fantásticas para eles, envolvendo castelos, reis, piratas, vaqueiros e naufrágios. Inspirado por esta convivência, Barrie cria seu trabalho de maior sucesso: Peter Pan.
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Os aliados
9dez2016
http://www.seuyoutuber.com/trailer/369885/aliados-2016.html
https://www.youtube.com/watch?v=-NSJ12-7Ulo Sinopse do Filme - Aliados (201
Max Vatan (Brad Pitt), um agente aliado da contra-espionagem britânica, apaixona-se pela agente da resistência francesa Marianne Beausejour (Marion Cotillard), durante uma missão perigosa em Casablanca, para assassinar um embaixador alemão. No entanto, o futuro do casal começa a ficar sombrio, quando são revelados segredos dos seus passados e que lançam dúvidas sobre o amor que sentem um pelo outro.Título original: Allied
Ano do Filme: (2016)
Capa:
Ano do Filme: (2016)
Capa:
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1dez2016
Peter Sellers
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-48243/trailer-19381274/
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30noVEMbro2016
Malèna
Em 1941, numa pequena vila localizada na Sicília, um grupo de garotos de 13 anos de idade nutre uma profunda paixão por Malena (Monica Bellucci), a viúva de um soldado local, despertando uma história de amor, perda e coragem.
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-28504/trailer-19536302/
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noVEMbro
uma família americana
American Pastoral (Uma História Americana) – Trailer e Sinopse (Estreia a 17/11/2016)
Sugestões – Estreia, Filme: American Pastoral (Uma História Americana) – Trailer e Sinopse (Estreia a 17/11/2016)
Uma História Americana
Título original:
American Pastoral
De:
Ewan McGregor
Com:
Ewan McGregor, Jennifer Connelly, Dakota Fanning, Rupert Evans
Género:
Drama, Crime
Classificação:
M/12
Outros dados:
EUA, 2016, Cores, 108 min.
American Pastoral
De:
Ewan McGregor
Com:
Ewan McGregor, Jennifer Connelly, Dakota Fanning, Rupert Evans
Género:
Drama, Crime
Classificação:
M/12
Outros dados:
EUA, 2016, Cores, 108 min.
EUA, década de 1960. Já nos tempos do liceu Seymour Levov era muito popular entre os colegas pela personalidade calma e pelas capacidades atléticas. Depois da faculdade, casou com Dawn Dwyer, uma ex-rainha de beleza, e herdou os negócios familiares. Vive tranquilamente numa bela quinta próxima de New Jersey. Mas tudo se desmorona quando Merry, a filha adolescente, começa a identificar-se com ideais políticos revolucionários. Formalmente acusada de actos terroristas numa tomada de posição contra a Guerra do Vietname, ela desaparece sem deixar rasto. Levov, que se recusa a desistir da própria filha – e do ideal americano de família perfeita –, resolve procurá-la. Mas o que descobre nesse caminho tortuoso vai alterar as suas crenças pessoais, moldadas por uma existência privilegiada, obrigando-o a ver o mundo de um modo radicalmente diferente…
Estreia na realização do actor Ewan McGregor, um filme dramático que adapta a obra homónima que valeu ao escritor Philip Roth o prémio Pulitzer em 1998. Com McGregor no papel principal, é interpretado também por Jennifer Connelly, Dakota Fanning, Peter Riegert, Rupert Evans, Uzo Aduba, Molly Parker e David Strathairn.
Estreia na realização do actor Ewan McGregor, um filme dramático que adapta a obra homónima que valeu ao escritor Philip Roth o prémio Pulitzer em 1998. Com McGregor no papel principal, é interpretado também por Jennifer Connelly, Dakota Fanning, Peter Riegert, Rupert Evans, Uzo Aduba, Molly Parker e David Strathairn.
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noVEMbro
chocolat
Por Érico Andrade
Filósofo e professor de filosofia UFPE
ericoandrade@gmail.com
Certamente é o caráter de mimese da arte que permite o diretor Roschdy Zem levar à radicalidade o gênero tragicômico quando faz, por meio das duas diferentes personagens principais, o repertório de duas possibilidades da condição humana. Por lado, Rafael encarna o palhaço Chocolate tipo augusto; píncaro, deselegante e mentiroso que representa, por sua vez, a dimensão, como costumava chamar Nietzsche, dionisíaca da vida: o prazer e as emoções; sem qualquer espécie de embotamento. Por outro lado, George (o palhaço Foottit, branco) representava a dimensão apolínea: elegância, controle da situação e certo ar aristocrático.
Confira os horários dos filmes em cartaz no Divirta-se
Em Chocolate essas duas dimensões da existência humana são canalizadas para narrar a história de racismo. Ao negro, obviamente é confiado o papel de augusto, ao passo que ao branco se reserva à própria imagem dele mesmo: o europeu racional e sábio. Enquanto várias personagens ressaltam que Chocolate perde a cabeça com facilidade, como se os negros fossem mais suscetíveis de perderem a razão por estarem mais ligados aos animais do que à razão, George (Foottit) é apresentado no filme como alguém ciente do uso do seu dinheiro, sempre disposto a agir com frieza e racionalidade e, por fim, impenetrável capaz, diferente de Chocolate, de resguarda a sua vida privada (não está clara, por exemplo, a orientação sexual de George, cortejado por um gay e com certo ciúme de Rafael em relação ao seu romance com uma das mulheres do circo).
O racismo é reforçado também quando as pessoas reconhecem Rafael apenas como o Chocolate (raras são as pessoas que sabem o seu nome, nem mesmo o diretor do circo sabia) e o incentivam a encarnar invariavelmente, a personagem extravagante, ingênua e, evidentemente, dominada; submissa ao comando dos brancos. Por isso, não é apenas o palhaço branco que domina Chocolate, mas toda sociedade francesa; não menos branca. É ela que o desautoriza a interpretar Othello na medida que o confina, tal como houvera acontecido com o seu pai, à condição de uma espécie de animal que obedece o comando do seu senhor e se coloca apenas na condição de servir. Chocolate faz sucesso em Paris porque uma das facetas do exotismo é o cômico: tratar o diferente como uma charge cujo desejo e história são absolutamente irrelevantes, visto que o seu propósito é apenas servir; no caso de Chocolate, servir ao riso dos brancos.
Apesar de mostrar o tema do racismo, ainda inesgotável, Chocolate termina por nos trazer uma reflexão sobre a outra face do racismo: o etnocentrismo. O processo de colonização foi tão forte que para Chocolate ser reconhecido, no limite, como humano ele deveria interpretar Othello que é uma peça européia clássica e cuja personagem negra era interpretada por brancos, pressupondo-se, claro, a inaptidão do negro para o papel. Ou seja, para deixar a condição de servidão do palhaço tipo augusto, Rafael não deveria apenas enterrar Chocolate, mas deveria aceitar o padrão europeu, a cultura européia, como o único caminho para a civilização.
O desenrolar da trama mostra que Rafael não distinguia realidade da fantasia porque a imersão completa na personagem Chocolate lhe permitia pertencer . Por outro, temos uma personagem apolínea (poderíamos pensar em termos nietzscheanos como o dionísiaco) em pessoas ambíguas, contraditórias e no caso do outro palhaço (Fottit) impenetráveis (não está clara a orientação sexual de Fottit, cortejado por um gay e com certo ciúme de Rafael em relação seu romance com uma das mulheres do circo ?).
Sem pretenção de se colocar no patamar de um cinema francês de vanguarda, mas com a convicção de que há temas e enquadramentos que não podem ser resignados ao ostracismo Chocolate faz do cinema um grande circo. Trágico e cômico. A tragédia está história que o filme narra de ascenção e decadência de Chocolate. O cômico está na incarnação de Rafael (personagem principal do filme) de Chocolate; o palhaço tipo augusto: deselegante, píncaro e mentiroso. Entretanto, no cinema a tragédia e a comédia se entrelaçam e Chocolate se desenrolar neste entrelaçamento a que chamamos do gênero tragicômico.
Certamente é o caráter de mimese da arte que permite o diretor Roschdy Zem levar à radicalidade o gênero tragicômico quando faz, por meio das duas diferentes persongens principais, o repertório de duas possibilidades da condição humana. Por lado, Rafael encarna o palhaço tipo augusto que representa, por sua vez, a dimensão, como gostava de chamar Nietzsche, dioníaca da vida: o prazer e as emoções; sem qualquer espécie de embotamento. Por outro lado, George (o palhaço Foottit) representava a dimensão apolínea: elegância, controle da situação e certo ar aristocrático.
Em Chocolate essas duas dimensões da existência humana são canalizadas para narrar a história de racismo. Ao negro, obviamente é confiado o papel de augusto, ao passo que ao branco se reserva à própria imagem dele mesmo: o europeu racional e sábio. Enquanto várias personagens ressaltam que Chocolate perde a cabeça com facilidade, como se os negros fossem mais suscetíveis de perderem a razão, Foottit é apresentado no filme como alguém ciente do uso do dinheiro, sempre disposto a agir com frieza e nacionalidade e, por fim, impenetrável capaz, diferente de Chocolate de resguarda a sua vida privada (não está clara, por exemplo, a orientação sexual de Fottit, cortejado por um gay e com certo ciúme de Rafael em relação ao seu romance com uma das mulheres do circo).
O racismo é reforçado também quando as pessoas reconhecem Rafael apenas como o Chocolate (raras são as pessoas que sabem o seu nome, nem mesmo o diretor do circo sabia) e o incentivam a encarnar invariavelmente, a personagem extravagante, ingênua e, evidentemente, dominada; submissa ao comando das pessoas. Por isso, não é apenas o palhaço Foottit que domina Rafael, mas é a sociedade francesa que o desautoriza a interpretar Otello na medida que o confina, tal como houvera acontecido com o seu pai, à condição de uma espécie de animal que obedece o comando do seu senhor e se coloca apenas na condição de servir. Chocolate faz sucesso em Paris porque uma das facetas do exotismo é o cômico: tratar o diferente como uma charge cujo desejo e história são absolutamente irrelevantes, visto que o seu propósito é apenas servir, no caso de Chocolate, ao riso.
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14out2014
acabei de ver 1 belo filme
OS GATOS NÃO TÊM VERTIGENS
http://www.youtube.com/watch?v=ThrPIxopnoU&feature=youtu.be
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11ouTUbro2016..no cta ALCOBAÇA:
VIA Elsa Pinto/ Público
Cartas da Guerra, de Ivo Ferrreira, que tem hoje a antestreia antes de chegar às salas a 1 de Setembro, aventura-se a procurar um corpo, para a personagem António e para si próprio, que esteja num lugar que não aquele a que parecia destinado. Delicado e temerário, cria o seu mundo.
https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/nao-e-voz-off-e-voz-in-a-procura-de-um-lugar-out-1742132
Uma “cena original” luminosa: o realizador Ivo M. Ferreira a entrar em casa de madrugada – como contou -, avançando para o quarto, guiado pela voz da mulher grávida, a actriz Margarida Vila-Nova, que lia à sua barriga uma carta. A futura mãe tinha em mãos as páginas de uma das missivas de D’este viver aqui neste papel descripto: Cartas da Guerra, o volume que em 2005 juntou as cartas escritas pelo alferes médico António Lobo Antunes, de 28 anos e destacado logo após a conclusão do curso de Medicina para uma comissão de serviço em Angola (1971-1973), à mulher grávida que deixara em Lisboa, Maria José.
Mesmo correndo o risco de a “cena” se imobilizar como cliché à força de tanto ser “vista” (mas é belíssima, e por isso é irresistível voltar a ela ou começar por ela...), guarda um potencial anunciador que parece regenerar-se sempre que é de novo contada: a intimidade (do cineasta) como espaço de transmissão de uma memória da História portuguesa – para o já singularÁguas Mil, longa-metragem anterior do realizador (2009), em que Gonçalo Waddington corria atrás de quem guardava as memórias das aventuras revolucionárias do pai, Ivo M. Ferreira já deixara a sua vida ser tocada, interceptada, por histórias que não viveu, pelas biografias e memórias dos outros que fez suas.
A questão era saber se a singularidade e a delicadeza tinham resistido no que aí vem, o filme Cartas da Guerra (estreia na próxima quinta-feira, dia 1 de Setembro, mas com antestreia marcada para esta quarta-feira). Porque era um projecto cheio de armadilhas: adaptação literária, figura pública (e seus guardiões) a condicionar, directa ou indirectamente, um património simbólico e figurativo e a obrigar, provavelmente, a negociações várias, e a imaginação do espectador (quando não mesmo a liberdade do realizador) a poder ser afectada por uma presença intimidante, bigger than life. Ou seja, facilmente o filme e as suas expectativas seriam reduzidas ao biopic de prestígio, de interesse escolar, ilustrativo.
As notícias do Festival de Berlim, onde Cartas da Guerra esteve a concurso, foram razoavelmente ambíguas, aliás: mais ou menos entusiásticas, mais ou menos reservadas, pareciam dar conta de um filme que não se libertava das prisões que tinha criado para si próprio, como que vergado pelo seu peso. Como se as suas mais-valias fossem os obstáculos que criara e que não conseguira ultrapassar: a saber, uma voz-off e um trabalho fotográfico esmagadores – de João Ribeiro. Havia, além disso, uma contiguidade incomodativa com outro filme português, da mesma produtora, O Som e a Fúria, também a preto e branco, também com vozes, também memória das Áfricas: Tabu, de Miguel Gomes, que estivera em concurso no mesmo festival e que, disse-se, por pouco não chegou mais alto no palmarés final da edição de 2012 (teve o prémio Alfred Bauer pela sua contribuição artística inovadora). Como se Cartas da Guerra fosse, então, uma “jogada” e uma possibilidade de remake.
Correndo o risco de súmula injusta do que se escreveu, avizinhava-se então a chegada de uma natureza morta.
E eis que nos devemos preparar para um filme que foge das armadilhas colocadas no percurso e, mais surpreendente ainda, que tacteia no escuro atrás da sua vida interior, permanecendo fiel à voz que ouve. É filme simultaneamente delicado e temerário. Por isto: aventura-se a procurar um corpo, para a personagem António (interpretada por Miguel Nunes) e para si próprio, que esteja num lugar que não aquele a que parecia destinado. Aventura-se a criar e organizar o (seu) mundo, como se não houvesse pré-existências.
Voz-off? Não, a voz não vem de fora a sublinhar ou a demonstrar, impossibilitando assim a vida própria dos planos. A voz vem de dentro, é o próprio filme a construir-se, a falar (-se). É voz in, à procura de um lugar out. Isto vale para Cartas da Guerra e vale para António – as cartas são o desejo de um encontro erótico com uma mulher (Margarida Vila Nova), num espaço que anule a guerra, que a derrote, que faça o mundo, que é essa história de amor, recomeçar do zero. A personagem e o filme querem estar num outro lugar.
Muito cedo António deixa de ser prisioneiro das expectativas “criadas” pelo facto de ser o escritor António Lobo Antunes quando jovem e parte para a sua própria aventura de personagem. Quer ganhar corpo. Figura frágil, inicialmente presença diáfana, vai conquistando progressivamente (o seu) espaço, a consciência política, a dimensão como escritor. Essa é exactamente a aventura de Cartas da Guerra: filme à procura de si próprio, de um corpo que chame seu. Este corpo a corpo filiam-no menos no Tabu de Miguel Gomes do que, por exemplo, nas aventuras malickianas. Há um filme para que este remete, se assim o quisermos, A Barreira Invisível/The Thin Red Line. Mas mais do que um título em especial, é com a experiência da criação do mundo que está nos filmes de Terrence Malick – como se todas as matérias se organizassem num caos inicial, e o filme fosse o testemunho vivo, a prova, de um nascimento – que Ivo M. Ferreira caminha. De forma desassombrada, aliás. Por isso a meia hora final de Cartas da Guerra pode mesmo ser qualquer coisa de triunfante. É um filme que não só sobrevive a si próprio, como se ergue. É uma personagem que se afirma. A guerra foi de Ivo M. Ferreira, o filme é dele.
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14seTEMbro 2016
Ben-Hur
https://www.youtube.com/watch?v=gLJdzky63BA
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Não recomendado para menores de 14 anos
O
nobre Judah Ben Hur (Jack Huston), contemporâneo de Jesus Cristo
(Rodrigo Santoro), é injustamente acusado de traição e condenado à
escravidão. Ele sobrevive ao tempo de servidão e descobre que foi
enganado por seu próprio irmão, Messala (Toby Kebbell), partindo, então,
em busca de vingança.
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13seTEMbro2016
Sully: O Herói do Rio Hudson (Sully, 2016) - Trailer
https://www.youtube.com/watch?v=KI1aq91xZxo
Sinopse: Em 2009 o mundo entrou em estado de choque e admiração por
causa de um fato inesperado e impossível: no dia 15 de janeiro daquele
ano, o Capitão Chesley "Sully" Sullenberger (Tom Hanks) conseguiu pousar
um avião em pane no Rio Hudson. Esse ato quase impossível salvou a vida
dos 150 passageiros e alçou Sully à categoria de herói nacional. No
entanto, nem mesmo a aclamação pública foi capaz de impedir uma
investigação rigorosa sobre sua reputação e carreira.
Sully: O Herói do Rio Hudson (Sully, 2016) - Trailer Legendado
*
Via
http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-124386/
De Taiani Mendes
▪
terça-feira, 13 de setembro de 2016 - 12h08
Melhor estreia já registrada pela Warner Bros. no mês de setembro.
Bom fim de semana para o star power de Tom Hanks. Sem o gostinho de estrelar um campeão de bilheteria desde Anjos e Demônios, em maio de 2009, o astro voltou a experimentar o sucesso absoluto com Sully - O Herói do Rio Hudson. Comandado por Clint Eastwood, o drama baseado em fatos reais fez US$ 35 milhões, ***
seTEMbro2016
Florence: Quem é Essa Mulher? com Meryl Streep,
Hugh Grant | Trailer Legendado [HD]
https://www.youtube.com/watch?v=nKTrqQldd3U
Florence: Quem é Essa Mulher? com Meryl Streep, Hugh Grant, Simon
Helberg e dirigido por Stephen Frears. 7 de julho de 2016 nos cinemas.
Florence Foster Jenkins (Meryl Streep) é uma rica herdeira que persegue obsessivamente uma carreira de cantora de ópera. Aos seus ouvidos, sua voz é linda, mas para todos os outros é absurdamente horrível. O ator St. Clair Bayfield (Hugh Grant), seu companheiro, tenta protegê-la de todas as formas da dura verdade, mas um concerto público coloca toda a farsa em risco.
FilmIsNow: sua primeira parada para os mais recentes vídeos cinematográficos que acabaram de ser lançados! Seja o lançamento do último trailer, um documentário evocativo, clips, spots de TV, vídeos ou outros extras, a equipe de FilmIsNow se dedica a garantir os melhores e mais recentes vídeos porque assim como você, nós também somos grandes fãs de cinema!
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25jul2016
Acabei de ver este filme
mui interessante sobre
a luta pela igualdade salarial entre homens e mulheres
mulheres
operadoras
178
que faziam uma parte dos bancos dos carros Ford Escort
pararam a Ford inglesa
***
Descobrir +
sobre a leader das trabalhadores
Rita Ogrady?
sobre a ministra Barbra Casle?
que concretizou a reivindicação salarial de 92% do salário do homem
e futura lei de igualdade salarial entre homem e mulher
***
aquele diálogo com o marido
Os direitos...
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os patrões a querem diminuir a unidade
*
as questões pessoais na luta
*
os sindicalistas vendidos ao patrão
*
os outros trabalhadores chateados com a luta das mulheres
as ameaças de despedimento
*
a divisão entre os sindicatos
*
os sindicatos com dirigentes apenas homens
*
o sindicalista que percebe que a Rita é a activista a promover
*
a historiadora dona de casa do administrador da fábrica
***
http://www.telacritica.org/ArtigoTelaCriticarevista9_RevolucaoEmDageham.htm
Rita é apresentada no início do filme como uma mulher comum de sua época. Dona de casa e mãe, além de operária da Ford. Em uma de suas primeiras cenas, ela prepara o café da manhã, enquanto isso uma tomada mostra ela ao fundo e em primeiro plano aparece uma tábua de passar roupas montada com um ferro elétrico em cima e a mesa arrumada esperando a família. Ela chama por seu filho, serve a filha e vai ao quarto acordar o marido.
O primeiro conflito de Rita O’Grady é com o Professor Clarke, que costuma bater com palmatória na mão de seu filho. Rita procura o professor para questionar o método que está sendo usado em sala de aula por ele. A princípio ele tenta justificar, no entanto, logo faz referência a origem social da família de O’Grady, questionando o fato de ela ser moradora do conjunto habitacional da Ford, ou seja, é uma operária. O professor diz a ela que os meninos quem vem de lá, tem dificuldades em se ajustar aos padrões exigidos pela escola, e que não é culpa deles, visto que eles não podem ter os pais como referência, pois estes nunca passaram pelos rigores da academia. O discurso de Clarke está carregado de discriminação social e tem o claro objetivo de constranger Rita. É após essa situação humilhante pela qual O’Grady passa que ocorre seu primeiro contato com Lisa Hopkins (Rosamund Pike). A relação entre elas é uma espécie de segundo plano do filme, que busca confrontar duas mulheres de classes sociais distintas, que a princípio vivenciam uma experiência comum, de insatisfação com uma educação repressora que oprime seus filhos. O fato de ambas serem mães as aproxima, mas suas classes sociais e os caminhos trilhados por cada uma delas é bem distinto. De um lado Lisa permanece em seu papel de mulher que vive à sombra do seu marido, executivo da Ford, como uma mulher tipicamente submissa. É uma mulher bonita, que frequentou a universidade, tem uma profissão. Trata-se de alguém privilegiado do ponto de vista econômico e educacional, porém, é a figura da mulher ideal do patriarcalismo, fica em casa para cuidar do filho e do marido. Do outro lado está Rita, que se torna uma grande liderança política, contestadora dos valores tradicionais e que luta por seus direitos. Lisa concorda com Rita, apesar de não ter coragem de lutar por sua autonomia. Seu papel no filme, por sua posição social privilegiada, é enfrentar o professor Clarke.
O episódio da greve de Dagenham, retratado no longa de Nigel Cole, faz parte da história do movimento feminista. Rita O’Grady, e sua luta pelo direito a salários iguais para mulheres e homens na Inglaterra, retoma a luta secular de seu gênero, da qual fazem parte figuras como Christine de Pisan, primeira mulher a ser indicada poeta oficial da corte francesa, no século XIV, que escreveu um dos primeiros tratados do feminismo de que se tem registro, intitulado A Cidade das Mulheres, no qual afirma a igualdade entre os sexos; Olympe de Gouges, escritora, também francesa, defensora dos ideais revolucionários do Iluminismo, que publicou em 1791 o texto intitulado Os Direitos da Mulher e da Cidadã que propõe a inserção da mulher francesa na vida política e civil, em condições de igualdade à dos homens; Simone de Beauvoir, que escreveu no final da década de 1940 o livro O Segundo Sexo, surgiu como uma voz isolada no período de refluxo da organização das mulheres e denunciou as raízes culturais da desigualdade sexual, para isso realizou uma análise profunda que levou em consideração a biologia, a psicanálise, o materialismo histórico, a educação, os mitos e a história. A análise de Simone de Beauvoir foi um marco fundamental para nortear o movimento feminista que eclode na década de 1960.
Rita O’Grady é um expoente de seu tempo, pois surgiu justamente na década em que data o início da ascensão do Movimento Feminista, após um refluxo que teve início por volta de 1930, durante o nazi-facismo. O feminismo que surge no calor das lutas sociais da década de 1960 incorpora outras frentes de atuação, que não deixa de reivindicar a igualdade no exercício de direitos civis, políticos e trabalhistas – tema abordado na trama de Cole –, mas que vai além, passando a questionar a predeterminação biológica e cultural que mantém a mulher em um patamar de inferioridade aos homens. As mulheres questionam as relações de poder e hierarquia entre os sexos, ou seja, trata-se de uma crítica ao papel social ocupado pela mulher. Uma crítica à tradição e a cultura patriarcal.
O filme mostra como as operárias inglesas tomam consciência de sua importância no processo produtivo e na sociedade e passam a se auto-organizar politicamente como classe. A tomada de consciência dessas mulheres aparece na trama de modo a entender que o processo pelo qual o indivíduo toma para si a tarefa de romper com sua submissão, é de sua responsabilidade. À medida que a trama vai se desenrolando, o movimento ganha força em sincronia com a politização das mulheres. Elas que aparecem no início do filme apenas com preocupações fúteis e domésticas, passam a atuar como ativistas determinadas, que não recuam diante das pressões sociais. Connie (Geraldine James), a qual fica dividida entre a atuação na greve e os cuidados com seu marido, que está doente e no desenrolar da trama acaba se matando, o que pressiona ainda mais a operária a romper com o movimento, e Sandra (Jaime Winstone) a costureira mais fútil entre todas as que são representadas no filme, que sonha virar modelo e deixar de ser operária, quando é envolvida por uma tática da Ford de cooptação para tirá-la do movimento, assim como Connie não cede às pressões e continua ao lado de Rita O’Grady na greve.
Assim, as mulheres vão, gradativamente, rompendo com os valores tradicionais a respeito do papel social da mulher. Rompe-se com a figura da mulher passiva, submissa, dependente, dona de casa etc. As operárias da fábrica de Dagenham se organizam para enfrentar não somente seu seio de relações mais estreitas, seus maridos, filhos e colegas (homens) de trabalho, mas estão dispostas a enfrentar a Ford, o sindicato atrelado à empresa e o Estado inglês.
O papel do Estado como mediador de conflitos é retratado no filme, no embate entre as operárias e a Ford. Em vários momentos é possível percebe a pressão empresarial sendo exercida sobre o Estado Inglês para que a greve seja fracassada e a produção volte à normalidade. Um bom exemplo disso é quando o Sr. Tooley, representante da Ford, afirma que a corporação é a maior indústria de carros do mundo, que injeta milhões de libras na economia do Reino Unido e que isso deve ser lembrado às autoridades de Estado, para que saibam qual deve ser seu papel na negociação com as operárias. Em seguida, o Primeiro Ministro chama a Secretária de Estado para uma conversa para dizer-lhe que a Ford não deve ser contrariada. Em outro momento, imediatamente antes da negociação entre Barbara Castle e as mulheres de Dagenham, Sr. Tooley ameaça tirar as fábricas da Inglaterra e levar para outro lugar. Esse diálogo abre margem para a discussão a respeito do processo de descentralização produtiva que ocorre a partir da década de 1970, quando as grandes corporações passam a migrar sua produção para países onde a legislação trabalhista são mais fracas e podem garantir maior produtividade e mais lucros.
No filme fica claro que as mulheres ocupavam os postos mais precários de trabalho e eram minoria absoluta dentro da fábrica. Suas tarefas eram consideradas ‘desqualificadas’, ou seja, tratava-se de uma atividade desvalorizada, porém, como mostra a trama, fundamental no processo produtivo. O ambiente de trabalho também é precário, isso fica claro quando as operárias começam a abrir guarda-chuvas para proteger-se das goteiras que estão por toda parte, na espécie de galpão no qual trabalham. Elas reclamam que já solicitaram o concerto várias vezes e não foram atendidas.
É importante destacar que essa desvalorização do trabalho feminino dentro da fábrica não pode ser considerada somente como uma questão de desvalorização da atividade em si, mas do papel social da mulher, seja no processo produtivo, seja em sua participação política e social, pois ela só podia ser considerada ‘inferior’ no trabalho, devido existir um forte tradicionalismo machista que de antemão já as tinha alguns degraus abaixo dos homens. Essa visão de inferioridade sobre as mulheres é exposta na fala de Albert (Bob Hoskins), o sindicalista que incentiva e defende a organização das operárias, durante uma conversa com O’Grady, em que procura convencê-la a tornar-se a representante das mulheres. Ele é categórico ao afirmar que a luta delas não tem nada a ver com a qualificação da atividade em si, diz que “a Ford decidiu pagar menos porque pode. Eles podem pagar às mulheres um salário menor do que dos homens. No país inteiro, Rita, as mulheres ganham menos. Porque são mulheres. Estão sempre em segundo plano”, conclui.
Revolução em Dagenham expõe muito bem o papel historicamente desenvolvido pela força de trabalho feminina na atividade fabril, que é ocupar-se de tarefas que exigem maior paciência e minúcia, como é o caso das operárias/costureiras de Dagenham. Essas atividades são tratadas como menos importantes e secundárias à produção, com vistas à desvalorização do trabalho feminino. A pouca importância atribuída ao trabalho de Rita e de suas companheiras apenas mascara uma necessidade do capital de extrair mais valor, pois no filme se mostra claramente que a greve das operárias paralisa toda a produção, fazendo cair por terra a falácia de que as mulheres são secundárias no processo produtivo.
A primeira reunião para pautar as reivindicações das mulheres ocorre no escritório da Ford em Warley. Dela participam Hopkins, Jones e Grant (executivos da Ford). Albert em discurso para as mulheres preparando para a reunião, fala sobre quem está ao lado das mulheres: Monty Taylor, ele próprio (Albert), Connie e ele afirma que: “temos um a menos” é nesse momento que olha para Rita, sugerindo que ela podia ser a quarta pessoa para enfrentar com vantagem a administração da Ford. Quando Rita conta ao marido que vai participar de uma reunião com todos os chefes, ele fica surpreso. Ela explica que antes de sair fará a comida e que se chegar tarde, ele pode esquentar a refeição para ele e os filhos. Justifica dessa forma que cumprirá seu papel de mulher. Na próxima cena, aparecem Rita e Connie conversando, Rita pergunta se vai dar tudo certo, ao que Connie responde: “Você não tem que fazer nada, só os homens vão falar”. Durante um almoço que precede a reunião com a Ford, Monty Taylor orienta Rita a não se envolver durante a reunião, diz a ela que: “Se começarem a fazer perguntas mantenha a cabeça baixa, eu cuido de tudo”. O que Monty pretende com isso é uma ‘domesticação’ de Rita, ele continua dizendo: “e, acima de tudo, se eu concordar, você concorda”. Ou seja, o papel tanto de Rita quanto de Connie não era opinar, muito menos decidir sobre nada. Elas seriam apenas figurantes de uma negociação alegórica entre a Ford e o sindicato.
Porém, Rita intervém durante a reunião e defende que o trabalho das operárias é sim, trabalho qualificado. Que elas fazem, inclusive, prova para ocupar a função, que não entende porque seu trabalho é considerado “desqualificado”. Diz O’Grady que a Ford nunca deu ouvido às reivindicações das mulheres porque elas nunca entraram em greve, declara que: “Chega de horas extras e uma paralisação imediata de 24h, e o que vai acontecer daqui para frente, depende de vocês”. Ao que parece, nem os executivos da Ford em Dagenham, nem a alta administração da Ford, em Michigan, nos EUA, nem mesmo o sindicato acreditava que as mulheres, menos de 1% do total de trabalhadores, teriam coragem de enfrentar a corporação.
O desejo de autodeterminação de Rita O´Grady aparece nesse primeiro momento, quando num ato de indignação com a conversa entre Monty e os executivos da Ford Dagenham, ela toma a palavra para si e questiona os argumentos colocados durante o diálogo. A ação de Rita, apesar de em nosso atual contexto parecer um tanto quanto normal, reflete uma ruptura drástica com a submissão ao poder masculino. Pois se é verdade que atualmente já se evidencia uma participação política e social maior das mulheres, basta observar grandes nomes da política nacional e internacional; também é verdade que ainda hoje é mais perceptível a participação masculina nas decisões e nos palanques. Então, uma mulher operária, na década de 1960, tomar para si um debate, buscando argumentar contra a administração da empresa pela qual é empregada, diante de sua representação ‘legítima’, figurado pelo sindicato, foi um ato anunciado de rebeldia. Rita O´Grady reflete os ideias da consciência feminista e levanta a bandeira de algo secularmente marginalizado, tanto político quanto socialmente falando, a transformação do papel social da mulher. Rita, ao assumir as rédeas da negociação com a Ford, rompe com a típica “passividade feminina” e torna-se protagonista de sua própria história. Sua postura de acordo com Alves e Pitanguy (1982) carrega a principal premissa do feminismo que é a auto-organização das mulheres.
Outro aspecto importante pontuado no filme diz respeito ao papel desempenhado pelo sindicato, que é atrelado a empresa e atua no sentido de desmobilizar a greve das trabalhadoras. Percebe-se que existe uma disputa dentro da própria organização sindical, já que Albert, sindicalista que defende as mulheres desde o início das reivindicações, ao longo dos embates se enfrenta com outros coordenadores do sindicato, por estar disposto a dar suporte incondicional à luta das mulheres, enquanto que os outros, típicos burocratas, desejam apenas manter seu posto.
A década de sessenta, não só no que tange aos movimentos feministas, é marcada por uma ascensão do movimento sindical na Europa. É o contexto de fortalecimento das entidades de classe, no qual os sindicatos alcançam altos índices de sindicalização. Mattoso (1994) demonstra que o ascenso sindical vivido pelos países de capitalismo avançado, principalmente na segunda metade da década de 1960, culmina com altos índices de sindicalização no início de 1970, para um posterior decrescimento a partir das mudanças no mundo do trabalho ocorridas com a reestruturação produtiva.
O que Revolução em Dagenham tem de especial é o fato de abordar essa intensificação das lutas trabalhistas na Europa, a partir das demandas femininas. Nigel Cole mostra mulheres determinadas a ir até o fim em seus questionamentos e reivindicações. O capital, representado pela Ford, aparece como maior impulsionador da divisão entre homens e mulheres, visando enfraquecer a luta do movimento feminista organizado no interior da fábrica. O objetivo da administração da Ford é claro, usar a autoridade garantida culturalmente aos homens para deter as mulheres e acabar com a greve, evidenciando que a submissão feminina, cristalizada por um tradicionalismo cultural patriarcal, serve para o enfraquecimento da organização feminista e, concomitantemente, da classe trabalhadora, homens e mulheres.
As operárias de Dagenham avançam o movimento procurando apoio de operárias de outras fábricas da Ford. Eddie (Daniel Mays), o marido de Rita, começa a ser pressionado por seus colegas, que questionam a atuação de Rita e o risco que a greve representa para todos. Nesse momento, Eddie encontra-se insatisfeito com a inversão dos papéis dentro de casa, já que a maior participação política de Rita implica, necessariamente, em sua ausência da vida doméstica. Assim, as atividades do lar que eram de sua responsabilidade, como cuidar dos filhos, da casa e do marido, além de trabalhar na fábrica, eram agora responsabilidade de Eddie.
A greve toma conta dos noticiários e vira pauta social. As grevistas são questionadas sobre a posição de seus maridos. Isso é demonstrado quando um repórter pergunta a Rita “Seu marido a apoia?”. O questionamento do repórter remete a uma suposta necessidade de legitimação, ou melhor, autorização dos maridos às ações das mulheres, como que se apenas a vontade e determinação delas não tivessem validade em si.
A greve ganha proporção tamanha que a fábrica paralisa totalmente a produção. O movimento vira assunto do próprio Sr. Ford, que dá uma dura em seus executivos e afirma que se Rita conseguir o que quer a Ford terá que fazer o mesmo em todo o mundo. Aqui fica expressamente óbvio que a preocupação do Sr. Ford é com os lucros da empresa, que estão em risco graças à organização e força da greve de mulheres.
Rita discursa na Reunião de Sindicatos, em Eastbourne, para conseguir apoio das outras organizações sindicais: “vocês têm que nos apoiar. Vocês tem que tomar a frente conosco. Somos da classe trabalhadora. Os homens e as mulheres. Não somos separados pelo sexo. Mas apenas por aqueles que estão dispostos a aceitar a injustiça e por aqueles que (...) estão preparados para enfrentar a batalha pelo que é certo. E salários iguais para as mulheres é o certo”. A ausência das mulheres na atividade sindical fica latente nesse momento, pois O’Grady discursa para um plenário repleto de homens. A operária de Dagenham consegue um feito importante para o desfecho vitorioso da greve, que é ganhar a votação de apoio à luta das mulheres.
Nessa parte do filme cabe uma reflexão acerca da organização das mulheres trabalhadoras nos sindicatos. Sobre isso Teles (1999) ao fazer um panorama histórico do movimento feminista no Brasil, evidencia as dificuldades encontradas para a organização das mulheres em sindicatos. A autora aponta que entre os principais obstáculos figura a forte repressão da empresa contra as mulheres que se organizam e a indisposição dos dirigentes sindicais em criar mecanismos específicos para atrair mulheres para o sindicato. Para Teles (1999) a ausência das mulheres nos sindicatos divide a classe trabalhadora.
O filme mostra que os dirigentes sindicais de Dagenham eram homens. É Rita O’Grady que resolve enfrentar os dirigentes e organizar as outras operárias em uma greve sem o apoio do sindicato. No dia seguinte à primeira paralisação, as mulheres recebem uma notificação oficial desqualificando o movimento. Rita, junto com as outras operárias, vai ao sindicato contestar e convence as outras trabalhadoras a não aceitar a retaliação, e não somente, também votam por manter a greve até que os salários sejam iguais aos dos homens. Diz ela a Monty Taylor (Kenneth Cranham), moderador sênior da Ford Dagenham, em tom de indignação: “temos os menores salários da fábrica mesmo sendo consideravelmente qualificadas, e só há uma razão para isso, é porque somos mulheres”, termina dizendo “salários iguais ou nada”.
Uma discussão entre Rita e seu marido, expõe de forma bem categórica o tradicionalismo patriarcal enfrentado pelas mulheres naquele contexto. Eddie afirma que é um bom companheiro porque nunca bateu nela e cuida das crianças. Em um ato de total indignação O’Grady afirma que é exatamente assim que tem que ser. Em outras palavras, Rita quis dizer que não era normal um homem bater na mulher e que era normal o homem ajudar a cuidar dos filhos, que as mulheres também tinham direitos, e que eram iguais aos dos homens. Pitanguy (1982) afirma que o feminismo procura repensar a identidade sexual a partir do pressuposto que seja o indivíduo homem ou mulher, não se torne sujeito a padrões hierarquizados, com isso, as características ‘femininas’ e ‘masculinas’ fariam parte de um todo de qualidades atribuídos ao ser humano de modo global.
Deste modo, ao colocar em questão o debate referente ao papel social historicamente ocupado pela mulher, o filme trata da ideologia criada em torno à inferioridade do gênero feminino, que tem aparecido ao longo dos anos amparado por uma defesa referente às diferenças biológicas (ALVES; PITANGUY, 1982). Assim, ao longo dos séculos, durante o processo de socialização, se construiu um discurso rígido quanto ao papel social da mulher, proferido pelas principais instituições sociais, as quais, religião, escola, família etc. É sobre isso que discorre Pitanguy (1982), afirmando que nas relações entre homens e mulheres ocorre um tensionamento criado a partir da relação de poder e hierarquia determinados socialmente, de acordo com os padrões sociais que normatizam comportamentos típicos de cada gênero. É dessa ideologia que está carregada a fala do marido de Rita, ao afirmar que não bater em “sua mulher” (referente a título de propriedade) e ajudar com filhos (função biológica e socialmente delegada à mulher) é digno de grande mérito.
O filme de Nigel Cole faz um importante panorama sobre o papel social da mulher, sua organização política e sua auto-organização. Além de colocar em questão valores tradicionais que até hoje seguem sendo pautados pela sociedade. A contestação de Rita O’Grady ainda é atual, pois mesmo no século XXI ainda é real a diferença salarial entre mulheres e homens. Talvez o filme, que foi produzido em 2010, tente mostrar que tanto se fez, importantes nomes se insurgiram contra a diferenciação entre mulheres e homens, mas mesmo assim as mulheres ainda não conseguiram se postular em um patamar de igualdade aos homens. Resta a pergunta: porquê?
REFERÊNCIAS:
ALVES, Branca Moreira; PITANGUY, Jacqueline. O que é Feminismo?. São Paulo. Brasiliense, 2ª ed., 1982.
MARX, Karl. O Processo de Produção do Capital. In O Capital: Crítica da Economia Política. Tradução de Regis Barbosa e Flávio R. Kothe. São Paulo. Abril Cultural, 1984.
MATTOSO, Jorge Eduardo L.. O Novo e Inseguro Mundo do Trabalho nos Países Avançados. In O Mundo do Trabalho: crise e mudança no final do século. Org. Carlos Alonso de Oliveira. São Paulo. Scritta, 1994.TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve História do Feminismo no Brasil. São Paulo. Brasiliense, 1999.
***
Via
filme inglês de 2010
http://www.cinema2000.pt/ficha.php3?id=16891
Rita O´Grady foi a catalizadora da greve de 1968 na fábrica da Ford de Dagenham. A trabalhar em condições extremamente precárias, muitas horas seguidas, e preocupadas em conciliar o trabalho com a vida doméstica, as mulheres da fábrica de Dagenham perdem finalmente a paciência, quando são classificadas como “não qualificadas”.
Realização: Nigel Cole
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https://www.youtube.com/watch?v=PSZxmZmBfnU
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/08/12-de-agosto-de-1939-estreia-do-filme-o_12.html?spref=fb&fbclid=IwAR3h_pr6bLYeRMQBtmdptW8O0Iv5VgJMRGa88RgFA0Kp1lLVThEKsWr_i0I
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25jul2016
Acabei de ver este filme
mui interessante sobre
a luta pela igualdade salarial entre homens e mulheres
mulheres
operadoras
178
que faziam uma parte dos bancos dos carros Ford Escort
pararam a Ford inglesa
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sobre a leader das trabalhadores
Rita Ogrady?
sobre a ministra Barbra Casle?
que concretizou a reivindicação salarial de 92% do salário do homem
e futura lei de igualdade salarial entre homem e mulher
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aquele diálogo com o marido
Os direitos...
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os patrões a querem diminuir a unidade
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as questões pessoais na luta
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os sindicalistas vendidos ao patrão
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os outros trabalhadores chateados com a luta das mulheres
as ameaças de despedimento
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a divisão entre os sindicatos
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os sindicatos com dirigentes apenas homens
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o sindicalista que percebe que a Rita é a activista a promover
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a historiadora dona de casa do administrador da fábrica
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http://www.telacritica.org/ArtigoTelaCriticarevista9_RevolucaoEmDageham.htm
"Revolução em Dagenham", do título original Made In Dagenham,
dirigido por Nigel Cole, é um filme de 2010, que conta a história real
de Rita O’Grady, interpretada por Sally Hawkins, operária da Ford e
principal nome da greve de 1968, ocorrida na fábrica de Dagenham –
localizada em Londres, Inglaterra –, protagonizada por mulheres que
almejavam igualdade salarial. Logo no início do filme o narrador fala
que a fábrica em questão “é um dos peso-pesados da indústria de
motores”. Continua informando que nesta, Dagenham, e em outras fábricas
da Britânia, se monta 3.000 carros por dia. A Ford de Dagenham era nada
mais nada menos que a maior fábrica de motores de toda a Europa e a
quarta maior do mundo. Em 1968 havia 55 mil homens e, apenas, 187
mulheres, trabalhando na fábrica Ford de Dagenham.
Rita é apresentada no início do filme como uma mulher comum de sua época. Dona de casa e mãe, além de operária da Ford. Em uma de suas primeiras cenas, ela prepara o café da manhã, enquanto isso uma tomada mostra ela ao fundo e em primeiro plano aparece uma tábua de passar roupas montada com um ferro elétrico em cima e a mesa arrumada esperando a família. Ela chama por seu filho, serve a filha e vai ao quarto acordar o marido.
O primeiro conflito de Rita O’Grady é com o Professor Clarke, que costuma bater com palmatória na mão de seu filho. Rita procura o professor para questionar o método que está sendo usado em sala de aula por ele. A princípio ele tenta justificar, no entanto, logo faz referência a origem social da família de O’Grady, questionando o fato de ela ser moradora do conjunto habitacional da Ford, ou seja, é uma operária. O professor diz a ela que os meninos quem vem de lá, tem dificuldades em se ajustar aos padrões exigidos pela escola, e que não é culpa deles, visto que eles não podem ter os pais como referência, pois estes nunca passaram pelos rigores da academia. O discurso de Clarke está carregado de discriminação social e tem o claro objetivo de constranger Rita. É após essa situação humilhante pela qual O’Grady passa que ocorre seu primeiro contato com Lisa Hopkins (Rosamund Pike). A relação entre elas é uma espécie de segundo plano do filme, que busca confrontar duas mulheres de classes sociais distintas, que a princípio vivenciam uma experiência comum, de insatisfação com uma educação repressora que oprime seus filhos. O fato de ambas serem mães as aproxima, mas suas classes sociais e os caminhos trilhados por cada uma delas é bem distinto. De um lado Lisa permanece em seu papel de mulher que vive à sombra do seu marido, executivo da Ford, como uma mulher tipicamente submissa. É uma mulher bonita, que frequentou a universidade, tem uma profissão. Trata-se de alguém privilegiado do ponto de vista econômico e educacional, porém, é a figura da mulher ideal do patriarcalismo, fica em casa para cuidar do filho e do marido. Do outro lado está Rita, que se torna uma grande liderança política, contestadora dos valores tradicionais e que luta por seus direitos. Lisa concorda com Rita, apesar de não ter coragem de lutar por sua autonomia. Seu papel no filme, por sua posição social privilegiada, é enfrentar o professor Clarke.
O episódio da greve de Dagenham, retratado no longa de Nigel Cole, faz parte da história do movimento feminista. Rita O’Grady, e sua luta pelo direito a salários iguais para mulheres e homens na Inglaterra, retoma a luta secular de seu gênero, da qual fazem parte figuras como Christine de Pisan, primeira mulher a ser indicada poeta oficial da corte francesa, no século XIV, que escreveu um dos primeiros tratados do feminismo de que se tem registro, intitulado A Cidade das Mulheres, no qual afirma a igualdade entre os sexos; Olympe de Gouges, escritora, também francesa, defensora dos ideais revolucionários do Iluminismo, que publicou em 1791 o texto intitulado Os Direitos da Mulher e da Cidadã que propõe a inserção da mulher francesa na vida política e civil, em condições de igualdade à dos homens; Simone de Beauvoir, que escreveu no final da década de 1940 o livro O Segundo Sexo, surgiu como uma voz isolada no período de refluxo da organização das mulheres e denunciou as raízes culturais da desigualdade sexual, para isso realizou uma análise profunda que levou em consideração a biologia, a psicanálise, o materialismo histórico, a educação, os mitos e a história. A análise de Simone de Beauvoir foi um marco fundamental para nortear o movimento feminista que eclode na década de 1960.
Rita O’Grady é um expoente de seu tempo, pois surgiu justamente na década em que data o início da ascensão do Movimento Feminista, após um refluxo que teve início por volta de 1930, durante o nazi-facismo. O feminismo que surge no calor das lutas sociais da década de 1960 incorpora outras frentes de atuação, que não deixa de reivindicar a igualdade no exercício de direitos civis, políticos e trabalhistas – tema abordado na trama de Cole –, mas que vai além, passando a questionar a predeterminação biológica e cultural que mantém a mulher em um patamar de inferioridade aos homens. As mulheres questionam as relações de poder e hierarquia entre os sexos, ou seja, trata-se de uma crítica ao papel social ocupado pela mulher. Uma crítica à tradição e a cultura patriarcal.
Também
data desse contexto o surgimento de inúmeros grupos organizados de
mulheres que se enfrentam contra governos, empresas e valores sociais
historicamente estabelecidos. Essa agitação política de mulheres surge
nos Estados Unidos e depois toma de assalto a Europa. A famosa Revolução
Cultural-Sexual, encabeçada por mulheres, também ocorre em 1968, na
França.
O filme mostra como as operárias inglesas tomam consciência de sua importância no processo produtivo e na sociedade e passam a se auto-organizar politicamente como classe. A tomada de consciência dessas mulheres aparece na trama de modo a entender que o processo pelo qual o indivíduo toma para si a tarefa de romper com sua submissão, é de sua responsabilidade. À medida que a trama vai se desenrolando, o movimento ganha força em sincronia com a politização das mulheres. Elas que aparecem no início do filme apenas com preocupações fúteis e domésticas, passam a atuar como ativistas determinadas, que não recuam diante das pressões sociais. Connie (Geraldine James), a qual fica dividida entre a atuação na greve e os cuidados com seu marido, que está doente e no desenrolar da trama acaba se matando, o que pressiona ainda mais a operária a romper com o movimento, e Sandra (Jaime Winstone) a costureira mais fútil entre todas as que são representadas no filme, que sonha virar modelo e deixar de ser operária, quando é envolvida por uma tática da Ford de cooptação para tirá-la do movimento, assim como Connie não cede às pressões e continua ao lado de Rita O’Grady na greve.
Assim, as mulheres vão, gradativamente, rompendo com os valores tradicionais a respeito do papel social da mulher. Rompe-se com a figura da mulher passiva, submissa, dependente, dona de casa etc. As operárias da fábrica de Dagenham se organizam para enfrentar não somente seu seio de relações mais estreitas, seus maridos, filhos e colegas (homens) de trabalho, mas estão dispostas a enfrentar a Ford, o sindicato atrelado à empresa e o Estado inglês.
O papel do Estado como mediador de conflitos é retratado no filme, no embate entre as operárias e a Ford. Em vários momentos é possível percebe a pressão empresarial sendo exercida sobre o Estado Inglês para que a greve seja fracassada e a produção volte à normalidade. Um bom exemplo disso é quando o Sr. Tooley, representante da Ford, afirma que a corporação é a maior indústria de carros do mundo, que injeta milhões de libras na economia do Reino Unido e que isso deve ser lembrado às autoridades de Estado, para que saibam qual deve ser seu papel na negociação com as operárias. Em seguida, o Primeiro Ministro chama a Secretária de Estado para uma conversa para dizer-lhe que a Ford não deve ser contrariada. Em outro momento, imediatamente antes da negociação entre Barbara Castle e as mulheres de Dagenham, Sr. Tooley ameaça tirar as fábricas da Inglaterra e levar para outro lugar. Esse diálogo abre margem para a discussão a respeito do processo de descentralização produtiva que ocorre a partir da década de 1970, quando as grandes corporações passam a migrar sua produção para países onde a legislação trabalhista são mais fracas e podem garantir maior produtividade e mais lucros.
No filme fica claro que as mulheres ocupavam os postos mais precários de trabalho e eram minoria absoluta dentro da fábrica. Suas tarefas eram consideradas ‘desqualificadas’, ou seja, tratava-se de uma atividade desvalorizada, porém, como mostra a trama, fundamental no processo produtivo. O ambiente de trabalho também é precário, isso fica claro quando as operárias começam a abrir guarda-chuvas para proteger-se das goteiras que estão por toda parte, na espécie de galpão no qual trabalham. Elas reclamam que já solicitaram o concerto várias vezes e não foram atendidas.
É importante destacar que essa desvalorização do trabalho feminino dentro da fábrica não pode ser considerada somente como uma questão de desvalorização da atividade em si, mas do papel social da mulher, seja no processo produtivo, seja em sua participação política e social, pois ela só podia ser considerada ‘inferior’ no trabalho, devido existir um forte tradicionalismo machista que de antemão já as tinha alguns degraus abaixo dos homens. Essa visão de inferioridade sobre as mulheres é exposta na fala de Albert (Bob Hoskins), o sindicalista que incentiva e defende a organização das operárias, durante uma conversa com O’Grady, em que procura convencê-la a tornar-se a representante das mulheres. Ele é categórico ao afirmar que a luta delas não tem nada a ver com a qualificação da atividade em si, diz que “a Ford decidiu pagar menos porque pode. Eles podem pagar às mulheres um salário menor do que dos homens. No país inteiro, Rita, as mulheres ganham menos. Porque são mulheres. Estão sempre em segundo plano”, conclui.
Deste
modo, o trabalho desenvolvido pelas operárias de Dagenham era sim
fundamental para a produção da Ford, ocorria que, desvalorizando o
trabalho, não oferecendo sua devida qualificação na forma de remuneração
justa às operárias, a empresa garantiria uma maior extração de
mais-valia. Além disso, quando o capital oferece salários mais baixos às
mulheres, os salários dos homens também são desvalorizados, pois é uma
tática de pressionar para baixo o pagamento dos salários de toda classe
trabalhadora. É o que afirma Marx (1984) ao analisar o processo de
produção do capital, a partir do surgimento da maquinaria e da grande
indústria. O autor afirma que o trabalho de mulheres, assim como o de
menores, configura a força de trabalho suplementar do capital, pois
garante aumentar o número de trabalhadores, consequentemente,
intensificar a produção, porém se diminui o valor da força de trabalho.
Deste modo, “(...) a desvalorização do trabalho feminino (...) encontra
sua lógica no processo de acumulação do capital, onde a superexploração
do trabalho da mulher (e do menor) cumpre função específica” (ALVES;
PITANGUY, 1982, p. 26). Alves e Pitanguy (1982) completam afirmando que a
análise das relações de produção no sistema capitalista permite
concluir que a condição social da mulher é parte intrinsicamente ligado à
exploração na sociedade de classes.
Revolução em Dagenham expõe muito bem o papel historicamente desenvolvido pela força de trabalho feminina na atividade fabril, que é ocupar-se de tarefas que exigem maior paciência e minúcia, como é o caso das operárias/costureiras de Dagenham. Essas atividades são tratadas como menos importantes e secundárias à produção, com vistas à desvalorização do trabalho feminino. A pouca importância atribuída ao trabalho de Rita e de suas companheiras apenas mascara uma necessidade do capital de extrair mais valor, pois no filme se mostra claramente que a greve das operárias paralisa toda a produção, fazendo cair por terra a falácia de que as mulheres são secundárias no processo produtivo.
A primeira reunião para pautar as reivindicações das mulheres ocorre no escritório da Ford em Warley. Dela participam Hopkins, Jones e Grant (executivos da Ford). Albert em discurso para as mulheres preparando para a reunião, fala sobre quem está ao lado das mulheres: Monty Taylor, ele próprio (Albert), Connie e ele afirma que: “temos um a menos” é nesse momento que olha para Rita, sugerindo que ela podia ser a quarta pessoa para enfrentar com vantagem a administração da Ford. Quando Rita conta ao marido que vai participar de uma reunião com todos os chefes, ele fica surpreso. Ela explica que antes de sair fará a comida e que se chegar tarde, ele pode esquentar a refeição para ele e os filhos. Justifica dessa forma que cumprirá seu papel de mulher. Na próxima cena, aparecem Rita e Connie conversando, Rita pergunta se vai dar tudo certo, ao que Connie responde: “Você não tem que fazer nada, só os homens vão falar”. Durante um almoço que precede a reunião com a Ford, Monty Taylor orienta Rita a não se envolver durante a reunião, diz a ela que: “Se começarem a fazer perguntas mantenha a cabeça baixa, eu cuido de tudo”. O que Monty pretende com isso é uma ‘domesticação’ de Rita, ele continua dizendo: “e, acima de tudo, se eu concordar, você concorda”. Ou seja, o papel tanto de Rita quanto de Connie não era opinar, muito menos decidir sobre nada. Elas seriam apenas figurantes de uma negociação alegórica entre a Ford e o sindicato.
Porém, Rita intervém durante a reunião e defende que o trabalho das operárias é sim, trabalho qualificado. Que elas fazem, inclusive, prova para ocupar a função, que não entende porque seu trabalho é considerado “desqualificado”. Diz O’Grady que a Ford nunca deu ouvido às reivindicações das mulheres porque elas nunca entraram em greve, declara que: “Chega de horas extras e uma paralisação imediata de 24h, e o que vai acontecer daqui para frente, depende de vocês”. Ao que parece, nem os executivos da Ford em Dagenham, nem a alta administração da Ford, em Michigan, nos EUA, nem mesmo o sindicato acreditava que as mulheres, menos de 1% do total de trabalhadores, teriam coragem de enfrentar a corporação.
O desejo de autodeterminação de Rita O´Grady aparece nesse primeiro momento, quando num ato de indignação com a conversa entre Monty e os executivos da Ford Dagenham, ela toma a palavra para si e questiona os argumentos colocados durante o diálogo. A ação de Rita, apesar de em nosso atual contexto parecer um tanto quanto normal, reflete uma ruptura drástica com a submissão ao poder masculino. Pois se é verdade que atualmente já se evidencia uma participação política e social maior das mulheres, basta observar grandes nomes da política nacional e internacional; também é verdade que ainda hoje é mais perceptível a participação masculina nas decisões e nos palanques. Então, uma mulher operária, na década de 1960, tomar para si um debate, buscando argumentar contra a administração da empresa pela qual é empregada, diante de sua representação ‘legítima’, figurado pelo sindicato, foi um ato anunciado de rebeldia. Rita O´Grady reflete os ideias da consciência feminista e levanta a bandeira de algo secularmente marginalizado, tanto político quanto socialmente falando, a transformação do papel social da mulher. Rita, ao assumir as rédeas da negociação com a Ford, rompe com a típica “passividade feminina” e torna-se protagonista de sua própria história. Sua postura de acordo com Alves e Pitanguy (1982) carrega a principal premissa do feminismo que é a auto-organização das mulheres.
Outro aspecto importante pontuado no filme diz respeito ao papel desempenhado pelo sindicato, que é atrelado a empresa e atua no sentido de desmobilizar a greve das trabalhadoras. Percebe-se que existe uma disputa dentro da própria organização sindical, já que Albert, sindicalista que defende as mulheres desde o início das reivindicações, ao longo dos embates se enfrenta com outros coordenadores do sindicato, por estar disposto a dar suporte incondicional à luta das mulheres, enquanto que os outros, típicos burocratas, desejam apenas manter seu posto.
O
longa explicita a questão do atrelamento do sindicato à Ford quando a
Secretaria de Estado, Barbara Castle (Miranda Richardson), afirma que
não entende como que dois anos antes, 1966, ocorria uma onda de
otimismo, no qual o Ministério do Trabalho afirmava que usaria a relação
próxima com os sindicatos para desenvolver melhor a indústria. Em
contraposição a isso, ela elenca que nos últimos 12 meses (de 1967 a
1968) haviam ocorrido vinte e seis mil greves no Reino Unido, resultando
na perda de cinco milhões de dias de trabalho. Os números apresentados
pela Secretaria indicam que a relação do governo e das empresas com os
sindicatos apresentavam contradições significativas, pois ao mesmo tempo
em que existiam sindicatos que controlavam os trabalhadores, a exemplo
do que o sindicato de Dagenham tenta fazer quando do início do movimento
de mulheres, o ascenso operário ganhava força e desafiava as
corporações e o governo.
A década de sessenta, não só no que tange aos movimentos feministas, é marcada por uma ascensão do movimento sindical na Europa. É o contexto de fortalecimento das entidades de classe, no qual os sindicatos alcançam altos índices de sindicalização. Mattoso (1994) demonstra que o ascenso sindical vivido pelos países de capitalismo avançado, principalmente na segunda metade da década de 1960, culmina com altos índices de sindicalização no início de 1970, para um posterior decrescimento a partir das mudanças no mundo do trabalho ocorridas com a reestruturação produtiva.
O que Revolução em Dagenham tem de especial é o fato de abordar essa intensificação das lutas trabalhistas na Europa, a partir das demandas femininas. Nigel Cole mostra mulheres determinadas a ir até o fim em seus questionamentos e reivindicações. O capital, representado pela Ford, aparece como maior impulsionador da divisão entre homens e mulheres, visando enfraquecer a luta do movimento feminista organizado no interior da fábrica. O objetivo da administração da Ford é claro, usar a autoridade garantida culturalmente aos homens para deter as mulheres e acabar com a greve, evidenciando que a submissão feminina, cristalizada por um tradicionalismo cultural patriarcal, serve para o enfraquecimento da organização feminista e, concomitantemente, da classe trabalhadora, homens e mulheres.
As operárias de Dagenham avançam o movimento procurando apoio de operárias de outras fábricas da Ford. Eddie (Daniel Mays), o marido de Rita, começa a ser pressionado por seus colegas, que questionam a atuação de Rita e o risco que a greve representa para todos. Nesse momento, Eddie encontra-se insatisfeito com a inversão dos papéis dentro de casa, já que a maior participação política de Rita implica, necessariamente, em sua ausência da vida doméstica. Assim, as atividades do lar que eram de sua responsabilidade, como cuidar dos filhos, da casa e do marido, além de trabalhar na fábrica, eram agora responsabilidade de Eddie.
A greve toma conta dos noticiários e vira pauta social. As grevistas são questionadas sobre a posição de seus maridos. Isso é demonstrado quando um repórter pergunta a Rita “Seu marido a apoia?”. O questionamento do repórter remete a uma suposta necessidade de legitimação, ou melhor, autorização dos maridos às ações das mulheres, como que se apenas a vontade e determinação delas não tivessem validade em si.
A greve ganha proporção tamanha que a fábrica paralisa totalmente a produção. O movimento vira assunto do próprio Sr. Ford, que dá uma dura em seus executivos e afirma que se Rita conseguir o que quer a Ford terá que fazer o mesmo em todo o mundo. Aqui fica expressamente óbvio que a preocupação do Sr. Ford é com os lucros da empresa, que estão em risco graças à organização e força da greve de mulheres.
Rita discursa na Reunião de Sindicatos, em Eastbourne, para conseguir apoio das outras organizações sindicais: “vocês têm que nos apoiar. Vocês tem que tomar a frente conosco. Somos da classe trabalhadora. Os homens e as mulheres. Não somos separados pelo sexo. Mas apenas por aqueles que estão dispostos a aceitar a injustiça e por aqueles que (...) estão preparados para enfrentar a batalha pelo que é certo. E salários iguais para as mulheres é o certo”. A ausência das mulheres na atividade sindical fica latente nesse momento, pois O’Grady discursa para um plenário repleto de homens. A operária de Dagenham consegue um feito importante para o desfecho vitorioso da greve, que é ganhar a votação de apoio à luta das mulheres.
Nessa parte do filme cabe uma reflexão acerca da organização das mulheres trabalhadoras nos sindicatos. Sobre isso Teles (1999) ao fazer um panorama histórico do movimento feminista no Brasil, evidencia as dificuldades encontradas para a organização das mulheres em sindicatos. A autora aponta que entre os principais obstáculos figura a forte repressão da empresa contra as mulheres que se organizam e a indisposição dos dirigentes sindicais em criar mecanismos específicos para atrair mulheres para o sindicato. Para Teles (1999) a ausência das mulheres nos sindicatos divide a classe trabalhadora.
O filme mostra que os dirigentes sindicais de Dagenham eram homens. É Rita O’Grady que resolve enfrentar os dirigentes e organizar as outras operárias em uma greve sem o apoio do sindicato. No dia seguinte à primeira paralisação, as mulheres recebem uma notificação oficial desqualificando o movimento. Rita, junto com as outras operárias, vai ao sindicato contestar e convence as outras trabalhadoras a não aceitar a retaliação, e não somente, também votam por manter a greve até que os salários sejam iguais aos dos homens. Diz ela a Monty Taylor (Kenneth Cranham), moderador sênior da Ford Dagenham, em tom de indignação: “temos os menores salários da fábrica mesmo sendo consideravelmente qualificadas, e só há uma razão para isso, é porque somos mulheres”, termina dizendo “salários iguais ou nada”.
As
operárias da Ford de Dagenham alcançaram um feito de grande importância
para a história do movimento feminista. Elas conquistaram, com a greve,
um aumento imediato de 92% do salário pago aos homens, além disso, Rita
O’Grady, junto com as demais 187 costureiras de Dagenham, foram a
vanguarda que tornou a luta por igualdade salarial entre mulheres e
homens algo real e possível na Inglaterra, e em maio de 1970, dois anos
depois da greve, o Ato de Equiparação Salarial virou lei no país.
Uma discussão entre Rita e seu marido, expõe de forma bem categórica o tradicionalismo patriarcal enfrentado pelas mulheres naquele contexto. Eddie afirma que é um bom companheiro porque nunca bateu nela e cuida das crianças. Em um ato de total indignação O’Grady afirma que é exatamente assim que tem que ser. Em outras palavras, Rita quis dizer que não era normal um homem bater na mulher e que era normal o homem ajudar a cuidar dos filhos, que as mulheres também tinham direitos, e que eram iguais aos dos homens. Pitanguy (1982) afirma que o feminismo procura repensar a identidade sexual a partir do pressuposto que seja o indivíduo homem ou mulher, não se torne sujeito a padrões hierarquizados, com isso, as características ‘femininas’ e ‘masculinas’ fariam parte de um todo de qualidades atribuídos ao ser humano de modo global.
Deste modo, ao colocar em questão o debate referente ao papel social historicamente ocupado pela mulher, o filme trata da ideologia criada em torno à inferioridade do gênero feminino, que tem aparecido ao longo dos anos amparado por uma defesa referente às diferenças biológicas (ALVES; PITANGUY, 1982). Assim, ao longo dos séculos, durante o processo de socialização, se construiu um discurso rígido quanto ao papel social da mulher, proferido pelas principais instituições sociais, as quais, religião, escola, família etc. É sobre isso que discorre Pitanguy (1982), afirmando que nas relações entre homens e mulheres ocorre um tensionamento criado a partir da relação de poder e hierarquia determinados socialmente, de acordo com os padrões sociais que normatizam comportamentos típicos de cada gênero. É dessa ideologia que está carregada a fala do marido de Rita, ao afirmar que não bater em “sua mulher” (referente a título de propriedade) e ajudar com filhos (função biológica e socialmente delegada à mulher) é digno de grande mérito.
O filme de Nigel Cole faz um importante panorama sobre o papel social da mulher, sua organização política e sua auto-organização. Além de colocar em questão valores tradicionais que até hoje seguem sendo pautados pela sociedade. A contestação de Rita O’Grady ainda é atual, pois mesmo no século XXI ainda é real a diferença salarial entre mulheres e homens. Talvez o filme, que foi produzido em 2010, tente mostrar que tanto se fez, importantes nomes se insurgiram contra a diferenciação entre mulheres e homens, mas mesmo assim as mulheres ainda não conseguiram se postular em um patamar de igualdade aos homens. Resta a pergunta: porquê?
REFERÊNCIAS:
ALVES, Branca Moreira; PITANGUY, Jacqueline. O que é Feminismo?. São Paulo. Brasiliense, 2ª ed., 1982.
MARX, Karl. O Processo de Produção do Capital. In O Capital: Crítica da Economia Política. Tradução de Regis Barbosa e Flávio R. Kothe. São Paulo. Abril Cultural, 1984.
MATTOSO, Jorge Eduardo L.. O Novo e Inseguro Mundo do Trabalho nos Países Avançados. In O Mundo do Trabalho: crise e mudança no final do século. Org. Carlos Alonso de Oliveira. São Paulo. Scritta, 1994.TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve História do Feminismo no Brasil. São Paulo. Brasiliense, 1999.
Priscila Rodrigues Duque, Jornalista, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
da Universidade Federal do Pará (PPGCS-UFPA).
da Universidade Federal do Pará (PPGCS-UFPA).
Via
filme inglês de 2010
http://www.cinema2000.pt/ficha.php3?id=16891
Rita O´Grady foi a catalizadora da greve de 1968 na fábrica da Ford de Dagenham. A trabalhar em condições extremamente precárias, muitas horas seguidas, e preocupadas em conciliar o trabalho com a vida doméstica, as mulheres da fábrica de Dagenham perdem finalmente a paciência, quando são classificadas como “não qualificadas”.
Realização: Nigel Cole
***
12 de Agosto de 1939: Estreia do filme: "O Feiticeiro de Oz", nos EUA
"O Feiticeiro
de Oz”, filme protagonizado por Judy Garland e realizado por Victor
Fleming, teve a sua estreia no Wisconsin, Estados Unidos, no dia 12 de
Agosto de 1939.
No
filme, Dorothy, uma menina camponesa do Kansas que vivia numa fazenda
com os seus tios, é levada com o seu cão por um tornado e vai parar à
Terra de Oz. No impacto, Dorothy cai em cima da Bruxa Má do Leste e
acaba matando-a. Após
o acidente, Dorothy é vista como uma heroína, mas o que ela quer é
voltar para o Kansas. Para isso, precisará da ajuda do Poderoso Mágico
de Oz que mora na Cidade das Esmeraldas. No caminho, ela é ameaçada pela
Bruxa Má do Oeste, que culpa Dorothy pela morte da sua irmã, e
encontrará três companheiros: um Espantalho que quer ter um cérebro, um
Homem de Lata que anseia por um coração e um Leão cobarde que precisa de
coragem.
Publicado
originalmente em 1900, “O Feiticeiro de Oz”, do escritor Frank Baum, foi
adaptado inúmeras vezes para o teatro e cinema, servindo como tema
musical antes ainda de 1939. Contudo, foi a adaptação feita na película
rodada naquele ano que deu à obra de Baum a um lugar permanente não
somente na história do cinema como também na história da música.
O autor das
letras das canções do filme, Yip Harburg e o compositor Harold Arlen
eram ambos experientes profissionais antes de se juntarem em 1938 para
compor as canções originais de “O Feiticeiro de Oz”. A canção “Over the
Rainbow”, brilhantemente interpretada por Judy Garland, fez com que
Arlen e Hamburg conquistassem o Oscar de Melhor Canção de 1940. “Over
the Rainbow" foi posteriormente reconhecida como uma das mais
importantes obras musicais populares, incluída na lista “As Canções do
Século”, compilada em 2001 pela Recording Industry Association of
America e pela National Endowment for the Arts.
As canções de
Arlen e Harburg atingiram a meta principal com brilho excepcional,
conduzindo e aprofundando o impacto emocional da história contada no
filme.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/08/12-de-agosto-de-1939-estreia-do-filme-o_12.html?spref=fb&fbclid=IwAR3h_pr6bLYeRMQBtmdptW8O0Iv5VgJMRGa88RgFA0Kp1lLVThEKsWr_i0I
***
2 filmes de Philip Kaufman:
trailer
https://www.youtube.com/watch?v=Cn5EIGlzbqY
A Insustentável leveza do Ser
http://www.cinepipocacult.com.br/2011/12/insustentavel-leveza-do-ser.htmlA Insustentável Leveza do Ser
Amor, sedução, sexo, questões políticas, visões de vida e a invasão de Praga pelos soviéticos. Tudo isso é trabalhado com desenvoltura por Milan Kundera em seu livro, A Insustentável Leveza do Ser. O filme de Philip Kaufman, com o mesmo nome, tenta dar conta de todos os temas, assim, torna-se longo e por vezes confuso, mas não deixa de ser um grande exemplar da história cinematográfica.
Aqui, Daniel Day-Lewis é Tomas, um médico sedutor e irresistível que encontra na delicada Tereza, vivida por Juliette Binoche um amor intenso. A moça quebra nele todas as defesas, como não dormir nunca ao lado de uma mulher e vai tomando conta de seu coração, sua casa, sua vida. Mas, mesmo amando-a, ele nunca deixa de praticar seu principal hobby que é seduzir mulheres. Em suas aventuras, existe aquela especial, Sabina, além de amante, uma amiga confidente que se torna presença constante na vida do casal. Quando tudo parecia tranquilo e equilibrado, Praga é invadida pelos Soviéticos, após o tratado insano de divisão do mundo junto com os Estados Unidos e a vida dos três passa por diversas reviravoltas.
Muitos consideram confuso essa parte do roteiro, em que um filme sensual se torna político, principalmente por muita coisa não ser explicada em cena. Você tem que conhecer um pouco de história mundial ou, no mínimo, ter lido o livro para compreender parte do que está acontecendo. Ainda assim, não é um filmesobre Guerra Fria, questões comunistas ou mesmo sobre as tensões nos países que se tornam parte da União Soviética. É uma história sobre pessoas, sobre três pessoas em diversos momentos de suas vidas. Tomas, Tereza e Sabina nos conduzem em suas dificuldades, suas escolhas, seus modos de vida com leveza. Vamos acompanhando e conhecendo-os aos poucos.
A construção do personagem Tomas porDaniel Day-Lewis é incrivelmente bela. Ele consegue todas as nuanças daquele médico sedutor, nos olhares, nos gestos, no não-dito ou no bordão "tire a roupa", que é genial por ser ao mesmo tempo a fala de um médico para um paciente e de umamante para uma mulher. A química e o contraste de sua relação com Tereza e Sabina também são muito bem realizados. A esposa que o conquistou com o jeito tímido de Juliette Binoche. E a eternaamante que o fascina na atitude forte de Lena Olin. Ambas também nos passam a alma de suas personagens. A forma desajeitada de Tereza, seus medos, suas angústias. A determinação e liberdade de Sabina, principalmente em sua relação com Franz, um professor universitário que conhece em Genebra.
Ao mesmo tempo em que temos os contrastes dos três personagens, temos o contraste do idealcomunista com a ditadura russa. A perda da liberdade e o jogo de perseguição são fortes. A forma como Tomas se transforma de um médico conceituado em um perseguido político, as dificuldades de um mundo em guerra, ainda que fria. As denúncias são corajosas e a forma como tudo nos é passado pela visão dos três protagonistas é bem realizada.
Philip Kaufman constrói com cuidado e delicadeza a história, nos brindando com imagens que transmitem mensagens, tal qual Tereza observando um pequeno jarro de cacto em cima da mesa, em uma cena posterior a sua visita a um jornal, onde lhe propõe tirar fotos de natureza morta. Assim como a sessão de fotos dela com Sabina. Toda a construção da cena é bem realizada, desde o cenário da casa da artista repleta de espelhos que refletem e recriam situações, até a interpretação dasatrizes, suas trocas de olhares, a maneira delicada com que vão se despindo e ficando à vontade.
A Insustentável Leveza do Ser é daqueles filmes intensos. Há aqui diversas camadas de personagens, histórias, temas que vão sendo desvendados pelo espectador a cada instante. É forte, é sensual, é político, faz pensar. Mas, acima de tudo, revela pessoas, suas capacidades de amar e a leveza ou não com que lidam com as situações da vida.
Aqui, Daniel Day-Lewis é Tomas, um médico sedutor e irresistível que encontra na delicada Tereza, vivida por Juliette Binoche um amor intenso. A moça quebra nele todas as defesas, como não dormir nunca ao lado de uma mulher e vai tomando conta de seu coração, sua casa, sua vida. Mas, mesmo amando-a, ele nunca deixa de praticar seu principal hobby que é seduzir mulheres. Em suas aventuras, existe aquela especial, Sabina, além de amante, uma amiga confidente que se torna presença constante na vida do casal. Quando tudo parecia tranquilo e equilibrado, Praga é invadida pelos Soviéticos, após o tratado insano de divisão do mundo junto com os Estados Unidos e a vida dos três passa por diversas reviravoltas.
Muitos consideram confuso essa parte do roteiro, em que um filme sensual se torna político, principalmente por muita coisa não ser explicada em cena. Você tem que conhecer um pouco de história mundial ou, no mínimo, ter lido o livro para compreender parte do que está acontecendo. Ainda assim, não é um filmesobre Guerra Fria, questões comunistas ou mesmo sobre as tensões nos países que se tornam parte da União Soviética. É uma história sobre pessoas, sobre três pessoas em diversos momentos de suas vidas. Tomas, Tereza e Sabina nos conduzem em suas dificuldades, suas escolhas, seus modos de vida com leveza. Vamos acompanhando e conhecendo-os aos poucos.
A construção do personagem Tomas porDaniel Day-Lewis
Ao mesmo tempo em que temos os contrastes dos três personagens, temos o contraste do idealcomunista com a ditadura russa
Philip Kaufman constrói com cuidado e delicadeza
A Insustentável Leveza do Ser é daqueles filmes intensos. Há aqui diversas camadas de personagens, histórias, temas que vão sendo desvendados pelo espectador a cada instante. É forte, é sensual, é político, faz pensar. Mas, acima de tudo, revela pessoas, suas capacidades de amar e a leveza ou não com que lidam com as situações da vida.
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Para o jovem cirurgião Tomas (Daniel Day-Lewis), assuntos como a liberdade e a busca da felicidade são problemas dos outros. Em plena Praga de 1968, o galanteador está mesmo concentrado é na felicidade da busca , já que está determinado a levar a vida com uma leveza alheia a quaisquer compromissos ou ideologias políticas. Mas seu plano pode naufragar. Pois afinal, apesar de ser um grande clichê, é verdade que há escolhas que o coração faz sem a ajuda da razão. Com um belíssimo e sensual roteiro inspirado na obra do escritor Milan Kundera, A Insustentável Leveza do Ser é adaptação de um dos maiores clássicos da literatura mundial. Produzido por Saul Zaentz (O Paciente Inglês e Amadeus) e dirigido por Philip Kaufman (Os Eleitos) o filme traz ainda Juliette Binoche and Lena Olin, em um dos triângulos amorosos mais quentes do cinema. Uma história repleta de mudanças, em que vidas oprimidas são renovadas por um amor intenso.
***
a bela cena na gare do filme OS REDS
com Diane Keaton e Warren Beatty
https://www.youtube.com/watch?v=X5MtATxkyHM
e entre Diane Keaton e Jack Nicholson
https://www.youtube.com/watch?v=HxhMy_k-FfA
e entre Diane Keaton e Jack Nicholson
https://www.youtube.com/watch?v=HxhMy_k-FfA
***
26ouTUbro2016
revi o filme
impressionante
sobre a luta dos negros
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-30472/trailer-19432101/
Mississipi em Chamas Trailer Original
Personalidades : Gene Hackman, Willem Dafoe, Frances McDormand, Brad Dourif, R. Lee Ermey
Mississipi, 1964. Rupert Anderson (Gene Hackman) e Alan Ward (Willem Dafoe)
são dois agentes do FBI que estão investigando a morte de três militantes dos direitos
civis. As vítimas viviam em uma pequena cidade onde a segregação divide a população
em brancos e pretos e a violência contra os negros é uma tónica constante.
***
Henry.June
com a Inês de Medeiros
https://www.youtube.com/watch?v=78FMYn-96oE
*
Via sapo
Este excelente filme de Philip Kaufman introduz-nos na vida erótica de duas grandes figuras da literatura do século XX.
Ao conhecer o escritor americano Henry Miller (Fred Ward) em Paris, em 1931, uma jovem escritora chamada Anais Nin (Maria de Medeiros) embarca numa viagem de descoberta interior, anotando fielmente num diário todas as suas experiências.
Na sua busca de novos territórios, Anais e Henry vêem-se seduzidos pela inquietante sensualidade da esposa de Henry, June (Uma Thurman).
Henry & June é uma inesquecível viagem através do território desconhecido das relações humanas, baseada nas passagens suprimidas dos diários de Anais Nin.
- Realização
- Philip Kaufman (I)
- Interpretação
- Féodor Atkine Fred Ward (I)Jean-Philippe Écoffey Kevin Spacey Maria de MedeirosRichard E. Grant Uma Thurman
- Argumento
- Philip Kaufman (I)
FICHA TÉCNICA
***
O PIANO
https://www.youtube.com/watch?v=mKrDcUrSpF0
Filme O Piano (Filme com restrição de idade) O piano retrata a sofrida trajetória de Ada McGrath, uma mulher que não fala desde os seis anos de idade e se muda para a Nova Zelândia recém-colonizada. Em companhia da filha, ela conhece seu futuro marido, com o qual não simpatiza. Para piorar a situação, o noivo, Alisdair Stewart, recusa-se a transportar o piano de Ada, que é sua maior paixão. Porém, o administrador George Baines, imediatamente interessado na mulher, adquire o instrumento e promete devolvê-lo caso ela lhe ensinasse a tocá-lo. Com o tempo, as tais aulas de piano vão se tornando encontros sexuais e os dois acabam descobrindo o verdadeiro amor.
***
Gritos e Sussurros
de Ingmar Bergman
https://www.youtube.com/watch?v=ZZSvUJtuy5s
Um dos filmes mais perturbadores do mestre Ingmar Bergman, Gritos & Sussurros é apresentado, pela primeira vez no Brasil, em versão restaurada e remasterizada no formato widescreen, que resgata em todo seu esplendor a belíssima fotografia do genial Sven Nykvist, premiada com o Oscar da categoria.
Numa casa de campo, Agnes recebe, à beira da morte, os cuidados de suas duas irmãs e de uma dedicada empregada da família. Neste ambiente claustrofóbico, acompanhamos as imaginações, lembranças e frustrações destas quatro mulheres.
Indicado a 5 Oscar, incluindo Melhor Filme e Direção, Gritos & Sussurros é obra-prima de uma riqueza infinita, obrigatória na coleção de todo cinéfilo.
Numa casa de campo, Agnes recebe, à beira da morte, os cuidados de suas duas irmãs e de uma dedicada empregada da família. Neste ambiente claustrofóbico, acompanhamos as imaginações, lembranças e frustrações destas quatro mulheres.
Indicado a 5 Oscar, incluindo Melhor Filme e Direção, Gritos & Sussurros é obra-prima de uma riqueza infinita, obrigatória na coleção de todo cinéfilo.
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baseado no livro de Jorge Amado
Tieta do Agreste - Completo
https://www.youtube.com/watch?v=AvfidSyvTY0
Tieta retorna a sua terra natal, a pequena Santana do Agreste, após 25 anos de ausência. Sua volta causa certa apreensão na família, uma vez que Tieta saíra escorraçada pelo pai Zé Esteves, movido pelas intrigas de Perpétua, sua irmã mais velha.
A chegada de Tieta, rica e poderosa, põe fim aos boatos de que estaria morta e aguça a ambição não só de seus familiares - Perpétua, Zé Esteves, Elisa, Ramiro... -, mas de toda cidade.
Usando de sua influência, Tieta consegue trazer a luz elétrica a Santana do Agreste ao mesmo tempo em que se envolve num tórrido romance com seu sobrinho, o seminarista Ricardo.
A jovem Leonora, apresentada à família como enteada de Tieta, envolve-se com o secretário da prefeitura, Ascânio Trindade, num romance impossível que acabará resultando em uma nova e inesperada partida de Tieta.
A chegada de Tieta, rica e poderosa, põe fim aos boatos de que estaria morta e aguça a ambição não só de seus familiares - Perpétua, Zé Esteves, Elisa, Ramiro... -, mas de toda cidade.
Usando de sua influência, Tieta consegue trazer a luz elétrica a Santana do Agreste ao mesmo tempo em que se envolve num tórrido romance com seu sobrinho, o seminarista Ricardo.
A jovem Leonora, apresentada à família como enteada de Tieta, envolve-se com o secretário da prefeitura, Ascânio Trindade, num romance impossível que acabará resultando em uma nova e inesperada partida de Tieta.
https://www.youtube.com/watch?v=plAIvcgXZz4
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O Fantasma da Ópera - Filme completo (2004)
https://www.youtube.com/watch?v=9gJZEz1brII&index=8&list=RD4T_G20bPZqQ
La Carlotta (Minnie Driver) é a diva de uma conceituada companhia teatral, que é responsável pelas óperas realizadas em um imponente teatro. Temperamental, La Carlotta se irrita pela ausência de um solo na nova produção da companhia e decide abandonar os ensaios. Com a estréia marcada para o mesmo dia, os novos donos do teatro não têm outra alternativa senão aceitar a sugestão de Madame Giry (Miranda Richardson) e escalar em seu lugar a jovem Christine Daae (Emmy Rossum), que fazia parte do coral. Christine faz sucesso em sua estréia, chamando a atenção do Visconde de Chagny (Patrick Wilson), o novo patrocinador da companhia. O Visconde e Christine se conheceram ainda crianças, mas ele apenas a reconhece na encenação da ópera. Porém o que nem ele nem ninguém da companhia, com exceção de Madame Giry, sabem é que Christine tem um tutor misterioso, que acompanha nas sombras tudo o que acontece no teatro: o Fantasma da Ópera (Gérard Butler).
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O mundo de Sofia - filme completo
https://www.youtube.com/watch?v=tVeCiWA3I20O Mundo de Sofia (Sofies verden em norueguês) é um romance escrito por Jostein Gaarder, publicado em 1991. O livro foi escrito originalmente em norueguês, mas já foi traduzido para mais de 50 línguas, teve sua primeira edição em português em 1995, que atualmente se encontra em sua 70ª reimpressão. Somente na Alemanha foram vendidos 3 milhões de cópias.
O livro funciona tanto como romance, como um guia básico de filosofia. Também tem temas conservacionistas e a favor da ONU. Em 1999, foi adaptada para um filme norueguês; entretanto, não foi largamente publicado fora da Noruega. Esse filme também foi apresentado como uma minissérie na Austrália, se não em outros lugares. Também foi adaptado para jogo de PC pela Learn Technologies em 1998.Recentemente, em 2008 essa versão cinematográfica do livro foi lançado no Brasil oficialmente em DVD.
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Um Doce Olhar - Filme Completo
https://www.youtube.com/watch?v=h68gsvNP05MYusuf (Bora Altas) é uma criança que mora com os pais numa isolada área montanhosa. Para ele, a região de floresta torna-se um verdadeiro mistério e aventura a partir do momento em que ele acompanha o pai em um dia de trabalho. O filme acompanha sua incrível jornada pela busca de algum sentido a sua vida.
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laberinto de pasiones 1982 pedro almodovar
https://www.youtube.com/watch?v=X3Ps-9984cY
Madrid, años 80. Una ciudad incómoda, salvaje y divertida. En ella transcurre una historia de amor inusual entre una joven "erotómana" y el hijo de un emperador árabe. Ella, miembro de un violento grupo musical, y él, más preocupado por los cosméticos y los hombres que por otra cosa, son el hilo conductor de una serie de relaciones entre los personajes más dispares que se puedan encontrar. Música, violencia oral, persecuciones, pasión, sexo... y por encima de todo, el amor y sus dificultades.***
O AMOR VEM DEVAGAR - FILME LEGENDADO
https://www.youtube.com/watch?v=GR4tdSiRwsk***
23ag2009
a força da natureza
acabei de rever:
The Bear - Film by Jean-Jacques Annaud
http://www.flixxy.com/bear-animal-nature-film.htm?r=0
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10jun2009
HOME . O MUNDO É A NOSSA CASA...
5 Junho foi Dia Mundial do Ambiente
por sugestão da Susana Gonçalves
POR FAVOR VEJAM ESTE FILME E DIVULGUEM!POR SI , PELOS SEUS... POR TODOS NÓS PELO NOSSO PLANETA...
http://www.youtube.com/watch?v=tCVqx2b-c7U
http://www.youtube.com/homeproject
5 de Junho de 2009 - dia internacional do ambiente foi o escolhido para a estreia de «HOME- O mundo é a nossa Casa», um filme de Yann Arthus-Bertrand.Muito mais que um simples filme, este representa um projecto que envolverá o planeta, com a sua estreia em mais de 50 países em simultâneo...
(...)De referir que, o projecto HOME não tem quaisquer fins lucrativos sendo o seu objectivo principal, a sensibilização do maior número de pessoas para as questões ambientais eminentes.«HOME- O mundo é a nossa Casa» pretende passar uma mensagem de mudança de atitude na população, mostrar as alterações ambientais que estão a acontecer e levá-las a agir.Sob o lema «é muito tarde para ser pessimista», Yann Arthus-Bertrand mostra com o seu filme, a sua preocupação pelo ambiente e é o primeiro a lançar a pedra de um projecto a que todos deviam agarrar.O filme estará nos cinemas Lusomundo e poderá ser visto com marcação prévia durante todo o mês de Junho.
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01 de Abril de 1930: Estreia o filme "O Anjo Azul" na Alemanha
Longa-metragem de Josef von Sternberg (Der Blaue Engel, no original), a preto e branco, datada de 1930, com Marlene Dietrich e Emil Jannings nos papéis principais. O filme, baseado num romance de Heinrich Mann, conta a história de Immanuel Rath (Jannings),
um austero professor
que descobre que os alunos da sua turma frequentam um cabaret de segunda, intitulado «O Anjo Azul». A estrela principal desse
cabaret é Lola
Frohlich (Dietrich), objecto de desejo de todos os clientes que se acotovelam para adquirir um postal sensual da mesma. Numa noite em que Rath se desloca ao cabaret para surpreender
os seus alunos em flagrante delito, fica cativado pela beleza de Lola. Ambos iniciam um relacionamento amoroso e
quando a notícia chega aos ouvidos dos directores do colégio,
Rath é despedido. Depois de casados, Lola humilha frequentemente
o ex-professor, fazendo
dele seu escravo e vestindo-o de palhaço para divertir os clientes do
cabaret. Quando Rath descobre que Lola comete adultério, decide fazer justiça. Este título, talvez o mais emblemático de Josef Von Sternberg, ajudou a projectar a carreira de Dietrich que, após a distribuição internacional do filme, recebeu convites para trabalhar em Hollywood. O filme foi rodado em duas versões, uma germânica e outra inglesa. Imortalizada nos anais da História do cinema, ficaria a cena onde Dietrich, mostrando as pernas, canta "Falling in Love Again". A magnífica direcção de fotografia a preto e branco, que tão bem ilustra a decadência da moral de Rath, esteve a cabo da dupla Günther Rittau e Hans Schneeberger. Em 1959, foi feito um desastroso remake deste filme, protagonizado
por Curt Jurgens e May Britt e dirigido por Edward Dmytryk.
O Anjo Azul. In Infopédia [Em linha].
Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)
https://www.youtube.com/watch?v=3uy2lAi93l0 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/04/01-de-abril-de-1930-estreia-o-filme-o.html?spref=fb&fbclid=IwAR1O7TzdYvihfT8ENDXzssQhYaxIGV7x9OXVqsQVfeTUhGA_c9HBJOi7i3s
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https://www.youtube.com/watch?v=YEy4uuVxl2g&feature=youtu.be&fbclid=IwAR2KeWMBQijt1NsZ4Zpxfd8P2tvIByi0Vi90tTXft-aMeyPsxKHPt7nYgpg
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Retrato de M me Laclos atribuído a Alexandre Kucharski https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/10/18-de-outubro-de-1741-nasce-o-escritor.html?fbclid=IwAR0JFAjBdbWiRZJ5_TKBzFI8PF0q4t5a-tZezvXUlbhCwnX8ailvedXLPDg
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Vida Privada - Aristocracia Francesa - Século XVIII - Filme: Ligações Perigosas
Com Glenn Close
Trecho do filme: "Ligações Perigosas" (Dangerous Liaisons). Ano: 1988. Produção: EUA. Direção: Stephen Frears. Adaptação: "Les Liaisons Dangereuses" - Choderlos de Laclos.https://www.youtube.com/watch?v=YEy4uuVxl2g&feature=youtu.be&fbclid=IwAR2KeWMBQijt1NsZ4Zpxfd8P2tvIByi0Vi90tTXft-aMeyPsxKHPt7nYgpg
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18 de Outubro de 1741: Nasce o escritor francês Choderlos de Laclos, autor de "Ligações Perigosas".
Pierre Ambroise François Choderlos de Laclos passou para a história da literatura universal como o autor da obra As Ligações Perigosas.
Nasceu no dia 18 de Outubro de 1741 e morreu a 5 de Setembro de 1803.
Soldado do exército francês, Choderlos de Laclos veio a obter
reconhecimento como escritor. Aos 18 anos, Laclos optou pela carreira
militar, entrando na escola de artilharia. O tédio e a solidão nas
guarnições em cidades do interior, porém, acabaram levando-o para a
literatura. Apesar do sucesso com As Ligações Perigosas, obra
publicada em 1782, Laclos também brilhou como militar. Ele foi nomeado
general por Napoleão Bonaparte , em 1800, e participou activamente de
algumas campanhas bem-sucedidas do imperador.
O principal objectivo de Laclos com As Ligações Perigosas foi
mostrar a libertinagem da decadente aristocracia francesa no final do
século XVIII: o jogo da sedução era uma forma de diversão para os nobres
que assim tentavam escapar do tédio nos últimos anos antes da Revolução
Francesa. Este despropósito moral é, de certa forma, atenuado pelo
brilhantismo com que a obra é redigida. Ao invés de horrorizar-se com a
depravação das personagens principais, Valmont e a marquesa de Merteuil,
o leitor acaba por ficar fascinado pela precisão matemática que marca
cada etapa da intriga.
Laclos
utiliza no livro o recurso das cartas, solução tornada famosa por
Samuel Richardson, e o seu brilhantismo verbal transforma cada epístola
numa perfeita transcrição do carácter de quem a escreveu. Tão insidiosa é
essa habilidade que Cécile de Volanges permanece inexoravelmente como
uma personagem estúpida, por quem é difícil de se ter qualquer
preocupação de carácter emocional.
Além de escrever As Ligações Perigosas, Laclos produziu também outras obras. Uma delas, Uma Carta à Academia Francesa Sobre o Senhor Marechal de Vauban (1786),
causou-lhe tantos problemas que ele acabou por ser expulso do
exército. Um ano depois da revolução, em 1790, ele aceitou servir sob as
ordens do duque de Orleães e tornou-se militante do partido dos
jacobinos . Preso em 1793, durante o período conhecido como Terror,
Laclos foi libertado e detido novamente e só voltou à liberdade um ano
depois. Após a reabilitação e a promoção concedida por Napoleão, em
1800, Laclos serviu nas campanhas do Reno e da Itália. Morreu em
Taranto, em 1803.
Fontes:literatura.uol.com.br
wikipedia (imagens)
Retrato atribuído a Alexandre Kucharski
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