04/05/2014

7.955.(4maio2014.16.57') UCRâNIA...Putinices de direita e as ações concretas de neofascistas contra democratas...

***
1seTEMbro1482
Tártaros saqueiam Kiev, actual capital da Ucrânia
***
1 video que tem outra versão dos acontecimentos
oficial de Kiev é contraditado por resistentes:
https://www.youtube.com/watch?v=rrNWPJcaW58&feature=youtu.be
***
27mar1854
Reino Unido declarou guerra à Crimeia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_da_Crimeia
Guerra da Crimeia foi um conflito que se estendeu de 1853 a 1856, na península da Crimeia (no mar Negro), no sul da Rússia e nos Bálcãs. Envolveu, de um lado o Império Russo e, de outro, uma coligação integrada pelo Reino Unido, a França, o Reino da Sardenha - formando a Aliança Anglo-Franco-Sarda - e oImpério Otomano (atual Turquia). Esta coligação, que contou ainda com o apoio do Império Austríaco, foi formada como reação às pretensões expansionistas da Rússia.

Nessa guerra, foi importante o papel da marinha de corso, pela França e Reino Unido3
***
11fev2015
https://www.facebook.com/conselhopaz/photos/a.193347497352919.44079.172967316057604/924834537537541/?type=1&theater
PELA PAZ NA UCRÂNIA!

APELO A UMA SOLUÇÃO PACÍFICA E DEMOCRÁTICA PARA A UCRÂNIA E DE REJEIÇÃO DA INGERÊNCIA DA NATO

O Conselho Português para a Paz e Cooperação acompanha com profunda preocupação a situação que se vive na Ucrânia, resultante do golpe que, com o apoio político, económico e militar dos Estados Unidos da América, da NATO e da União Europeia, foi levado a cabo em 22 de Fevereiro de 2014.

Ao longo de quase um ano sucederam-se, como é conhecido, graves situações anti-democráticas e ilegítimas, designadamente a constituição de governos que incluíram e incluem elementos de extrema-direita e, mesmo, neonazis; os atentados dos grupos paramilitares de extrema-direita e neonazis do Svoboda, do Pravy Sektor às sedes de sindicatos e de partidos e forças democráticas e anti-fascistas, a perseguição e assassinato de democratas e patriotas ou a promoção da xenofobia, de divisões étnicas e da repressão pelo novo poder golpista. Esta situação levou à resistência e lutas populares nas regiões do Leste e Sul da Ucrânia, – como na Crimeia e no Donbass (Lugansk, Donetsk, Mariupol, entre outras cidades) -, de populações maioritariamente de língua russa, movidas por por sentimentos anti-fascista e patriótico. Como consequência, a população da Crimeia decidiu reintegrar a Federação Russa. E no caso do Donbass, as autoridades de Kiev responderam com uma violenta repressão militar contra as populações, provocando uma guerra civil.

A resposta das, entretanto criadas, Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk obrigaram ao recuo destes militares, mas não conseguiu impedir que milhares de civis tenham sido mortos e centenas de milhar se tenham refugiado e que inúmeras casas, bens e infraestruturas, tenham sido destruídas.

O cessar-fogo negociado em Minsk, em Setembro de 2014, foi sucessivamente violado por militares às ordens de Kiev e por mercenários dos grupos paramilitares, como o Batalhão Azov, que segundo a OSCE utilizaram, em finais de Janeiro e primeiros dias de Fevereiro de 2015, bombas de fósforo e de fragmentação - armas proibidas pelas convenções internacionais - sobre as populações da cidade de Donetsk.

Nos últimos dias têm vindo a público inúmeras, e contraditórias, posições assumidas por diversos apoiantes activos do governo de Kiev e, no dia 5 de Fevereiro, a NATO decidiu constituir uma Força de Intervenção Rápida para actuar na “Europa do Leste” constituída por 6 unidades sediadas na Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia e Bulgária, que contarão com 30 000 efectivos, 5 000 dos quais das forças especiais. Força essa que constitui uma clara ameaça para a Federação Russa e para a paz na Europa.

No dia 6 de Fevereiro, Vladimir Putin, Ângela Merkel e François Hollande reuniram em Moscovo, tendo declarado ser a via diplomática a única opção para pôr fim ao conflito na Ucrânia, mas mantendo a União Europeia – que segue os EUA - um processo de pressão e chantagem, incluindo sanções contra Rússia. Nos dia 6 e 7 de Fevereiro, na Conferência de Segurança da NATO, reunida em Munique, os Estados Unidos e o Comandante militar das forças dos Estados Unidos e da NATO na Europa, General Philip Breedlove, defenderam o reforço do apoio militar ao governo de Kiev.

Ontem, 8 de Fevereiro, a Chanceler alemã, Ângela Merkel, anunciou a realização de uma Cimeira de Alto Nível da Alemanha, Rússia, França e Ucrânia, na próxima quarta – feira 11 de Fevereiro, em Minsk (Bielorrússia), declarando ser seu objectivo discutir um conjunto de medidas que visem por fim à violência na Região do Donbass. Tendo-se deslocado, posteriormente aos EUA, para se encontrar com Obama.

Perante uma tão grave situação, como a que se vive na Ucrânia, e as ameaças à paz que ela comporta, o Conselho Português para a Paz e Cooperação reafirma que só uma solução politica que respeite a democracia, as liberdades e o direito dos povos a decidirem do seu futuro pode garantir a paz na Ucrânia e, consequentemente, na região e na Europa. Por isso, o CPPC repudia o recurso ao militarismo preconizado pela NATO e pelos Estados Unidos e exige do Governo Português uma posição consentânea com os princípios da Constituição da República.

A Direcção Nacional do CPPC
Lisboa, 11 de Fevereiro de 2015

***
Não podemos ignorar:

https://www.facebook.com/960198530674380/photos/pcb.1004527132908186/1004526976241535/?type=1&theater
***
Via resistir
http://resistir.info/ 
A razão real porque Washington se sente ameaçada por Moscovo
A OPÇÃO FALUJA NA UCRÂNIA DO LESTE
Washington precisa de uma guerra na Ucrânia para alcançar seus objectivos estratégicos. Este ponto não pode ser demasiado enfatizado.
Os EUA querem empurrar a NATO para as fronteiras ocidentais da Rússia. Querem uma ponte de terra para a Ásia a fim de espalhar bases militares estado-unidenses por todo o continente. Querem controlar os corredores de gasodutos da Rússia para a Europa a fim de monitorar as receitas de Moscovo e assegurar que o [preço do] gás continua a ser denominado em dólares. E querem uma Rússia mais fraca e instável pois assim fica mais propensa a mudança de regime, a fragmentação e, em última análise, a controle estrangeiro. Estes objectivos não podem ser alcançados pacificamente. Na verdade, se o combate acabasse amanhã as sanções seriam levantadas pouco após e a economia russa começaria a recuperar. Como é que isso beneficiaria Washington?
Não beneficiaria. Minaria o plano mais vasto de Washington de integrar a China e a Rússia no sistema económico prevalecente, o sistema dólar. Pessoas influentes nos EUA percebem que o actual sistema deve ou expandir-se ou entrar em colapso. Ou a China e a Rússia são submetidas e persuadidas a aceitar um papel subordinado na ordem global liderada pelos EUA ou a permanência de Washington como poder hegemónico global chegará a um fim.
Esta é a razão porque as hostilidades no Leste da Ucrânia escalaram e continuarão a escalar. Esta é a razão porque o Congresso dos EUA aprovou uma lei para aplicar sanções mais duras ao sector energético da Rússia e ajuda letal aos militares da Ucrânia. Esta é a razão porque Washington enviou instrutores militares para a Ucrânia e prepara-se para providenciar US$3 milhares de milhões em "mísseis anti-blindagem, drones de reconhecimento, Humvees armados e radares que possam determinar a localização de rockets e fogo de artilharia inimigo". Todas as acções de Washington são concebidas com um único propósito em mente: intensificar o combate e escalar o conflito. As pesadas perdas do inexperiente exército da Ucrânia e o terrível sofrimento dos civis em Lugansk e Donetsk não têm interesse para os planeadores de guerra dos EUA. A sua tarefa é assegurar que a paz seja evitada a todo custo porque a paz descarrilaria os planos estado-unidenses para voltar-se para a Ásia e permanecer a única superpotência mundial. Aqui está um excerto de um artigo no WSWS:
"O objectivo final dos EUA e seus aliados é reduzir a Rússia a um status empobrecido e semi-colonial. Uma tal estratégia, historicamente associada a Zbigniew Brzezinski, antigo conselheiro de segurança nacional da administração Carter, está outra vez a ser promovida abertamente.
Num discurso no ano passado no Wilson Center, Brzezinski conclamou Washington a abastecer Kiev com "armas destinadas particularmente a permitir aos ucranianos empenharem-se em eficaz guerra urbana de resistência". Em linha com as políticas agora recomendadas no relatório da Brookings Institution e outros think tanks que clamam por armas americanas para o regime de Kiev, Brzezinski pediu que providenciassem "armas anti-tanque... armas capazes para utilização em combate urbano a curta distância".
Se bem que a estratégia esboçada por Brzezinski seja politicamente criminosa – aprisionando a Rússia numa guerra urbana na Ucrânia que ameaçaria provocar a morte de milhões, se não mesmo milhares de milhões de pessoas – ela está plenamente alinhada às políticas que durante décadas ele tem promovido contra a Rússia". ( "The US arming of Ukraine and the danger of World War III" , World Socialist Web Site).
A ajuda militar não letal inevitavelmente levará à ajuda militar letal, armamento refinado, zonas de interdição de voo, assistência encoberta, mercenários estrangeiros, operações especiais e botas sobre o terreno. Já vimos tudo isso antes. Não há oposição popular à guerra nos EUA, nenhum movimento anti-guerra influente que possa paralisar cidades, ordenar uma greve geral ou desestabilizar o status quo. Assim, não há meio de travar o persistente impulso para a guerra. Os media e os políticos deram carta branca a Obama, autoridades para prosseguir o conflito como ele quiser. Isso aumenta a probabilidade de uma guerra mais vasta neste próximo Verão a seguir ao degelo da Primavera.
Ainda que a possibilidade de uma conflagração nuclear não possa ser excluída, isso não afectará os planos dos EUA para o futuro próximo. Ninguém pensa que Putin lançará uma guerra nuclear para proteger o Donbass, de modo que o valor dissuasor das armas é perdido.
E Washington tão pouco está preocupada acerca de custos. Apesar das incompetentes (botched) intervenções militares no Afeganistão, Iraque, Líbia e uma meia dúzia de outros países por todo o mundo, as acções dos EUA ainda estão a subir, o investimento estrangeiro em Títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) está em níveis recorde, a economia dos EUA cresce a um ritmo mais rápido do que a de qualquer dos seus competidores globais e o dólar subiu uns espantosos 13 por cento desde Junho último em relação a um cabaz de divisas estrangeiras. A América nada tem pago por dizimar vastas partes do planeta e matar mais de um milhão de pessoas. Por que eles iriam parar agora?
Eles não pararão, razão pela qual o combate na Ucrânia está em vias de escalar. Verifique isto do WSWS:
"Na segunda-feira, o New York Times anunciou que a administração Obama está a inclinar-se para armar directamente o exército ucraniano e as milícias fascistas que apoiam o regime de Kiev suportado pela NATO, após as suas recentes derrotas na ofensiva contra as forças separatistas pró-russas no Leste da Ucrânia.
O artigo cita um relatório conjunto emitido segunda-feira pela Brookings Institution, pelo Atlantic Council e pelo Chicago Council on Global Affairs e entregue ao Presidente Obama, aconselhado a Casa Branca e a NATO sobre o melhor caminho para escalar a guerra na Ucrânia...
De acordo com o Times, oficiais dos EUA estão rapidamente a apoiar as propostas do relatório. O comandante militar da NATO na Europa, general Philip M. Breedlove, o secretário da Defesa Chuck Hagel, o secretário de Estados dos EUA John Kerry e o chefe do estado-maior das forças armadas general Martin Dempsey todos apoiaram as discussões sobre armar Kiev. A conselheira de segurança nacional Susan Rice está a reconsiderar a sua oposição a armar Kiev, abrindo o caminho para a aprovação de Obama" ( "Washington moves toward arming Ukrainian regime" , World Socialist Web Site).
Vêem o que está a acontecer? A morte já está no molde. Haverá uma guerra com a Rússia porque é o que o establishment político quer. É muito simples. E apesar de provocações anteriores não terem conseguido atrair Putin para dentro do caldeirão ucraniano, este novo surto de violência – uma ofensiva na Primavera – está obrigado a fazer o truque. Putin não vai sentar sobre as suas mãos enquanto procuradores (proxies) armados com armas americanas e logística americana bombardearem o Donbass até chegar a uma ruína tipo Faluja . Ele fará o que qualquer líder responsável faria. Ele protegerá o seu povo. Isso significa guerra. (Ver aqui o vasto dano que a guerra proxy de Obama já fez no Leste da Ucrânia: "An overview of the socio – humanitarian situation on the territory of Donetsk People's Republic as a consequence of military action from 17 to 23 January 2015" )
Guerra assimétrica: queda dos preços do petróleo
Manter em mente que a economia russa já foi abalada pelas sanções económicas, pela manipulação do preço do petróleo e por um ataque vicioso ao rublo. Até esta semana, os media de referência afastavam a ideia de que os sauditas estivessem deliberadamente a deitar abaixo os preços do petróleo a fim de ferir a Rússia. Eles diziam que os sauditas estavam simplesmente a tentar reter "fatia de mercado" mantendo os níveis de produção actuais e deixando os preços caírem naturalmente. Mas isto eram tudo asneiradas como o New York Times admitiu finalmente na quinta-feira num artigo intitulado: "Saudi Oil Is Seen as Lever to Pry Russian Support From Syria's Assad". Aqui está um recorte do artigo:
"A Arábia Saudita tem estado a tentar pressionar o Presidente Vladimir V. Putin da Rússia a abandonar seu apoio ao Presidente Bashar al-Assad da Síria, utilizando a sua dominância dos mercados globais de petróleo num momento em que o governo russo está a cambalear devido aos efeitos da queda livre nos preços...
Responsáveis sauditas disseram – e contaram aos Estados Unidos – que pensam terem alguma influência sobre o sr. Putin devido à sua capacidade para reduzir a oferta de petróleo e possivelmente aumentos de preços... Qualquer enfraquecimento do apoio russo ao sr. Assad podia ser um dos primeiros sinais de que o recente tumulto no mercado petrolífero está a ter um impacto sobre a política global...
A influência da Arábia Saudita depende de quão seriamente Moscovo encara o seu declínio de receitas petrolíferas. "Se eles estiverem sofrendo tanto de modo a precisarem que o acordo petrolífero no imediato, os sauditas estão em boa posição para fazê-los pagar um preço geopolítico", disse F. Gregory Gause III, especialista em Médio Oriente da Texas A&M's Bush School of Government and Public Service ( "Saudi Oil Is Seen as Lever to Pry Russian Support From Syria's Assad" , New York Times )
Os sauditas "pensam que têm alguma influência sobre o sr. Putin devido à sua capacidade para manipular preços?
Isto diz tudo, não é?
O interessante neste artigo é o modo como entra em conflito com peças anteriores no Times. Exemplo: apenas duas semanas atrás, num artigo intitulado "Quem dominará o mercado petrolífero?" o autor deixou de ver qualquer motivo político por trás da actuação saudita. Segundo a narrativa, os sauditas estavam apenas temerosos de que "perderiam uma fatia de mercado permanentemente" se cortassem a produção e mantivessem preços elevados. Agora o Times fez uma guinada de 180º e aderiu aos chamados malucos da conspiração que diziam que os preços eram manipulados por razões políticas. De facto, o afundamento súbito do preço nada tem a ver com pressões deflacionárias, dinâmicas de oferta-procura ou qualquer outra superstição de forças de mercado. Foi 100 por cento político.
O ataque ao rublo também foi politicamente motivado, embora os pormenores sejam muito mais incompletos. Há uma entrevista interessante com Alistair Crooke que vale a pena ler para aqueles que estão curiosos acerca de como a "dominância de pleno espectro" ("full spectrum dominance") do Pentágono se aplica à guerra financeira. Segundo Crooke:
"... com a Ucrânia, entrámos numa nova era. Temos um substancial conflito geoestratégico a verificar-se, mas ele é efectivamente uma guerra geo-financeira entre os EUA e a Rússia. Temos o colapso nos preços do petróleo; temos as guerras de divisas; temos o "shorting" forçado – selling short – do rublo. Temos uma guerra geo-financeira e o que estamos a assistir como consequência desta guerra geo-financeira é que em primeiro lugar ela provocou uma estreita aliança entre a Rússia e a China.
A China entende que a Rússia constitui o primeiro dominó; se a Rússia cair, a China será o seguinte. Estes dois estados estão a mover-se em conjunto para criar um sistema financeiro paralelo, desembaraçado do sistema financeiro ocidental. ...
Durante algum tempo a ordem internacional estava estruturada em torno das Nações Unidas e do corpo do direito internacional, mas cada vez mais o Ocidente tem tendido a ultrapassar a ONU como instituição destinada a manter a ordem internacional e, ao invés, a confiar em sanções económicas para pressionar alguns países. Temos um sistema financeiro baseado no dólar e, embora instrumentalizando a posição da América como controladora de todas as transacções em dólar, os EUA foram capazes de ultrapassar as velhas ferramentas da diplomacia e da ONU – a fim de promover seus objectivos.
Mas, cada vez mais, este monopólio sobre a divisa de reserva tornou-se a ferramenta unilateral dos Estados Unidos – afastando a acção multilateral na ONU. Os EUA afirmam sua jurisdição sobre qualquer transacção denominada em dólar que se verifique em qualquer parte do mundo. E a maior parte das transacções de negócios e comerciais no mundo são denominadas em dólares. Isto essencialmente constitui a financiarização da ordem global. A Ordem Internacional depende mais do controle do Tesouro e do Federal Reserve dos EUA do que da ONU como antes". ( "Turkey might become hostage to ISIL just like Pakistan did" , Today's Zaman)
Guerra financeira, guerra assimétrica, guerra de Quarta Geração, guerra no espaço, guerra da informação, guerra nuclear, guerra de laser, química e biológica. Os EUA expandiram seu arsenal bem além do conjunto tradicional de armamento convencional. O objectivo, naturalmente, é preservar a ordem mundial pós 1991 (A dissolução da União Soviética) e manter a dominância de pleno espectro. A emergência de uma ordem mundial multipolar encabeçada por Moscovo coloca a maior ameaça única aos planos de Washington pela dominação contínua. O primeiro choque significativo entre estas duas visões de mundo competidoras provavelmente terá lugar em algum momento neste Verão no Leste da Ucrânia. Deus nos ajude.
Nota: As Forças Armadas da Novorússia (FAN) actualmente mantém cercados 8.000 soldados regulares em Debaltsevo, no Leste da Ucrânia. Isto é algo muito grande embora os media tenham estado (como era de prever) a afastar a notícia das manchetes.
Foram abertos corredores de evacuação para permitir a civis deixarem a área. O combate pode estalar a qualquer momento. Actualmente, aparentemente um boa parte do exército nazi de Kiev poderia ser destruído numa só tacada. Eis porque Merkel e Hollande fizeram um voo de emergência para Moscovo a fim de conversar com Putin. Eles não estão interessados na paz. Eles simplesmente querem salvar o seu exército proxy da aniquilação.
Espero que Putin possa intervir em prol dos soldados ucranianos, mas penso que o comandante Zakharchenko resistirá. Se ele deixar estas tropas irem embora agora, que garantia tem ele de que elas não voltarão daqui a um mês ou pouco mais ou menos com armamento de alto poder fornecido pelo nosso Congresso belicista e pela Casa Branca?
Contem-me: que opções Zakharchenko realmente tem? Se os seus camaradas forem mortos em futuro combate porque ele deixou o exército de Kiev escapar, quem pode ele culpar senão a si próprio?
Não há boas opções.
.por Mike Whitney, 06/Fevereiro/2015
Verifique actualizações aqui: Ukraine SITREP: *Extremely* dangerous situation in Debaltsevo
Ver também: Nuclear War and Clashing Ukraine Narratives , Robert Parry
"Social warning" from Russia: we are ready for war; are you? , The Saker
O original encontra-se em www.counterpunch.org/…/the-fallujah-option-for-east-ukraine/
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
***
avante 15jan2015
Guerra na Ucrânia
Combates enterram
cessar-fogo

Intensos bombardeamentos registados desde sexta-feira, 9, na região de Donetsk enterraram definitivamente a frágil trégua no Leste da Ucrânia e parecem confirmar os planos de Kiev para impor a solução violenta do conflito, que várias organizações dizem saldar-se já numa catástrofe humanitária.
Image 17408

O líder da República Popular de Donetsk (RPD) responsabilizou, segunda-feira, 12, o governo golpista pela ruptura do cessar-fogo e considerou que, em poucos dias, o território regressou à situação registada antes da subscrição do armistício em Minsk, capital da Bielorrússia, no início de Setembro do ano passado.

O número de vítimas resultantes do recrudescimento dos combates, ocorrido desde o final da semana passada, não é certo. Tropas fiéis a Kiev e forças antigolpistas trocam acusações de violação da trégua, de que serve de exemplo o ataque, ainda por atribuir, registado anteontem contra um autocarro a Sul da cidade de Donetsk. Dez pessoas morreram e 13 ficaram feridas.

Seguras parecem ser as informações que garantem que o fundamental dos combates se concentra em torno do Aeroporto Internacional de Donetsk. Pelo menos é o que afirma a missão de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, que num só dia contabilizou mais de 90 violações do cessar-fogo, a maioria das quais em torno daquela infra-estrutura.

As autoridades de Kiev informaram, no entanto, dia 11, que a situação de tensão estende-se também a Mariupol e Lugansk. Os antifascistas, por seu lado, denunciam a destruição de dezenas de estações eléctricas na região de Donetsk, dado confirmado, aliás, por um dirigente mineiro local, que no domingo, 11, revelou que 331 mineiros ficaram bloqueados durante várias horas na mina de carvão de Zasyadko em resultado a interrupção do fornecimento de energia.

Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo afirmou deter informações de que a junta fascista ucraniana pretende impor a solução violenta do conflito, e referiu-se aos planos de mobilização de dezenas de milhares de efectivos por parte de Kiev.

As acusações de Sergei Lavrov têm ainda como pano de fundo a canalização de milhões de dólares para a produção de novos blindados e mísseis, e para a modernização dos aparelhos ao serviço da força aérea da Ucrânia, facto atestado por recentes visitas do presidente golpista, Petro Poroshenko, às fábricas encarregadas das encomendas.

Catástrofe humanitária

Paralelamente, as Nações Unidas actualizaram os dados que reflectem as consequências da guerra contra o Leste da Ucrânia. Desde Abril de 2014, morreram no território mais de 4800 pessoas, cerca de 11 mil ficaram feridas e mais de 1,2 milhões refugiaram-se noutras zonas do país ou no estrangeiro, sobretudo na Rússia.

Daria Morozova, responsável pela comissão do Direitos Humanos da RPD, precisou, por seu lado, que os danos materiais ascendem, só em Donetsk, a pelo menos 52 milhões de dólares. Na cidade, 4472 edifícios habitacionais, 445 estações ou secções electrotransmissoras, e 136 instalações energéticas foram destruídas pelos bombardeamentos de Kiev, adiantou ainda.

Cerca de 30 estações elevatórias foram igualmente danificadas, assim como 1469 estruturas de gás, 11 sistemas de tratamento de águas residuais, 50 hospitais e centros de saúde, 209 escolas e outras instituições de educação e cultura em toda a região, detalhou Morozova.
*
PCP questiona milhões
da UE para a Ucrânia
A UE tem apoiado fortemente a Ucrânia, concedendo, em 2014-2015, um valor global de 1620 milhões de euros, e, agora, preparando-se para desembolsar um novo empréstimo de 1,8 mil milhões.

«De acordo com os tratados, a assistência macrofinanceira (AMF) é de natureza excepcional e existe para ajudar os países que lidem com graves dificuldades na sua balança de pagamentos. Como medida de assistência de emergência, não se deveria fornecer apoio regular para o desenvolvimento económico e social», mas, «de acordo com o memorando de entendimento [subscrito com a Ucrânia], está em causa muito mais do que um apoio à correcção dos desequilíbrios externos da economia ucraniana», notou o deputado do PCP no Parlamento Europeu, Miguel Viegas, que em pergunta dirigida à Alta Representante do Conselho Europeu pretende por isso saber «como avalia a realização de mais um empréstimo que extravasa claramente as regras previstas no quadro do AMF».

O eleito comunista confrontou, noutra pergunta, a Alta Representante com o facto de «o respeito pelos direitos humanos, bem como a existência de mecanismos democráticos e de um Estado de Direito» serem «pré-condições para a concessão de AMF».

Assim, e considerando que «o governo ilegítimo da Ucrânia integra grupos políticos de cariz fascista, como é o caso do Svoboda», e que, «para além de promover o bombardeamento de populações civis indefesas, tem dado cobertura a medidas profundamente antidemocráticas, entre as quais emerge a tentativa de ilegalizar o Partido Comunista da Ucrânia e banir todos os símbolos a ele associados», Miguel Viegas pretende saber que avaliação faz a responsável aos referidos empréstimos, os quais «colidem claramente com as regras previstas no AMF, particularmente no que toca aos direitos humanos», precisou.

À Comissão Europeia, Miguel Viegas solicitou, por fim, «toda a informação relevante» relativa aos dois créditos em curso, «designadamente aos montantes pagos, maturidades e juros, garantias, bem como aos eventuais reembolsos por parte do governo ucraniano».
***

https://www.facebook.com/960198530674380/photos/a.960209104006656.1073741828.960198530674380/974725729221660/?type=1&theater
DE REFORMAS EM RENÚNCIAS, O MOLHO AMERICANO ESPALHA-SE SOBRE A UCRÂNIA

A nova ministra ucraniana das Finanças, Natalie Jaresko, formulou as primeiras linhas de orientação no que diz respeito à optimização da despesa pública. O esquema apresentado ao chefe do governo prevê o abandono dos cuidados médicos gratuitos, do ensino gratuito e de outros benefícios sociais. E isto é apenas o início da americanização da Ucrânia.

A americanização da Ucrânia

Vale a pena lembrar que os direitos dos cidadãos a estas prestações gratuitas são garantidos, sob certas condições, à maioria dos cidadãos da União Europeia, da qual a Ucrânia pretende sempre aproximar-se. Lembremos também que se tratava de conquistas do comunismo das quais os habitantes da ex-URSS – e nomeadamente os Ucranianos, sem excepção, fossem ou não russófonos – beneficiaram durante quase um século.

Agora, entretanto, tornou-se demasiado dispendioso educar e cuidar dos Ucranianos, decidiu a ministra das Finanças. Para tal fim terão de passar a dirigir-se a instituições privadas pagas (supondo que no estado de descalabro em que se encontra actualmente a Ucrânia ainda restam algumas em condições de funcionamento). Mas o programa da ministra não fica por aí. Alinha com o conjunto dos programas que a troika de Bruxelas tenta, não sem resistência, impor à Grécia (e talvez à França se esta persiste em “não querer empreender reformas”): privatização do conjunto dos serviços públicos e dos grandes equipamentos, apelo aos investidores internacionais (entre os quais os famosos fundos abutres americanos que arruinaram a Argentina) a que preencham esse espaço, eliminação sistemática de todas as barreiras de protecção aduaneiras e regulamentares.

Para além disso a privatização, na Ucrânia, conduziu à substituição do essencial das forças armadas, mal equipadas e pouco inclinadas a combater contra os Ucranianos do leste, por mercenários privados. É verdade que na sua maioria pesam pouco no orçamento de Kiev, uma vez que são financiados por dólares americanos canalizados através de complexos atalhos (a diplomacia dos serviços secretos e dos dólares através da qual Washington tem sempre conduzido as revoluções coloridas, que tanta satisfação têm proporcionado a grandes democratas europeus, como o inefável Bernard Henry Lévy).

Registemos entretanto que, num país normal, tais complexos atalhos se aparentariam à corrupção, corrupção contra a qual o presidente Petro Poroshenko proclamou alto e bom som que iria conduzir uma luta implacável, inspirando-se nos “exemplos estrangeiros”.

Dois ministros americanos no governo ucraniano. Porque não três, ou mesmo mais?
Não deve ser necessário recordar que Natalie Ann Jaresko, nascida a 24 de Abril de 1965 em Chicago (Illinois, EUA) é uma política americana de origem ucraniana, directamente saída de Wall Street. Diplomada pela Universidade de Harvard e pela universidade de Chicago, ocupou diversos cargos no Departamento de Estado dos EUA, o último dos quais o de chefe da secção económica da embaixada dos EUA na Ucrânia. É co-fundadora e directora-geral dos fundos de investimento Horizon Capital. Para poder exercer as funções de ministra das Finanças sem dar lugar a muito falatório, acaba de lhe ser expeditamente atribuída a nacionalidade ucraniana.

Não está só. Petro O poroso nomeou igualmente ministro da Saúde um certo Alexandre Kvitashvili, consultor americano de origem georgiana de diversos organismos internacionais para as áreas da saúde. Acaba também de lhe ser atribuída nacionalidade ucraniana. Poderá ser um útil conselheiro da sua compatriota (duplamente compatriota, americana e a partir de agora ucraniana) acerca da melhor forma de eliminar serviços públicos de saúde (tal como o fez anteriormente em África, com grande proveito para o vírus Ébola) melhorando ao mesmo tempo o nível sanitário da população.

Sugerimos que pelo menos uma terceira personalidade americana, vinda desta vez directamente do Departamento de Estado, seja nomeada para as funções de ministro dos Negócios Estrangeiros. Desse modo a ligação entre os dois governos seria ainda mais fluída.

Marie Harf, a porta-voz do Departamento de Estado americano, desmentiu vigorosamente os rumores, que classificou de ignóbeis, segundo os quais o dito departamento de Estado e nomeadamente o seu chefe John Kerry teria desempenhado um papel, ainda que ínfimo, nestas nomeações.

É certo que Kerry não é visto em Kiev há pelo menos… 24 horas, ocupado como andou em revigorar a cada vez mais claudicante vontade dos governos europeus de prescindirem do gasoduto South Stream. Estes governos, vá-se lá saber porquê, parecem não acreditar que as importações de gaz de xisto liquefeito oriundas dos EUA poderiam facilmente substituir o gás russo.

Jean-Paul Baquiast
http://www.vineyardsaker.fr/2014/12/10/de-reformes-en-renoncements-la-sauce-americaine-setale-sur-lukraine/#more-8717
Fonte: odiário.info

***
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=767905516617417&set=a.102542856487023.5267.100001939272155&type=1&theater
Entretanto, anteontem, 23dez2014, em Karkov, na Ucrânia, neonazis do Sector Direito colocaram Vladimir Skorobagach, um deputado municipal, no caixote do lixo.
O verdadeiro espírito natalício lá por aquele país que mete nojo
***

Ucrânia – retrato de um golpe de estado - Revanchismo neofascista e agenda imperialista

***
Ucrânia: motivação para matar!
– Novo "presidente" paga a combatentes 16 vezes mais que o salário médio ucraniano.
por Anna News
"A fim de melhorar a motivação" (sim, estas são as palavras exactas) e de acordo com a promessa eleitoral do oligarca Poroshenko, Mikhail Koval, ministro da Defesa da junta, anunciou que o regime de Kiev está a aumentar o pagamento aos seus combatentes que vêem a população anti-fascista e pró russa como "terroristas" para 20 mil hrivnyi por mês, o que corresponde a cerca de US$1.700.
Na Ucrânia esta remuneração é como uma chuva de ouro (embora sangrento). Os salários médios ali são cerca de US$100 por mês e aos soldados conscritos é pago a metade disto.
Este "impulsionamento" à motivação para matar e morrer por oligarcas, por bandidos bandeiristas e pela NATO está de acordo com o carácter e a mentalidade de oligarcas.
Suponho que os custos deste aumento (incrível numa Ucrânia devastada pelos mesmos oligarcas) seja pago pelos mesmos empréstimos do FMI e outros créditos ocidentais. Por outras palavras, o FMI e banqueiros ocidentais estão agora a financiar abertamente uma guerra contra a Rússia e contra milhões de pessoas na Ucrânia. Não é preciso dizer que os milhares de milhões de gás russo não pago têm sido utilizados não só para aumentar a riqueza dos oligarcas anti-russos e pró fascistas na Ucrânia (como no passado), mas agora também, como declarado reiteradamente pelos representantes da junta, para "exterminar todos os terroristas" – quer armados, quer desarmados, guarnecendo uma barricada ou sentados numa escola ou numa ambulância.
A diferença entre a junta actual, com o seu novo "presidente" Poroshenko como sua figura de proa formal, e os anteriores governos oligárquicos ucranianos é a decisão estratégica da NATO e dos oligarcas de dar o comando e o controle sobre todas as forças de segurança a militantes fascistas liderados pelo Right Sector (anteriormente e ainda apoiado por apenas 1% da população), enquanto lança uma guerra sobre qualquer um que não compre esta nova ditadura fascista e sua campanha da assassínio.
30/Maio/2014
O original encontra-se em anna-news.info/node/16587 e a versão em inglês emwww.globalresearch.ca/...
***


PARTILHA NÃO PODEMOS CONSENTIR A BARBÁRIE.
A violência assola o povo Ucraniano que não aceita um regime NAZI. Após a eleição do novo presidente os ataques militares a civis têm sido um verdadeiro genocídio. Mas a nossa comunicação social fiel aos interesses financeiros da UE e dos EUA, não se interessa em divulgar as imagens dos ataques militares por terra e por ar a civis desarmados a crianças e a trabalhadores que dizem não ao fascismo.. Os videos podem chocar pessoas mais sensíveis.
***
28ab2016
Nazi-fascismo à solta
Ucrânia submersa pelas trevas

O massacre na Casa dos Sindicatos de Odessa foi emblemático do curso imposto na Ucrânia após o golpe de Estado de Fevereiro desse ano e da ascensão das forças nazi-fascistas com o apoio dos EUA e da UE.
http://www.avante.pt/pt/2213/internacional/140152/


Os acontecimentos ocorridos a 2 de Maio de 2014 contêm elementos que emergiram na sequência da captura do poder pela oligarquia aliada do imperialismo: o terrorismo como política de Estado deixando um rol de vítimas civis (cerca de 40, incluindo idosos e mulheres); traços de barbárie no ataque selvático dirigido a comunistas e antifascistas e às organizações populares; comprometimento da «comunidade internacional» face à tradução material dos profundos retrocessos antidemocráticos observados no país nos meses precedentes, e impunidade dos bandos criminosos e nazi-fascistas.
O responsável operacional do massacre em Odessa terá sido o comandante das chamadas forças de defesa da Maidan, praça do centro de Kiev onde tudo começou e, por isso, local a que tem de se regressar para situar o contexto em que sucedeu a matança de Odessa, faz na próxima segunda-feira dois anos.
Com efeito, a Maidan, assentando em factores de descontentamento e em reais aspirações a melhores condições de vida por parte de sectores e camadas populares ucranianas – como aliás foi desde o início da «crise na Ucrânia» sublinhado pelo PCP –, foi um protesto manipulado e rapidamente subvertido. A recusa do então governo de Kiev, liderado por Viktor Ianukovich, em concluir o acordo de associação com a UE desencadeou a fase final do longo caminho de intromissão externa e subversão com o objectivo de fazer capitular a Ucrânia.
Ao partido que se reclama herdeiro do legado do colaboracionista nazi Stepan Bandera, o Svoboda (já então legal e com forte representação parlamentar), o imperialismo juntou na Maidan grupos de marginais e delinquentes sob a bandeira do ultra-nacionalismo, caso do Sector de Direita, organização paramilitar que viria a constituir a espinha dorsal da futura Guarda Nacional, a qual funcionou como corpo expedicionário repressivo dos democratas e antifascistas do Leste da Ucrânia, particularmente o famigerado Batalhão Azov, facção de um proselitismo nazi-fascista descarado.
Ingerência aberta
Figuras políticas da «Revolução Laranja» realizada no início do século XXI (2004-2005) na Ucrânia e novos actores «políticos», uns afivelados a Berlim (um ex-pugilista e líder do partido nacionalista Udar), outros a Washington (o recentemente demitido primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Iatseniuk, e os partidários da ex-primeira-ministra «laranja» Iúlia Timochenko), uniram-se à tropa de choque que ocupou o centro político e administrativo de Kiev até ao assalto ao poder, consumado a 24 de Fevereiro de 2014.
Pela Maidan também passaram grados responsáveis dos EUA e da UE. O senador norte-americano John McCain (que mais tarde viria a ser nomeado conselheiro do actual presidente ucraniano, Petro Porochenko, tal como outros políticos estrangeiros, caso do ex-presidente da Geórgia Mikail Shachashvili), que discursou e elogiou nazi-fascistas declarados. O mesmo fizeram Victória Nuland, subsecretária do Departamento de Estado dos EUA, e a baronesa Catherine Ashton, então responsável pela política externa da UE. Nuland ficou famosa pela confissão de que os norte-americanos já haviam investido cinco mil milhões de dólares para transformar a Ucrânia num território vassalo. Ashton, por seu lado, permanece para a posteridade pela indiferença manifestada quando o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia lhe relata que a matança na Praça Maidan, horas antes da concretização do golpe de Estado e prontamente atribuído ao desorientado e hesitante governo de Ianukovich, havia sido, afinal, perpetrado pelos paramilitares golpistas. Alegadamente sob orientação no terreno daquele que viria a liderar o massacre na Casa dos Sindicatos de Odessa, meses depois. 
  
Guerra quente
Se há um antes do assalto à Casa dos Sindicatos de Odessa, há também um depois. Logo após o golpe de Estado, na Crimeia levanta-se o clamor democrático e patriótico. Em referendo, a população da península decide reintegrar a federação Russa, concretizando uma aspiração já antes afirmada. Acresce o rebentamento de insurreições antifascistas no Leste (especialmente na bacia do Rio Don) com a constituição de poderes locais próprios que ainda hoje reclamam a tradução constitucional dessa autonomia. Bruxelas impõe sanções económicas à Rússia que só não têm tido nefastas consequências para os EUA.
Pela primeira vez desde as guerras de divisão da Jugoslávia e da agressão «humanitária» da NATO à ex-Jugoslávia, os combates regressam à Europa. Kiev, financiada pelos EUA, que aprovam sucessivos pacotes financeiros para apoio não-letal e letal, sobretudo, mas usando também armas da NATO, lança uma ofensiva fratricida sobre o Donbass no contexto de uma campanha xenófoba russofóbica. O director da CIA e o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, estiveram com o governo golpista antes do ataque e deram luz verde.
Cidades, vilas e aldeias são bombardeadas com munições pesadas e proibidas (bombas de fragmentação) durante meses. Registam-se avanços e recuos e os contra-golpistas resistem. Números oficiais indicam que mais de nove mil ucranianos tombaram no Leste. Cerca de milhão e meio refugia-se em território russo. Magnatas contratam mercenários e formam exércitos privados.
Um avião da companhia aérea malaia é derrubado em Julho de 2014 e o atentado é atribuído aos antifascistas apoiados por Moscovo, que nega e prova a falsidade da acusação. A Rússia é titulada de invasor e agressor, de apoiante do terrorismo. Quanto às recentes suspeitas de trânsito de extremistas islâmicos (da Frente al-Nusra, em acção na Síria, por exemplo) e armamento para estes pela Ucrânia, o assunto tem sido abafado.
O clima de guerra fria estava ao rubro e a Aliança Atlântica avançou noutro dos propósitos da «rebelião da Maidan»: justificar o reforço da presença militar junto às fronteiras da Federação Russa, intensificando posições e meios (contingentes humanos, aparelhos de combate terrestres e aéreos, ofensivos e logísticos) e realizando poderosos exercícios militares.
O conflito no Donbass não se resolve pelas armas e desde Fevereiro de 2015 persiste uma frágil trégua (negociada em Minsk, na Bielorrússia) que é permanentemente violada.
Fascização
Na Ucrânia, a guerra contra as populações do Leste do país é acompanhada por uma campanha antidemocrática de vultuosas proporções. Antifascistas são executados e centenas de democratas são presos. Manifestações e protestos são reprimidos com violência pelas hordas nazi-fascistas, as oficiais e as paralelas. O exercício do poder (autárquico, regional, judicial) e a liberdade de expressão são condicionados. As eleições, da designação do «rei do chocolate», Petro Porochenko, para presidir à Ucrânia, às legislativas, são uma caricatura que o Ocidente titula de «transparentes».
A ideologia comunista, o período soviético e os respectivos símbolos, o passado heróico de resistência ao invasor alemão são criminalizados pelo parlamento quando se celebrou 70 anos da derrota do nazi-fascismo. O Partido Comunista da Ucrânia e outras forças democráticas foram ilegalizados, as suas sedes são assaltadas e dirigentes do partido são perseguidos. Estátuas e monumentos aos fundadores da URSS, aos antifascistas e à democracia são vandalizados, ao passo que as organizações e os milicianos nazi-fascistas recriam desfiles laudatórios do holocausto e do nazi-fascismo e os seus fundadores e inspiradores ucranianos são glorificados como heróis nacionais pelas autoridades.
A situação económica e social degrada-se permanentemente e vastas camadas populares hoje amaldiçoam a Maidan, vendo e sentindo que a fascização tem sempre por objectivo vergar os trabalhadores a mais subjugação de classe e nacional.

PCP sempre solidário
Injustamente acusado de não defender a democracia e os direitos humanos, o PCP tem na Ucrânia um entre outros exemplos da forma como não regateia esforços, com verdade e coerência, na defesa daqueles valores. O Partido alertou desde sempre para os perigos contidos nas movimentações da Maidan e nunca veiculou apreciações fantasiosas sobre o curso dos acontecimentos e os seus propósitos. Para o Partido, as concentrações e o ulterior derrube do governo ucraniano por um golpe de Estado e a subjugação da Ucrânia aos EUA e à UE, nunca foi uma «primavera árabe» que chegou à Europa ou uma «revolução popular» para derrubar o «regime de Ianukovich»; a campanha punitiva no Leste do país decorreu no quadro da instigação de um conflito com a Rússia e de promoção da xenofobia russofóbica; a vaga antidemocrática de cariz nazi-fascista caracterizada pelo anticomunismo mais primário e agressivo nunca esteve em dúvida na medida em que a realidade a confirmou dramaticamente.
Para o PCP, o golpe de Estado, nos seus contornos e apoios, mostrou que os acontecimentos foram sempre controlados no ritmo e conteúdos visando a instalação do poder dos oligarcas associados ao imperialismo; que a junta nazi-fascista foi testa-de-ferro para o desencadeamento de uma ofensiva destinada a vergar a Ucrânia, provocar dano económico à Rússia e reforçar o cerco militar da Federação Russa pela NATO; que a o anticomunismo latente é sempre antidemocrático e que o branqueamento e revisão da história subjacentes representam uma profunda ameaça para os povos, tendo, nesse sentido, o PCP expresso isso mesmo em comunicados a propósito do agravamento da situação na Ucrânia.
Na Assembleia da República, em Julho de 2014, o PCP apresentou um voto de condenação da situação na Ucrânia e de solidariedade para com o povo ucraniano. Antes, porém, aquando da tomada do poder pelos golpistas nazi-fascistas, no final de Fevereiro de 2014, o Partido apresentou no parlamento um voto de condenação rejeitado por PSD, CDS e PS, e votado favoravelmente por PCP e PEV. O BE absteve-se.
No Parlamento Europeu, os deputados eleitos pelo PCP destacaram-se na denúncia da situação na Ucrânia colocando às instâncias europeias várias questões, por exemplo sobre os apoios concedidos àquele país e sobre o acordo de livre comércio entre Bruxelas e Kiev, considerando os crimes e a deriva nazi-fascista.
Quanto ao massacre de Odessa, no 1.º de Maio de 2015, quando se cumpriu um ano sobre o sucedido, o PCP associou-se à comemoração promovida pelo Partido Comunista Ucraniano e pela Associação de Veteranos da Grande Guerra Pátria e marcou presença nas celebrações do Dia do Trabalhador através do deputado ao Parlamento Europeu João Ferreira.
http://www.avante.pt/pt/2213/internacional/140152/
***
mar2018
NADIA SAVCHENKO PÕE A BOCA NO TROMBONE
Para entender cabalmente o artigo que se segue, o leitor deverá ter em conta três aspectos. O primeiro é que desde os velhos tempos da Guerra Fria, que ainda não acabou, a Rádio Europa Livre (Radio Free Europe), de onde procede a informação (*), é uma emissora da CIA dirigida contra os países do Leste da Europa.
A segunda é que a página da web Mirotvorets (“partidários da paz” em ucraniano) foi hospedada num servidor da NATO. Era director o deputado e conselheiro do ministro ucraniano do Interior, Anton Guerashenko, e divulgava as coordenadas dos russos na Síria com o objectivo de os jihadistas os localizarem e os assassinar.
A terceira é apresentar-lhes Nadia Savchenko, a quem chamam de “Joana d’Arc” ucraniana porque interveio no assassinato de dois jornalistas russos na Ucrânia pelo método Mirotvorets (“partidários da paz dos cemitérios”).
Savchenko foi detida na Rússia, condenada e libertada graças a um intercâmbio de presos de Donbass em Maio de 2016. Em Kiev receberam-na com um banho de multidão, nomearam-na deputada e tem sido presença habitual nas primeiras páginas dos jornais ucranianos.
Ao contrário do que se esperava, em Kiev, as suas declarações soam cada vez pior, ao defender uma solução negociada para a Guerra de Donbass.
Agora, o procurador-geral Yuri Lutsenko solicitou à Rada (Parlamento) que lhe retirasse a imunidade para encarcerá-la devido às suas últimas declarações em que admitiu que aqueles que dirigiram os atiradores que dispararam na Praça Maidan em 2014 eram altos funcionários do actual governo de Kiev.
Por outras palavras e como já sabíamos, o governo de Kiev são um bando de assassinos, da mesma forma que os chefes da NATO que dirigem os seus passos.
O procurador-geral ucraniano quer detê-la e, se isso acontecer, perderá a máxima condecoração ucraniana que lhe puseram ao peito e já não voltará a ser “Joana d’Arc” porque os seus carcereiros não são russos. Para ser um herói há que ser um russófobo militante e Savchenko é agora acusada do contrário. É uma “agente de Putin”: lavaram-lhe o cérebro quando esteve presa na Rússia.
A heroína ucraniana assegura que informou quem continua a investigar a matança de Maidan, mas que as suas declarações não serviram para nada, o que é normal porque é a raposa que cuida do galinheiro: em 2014 foi o próprio procurador-geral Lutsenko quem anunciou aos manifestantes de uma tribuna que as armas estavam a chegar.
Nesse momento Savchenko estava na Praça, ouviu e viu que de imediato chegou gente armada num camião azul, acrescentando que esses assassinos estão actualmente a ocupar o seu lugar na Rada, incluindo o presidente Andri Paruby, que conduzia um dos veículos que transportavam os atiradores para o Hotel Ucrânia de onde partiram os tiros.
Depois de ter feito estas declarações, Savchenko corrigiu-se, dizendo que quem conduzia não era Andri Paruby mas Serguei Pashinsky, que era e continua a ser deputado. Não obstante, disse Savchenko, Paruby foi um dos comandantes que dirigiu a matança da Praça Maidan.
Há uma foto que confirma as declarações de Savchenko. Nela aparece Pashinsky evacuando os atiradores do hotel.

(*
Foto de CAFÉ CENTRAL.
https://www.facebook.com/960198530674380/photos/a.960209104006656.1073741828.960198530674380/2028446567182899/?type=3&theater
***
Via face18maio2014

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=642834435791193&set=a.102542856487023.5267.100001939272155&type=1&theater
"Aqui está ele (com a sua mentora, a rainha do gás), o auto-proclamado Presidente da Ucrânia, e do Parlamento, Oleksandr Turchynov, que, hoje, num grande assomode democracia à moda nazi de Kiev deixou falar Petro Simonenko (deputado do PCU) durante 3 minutos e lhe retirou a palavra porque este disse que o Chefe da Polícia de Mariupol foi executado por se recusar a usar armas contra civis desarmados. O Turchy não só lhe retirou a palavra como lhe disse que era mentiroso e acusou de não ter consciência nem honra, para logo de seguida pedir a ilegalização do PC Ucraniano ao Supremo Tribunal. Isto não lembra os anos 30, num país começado pela letra A?"

***
via avante 15maio2014
Crise na Ucrânia
EUA apostam na barbárie

O Departamento de Estado norte-americano planeia reorganizar o Sector de Direita (SD), organização neonazi que está na dianteira da ofensiva criminosa no Leste da Ucrânia, onde a população rejeita viver sob o jugo fascista.

Uma investigação do jornal Izvestia relata que, no final do passado mês de Abril, um dirigente do SD esteve mesmo em Washington a negociar a proposta de reorganização do SD, avançada, em primeira mão, pela subsecretária dos EUA, Victoria Nuland. O periódico, que tem entre as suas fontes um alto funcionário do Ministério do Interior russo, garante igualmente que os EUA têm preparado um pacote financeiro de 10 milhões de dólares para ajudar na consolidação do partido político em todo o território, exigindo, como contrapartida, que o SD desarme as suas milícias após a realização das «eleições» na Ucrânia, agendadas para 25 de Maio.
O plano de reconfiguração da organização só não terá ainda avançado devido à exposição do SD na matança ocorrida em Odessa, no passado dia 2 de Maio, da qual resultaram cerca de 100 mortos e dezenas de feridos.
Aos EUA não incomoda que o SD seja neonazi, tanto mais que não levantou qualquer obstáculo ao seu envolvimento no derrube das autoridades ucranianas, pelo contrário, nem tem repudiado o papel que desempenham os militantes nazi-fascistas na vaga criminosa em curso contra o Leste da Ucrânia.
Informações difundidas por agências noticiosas indicam que a Guarda Nacional, (cuja espinha dorsal do batalhão já formado e da nova unidade de combate em formação são membros do SD, conforme estava previsto), está na dianteira da ofensiva sangrenta que, por estes dias, ocorre em cidades como Mariupol, Slaviansk ou Krasnoarmeisk. Ataques que estarão a ser realizados, ainda, com contingentes das forças armadas ucranianas, e com mercenários da ex-Blackwater, revelaram, por seu lado, meios de comunicação social germânicos.
No Leste da Ucrânia, a população das regiões de Donetsk e Lugansk sufragou, domingo, 11, a proposta secessionista dos antigolpistas. No Baixo Don rejeitou-se, sobretudo, viver sob o jugo fascista. As autoridades de Donetsk e Lugansk mostram os resultados da atribulada consulta para se legitimarem e reiterarem a declaração de independência.
A Rússia insistiu, entretanto, que Kiev tem de negociar com os separatistas do Leste e aceita o roteiro de diálogo proposto pela OSCE, sublinhando que só pelo diálogo é possível travar a escalada do conflito, mas os golpistas recusam e seguem o guião da confrontação, que os factos denunciados evidenciam servir os propósitos imperialistas.
****
Há que procurar OUTRA informação
http://resistir.info/ 
http://odiario.info/
**
2maio 2014
40 pessoas queimadas vivas...2centenas de feridos...odESSA...Casa sindical...Grande maioria comunistas e outros partidos d'esquerda...

Putin e os direitinhas dele por um lado...
Na luta mais dura...Na Europa que devia ser dos Povos...

Quem fechou as portas e outras saídas? Pró-nazis da actualidade que estão no governo e qu'estiveram no golpe de Kiev...
ARREPIAAAA...
Factos que fazem lembrar actos nazis...
Os "democratas" da UEuropeia (Nato.EUA) apoiam 1 governo golpista, que tem o SD  e outros grupelhos fascistas...

Não é só em Portugal que a luta está duríssima...
Em todo o mundo há focos perigosos...

Em África há zonas tenebrosas...Na Síria em que os golpistas são apoiados pelos "democratas ocidentais"...
Os cristãos estão a ser dizimados pelos fundamentalistas islamitas...

O comportamento da comunicação social é impressionante...
**
PCP.5.5.2014

Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Sobre o agravamento da situação na Ucrânia


O PCP expressa a sua preocupação perante o agravamento da situação na Ucrânia, resultante do golpe de estado de Fevereiro e marcada pela escalada de violência e repressão política e xenófoba promovida pelos sectores mais reaccionários da oligarquia ucraniana e por forças de natureza fascista e nazi, com o apoio dos EUA, da UE e da NATO.
O PCP alerta para as graves consequências do recurso à força militar – nomeadamente nas regiões do Leste da Ucrânia –, para reprimir o movimento de protesto e oposição popular ao regime golpista ilegítimo e às medidas de cariz opressivo e xenófobo que este tenta aplicar, a que acresce a imposição do pacote de saque económico e de cortes sociais acordado com o FMI, fomentando profundas divisões no País.
O PCP sublinha a responsabilidade dos EUA, da UE e da NATO no agravamento da situação na Ucrânia. Denuncia a profunda hipocrisia e cumplicidade do imperialismo perante a onda de provocações, de instigação à violência, de violações de liberdades e direitos e de crimes perpetrados pelas forças ultranacionalistas e fascistas neste País, de que é exemplo a chacina ocorrida a 2 de Maio em Odessa de que foram vítimas cidadãos que se opõem às forças e ao poder golpista. Chama a atenção para os imensos perigos que decorrem da impunidade destes crimes e dos seus autores, impunidade que como a história já se encarregou de provar pode ter consequências dramáticas para os povos do Mundo.
O PCP denuncia a crescente deslocação de meios e efectivos militares da NATO para a Europa de Leste que, num quadro de escalada de tensão e de confrontação com a Federação Russa, poderá ter graves implicações para a paz e a segurança nesta região.
O PCP defende a procura de uma solução política para a presente crise na Ucrânia que deverá passar pelo reconhecimento do carácter ilegítimo do poder golpista e pela instauração de um real processo de diálogo que atenda as legítimas e justas reivindicações das populações.
O PCP condena a campanha repressiva e anticomunista promovida pelas forças golpistas e reafirma a sua solidariedade aos comunistas ucranianos perante os ataques e a ocupação e destruição de sedes e bens de que o Partido Comunista da Ucrânia tem sido vítima. O PCP denuncia e exige a imediata cessação das ameaças e iniciativas que visam limitar a actividade e ilegalizar o Partido Comunista da Ucrânia, bem como de outras forças democráticas.
Exigindo do governo português uma postura consentânea com a Constituição da República e o não envolvimento em manobras de ingerência na Ucrânia, o PCP reafirma a sua solidariedade com os trabalhadores e o povo ucranianos e as suas profundas aspirações a uma Ucrânia livre da ameaça fascista e da ingerência imperialista, soberana, independente e próspera, de paz, democracia e progresso social.
**
outra versão do que se passa
NÃO VIRES A CARA: VÊ O VÍDEO! (através do Luís):
Tal como na década de 30 na Alemanha nazi, hoje na Ucrânia HORDAS FASCISTAS crescem como cogumelos…fazem raids na rua e agridem todos quanto podem em claro clima de intimidação…parece deja vu.
Desde manifestações de encapuçados que gritam Heil a Bandera, Hitler e outros criminosos de guerra até ao cerco de um sindicato com comunistas lá dentro, até à perseguição de outros democratas nas ruas.

ABRE OS OLHOS!
Aqueles que ignoram são da mesma estirpe dos que ignoraram na Alemanha nazi: CÚMPLICES!
Perante o fascismo não pode haver posição neutral!
https://www.youtube.com/watch?v=NKuDzXAgdf4&oref=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DNKuDzXAgdf4&has_verified=1
Publicado em 04/05/2014
[Exclusive footage] Rebirth of Fascism. U.S. warmongers along with EU/NATO politicians have installed (through violent, artificial revolution) a pro-fascist government in Ukraine and are now trying to start a civil war within the country.
**
a versão TVI
http://www.tvi24.iol.pt/videos/video/14133681/1

Kiev e Moscovo trocam acusações sobre violência em Odessa

Na Ucrânia, o Governo e Moscovo continuam a troca de acusações sobre os incidentes em Odessa, que provocaram mais de quatro dezenas de mortos. Kiev culpa a inação das autoridades e o patrocínio de provocadores por parte da Rússia. O Kremlin, por seu lado, exige o fim das operações militares no leste, onde a situação é cada vez mais tensa
2014-05-04
**
http://manifesto74.blogspot.pt/2014/05/a-hora-e-de-muita-dor-e-solidariedade.html#more

a hora é de muita dor e solidariedade



Ontem à noite, em Odessa, Ucrânia, foram massacradas 38 pessoas que se refugiavam da fúria nazi do Praviy Séktor e de outras ordas ao serviço do governo de Kiev. Estas pessoas, a maior parte delas de organizações de esquerda, como o Partido Comunista Ucrâniano ou o Borotba, foram cercadas no interior da Casa Sindical de Odessa e pouco depois o edifício foi incendiado, ficando estas pessoas a arder lá dentro.
É muito difícil escrever sobre isto. É a barbárie total, costumeira e historicamente previsível quando o nazismo recrudesce.
Fica o desejo que o povo de Odessa, que todos os antifascistas ucranianos e de todo o mundo saibam que com eles partilhamos a dor por este momento. E que a nossa solidariedade é incondicional.
Que os apoiantes do maidan e do governo ilegítimo e filonazi, que a UE/EUA/NATO saibam que são os culpados por massacres como este(entre outros têm acontecido na Ucrânia).
Contra o nazi-fascismo, nem um passo atrás.
- See more at: http://manifesto74.blogspot.pt/2014/05/a-hora-e-de-muita-dor-e-solidariedade.html#more
**
imagens da actualidade:

Via: Notícias ao Minuto

O caos e a violência em Odessa

A Ucrânia vive momentos de tensão nos últimos dias devido aos confrontos entre pró-russos e pró-ucranianos. Veja na galeria as imagens do incidente que, na sexta-feira, causou a morte a mais de 40 pessoas.
O ataque a um edifício de um sindicato na cidade ucraniana de Odessa, que redundou no seu incêndio, causou a morte a 39 pessoas, depois de um dia de confrontos entre pró-russos e pró-ucranianos.
No total, mais de 40 pessoas morreram e cerca de 200 ficaram feridas devido aos confrontos.
O Ministério do Interior da Ucrânia, que mencionou "um ataque criminoso com fogo posto", adiantou que 31 pessoas morreram asfixiadas ou queimadas e oito ao tentarem escapar do fogo, saltando pelas janelas.
Antes, confrontos entre manifestantes pró-ucranianos e pró-russos tinham causado a morte a quatro pessoas, na que foi a primeira erupção de violência no sul, ao fim de semanas de um crescendo de tensão no leste.
***
muita informação internacional aqui:
http://resistir.info/
***
avante 3.4.2014
Golpistas ucranianos
afastam «instáveis»

O parlamento ucraniano (Rada) aprovou, anteontem, uma resolução para o desarmamento de todos os grupos armados e a ilegalização das organizações que os dirigem caso não seja acatada a ordem. O mais conhecido e perigoso destes grupos é o neonazi Sector de Direita (SD), que na segunda-feira foi expulso do hotel que ocupava no centro de Kiev e os seus membros colocados em autocarros e levados de volta para o Oeste da Ucrânia, de onde vieram, no final do ano passado, para desempenharem o papel de batalhão de choque no golpe de Estado.
O afastamento deste contingente violento da capital ocorre depois de um militante do SD ter alvejado três elementos de outra facção fascista na Praça Maidan, e de membros do partido terem cercado a Rada, na semana passada, exigindo a renúncia do ministro do Interior, que acusam de ser responsável pela morte de Alexander Muzychko, abatido durante uma operação das forças especiais, a 25 de Março.
Paralelamente ao afastamento dos elementos «instáveis», cujos crimes cometidos durante e após o golpe (incluindo o massacre na Praça Maidan, comprovadamente atribuído a franco-atiradores afectos ao SD) são cada vez mais difíceis de esconder e justificar perante o povo, os vários partidos golpistas preparam-se para as presidenciais, agendadas para 25 de Maio. Entre os candidatos estão a ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko, que num telefonema recentemente divulgado ameaçava de morte os russos, o magnata Piotr Poroshenko, apoiado pelo líder golpista e ex-boxeur Vitali Klichko, e o dirigente do SD, Dmitri Yarosh.
***
Todos vimos o que nos chega pelas televisões e jornais.
Nas entrelinhas das catadupas da informação e de milhares de comentadores surgiram estas interrogações sobre a Ucrânia:
- Não é democrático que na Crimeia, 97% votassem em referendo para saírem da Ucrânia e voltarem à Rússia?
- É democrático derrubarem 1 Presidente eleito, Victor Ianukovich, que negociou, com a oposição.manifestantes, eleições antecipadas para 25maio2014?
- Os "bons" ocidentais porque escondem que os comunistas da Ucrânia estão a ser atacados, torturados pelo "novo" poder de Kiev?
- Afinal os snipers eram do "novo" poder que é apoiado, agora, pela UE.NATO.EUA???
- O Kosovo era o berço da nacionalidade Sérvia...Albaneses foram crescendo em população...A NATO.UE aliaram-se a vendedores de armas.drogas e levaram à "independência do Kosovo"... Foi democrática esta ação?
- NATO.UE fomentaram a divisão da ex-Jugoslávia...Passaram-se alguns anos...Houve democracia?

***

O FRETE

O jornal “Expresso”, órgão central da alta burguesia nacional, publicou esta fotografia como sendo de um “sniper” dos que andaram a matar pessoas em Kiev.

A verdade, porém, é que este homem é Rostilav Stepanovich Vasiko, 1º Secretário do Partido Comunista da Ucrânia, em Lviv (ou Lvov, em russo). Foi caçado pelos fascistas que dominam a cidade (onde ocorreu o massacre de judeus de 1941). Torturatam-no brutalmente, enfiaram-lhe agulhas sob as unhas, perfuraram-lhe um pulmão, partiram-lhe três costelas e o nariz e tem hematomas por todo o corpo.

À onda fascista que alastra por toda a Europa, quis-se juntar este jornal dito de “referência” (para quem?) a favor da barbárie que sabem ser cometida por quem. O “Expresso” sabe muito bem que esta notícia é miseravelmente falsa, como milhares de outras sobre o acontecimento ucraniano, a que se juntam milhões de outras falsificadas por todo o mundo, na imposição da exploração dos povos.

É uma fotografia muito conhecida, que tem, mais ou menos, servido de denúncia às perseguições nazis que ocorrem em partes da Ucrânia. O jornal de Pinto Balsemão não pode argumentar que ignorava a falcatrua. Sabia dela e cavalgou-a com a “ética” fascista da mentira.
O FRETE

O jornal “Expresso”, órgão central da alta burguesia nacional, publicou esta fotografia como sendo de um “sniper” dos que andaram a matar pessoas em Kiev.

A verdade, porém, é que este homem é Rostilav Stepanovich Vasiko, 1º Secretário do Partido Comunista da Ucrânia, em Lviv (ou Lvov, em russo). Foi caçado pelos fascistas que dominam a cidade (onde ocorreu o massacre de judeus de 1941). Torturatam-no brutalmente, enfiaram-lhe agulhas sob as unhas, perfuraram-lhe um pulmão, partiram-lhe três costelas e o nariz e tem hematomas por todo o corpo.

À onda fascista que alastra por toda a Europa, quis-se juntar este jornal dito de “referência” (para quem?) a favor da barbárie que sabem ser cometida por quem. O “Expresso” sabe muito bem que esta notícia é miseravelmente falsa, como milhares de outras sobre o acontecimento ucraniano, a que se juntam milhões de outras falsificadas por todo o mundo, na imposição da exploração dos povos.

É uma fotografia muito conhecida, que tem, mais ou menos, servido de denúncia às perseguições nazis que ocorrem em partes da Ucrânia. O jornal de Pinto Balsemão não pode argumentar que ignorava a falcatrua. Sabia dela e cavalgou-a com a “ética” fascista da mentira.
***
A Ucrânia e o fascismo
Por mais que o imperialismo clame contra a «ilegalidade» do referendo de 16 de Março na Crimeia e ameace com «sanções, a verdade é que nem os media que deram cobertura ao golpe de estado em Kiev conseguem ocultar que, em contraste com a violência e o terror da praça Maiden, assistimos na Crimeia a uma inequívoca expressão da vontade popular onde (como nas imagens de alegria que nos chegaram da Praça Lénine em Simferopol) é possível ver a esperança de reconquistar muito do que o desaparecimento da URSS destruiu, a par de uma inequívoca rejeição do fascismo que, na Crimeia como por toda a Ucrânia, perpetrou crimes que perduram na memória do povo.
De facto, na incerta evolução da situação na Ucrânia, situação em que não estão excluídos desenvolvimentos muito perigosos para a segurança e a paz, avulta um elemento inquietante que nada pode ocultar: o fascismo avança na Europa. Avança sem disfarce, abertamente, arrogante e provocador, apoiado e organizado pelos serviços secretos «ocidentais» e agindo como força de choque do expansionismo imperialista. E instala-se num governo golpista «pró-ocidental» assente na violência e na perseguição étnica e anticomunista, um governo prontamente reconhecido pela União Europeia que com ele se prepara para assinar o acordo leonino que o legítimo governo recusara. Recusa essa que foi o pretexto para a brutal operação de ingerência e subversão conduzida pelos EUA, NATO e UE, responsável pela grave situação actual, nomeadamente pelos desenvolvimentos que se verificam na parte Leste/Sul da Ucrânia e que levaram ao referendo na Crimeia.
Uma evidência se impõe: o imperialismo não recua perante nenhum crime a menos que a isso seja obrigado pela luta e pela correlação de forças no plano internacional. A sua natureza exploradora e agressiva que está na origem de duas guerras mundiais devastadoras aí está de novo na sua expressão mais terrorista lembrando que o capitalismo traz a guerra como a nuvem traz a tempestade e que, sendo certo que a guerra não é inevitável, a paz só estará assegurada com a liquidação dos monopólios e a abolição dos antagonismos de classe. A luta contra o fascismo e a guerra e a luta pelo progresso social e o socialismo estão estreitamente interligadas.
Nunca é demais repeti-lo: a situação na Ucrânia é inseparável das dramáticas derrotas do socialismo e da cavalgada do imperialismo para Leste que se lhe seguiu. Para consolidar a contra-revolução e explorar a tragédia social e ideológica em que mergulharam povos inteiros, o imperialismo declarou guerra mortal a toda e qualquer resistência à expansão do seu domínio. Da anexação da RDA à destruição da Jugoslávia à bomba, e hoje à Ucrânia, tem valido tudo. Não há lei internacional que não seja rasgada em nome dos «direitos humanos» e do «dever de ingerência humanitária». Violentamente arrancado à Sérvia, o Kosovo continua a ser exemplo particularmente acusador da hipocrisia e do gangsterismo imperialista. É uma evidência que os EUA, a Alemanha/UE e a NATO, arvorados em protectores da «soberania e integridade territorial da Ucrânia», o que procuram é submeter este grande e rico país e apertar o cerco militar à Rússia. Isto sem entretanto esquecer que entre a URSS socialista e a Rússia capitalista e entre o conteúdo das respectivas políticas externas e de defesa vai um abismo que a inevitável resistência do actual poder russo à estratégia do imperialismo para destruir o seu potencial nuclear e apoderar-se das suas imensas riquezas, de nenhum modo pode apagar. Mas sem esquecer também que, como é patente na Ucrânia, os sectores mais reaccionários e agressivos do capitalismo jogam cada vez mais perigosamente no fascismo e na guerra para enfrentar a crise e quebrar a resistência dos trabalhadores e dos povos à sua ofensiva exploradora e agressiva.
Albano Nunes, jornal Avante
***
será verdade???
http://www.diarioliberdade.org/artigos-em-destaque/408-direitos-nacionais-e-imperialismo/46907-despojos-de-guerra-e-mudan%C3%A7a-de-regime-reservas-ouro-da-ucr%C3%A2nia-evacuadas-secretamente.html#.UyWcvOmWlj8.facebook
     
Arquivado em: Ucrânia  
160314 vassalagemUcrânia - Resistir - [Michel Chossudovsky] Confiscadas pelo New York Federal Reserve? Como os ucranianos foram "libertados" do seu ouro pelo governo fantoche. Um governo de banqueiros, fascistas e oligarcas imposto pelo golpe orquestrado pelos EUA.


Um sítio internet russo de notícias, o Iskra (Fagulha) com base em Zaporozhye, na Ucrânia do Leste, informou em 7 de Março que "as reservas de ouro da Ucrânia haviam sido apressadamente transportadas por via aérea para os Estados Unidos a partir do Aeroporto de Borispol, a Leste de Kiev. Esta alegada remoção aérea e confisco das reservas ouro da Ucrânia pelo New York Federal Reserve não foi confirmada pelos media ocidentais. Segundo o Iskra News :
Às 2 horas da manhã [7 de Março] um avião de transporte não identificado estava na pista do Aeroporto de Borispol. Segundo a equipe do aeroporto, antes da vinda do avião chegaram ao local quatro camiões e dois minibuses Volkwagen, todos eles sem matrícula de identificação. Quinze pessoas com uniformes negros, máscaras e armadura corporal saíram, alguns armados com metralhadoras. Eles carregaram o avião com mais de 40 caixas pesadas. Depois disso chegou um homem misterioso que entrou no avião. Todo o carregamento foi feito às pressas. O avião decolou numa base de emergência (emergency basis). Aqueles que assistiram esta misteriosa operação especial imediatamente notificaram os responsáveis do aeroporto, os quais lhes disseram para não se meterem nos assuntos dos outros. Posteriormente um telefonema de resposta de um alto responsável do antigo Ministério das Receitas Fiscais (Ministry of Revenue) informou esta noite que, por ordens de um dos novos líderes da Ucrânia, os Estados Unidos haviam tomado a custódia de todas as reservas ouro na Ucrânia. iskra-news.info. Zaporozhye, Ukraine, March 7, 2014, traduzido do russo pelo Gold Anti-Trust Action Committee Inc (GATA) , ênfase acrescentada)
A seguir a esta revelação, o secretário tesoureiro do GATA, Chris Powell, requereu ao New Federal Reserve e ao Departamento de Estado dos EUA que indicasse se o NY Fed havia "tomado a custódia" do ouro da Ucrânia.
Um porta-voz do New York Fed disse simplesmente: "Qualquer indagação respeitante a contas ouro deveria ser dirigida ao possuidor da conta. Você pode contactar o Banco Nacional da Ucrânia para discutir esta informação". Uma indagação semelhante do GATA, na noite passada, ao Departamento de Estado dos EUA ainda não teve qualquer resposta. Na noite passada o GATA chamou a atenção sobre este assunto a cerca de 30 jornalistas financeiros e redactores de newsletters "de referência"(mainstream) na esperança confessadamente bizarra de que pudessem também colocar a questão. 1) A primeira regra do jornalismo financeiro "de referência" e particularmente do jornalismo financeiro acerca do ouro é nunca apresentar uma pergunta específica acerca do metal monetário a qualquer dos participantes primários no mercado do ouro, os bancos centrais. Ou seja, quase toda a informação sobre o mercado do ouro é, intencionalmente, na melhor das hipóteses distracção irrelevante e na pior desinformação. 2) A verdadeira localização e disposição das reservas ouro nacionais são segredos muito mais sensíveis do que a localização e disposição de armas nucleares. Chris Powell, Secretary/Treasurer
Gold Anti-Trust Action Committee Inc.
Apesar da informação não confirmada respeitante às reservas ouro da Ucrânia não ter sido objecto de cobertura pelos noticiários financeiros "de referência", a história no entanto foi levantada pelo Shanghai Metals Market, em Metal.com , o qual declara, citando uma informação do governo ucraniano, que reservas ouro da Ucrânia haviam sido "removidas num avião ... de Kiev para os Estados Unidos... em 40 caixas seladas" carregadas numa aeronave não identificada. A fonte não confirmada citada pelo Metal.com diz que a operação de remoção aérea do ouro da Ucrânia foi ordenada pelo primeiro-ministro interino Arseny Yatsenyuk tendo em vista manter seguras no NY Fed as reservas ouro da Ucrânia, prevenindo uma possível invasão russa a qual levaria ao confisco das mesmas.No dia 10 de Março, o kingworldnews , um importante blog financeiro online publicou uma entrevista incisiva de William Kaye , administrador do hedge fund Pacific Group Ltd., com sede em Hong Kong, o qual anteriormente trabalhou para a Goldman Sachs em fusões e aquisições. Os despojos de guerra e a mudança de regime É significativa nesta entrevista com William Kaye a analogia entre a Ucrânia, o Iraque e a Líbia. Não se deve esquecer:   tanto o Iraque como a Líbia tiveram as suas reservas ouro confiscadas pelos EUA.
Kaye: Há agora informações vindas da Ucrânia de que todo o ouro ucraniano foi removido por via aérea, às 2 horas da madrugada, a partir do aeroporto principal, Borispil, em Kiev, e está a ser transportado para Nova York – sendo o presumível destino o New York Fed... Verifica-se que estas 33 toneladas de ouro valem algo entre US$1,5 e US$2,0 mil milhões. Essa quantia seria um pagamento inicial (down payment) muito lindo para os US$5 mil milhões que a secretária de Estado Assistente Victor Nuland gabou-se de os Estados Unidos terem gasto nos seus esforços para desestabilizar a Ucrânia e instalar ali o seu próprio governo não eleito. Eric King: "Se os Estados Unidos derrubam Saddam Hussein no Iraque ou Muamar Kadafi na Líbia, parece que há sempre ouro no fim do arco-íris, do qual então os EUA apropriam-se". Kaye: "Essa é uma boa observação, Eric. Os Estados Unidos instalaram um antigo banqueiro na Ucrânia o qual é muito amistoso para com o ocidente. Ele é também um rapaz com experiência de banco central. Esta teria sido a sua primeira grande decisão:   transportar aquele ouro para fora da Ucrânia, para os Estados Unidos. Você pode recordar que exigências alegadamente logísticas impediram o New York Fed de devolver à Alemanha as 300 toneladas de ouro que os Estados Unidos armazenam. Após um ano de espera, o New York Fed devolveu apenas 5 toneladas de ouro à Alemanha. Só 5 toneladas de ouro foram enviadas do Fed para a Alemanha e não eram as mesmas 5 toneladas que haviam sido originalmente armazenadas no Fed. Mesmo o Bundesbank admitiu que o ouro que lhes fora enviada pelo New York Fed tinha de ser fundido e testado quanto à pureza porque não eram as barras originais da Alemanha. Se isso é assim, uma vez que exigências logísticas supostamente são uma questão tão grande, como é que num voo, assumindo que esta informação é correcta, todo o ouro que a Ucrânia possuía no seu cofre foi retirado do país e entregue ao New York Fed? Penso que qualquer um com células cerebrais activas sabe que tal como a Alemanha, a Ucrânia terá de esperar um tempo muito longo e provavelmente nunca verá aquele ouro outra vez . Significa que o ouro se foi". ( KingsWorldNews , March 10, 2014, ênfase acrescentada)
Ver no sítio web oficial do Banco Nacional da Ucrânia a omissão da informação quanto à entrega das suas reservas-ouro: 







  • www.bank.gov.ua/control/en/index 
  • ***
  • http://www.odiario.info/?p=3253

    NATO treina terroristas para desestabilizar a Ucrânia

    Entrevista com Michel Chossudovsky [*]
    22.Abr.14 :: Colaboradores
    Acumulam-se os indícios de que a ingerência imperialista na Ucrânia se apoia crescentemente na utilização de mercenários contratados a empresas privadas de segurança, como a Greystone Ltd. As tarefas de que estão incumbidos não são de segurança, mas de preparar uma escalada de desestabilização e terrorismo.


    “Aquelas organizações (companhias de segurança privadas) farão aquilo que a NATO não pode fazer abertamente: Podem treinar pessoas para serem terroristas”, disse Michel Chossudovsky, acrescentando que na Síria empreiteiros privados estavam a treinar a al-Qaeda.
    “Estamos a falar do prosseguimento da política de intervenção militar dos EUA na Ucrânia e da etapa preparatória para um massacre no Sudeste da Ucrânia”, disse Igor Korotchenko, editor-chefe da revista mensal russa Defesa Nacional, acrescentando que a instalação de mercenários da companhia privada Greystone Ltd. pode estar a ser financiada por oligarcas ucranianos e organizada em coordenação com o Departamento de Estado dos EUA.
    Michel Chossudovsky disse à RIA Novosti que mercenários são normalmente contratados por governos, mas que existem numerosas opções uma vez que operam de modo encoberto e não se identificam.
    “Empreiteiros privados podiam ser contratados pela NATO ou pelo governo ucraniano ou por um intermediário. Qualquer um pode contratar a Greystone, eles operam de modo encoberto, não se identificam e ganham dinheiro”, afirmou Chossudovsky.
    “Considerando que os serviços de segurança da Ucrânia mostram sua óbvia incompetência, mercenários estrangeiros podem incumbir-se de suprimir os protestos na parte Sudeste do país”, disse Korotchenko.
    Michel Chossudovsky considera expectável que a Greystone recrute também ucranianos para a operação e recordou que a companhia contrata pessoas de diferentes nacionalidades, as quais são treinadas por pessoal militar profissional.
    “No interior da Guarda Nacional Ucraniana há conselheiros militares ocidentais, eles integram pessoal militar sénior. Supõe-se que treinem serviços de protecção, mas de facto treinam terroristas”, disse Chossudovsky.
    “A NATO e os EUA não irão reconhecer a presença destas forças especiais. O que está a acontecer é um influxo de forças especiais na Ucrânia as quais estão ali com o propósito de sustentar o actual governo, mas também de manter o processo de desestabilização”, afirmou Chossudovsky enfatizando que os mercenários se infiltrariam em movimentos de base para desencadear a violência por toda a Ucrânia.
    O perito canadiano afirmou também que conselheiros da NATO estão já presentes na Ucrânia e que foram trazidos pelas autoridades de Kiev.
    “Temos informações de que havia mercenários no Leste da Ucrânia em princípios de Março. Alguns destes mercenários são utilizados para as operações sofisticadas de franco-atiradores (snipers) que caracterizam o Euro Maidan”, disse Chossudovsky, acrescentando que operações semelhantes já foram vistas em outros países.
    A Greystone Ltd. é uma companhia privada registada em Barbados que “fornece os profissionais qualificados e os serviços de gestão de programas necessários para ciclos de apoio, protecção de segurança e soluções de treino”.
    A empresa era uma subsidiária do fornecedor de serviços de segurança privada Blackwater e opera agora como uma entidade separada embora mantenha ligações com ela.
    O ministro russo dos Estrangeiros expressou anteriormente preocupações sobre a acumulação de forças ucranianas na parte Sudeste do país, que envolve cerca de 150 mercenários americanos da companhia privada Greystone Ltd., envergando o uniforme da unidade de polícia especial ucraniana Sokol. Moscovo classificou esta acção como uma violação da legislação da Ucrânia.
    10/Abril/2014
    O original encontra-se em NATO trains terrorists who destabilize situation in Ukraine
    Esta entrevista encontra-se em http://resistir.info/
    ***

    O que fará o FBI com os activos roubados à Ucrânia?

    por Valentin Katasonov [*]
    Recentemente o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA anunciou que os EUA enviaram uma equipe de peritos do FBI, do Departamento de Justiça e do Departamento do Tesouro para ajudar Kiev a recuperar activos roubados localizados no exterior. Em 29 de Abril os EUA e a Grã-Bretanha abrigarão uma reunião multilateral sobre esta questão, com a participação de responsáveis ucranianos. Espera-se que o International Centre for Asset Recovery (ICAR), com sede na Basiléia, venha a participar da reunião.

    A Ucrânia está à beira de um incumprimento maciço, de explosões sociais e mesmo de fome. A Ucrânia precisa dinheiro para impedir que a economia nacional entre em colapso. Naturalmente, Washington importa-se pouco com o que acontece à economia ucraniana; está preocupada é com a capacidade da Ucrânia para pagar as suas dívidas a credores ocidentais. Actualmente a dívida externa da Ucrânia é estimada em US$145 mil milhões. Ninguém no Ocidente tem vontade de conceder novos empréstimos à Ucrânia. Os montantes mencionados nos media, que mencionam milhares de milhões de dólares e euros, são apenas "intervenções verbais" de políticos ucranianos e responsáveis ocidentais.

    Há sinais claros de que o sector bancário da Ucrânia em breve entrará em colapso. O Banco Nacional da Ucrânia (BNU) está a discutir a opção de resgatar bancos comerciais do modo como fizeram em Chipre , isto é, através do confisco de contas de depositantes ou da transformação forçosa dos depositantes em "investidores" dos bancos ("accionistas"). O regime de Kiev planeia mobilizar vários milhares de milhões de dólares deste modo. Este roubo descarado poderia salvar vários bancos, mas não pode salvar o país de um incumprimento maciço. Isso exigiria dezenas de milhares de milhões de dólares.

    Quando se examinam as coisas de perto verifica-se que a Ucrânia dispõe de apenas duas fontes possíveis para pagar dívidas a credores estrangeiros. A primeira é privatizar propriedades do Estado, incluindo os recursos naturais do país. A segunda são os activos da Ucrânia no estrangeiro.

    Portanto, o FBI e os Departamentos da Justiça e do Tesouro dos EUA decidiram ajudar Kiev a utilizar a segunda fonte.

    Os activos da Ucrânia no estrangeiro são constituídos por vários componentes. O principal são as reservas internacionais do BNU. Elas têm-se fundido continuamente desde meados de 2011 (naquele momento haviam atingido uma altura recorde de US$38 mil milhões). Hoje estão a um nível inferior a US$15 mil milhões. Esta reserva é insuficiente para reembolsar as dívidas declaradas ou o serviço delas mesmo até o fim deste ano. Também há activos privados no estrangeiro. É bem sabido que os investimentos privados directos da Ucrânia no estrangeiro não chegam nem mesmo ao montante de US$10 mil milhões. Contudo, isto apenas em investimentos directos. Há também investimentos em carteira, empréstimos, créditos, fundos em contas bancárias e divisas estrangeiras em cash. No todo, no fim do ano passado todos os tipos de activos estrangeiros chegavam a mais de US$140 mil milhões. Este montante é quase igual à dimensão da dívida externa agregada da Ucrânia. E cerca de 70% dos activos eram na forma de cash e fundos em contas bancárias estrangeiras – uma forma de activos muito líquida.

    Contudo, os activos privados oficiais da Ucrânia no estrangeiro são apenas o topo do iceberg. A parte principal dos activos da Ucrânia no exterior foi formada devido à exportação ilegal de capitais por altos responsáveis e oligarcas. Ela não é contabilizada de todo nas estatísticas do BNU da balança de pagamentos. 

    No ano passado os media ucranianos publicaram uma classificação dos 100 cidadãos mais ricos da Ucrânia (Top-100). Os activos deste "top 100" em 2012 equivaliam a US$130 mil milhões (89% do PIB da Ucrânia). E os activos no estrangeiro da maior parte dos oligarcas são maiores do que os seus activos internos. Contudo, este dado praticamente não contabiliza os fundos nas contas bancárias dos oligarcas. Isto permanece completamente nas sombras.

    Em anos recentes os activos não documentados de oligarcas e responsáveis ucranianos em várias zonas offshore vieram à luz. Yatsenyuk, na sua paixão por expor o "regime criminoso de Yanukovich", declarou que durante os anos da presidência deste último 70 mil milhões de dólares foram levados para fora do país e colocados em zonas offshore. Contudo, ele manteve silêncio acerca de quanto foi levado [para fora do país] por Yushchenko e Timoshenko. Segundo estimativas da Tax Justice Network, um centro americano de análise, desde que a Ucrânia se tornou independente um total de US$167 mi milhões foi removido do país para zonas offshore. Este montante é um pouco menos do que o produto interno bruto de 2012 e excede significativamente a dimensão da dívida externa agregada do país. É sobre estes activos estrangeiros que o regime de Kiev, juntamente com seus patrões em Washington, está a focar como recurso potencial para resolver problemas financeiros e económicos da Ucrânia.

    A experiência internacional na devolução de activos no estrangeiro à sua pátria de origem existe. Na prática mundial tem havido tentativas de recuperar o dinheiro de Saddam Hussein, Muammar Gaddhafi, Hosni Mubarak, Francois Duvalier, Robert Mugabe e outros. Tais operações quase sempre utilizaram o slogan de "devolver as riquezas roubadas ao povo".

    Há um certo protocolo para tais operações:
    1. Aprovar as leis necessárias no país vítima para conduzir a operação e recuperar activos, bem como assinar acordos com outros países.
    2. Procurar e encontrar activos no estrangeiro.
    3. Congelar os activos.
    4. Provar a origem ilegal dos activos.
    5. Apresentar um programa para a utilização pelo país vítima dos activos recuperados.
    6. Transferência dos activos para o país vítima e implementação do programa.

    Este é aproximadamente o procedimento descrito em instruções desenvolvidas pelo International Centre for Asset Recovery (ICAR), pelo Banco Mundial e por outras organizações. De facto, habitualmente não se chega até à última etapa. Em parte isto acontece porque o Ocidente, onde os activos estão localizados, tem interesse em mantê-los congelados por tanto tempo quanto possível, especialmente no caso de contas bancárias. Este lado da questão raramente chega a ser mencionado. Mas afinal de contas, fundos congelados, os quais muitas vezes montam a milhares de milhões de dólares, são uma prenda real para o banco onde os fundos estão localizados. Qualquer banco só podia sonhar com clientes que não utilizassem as contas que haviam aberto.

    Mesmo que especialistas apresentem as provas necessárias da origem ilegal de activos estrangeiros, o governo do país onde tais activos estão escondidos não se apressará a libertá-los imediatamente e devolvê-los ao "povo" do país roubado. A argumentação do país que "abriga" os activos ilegais segue algo como isto: se devolvermos estes activos (dinheiro), eles apenas serão roubados outra vez. Só podemos transferi-los para o país vítima se houver fundamento para as despesas propostas e mecanismos para monitorar a utilização do dinheiro para a finalidade pretendida. Os EUA utilizam fraseologia como esta a fim de ali manter activos roubados.

    Ao avaliar a probabilidade de a Ucrânia recuperar mesmo uma pequena parte das dezenas de milhares de milhões de dólares que dela foram tomados e exportados para o exterior, é útil recordar a história do antigo primeiro-ministro ucraniano Pavel Lazarenko . Ele está a cumprir uma sentença de prisão nos EUA por lavagem de dinheiro. O tribunal federal estado-unidense considerou ilícito o dinheiro encontrado em contas bancárias abertas em nome de Lazarenko em vários países. O montante foi estimado em mil milhões de dólares, mas ainda não foi provado em relação a todas as contas que o dinheiro está associado ao antigo primeiro-ministro ou que é de origem criminosa. Presentemente isso foi indiscutivelmente provado para fundos que montam a US$250 milhões. Decorreram 15 anos desde a prisão de Lazarenko nos EUA, mas a Ucrânia ainda não recebeu nem um único dólar dos fundos congelados do primeiro-ministro. E nunca receberá... 

    A experiência de cooperação com Washington do Cazaquistão parece um pouco mais optimista. Astana [1] foi capaz de arrancar US$84 milhões para fora dos EUA, embora peritos estimassem em muitos milhares de milhões de dólares os activos ilegais de origem cazaque nos EUA. Como se diz, a montanha pariu um rato.

    A experiência da Líbia é igualmente interessante. Após o derrube de Kadafi foi lançada uma vasta campanha para procurar em bancos de vários países activos pertencentes tanto a ele pessoalmente como aos seus parentes e associados próximos. Os media informaram de várias descobertas, as quais em conjunto montam não a milhares de milhões, mas a dezenas de milhares de milhões de dólares. Contudo, ainda não voltou nem um único centavo para a Líbia. O precedente líbio é interessante pois, desde o princípio da agressão contra a Líbia, Washington declarou em alta voz que "os activos dos ditador devem ser devolvidos ao povo". Quando os activos foram encontrados, foi declarado que o povo líbio devia a Washington grandes quantias de dinheiro gastas pelos americanos para estabelecer a democracia no país. Isto refere-se às despesas dos EUA para efectuar operações militares durante as quais foram mortos milhares de civis líbios. Alguns peritos estão convencidos de que o dinheiro de Kadafi e outros cidadãos líbios será simplesmente transferido para contas do orçamento federal dos EUA. É altamente provável que os activos ucranianos aguardem o mesmo destine quando os americanos os encontrarem [2] . 

    E mais uma coisa: A recente prisão do oligarca ucraniano Dmitro Firtash é uma mancha negra para toda a aristocracia offshore da Ucrânia. As suas contas no estrangeiro foram apresadas com o fundamento de que o dinheiro das mesmas é de origem criminosa e para que no futuro este possa ser utilizado para o reembolso das dívidas de Firtash aos bancos ocidentais. Se sobrar algum, será utilizado para reembolsar dívidas externas da Ucrânia ao FMI e outros credores "prioritários". O povo da Ucrânia nada obterá. 
    22/Abril/2014

    NT:
    [1] Astana: capital do Cazaquistão.
    [2] O governo estado-unidense já começou a pagar-se das despesas efectuadas com a mudança de regime em Kiev pois transferiu para a custódia do Federal Reserve de Nova York as reservas-ouro do Banco Nacional da Ucrânia.   Ver Reservas-ouro da Ucrânia evacuadas secretamente

    [*] Economista.

    Ver também: 



























  • IMF bailout of Ukraine is actually rescue of Western investment houses and Russian banks , 16/Março/2014
  • Ukraine is among top 50 world gold holders , 29/Maio/2013




























  • The Latest Heist: US Quietly Snatches the Ukraine’s Gold Reserves , 21/Março/2014

    O original encontra-se em www.strategic-culture.org/... 


    Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
  • ***
  • As TVs cumprem a sua função e servem os seus proprietários...
    A luta exige +e+ de nós...
    Não nos podemos deixar enganar!
    Bem percebemos a onda imperialista, a geopolítica,  o sugar das riquezas naturais, o explorar dos povos...
    A Venezuela é só o país mais rico em reservas de petróleo...
    A Ucrânia está ali tão perto da Rússia...

    Intervenção de Inês Zuber no Parlamento Europeu

    Situação na Venezuela

    Já vimos este filme em algum lado. Sim, é verdade, em 2002. O mesmo exacto guião de tentativa de golpe de Estado planificada entre a direita mais reaccionárias, os grupos fascistas e as representações diplomáticas do EUA, sim, com os gordos financiamentos dos EUA. Para aqueles que estão mais distraídos existem vários documentários interessantes sobre o assunto, inclusive produzidos pela BBC.
    Desestabilização, assassinatos indiscriminados – não é por acaso que elementos da oposição e a favor do governo foram assassinados pelas mesmas armas – grupos para-militares, terroristas, destruição e incêndio de infraestruturas… Não é necessário ter muita destreza intelectual para compreender que não é ao governo venezuelano que isto interessa.
    Não existe nenhuma falta de liberdade na Venezuela, mas é evidente que o incitamento à violência através dos meios mediáticos não são permitidos em nenhuma sociedade democrática.
    O problema da maioria do Parlamento Europeu é com o rumo soberano e progressista que o povo vevenzuelano decidiu empreender, rumo esse confirmado em 19 actos eleitorais nos últimos 15 anos, algo que não acontece em muitos ou nenhum dos vossos países.
    A maioria do PE joga exactamente o jogo que aqueles que tentam levar a cabo um golpe de Estado no nosso país querem que jogue, com o carimbo da direita à chamada esquerda, passando pelos socialistas.

    ***
    "A caminho da guerra

    Da Ucrânia à Venezuela, de África e Médio Oriente aos mares da China, multiplicam-se os sinais de que a tendência predominante nas potências imperialistas é para a guerra generalizada, o autoritarismo mais violento e o fascismo. Seja pela via da agressão aberta e directa, seja através de grupos mercenários a soldo, os imperialismos em crise sistémica estão em guerra aberta contra os povos e em guerra surda entre si, como ainda recentemente comprovou o telefonema da «diplomata» dos EUA Victoria Nuland ao seu embaixador em Kiev. No combate contra governos que se atrevem a dar mostras de soberania, lançam mão de paleo-fascistas, cuja ligação directa às hordas nazis na II Guerra Mundial ninguém pode contestar. Tal como o fundamentalismo religioso mais retrógrado e reaccionário é kosher na Líbia ou na Síria, também o anti-semitismo dos fascistas ucranianos torna-se «europeu» e «democrático». A sra. Nuland confessou numa Conferência Internacional de Negócios patrocinada pela petrolífera Chevron (13.12.13) que nos últimos 20 anos os EUA gastaram mais de cinco mil milhões de dólares a subsidiar a subversão na Ucrânia. Entretanto são retiradas as ajudas alimentares aos norte-americanos com fome porque «não há dinheiro».

    Quem ache que isto é exagero faria bem em dar ouvidos a alguém que vem do coração do sistema e lhe conhece as entranhas, embora seja hoje dissidente. Paul Craig Roberts (PCR) pertenceu a governos de Ronald Reagan e foi vice-editor do Wall Street Journal. Hoje escreve que «a União Soviética servia de entrave ao poder dos EUA. O colapso soviético possibilitou a ofensiva neo-conservadora pela hegemonia mundial dos EUA. A Rússia sob Putin, a China e o Irão são os únicos entraves à agenda neo-conservadora. Os mísseis nucleares russos e a sua tecnologia militar tornam a Rússia o mais forte obstáculo militar à hegemonia dos EUA. Para neutralizar a Rússia, os EUA romperam acordos [...] expandiram a NATO para antigas partes constitutivas do império soviético […] e Washington alterou a sua doutrina de guerra nuclear para permitir um ataque nuclear inicial. […] O desenlace provável da ameaça estratégica audaciosa com que Washington está a confrontar a Rússia será a guerra nuclear» (14.2.14). Sob o título «Washington empurra o Mundo para a guerra», PCR escreve (14.12.13): «a guerra fatal para a humanidade é a guerra com a Rússia e a China para a qual Washington está a empurrar os EUA e os estados fantoches de Washington na NATO e na Ásia. […]. A única razão por que Washington quer estabelecer bases militares e mísseis nas fronteiras da Rússia é para negar à Rússia a possibilidade de resistir à hegemonia de Washington. A Rússia não ameaçou os seus vizinhos e […] tem sido extremamente passiva face às provocações dos EUA. Isto está a mudar […] tornou-se claro para o governo russo que Washington prepara um ataque inicial decapitador contra a Rússia. […] A postura militar agressiva de Washington face à Rússia e a China indicia uma auto-confiança extrema que costuma conduzir à guerra». Sobre a Ucrânia, escrevia PCR há mais de um mês (4.12.13): «A UE quer que a Ucrânia adira para que a Ucrânia possa ser pilhada, tal como o foram a Letónia, Grécia, Espanha, Itália, Irlanda e Portugal. […] Os EUA querem a adesão da Ucrânia para poderem aí posicionar bases missilísticas contra a Rússia».

    O ex-governante de Reagan não reconhece que o entrave decisivo ao belicismo imperialista é a luta dos povos. Mas é mais lúcido do que muitos que se afirmam “de esquerda” quando adverte a China e a Rússia contra as ilusões e concessões. «É pouco provável que a China se deixe intimidar, mas poderá minar-se caso a sua reforma económica abra a economia chinesa à manipulação ocidental» diz PCR (4.12.13), que também alerta contra a «quinta coluna» de «licenciados programados pelos EUA que regressam à China». E é cáustico para com a tolerância da Rússia e da Ucrânia «que de forma tola permitiram que grande número de ONG financiadas pelos EUA agissem como agentes de Washington sob a capa de “organizações dos direitos do homem”, “construtores de democracia”, etc.» (14.2.13). As ilusões sobre a natureza do imperialismo e sobre a traição dos aspirantes a serventuários ricos pagam-se caro. Os povos do mundo já pagaram um preço demasiado elevado."

    (in "Avante!" - edição de 27.02.2014)
  • ***
  • Já percebi que há muita contra informação a reinar...
    Os do PCP para alguns voltam a estar no lado errrado da história...
    Mas os factos, a nível do Poder Local e nacional deviam fazer arrepiar algum caminho de quem se considera super inteligente...
    Entretanto vejam a posição do PCP sobre a Ucrânia antes da invasão dos Russos...
    **

    Voto de Condenação

    Relativo à situação na Ucrânia

    ARTIGOS RELACIONADOS

    Voto de Condenação N.º

    Relativo à situação na Ucrânia

    Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

    Sobre a situação na Ucrânia

    Considerando a recente e dramática evolução da situação na Ucrânia, onde após meses de desestabilização e de escalada de violência – desencadeadas com o anúncio da suspensão da assinatura do acordo de associação com a União Europeia em Novembro passado – foi consumado um autêntico golpe de estado levado a cabo pelos sectores mais retrógrados e revanchistas da oligarquia ucraniana com o apoio dos Estados Unidos da América e da União Europeia;
    Sublinhando que os acontecimentos evidenciam a instrumentalização do justo e enorme descontentamento acumulado entre os trabalhadores e amplas camadas da população ucraniana resultante do desastre social e económico e das profundas injustiças e desigualdades sociais causadas com o processo de restauração do capitalismo que foi levada a cabo pelas classes dominantes da Ucrânia durante as últimas duas décadas, por sucessivos governos incluindo o governo do partido de Yanukovich;
    Denunciando a brutal e aberta ingerência dos EUA e da UE na situação interna da Ucrânia, promovendo a desestabilização, apoiando ativamente forças políticas e paramilitares de cariz fascista e neonazi e fomentando o exacerbar de perigosas tensões, divisões e clivagens neste país;
    Salientando que os EUA e a UE pretendem assegurar o domínio político, económico e militar da Ucrânia, prosseguindo a expansão da NATO junto da fronteira da Federação Russa e avançando assim na sua escalada de tensão e de confronto com este país, realidade que representa uma acrescida ameaça à segurança e à paz na Europa e no Mundo;
    Alertando para a extrema gravidade e perigo que representa o avanço das forças xenófobas e de cariz fascista e neonazi na Ucrânia, que desrespeitam e atropelam violentamente direitos e liberdades, no que constitui um grave perigo para a democracia e o futuro deste país;
    Denunciando o clima generalizado de intimidação que reina na capital ucraniana e em vastas regiões do país, entregues ao livre arbítrio das milícias armadas de cariz fascista e neonazi, passando por ameaças, perseguições e agressões a dirigentes políticos e deputados do parlamento ucraniano;
    Denunciando a campanha anticomunista e os ataques perpetrados contra os militantes, dirigentes e sedes do Partido Comunista da Ucrânia, assim como anunciadas intenções de limitar ou mesmo ilegalizar a sua atividade;
    Constatando que avançam de novo programas de intervenção e acordos de livre comércio do FMI e da UE que a pretexto das denominadas “integração europeia” e “ajuda externa” à Ucrânia procuram efetivamente impor nefastas e gravosas condições económicas e políticas – tal como acontece com o denominado “memorando” das troikas em Portugal, autêntico Pacto de Agressão aos trabalhadores, ao povo e ao país –, defraudando novamente os anseios e interesses dos trabalhadores e povo ucranianos já duramente penalizados;
    A Assembleia da República:
    • Condena o golpe de estado levado a cabo pelos sectores mais retrógrados e revanchistas da oligarquia ucraniana com o apoio das potências da NATO;
    • Condena o violento ataque a direitos democráticos e a liberdades fundamentais, nomeadamente os ataques perpetrados contra o Partido Comunista da Ucrânia, assim como qualquer iniciativa que vise limitar ou mesmo ilegalizar a sua atividade;
    • Expressa a sua solidariedade aos trabalhadores e ao povo ucraniano que aspira à paz e ao bem-estar e progresso social;
    • Sublinha o direito soberano do povo ucraniano decidir do seu destino sem ingerências externas.
    Assembleia da República, 27 de fevereiro de 2014
    *********
    a opinião de Azeredo Lopes no JN 2.3.2014

    Acordaram o urso e dizem que a culpa é do urso

    Publicado ontem

    Há 161 anos, a Rússia envolveu-se numa guerra contra a França, a Grã-Bretanha, o Império Otomano e a Sardenha. A Rússia perdeu. O conflito, entre 1853 e 1856, ficou conhecido como a Guerra da Crimeia.
    Hoje, é outra vez e desgraçadamente a Crimeia. Mas, se as razões para a Rússia ser novamente protagonista não são talvez as melhores, são no entanto razões diferentes.
    Como se sabe, o até há algum tempo presidente ucraniano foi derrubado e está agora refugiado na Rússia. Aqueles que o fizeram cair, esses, dizem-se "pró-europeus".
    A verdade é que Ianukovitch, um patifório com quem ninguém de bom trato tomaria chá, tinha sido eleito em 2010, com um mapa dos resultados eleitorais revelador. Realmente, ganhou, e por grande margem, o leste e sul do país, e perdeu, e por grande margem, o ocidente para Timochenko, a sua rival (que também não é flor que se cheire). Feitas as contas, Ianukovitch ganhou um Estado partido a meio, não por motivos políticos mas por diferenças profundas de natureza étnica, linguística e cultural.
    A Ucrânia é multinacional. Uns, identificam-se como etnicamente ucranianos; outros, com a mesma convicção, dizem-se russos ou russófonos. De permeio, judeus, tártaros e outros grupos de menor expressão. Para ajudar à festa, e como se viu nas últimas eleições, os dois grupos principais estão muito concentrados territorialmente. Na Crimeia, por exemplo, vivem 58% de russos, 12% de tártaros e "apenas" 24% de ucranianos em sentido estrito (embora esta qualificação seja absurda).
    Como quem foi ocupando o poder nunca quis esbater este fosso, a Ucrânia nunca foi, não é e não sei quando poderá vir a ser uma democracia. De facto, quando a população vota em função da etnia, os resultados só cristalizam e agravam uma oposição entre grupos, não exprimem a vontade de um, e só um, povo. E, quando assim é, o grupo que "ganha" ou está "por cima" quer tudo; e quer, sobretudo, mostrar ao outro que é ele que manda.
    Assim se explica que o urso russo tenha acordado, e é erro muito grave deixar de lado este fator e a força da História e do "sangue". Que mostre agora as garras na Crimeia e que Putin tenha pedido à Câmara alta do Parlamento que o autorize a enviar tropas para a Ucrânia.
    Dirão alguns, agrilhoados numa visão fechada do "nós" contra o "outro" (o "mau"): a Rússia é imperialista, a Rússia é perigosa. A esses, respondo com um exercício.
    Imaginem que os Estados Unidos tinham ficado sem uma parcela do seu território, entregue a um país vizinho e onde ficaram milhões de americanos. Imaginem que nesse território os EUA tinham conservado uma base naval fundamental para os seus interesses estratégicos. E imaginem, finalmente, que os EUA, com algum fundamento, sentiam que os "seus" norte-americanos e a base naquele tal território estavam em risco. Ficavam quietos? Brincamos, é?
    Para quem a saiba, a História (aquela coisa inútil que não serve para nada) ajuda muito. Quando se quer evitar um conflito que pode vir a ser muito grave, a primeira tarefa é tentar saber onde está a corda e qual a sua resistência. Porque, quando a corda se parte, é tarde e logo se ouve o rufar dos tambores da guerra.
    ***
    Via 

    Os snipers de Kiev, ou a estratégia de Bucareste repetida em "Maidan".

    Ver John Kerry chorar lágrimas de crocodilos pelas vítimas dos snipers da Praça Maidan, durante a sua recente viagem a Kiev, fez-me recordar os acontecimentos de 1989, na Roménia. Sobre o assunto, sobre os snipers "romenos" de 1989, aconselho o mal conhecido documentário "Checkmate: Strategy of a Revolution", de Susanne Brandstätter.

    Entretanto fica-se a saber qual a origem das balas assassinas na Praça Maidan. E a fonte é segura: o ministro dos negócios estrangeiros da Estónia, Urmas Paet. A notícia é da RT russa e a conversa que explica a estratégia desestabilizadora está reproduzida aqui. É ver e ouvir. E perceber o que se passou e passa em Kiev. 
    ...
    ***
    5março 16h
    http://rt.com/news/estonia-confirm-leaked-tape-970/
    Ministério das Relações Exteriores da Estónia CONFIRMA autenticidade da chamada
    Ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia confirmou a gravação de sua conversa com o chefe de política externa da UE, é autêntico.
     Urmas Paet disse Isso: “franco-atiradores que dispararam contra manifestantes e polícia em Kiev Maidan foram contratados pelos líderes da Maidan.
    Urmas Paet.(AFP Photo / Vasily Maximov)

    Disse à agência de notícias RIA- Novosti Paet:” eu conversei com Catherine Ashton , na semana passada para a direita depois de se aposentar a partir de Kiev, mas absteve-se de mais comentários, dizendo que eu tenho que " ouvir a fita em primeiro lugar. "

    "É muito decepcionante que tal vigilância ocorreu totalmente. Não é uma coincidência que a conversa estava carregado [ na web ] hoje ", ressaltou .

    "Minha conversa com Ashton ocorreu na semana passada logo depois que voltou de Kiev. Naquela época, eu já estava na Estónia ", acrescentou Paet .

    O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Estónia emitiu um comunicado Também em seu site, dizendo que a gravação da conversa telefónica que vazou Entre Paet e Ashton é " autêntico ".

    O telefonema ocorreu no dia 26 de fevereiro, depois da Estónia FM retornou de sua visita à Ucrânia , aquilo ocorreu logo após o fim da violência nas ruas em Kiev , o ministério acrescentou.

    "Nós rejeitamos a alegação de que Paet estava dando uma avaliação da participação da oposição na violência ", a declaração sublinhou , acrescentando que a FM Isso só estava fornecendo uma visão geral do que eu tinha ouvido falar Kiev Durante sua visita .

    RT entrou em contato com o porta-voz de Ashton, Maja Kocijancic , que disse "não comentar sobre conversas telefónicas que vazaram . "
    A chamada ocorreu depois que o ministro das Relações Exteriores da Estônia Urmas Paet visitou Kiev, em 25 de fevereiro Após o pico de confrontos entre os manifestantes pró- UE e as forças de segurança na capital ucraniana .

    Manifestantes anti-governo se esconderam como eles estão sob fogo de franco-atirador Alegadamente polícia durante os confrontos da polícia no centro de Kiev , em 20 de fevereiro de 2014. ( AFP Photo / Sergei SUPINSKY ) manifestantes anti-governo se esconder como eles estão sob fogo
    Alegadamente de polícia durante os confrontos franco-atirador da polícia no centro de Kiev , em 20 de fevereiro de 2014. ( AFP Photo / Sergei SUPINSKY )
    Anti-government protesters take cover as they are under fire reportedly of police sniper during clashes police in the center of Kiev on February 20, 2014.(AFP Photo / Sergei Supinsky)
    Consta que ele foi carregado para a web por oficiais do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU ) leais ao presidente deposto Viktor Yanukovich que cortou os telefones de de Paet e Ashton .

    Durante a conversa, Paet sublinhou que " há agora mais e mais forte que o entendimento atrás dos atiradores, não foi Yanukovych , mas era alguém da nova coligação . "

    De acordo com a Estonian FM, " todas as evidências mostram " que os " mesmos snipers " em Maidan estavam atirando em pessoas de ambos os lados - a polícia e os manifestantes.

    Ashton reagiu à informação dizendo : " Bem, sim ... isso é , isso é terrível ", acrescentando que vale a pena investigar o assunto.

    94 pessoas foram mortas e outras 900 feridas durante o confronto entre a polícia e manifestantes em Maidan Saquare em Kiev no mês passado.
    **
    via
    http://www.pco.org.br/internacional/dirigente-comunista-e-torturado-pelos-fascistas-da-ucrania/aeyo,e.html
    Golpe na Ucrânia
    Dirigente comunista é torturado pelos fascistas da Ucrânia
    Depois de derrubarem estátuas e depredarem monumentos, os fascistas partem para a tortura em praça pública

     Rostislav Stepanovich Vasilko, dirigente do Partido Comunista da Ucrânia torturado pelos fascistas ucranianos.
    Um dirigente comunista da cidade de Lvov foi torturado em Kiev. Um blog comunista local postou, em 27 de fevereiro, uma mensagem de Rostislav Stepanovich Vasilko, comunista da cidade de Lvov.
    Camaradas, eu sou Rostilav Stepanovich Vasiko, Primeiro Secretário do comitê local do Partido Comunista da Ucrânia em Lvov. Os Banderistas [partidários do colaborador dos nazistas Stepan Bandera] me bateram muito em Kiev. Eles perseguiram minha mãe, ameaçaram minhas crianças de morte. Eles ameaçaram me matar e matar minha esposa. Ajudem-me a conseguir asilo político em outro país. No dia 22 de fevereiro, das 11h às 23h, os facínoras da Euromaidan me torturaram no Parque Mariinsk. Eles enfiaram agulhas embaixo das minhas unhas e me bateram com tacos e me deram murros. Perfuraram meu pulmão direito, quebraram três costelas e meu septo nasal. Eles racharam o meu crânio e eu estou com uma concussão de segundo grau. Tenho hematomas por todo o meu corpo. Os Banderistas levaram tudo, pegaram meus documentos e meu dinheiro”.
    A cidade de Lvov é um reduto dos fascistas da Ucrânia. Foi nessa cidade que a OUN-B (Organização dos Nacionalista Ucranianos), liderada por Bandera, realizou um massacre de judeus nos primeiros dias de ocupação alemã no País, em 1941.
    O massacre foi liderado por Yaroslav Stetsko, aliado dos EUA durante a guerra fria (como Bandera). Stetsko é o principal ideólogo do partido Svoboda, um dos partidos de extrema-direita à frente do gople.
    Houve outros ataques contra comunistas depois do golpe. Os deputados comunistas do parlamento tiveram que se esconder para não serem atacados pelos fascistas.
    A violência da extrema-direita deixou de ser apenas simbólica. Até o golpe, os direitistas vinham derrubando e depredando estátuas de Lênin, além de um monumento em homenagem aos soldados soviéticos que tombaram expulsando o nazismo da Ucrânia.
    Já havia também episódios de violência física, como so casos de dois judeus esfaqueados em Kiev e uma sinagoga atacada no interior no começo de fevereiro. Mas agora a violência fascista se generalizou, com perseguições contra comunistas, judeus e a igreja ortodoxa russa.
    Para tomar conta da Ucrânia o imperialismo impulsionou a extrema-direita no País. A aliança entre o fascismo ucraniano e os EUA é antiga. Como a SS nazista fez antes de ocupar a Ucrânia, os norte-americanos financiavam Bandera e Stetsko para causar problemas para a URSS.
    Durante os protestos desse ano, financiados pelos EUA e com a ajuda de agentes da CIA (um agente da CIA foi preso em um dos protestos), os fascistas reuniram na Praça da Independência militantes de extrema-direita de todos os cantos do País. Assim, organizados e com cerca de 30% dos manifestantes durante os protestos, a extrema-direita tomou conta do movimento e deu a ele o sentido político que queria.
    Além de derrubar estátuas, espancar e matar pessoas, uma das primeiras medidas que os fascistas aprovaram por meio do Parlamento submetido a eles foi contra a língua russa, falada por cerca de 30% da população da Ucrânia.
    Agora, o imperialismo evoca cinicamente a “soberania” da Ucrânia, como se o golpe não tivesse sido uma ingerência dos EUA no país. Se não houver uma guerra civil e o País simplesmente se dividir, parte da Ucrânia está condenada a virar uma nova Grécia, desgraça imposta à população por uma manipulação do imperialismo.
    O imperialismo vem tentando a mesma manobra em outras regiões, como Venezuela, Tailândia e Síria. Caso os EUA sejam bem sucedidos em todos esses golpes, há a possibilidade de que isso seja uma saída temporária para a crise capitalista. Os prejuízos seriam repostos em cima das populações dos países atrasados, um enorme retrocesso para a classe trabalhadora em todo o mundo.
    **
    via Alcoa 6.3.2014

    Ucranianos em Alcobaça vivem «aqui» o sofrimento de «lá»

    MAPACAPA2329
    Anastasiya Bazelyuk é ucraniana e vive em Alcobaça desde os 21 anos. O objetivo era lutar por uma vida melhor, tanto que não pensa voltar: “já tenho cá casa e a minha filha nasceu cá”. Mas, a exemplo doutros cidadãos ucranianos que vivem na região, Anastasiya observa de longe os violentos conflitos na sua pátria, que já causaram dezenas de feridos e vítimas mortais. A ucraniana de 32 anos, diz entender as razões dos manifestantes, mas é da opinião que a Ucrânia não sobrevive sem a Rússia. “Temos muitos recursos na terra, carvão, água doce, trigo. Mas só temos dinheiro porque vendemos tudo isso à Rússia. O gás vem de lá, e muitas das dívidas são perdoadas”. Anastasiya acredita que os confrontos foram subsidiados pelos Estados Unidos da América, que têm interesse em ver o país longe do domínio russo. No país ainda tem uma avó e um tio, que lhe dá notícias: “ele conta-me que sair à rua é um perigo, há pessoas armadas, ameaçam matar os políticos e polícias, bem como as suas famílias. Fico muito revoltada, triste, ninguém tem direito de matar, de destruir património. Os manifestantes na Praça da Independência tiveram atitudes de homens primitivos”.
    (Saiba mais na edição em papel de 6 de março de 2014)
    ***
    via Alberto Silva
    A Ucrânia e o Nazi-fascismo
    Yorgos Mitralias, membro do comité grego da iniciativa do Manifesto Anti-fascista Europeu

    Aquilo que esta a passar-se na Ucrânia creio que merece a atenção de todos nós, independentemente das convicções politico-ideológicas de cada um. O texto que agora vos envio é esclarecedor, como também o é o financiamento de 700.000 milhões de euros para o governo saído da revolta naquele país.

    Desta vez não há dúvida. Monstruosa e horrível, a ameaça fascista está de volta, sem que a nossa Europa se escandalize por aí além. A prova? Nazis “puro-sangue”, que se reivindicam do 3º Reich e das suas divisões SS, perante os quais os brutos da Aurora Dourada grega quase parecem meninos de coro, ocupam os postos mais nevrálgicos (Ordem Pública, Defesa, Justiça) no governo interino ucraniano. E, o que é mais, a sua presença nesse governo não choca nada os nossos media, que se apressam a baptizá-los de ... “nacionalistas”, nem os nossos queridos dirigentes europeus de todas as espécies (social-democratas incluídos), que se apressam a reconhecê-los como parceiros totalmente frequentáveis.

    Em suma, é como se o processo de Nuremberga nunca tivesse existido! E não é tudo. O pior é que os acólitos desses fantasmas de um mundo que acreditávamos – erradamente – desaparecido para sempre se contam hoje por milhares, se passeiam armados até aos dentes nas ruas de Kiev e de Lviv e, sobretudo, estão a ganhar a confiança de um grande número dos seus compatriotaas. Porque, paradoxo ou não, é infelizmente um facto que essa revolta autenticamente popular que acaba de varrer o regime de Yanoucovitch tem entre os seus dirigentes nostálgicos da colaboração banderista de Svoboda e – sobretudo –  os neo-nazis, em plena ascensão, de Praviy Sektor.
    Então, se os Svoboda e Praviy Sektor fazem parte do governo ucraniano sem que os nossos dirigentes europeus ou norte-americanos – como aliás os nossos media de grande dimensão e outras instituições internacionais – se perturbem, não nos surpreendamos se todo esse belo mundo neo-liberal aceitar amanhã sem protesto a presença de um partido como o Aurora Dourada num governo grego. Se Dmytro Yarosh, chefe de Praviy Sektor, se torna o segundo de Andriy Parubi (aliás ele próprio fundador do partido nacional-socialista da Ucrânia) à cabeça do Conselho de Segurança Ucraniano, por que não amanhã o führer do Aurora Dourada, N. Mihaloliakos, à frente dos Ministérios da Defesa ou da Ordem Pública gregos? Eis uma razão mais para considerarmos o que se passa actualmente na Ucrania como uma verdadeira viragem na história europeia do pós-guerra, um imenso salto qualitativo da ameaça neo-fascista que pesa agora sobre todos nós.
    Mas não se trata apenas disso. Independentemente do caminho que tomem os acontecimentos que vêem afrontar-se no solo ucraniano não só a Rússia e a Ucrânia mas também as grandes potências imperialistas do nosso tempo, tudo indica que os neo-nazis ucranianos, já poderosos, serão os únicos a aproveitar-se da devastação que não deixarão de provocar tanto as políticas de austeridade do FMI como os ventos guerreiros e nacionalistas que varrem a região. As consequências são previsíveis. Os neo-nazis ucranianos em armas serão provavelmente capazes de estender a sua influência para lá do Leste europeu e gangrenar o conjunto do nosso continente. Como? Primeiro, impondo, no interior do campo da extrema-direita europeia em ascensão, relações de força favoráveis ao neo-nazismo militante. Depois, servindo como modelo de exportação ao menos para os países vizinhos (incluindo a Grécia), já martirizados pelas políticas de austeridade e já contaminados por vírus racistas, homofóbicos, anti-semitas e neo-fascistas. E, evidentemente, sem esquecer o grande “argumento” que constituem os milhares e milhares de armas – incluindo pesadas – na sua posse, que não deixarão de exportar. A conclusão salta à vista. É o conjunto da paisagem, equilíbrios e relações de força na Europa que será inevitavelmente transformado, às custas de sindicatos operários, organizações de esquerda e movimentos sociais. Em palavras simples, já há de que ter pesadelos.
    ***
    Daniel Oliveira - Expresso




    Apresento-vos os defensores dos "valores europeus" na Ucrânia







    Guardian  e a CNN , insuspeitos de qualquer antipatia pela "causa ucraniana" que mobiliza tantos jornalistas portugueses, deram a conhecer o conteúdo de escutas telefónicas  entre a responsável pela política externa da União Europeia, Catherine Ashton, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Urmas Paet. As escutas tinham sido divulgadas pela comunicação social russa, o que levanta novas questões sobre o comportamento dos serviços de espionagem na Europa. Mais uma vez, o comportamento da NSA norte-americana e a suavidade da reação dos Estados europeus deixa pouco espaço de manobra para grandes indignações.
    Em resumo, é isto: os snipers que atingiram mortalmente manifestantes e polícia na Praça da Independência, em Kiev, foram os mesmos e há fortíssimas suspeitas de não estarem ligados ao regime deposto. Pelo contrário, é mais provável que fossem agentes provocadores ligados aos revoltosos. Aquilo que parecia ser uma teoria da conspiração lançada pelos russos ganha assim uma nova credibilidade. Depois de explicar que as balas só podem ter sido disparadas pelas mesmas pessoas, Paet diz a Ashton, sobre a atual coligação governamental: "Há agora um cada vez maior entendimento de que, por de trás dos snipers, não estava Yanukovych, mas alguém da nova coligação".
    Por desconhecimento, muitos ficarão incrédulos. Afinal de contas, sempre que cidadãos ocidentais veem muita gente numa praça imaginam que ali só pode estar o povo em luta pela liberdade e pela democracia. Não compreendendo que os conflitos internos de cada país - seja no Egito ou na Ucrânia - não se resumem a dicotomias tão simples e primaveris, que se resolve com um like no facebook. Sobretudo em países com conflitos étnicos, sujeitos a fortes interesses económicos e com pouca tradição democrática.
    A oposição ucraniana, agora no governo provisório, não é só - nem sobretudo - composta por democratas. A maioria está engajada em partidos tão corruptos e tão dependentes do poder dos oligarcas como o governo deposto. E estes são os melhorzinhos. Os outros, que tiveram um papel absolutamente central na EuroMaidan e na tomada violenta de vários símbolos do poder, estão ligados a organizações bem mais sinistras do que se possa imaginar. O método de eleição de alguns membros do governo provisório, baseado na "democracia de Esparta", pode parecer apenas ingenuidade e anedota. Mas não é. Corresponde a um movimento político antidemocrático que ganhou força nos últimos anos.
    Vamos então conhecê-los. Um é o grupo paramilitar abertamente xenófobo Pravyi Sektor ("Sector Direito"), herdeiro do "Tryzub" (Tridente) e liderado dor Dmytro Yarosh. Durante a revolução, Yarosh foi acusado de pedir o apoio de Dokka Umarov, líder da fação da guerrilha techechena que está ligada à Al-Quaeda. A acusação está ainda a ser investigada (pode tratar-se duma fraude). Mas a sua organização, bastante violenta, teve um papel central no armamento das milícias paramilitares durante os protestos. Milícias que entretanto foram reconhecidas oficialmente pelo governo provisório. O Pravyi Sektor  prometeu ilegalizar o Partido das Regiões (que estava no poder) e o Partido Comunista. Outro grupo é a Assembleia Nacional Ucraniana-Auto Defesa do Povo Ucraniano (Una-Unso), fundamentalistas ortodoxos, nacionalistas, antissemitas e defensores de um governo autoritário para país. Os seus militantes estão organizados em brigadas voluntárias, com treino na luta da Tchéchénia ao lado dos guerrilheiros.
    Mas a força política mais importante entre os radicais nacionalistas é, de longe, a União Pan-Ucrâniana "Liberdade", conhecida apenas por Svoboda ("Liberdade"). A Svoboda é assumidamente neonazi e foi fundada em 1991, com o sugestivo nome de Partido Social-Nacional da Ucrânia. Quem não chegue lá pelo nome pode sempre ver o seu símbolo  e ficar esclarecido. Na mesma altura em que várias organizações de extrema-direita do leste europeu fizeram o devido lifting, para estarem em condições de ser apoiadas ou pelo menos toleradas por algumas potências ocidentais, o PSNU foi transformado em Svoboda pelo seu líder Oleh Tyahnybok.
    Svoboda é considerado pela Centro Simon Wiesenthal o quinto partido mais antissemita do mundo. É abertamente xenófobo, defendendo a segregação de judeus e polacos. Também é, claro está, homofóbico. O seu deputado Igor Miroshnichenko, assumido admirador de Röhm, Strasser e Goebbels, declarou que "a homossexualidade será banida deste país, pois é uma doença que ajuda à difusão da SIDA". Este mesmo deputado descreveu, na sua página de Facebook, a atriz Mila Kunis (ucraniana de origem, com pai russo e mãe judia) como uma "zhydovka", termo insultuoso para referir mulheres judias. O Svoboda defende não apenas a ilegalização do aborto, mas a criminalização da sua defesa pública. Defende também a ilegalização de qualquer partido comunista, o direito universal a andar armado, o regresso da Ucrânia ao nuclear e o tal "democracia espartana". A tudo isto junta as adesões à União Europeia e à NATO, consideradas absolutamente condizentes com o seu posicionamento político. O que diz qualquer coisa sobre a imagem de exigência democrática que a União Europeia está a passar para fora.
    O corte do líder do Svoboda com o resto da oposição, com quem entretanto se reconciliou em nome dos "valores europeus", deu-se em 2004, quando fez, num discurso transmitido pela televisão, um elogio a resistência ucraniana na II Guerra por ter lutado contra "a mafia moscovita-judaica". Deixando esta pungente memória patriótica: "Eles punham as suas armas ao ombro, iam para a floresta e lutavam contra os moscovitas, os alemães, os judeus e outra escumalha que nos queria tirar o Estado da Ucrânia." Nos protestos do EuroMaidan os manifestantes do Svoboda exibiram, a abrir os seus cortejos, orgulhosos, a fotografia de Stepan Bandera, líder nacionalista da Ucrânia durante a II Guerra, que colaborou com a deportação para os campos de extermínio nazis de centenas de milhares de judeus, comunistas e ciganos. Para tentar ganhar votos à muito pouco recomendável mas agora transformada eheroína do Ocidente Yulia Tymoshenko, o não mais recomendável Vicktor Yushenko chegou a dar o título de herói da Ucrânia a Bandera, retirando-o depois de indignados protestos das organizações judaicas internacionais. A mesma União Europeia que agora abraça os pupilos de Bandera condenou, na altura, Yushenko por esta homenagem.
    Que não haja confusões. O Svoboda não é um pequeno grupelho. Teve 10,5% dos votos nas últimas eleições, elegeu 38 deputados e conquistou mais de 30% em três províncias do extremo ocidental da Ucrânia. Na "heróica" Lviv, onde começou a revolta contra o governo e de onde é o seu líder, os neonazis tiveram mais de 50% dos votos. Animador, não é?
    Depois dos protestos estes grupos quase sem paralelo na Europa Ocidental foram postos à margem? Pelo contrário. O Svoboda tem um dos vice-primeiro-ministros, Oleksandr Sych. O seu cavalo de batalha foi a ilegalização do aborto, mesmo em caso de violação. Quando esta sua posição foi contestada, defendeu que as mulheres "devem ter um tipo de vida que evite o risco de violação, incluindo não beberem álcool e não andarem com companhias pouco recomendáveis". Tem ainda o secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, os ministros do Ambiente e da Agricultura e o Procurador Geral da Ucrânia. Isto para além do ministro da Defesa, o almirante Igor Tenjukh, que não sendo militante tem apoiado o partido nas suas iniciativas públicas. Já o Pravyi Sektor  tem o seu sinistro líder, Dmytro Yarosh, como vice-secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa. E o Una-Unso tem o ministro da Juventude e Desporto e a presidente da Comissão de Anticorrupção Nacional. Ou seja: três partidos à direita do PNR e da Aurora Dourada dirigem, num governo que ninguém elegeu, a Defesa, o combate à corrupção e a Procuradoria Geral. 
    Agora, que a poeira começa a assentar, talvez se perceba melhor que aqui não há heróis e vilões. Muito menos num país que teve de escolher entre as deportações e a fome de Estaline e o Holocausto de Hitler. As coisas são mais complicadas, apesar das imagens televisivas da revolta dos russos da Crimeia aparecer sempre como animalesca e violenta, enquanto a dos ucranianos surge como uma festa azul e amarela reprimida pelas forças do Estado. Perante o crescente poder dos nazis no aparelho de Estado ucraniano, a minoria russa tem boas razões para pensar que não terá lugar nesta nova Ucrânia. Quanto a mim, não sei se me agrada que a Ucrânia do senhor Tyahnybok e do seu Svoboda tenha lugar na União Europeia. Para pior já basta assim
    Ler maishttp://expresso.sapo.pt/apresento-vos-os-defensores-dos-valores-europeus-na-ucrania=f860020#ixzz2vZToUzLY
    ***
    PCP 25fev2014

    Sobre a situação na Ucrânia

    Perante a recente e dramática evolução da situação na Ucrânia, o PCP expressa a sua condenação pelo autêntico golpe de estado levado a cabo pelos sectores mais reaccionários da oligarquia ucraniana com o apoio do imperialismo, após meses de desestabilização e de escalada de violência, desencadeadas após o anúncio da suspensão da assinatura do acordo de associação com a União Europeia em Novembro passado.
    Os acontecimentos evidenciam a instrumentalização por parte das potências imperialistas da NATO – concertadas com as classes dominantes na Ucrânia – do profundo descontentamento acumulado entre os trabalhadores e amplas camadas da população, resultante do desastre social e económico da restauração do capitalismo na Ucrânia nas últimas duas décadas.
    O PCP denuncia e condena a brutal ingerência e desestabilização dos EUA, da UE e da NATO na situação interna da Ucrânia que – promovendo e apoiando as forças de extrema-direita, neonazis e xenófobas e fomentando o exacerbar de tensões, de divisões e clivagens –, visa assegurar o domínio político, económico e militar deste imenso país, de forma a avançar na sua escalada de tensão e estratégia de confronto com a Federação Russa, realidade que representa uma acrescida ameaça à segurança e à paz na Europa e no Mundo.
    O PCP alerta para o real significado e perigos que representam o avanço das forças de extrema-direita e de cariz fascista e neonazi na Ucrânia – no que constitui uma séria ameaça à democracia, aos direitos e liberdades e à própria integridade e soberania do país –, assim como chama a atenção para projectos que a pretexto da “ajuda externa” procuram impor gravosas condições económicas e políticas.
    O PCP denuncia e rejeita a campanha e as acções anticomunistas e expressa a sua mais veemente condenação dos ataques perpetrados contra os militantes, dirigentes e sedes do Partido Comunista da Ucrânia, assim como das tentativas para limitar ou mesmo ilegalizar a actividade do Partido Comunista da Ucrânia.
    O PCP reafirma a sua solidariedade aos trabalhadores e ao povo ucraniano, assim como ao Partido Comunista da Ucrânia e a todos os militantes e simpatizantes comunistas ucranianos e à sua luta em prol da paz, do bem-estar social, da soberania e independência da Ucrânia.
    ***
    Octávio Teixeira com inteira razão...20fev2014





    Octávio Teixeira acusa UE e Estados Unidos de usarem Ucrânia para enfraquecer a Rússia


    No Conselho Superior da Antena 1 desta manhã, Octávio Teixeira afirma que a situação da Ucrânia insere-se num jogo de xadrez geopolítico entre a União Europeia e os Estados Unidos, por um lado, e a Rússia pelo outro. “Mais do que uma alegada revolução dos ucranianos, o que estamos a assistir é a uma luta de influência entre potências político-militares”, porque a União Europeia quer colocar o país na sua órbita e da NATO para enfraquecer o poder regional da Rússia.

    “As grandes políticas alimentam uma deriva extremista, surfando o nacionalismo anti russo”, o que para Octávio Teixeira “é um erro perigoso, em particular para a Europa, cuja política inconsciente está a ajudar a acordar velhos sentimentos existentes na Ucrânia”. Ouvido pelo jornalista Luís Soares, o ex-líder parlamentar do PCP considera que há uma “irresponsável renovação da Guerra Fria agora transformada em guerra quente, orientada para o controlo estratégico de espaços regionais”, como nos casos do Iraque, Bósnia, Líbia, Síria, e Venezuela.
    **
    António Filipe...Deputado do PCP...23jan2014

    "A Ucrânia está dividida: há os que lutam pelo regime e os que lutam para não ter regime. Ter ou não ter regime depende muito dos ciclos eleitorais. Já na antiga Jugoslávia, só a Sérvia tem direito a ter regime. E enquanto não reconhecer o Kosovo terá regime. Já o dito Kosovo, pode ser "governado" por traficantes a soldo, mas não tem regime.

Entre nós também não há regime. A democracia anda pelas ruas
da amargura. O regime democrático definha às mãos da troika, dos governos, dos partidos e dos media que sustentam a criminosa política de empobrecimento e de traição nacional. Lutar por uma alternativa a este estado de coisas é um imperativo democrático e patriótico, ainda que nos arrisquemos a ter regime."

António Filipe, 23 Janeiro 2014

    Entre nós também não há regime. A democracia anda pelas ruas
    da amargura. O regime democrático definha às mãos da troika, dos governos, dos partidos e dos media que sustentam a criminosa política de empobrecimento e de traição nacional. Lutar por uma alternativa a este estado de coisas é um imperativo democrático e patriótico, ainda que nos arrisquemos a ter regime."
    ***
    Via site
    http://aaweb.org/pelosocialismo/index.php?option=com_content&view=article&id=897%3Aestados-unidos-principal-financiador-mundial-do-terrorismo&catid=102%3Afevereiro&Itemid=1
    ***
    Via avante 20fev2014
    Ucrânia
    Estratégia de confrontação
    As autoridades ucranianas confirmaram, domingo, a entrada em vigor de um decreto que amnistia todos os 234 manifestantes acusados de delitos cometidos entre 27 de Dezembro e 2 de Fevereiro. De acordo com um comunicado da procuradoria-geral, citado pela AFP, a lei que entrou em vigor na segunda-feira, 17, garante a anulação dos processos contra o cumprimento dos termos do acordo entre governo e oposição. Uma das contrapartidas é o abandono dos edifícios públicos ocupados nos últimos meses.
    Opositores que na manhã de domingo voltaram a juntar dezenas de milhares de pessoas na Praça da Independência, na capital da Ucrânia, reiterando a exigência de demissão do presidente Viktor Ianucovich. Os líderes dos partidos «Pátria», «Golpe» e «Liberdade», organizações de direita e nazi-fascistas, apresentaram ainda um ultimato ao Governo para que inicie reformas constitucionais, ameaçando com novas ocupações e distúrbios, noticiou a Prensa Latina.
    A desocupação dos edifícios públicos pode, entretanto, ser apenas uma suspensão temporária dos intentos golpistas. Por estes dias, a ex-primeira-ministra Iulia Timoschenko veio a público defender que apesar de «os nossos amigos europeus acreditarem que negociações e empréstimos conseguirão trazer Viktor Ianukovich de volta ao caminho europeu», tal não vai resultar, disse, de acordo com a Lusa.
    Em Berlim, a apreciação estratégica da ex-governante ucraniana, condenada por abuso de poder, ganha força, tanto mais que à capital germânica se prevê que cheguem os líderes dos partidos «Golpe» e «Pátria», Vitali Klitschko e Arseniy Yatsenuk (que é também co-fundador da ONG Ucrânia Aberta), respectivamente.
    Klitshko é um ex-boxeur cujo período mais fulgurante da carreira foi feito na Alemanha, apoiado sem rodeios nos seus intentos de candidato à presidência da Ucrânia pela Fundação Adenauer, pela própria chanceler Merkel e pelo ex-ministro dos Negócios Estrangeiros germânico Guido Westerwelle.
    Outro ponto de apoio central da estratégia de confrontação violenta da oposição são os EUA, cuja secretária de Estado adjunta foi apanhada, recentemente, a conversar com o embaixador norte-americano em Kiev sobre o plano para a «mudança de regime» na Ucrânia. O vernáculo dirigido à UE por Victoria Nuland foi, aliás, a parte mais desinteressante da gravação tornada pública.
    Tal como Westerwelle, o senador norte-americano Jonh McCain ou a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, também Nuland foi já à Praça da Independência na Ucrânia. Para além de ter distribuído bolachas guardada por um batalhão de neonazis, terá tratado da entrega de mais 15 milhões de dólares à subversão, parte do financiamento canalizado pelos EUA através de uma série de organizações e fundações, denunciam artigos de Mike Whitney e Ángel Cabrera no CounterPunch e no La Jornada, disponíveis no rebelion.org.
    Uma dessas plataformas é o Instituto Albert Einstein para a resistência não-violenta, cujo fundador, Gene Sharp, admite que «fazemos abertamente o que há 20 anos a CIA fazia em segredo».
    *
    Via blogue Octopus

     19 DE FEVEREIRO DE 2014

    Ucrânia: a última fronteira


    Durante muito tempo partilhada entre as potência regionais, em 1922 a Ucrânia tornou-se uma das Repúblicas Soviéticas. Considerada o celeiro da URSS, tornou-se progressivamente dependente do abastecimento de gás natural da Rússia.

    Partilhada entre as suas origens eslavas e o apelo europeu, tornou-se num palco apetecível para as potências ocidentais para cercar a incómoda Rússia.

    É neste contexto que devemos observar o que realmente se está a passar na Ucrânia.
    Estados Unidos
    O seu objectivo é separar a Ucrânia da Rússia  a para isolar. Os Estados Unidos utilizam a Ucrânia e a União Europeia para os fins para o fim que foi criada: limitar as eventuais potências europeias e isolar a Rússia.
    Polónia
    A Polónia, neste momento, é a aliada previligiada dos Estados Unidos, aproveitando o seu rancor em relação à França e à Alemanha. Tem todo o interesse em fazer uma aproximação em relação à Europa para poder reconquistar alguns territórios e influência perdidos em 1945.
    Alemanha
    Tem todo o interesse em "recuperar" a Ucrânia, como o fez em relação à Jugoslávia, além de ser um mercado económico apetecível.
    A Rússia
    Tem muito a perder em relação à Ucrânia, especialmente em relação à sua situação geo-estratégica regional, mas em caso de desmantelamento da Ucrânia irá "recuperar" a zona Este industrializada e a Crimeia.
    França
    Tem todo o interesse em criar um eixo franco-russo para a afastar a influência alemã.

    Ucrânia

    No meio de tudo isto, o presidente da Ucrânia, apesar do poder oligárquico instalado, teve o crédito de tentar conciliar as "duas" Ucrânias, a de Leste e a de Oeste, pressionar a Rússia e a União Europeia. Tinha que assegurar as exportações para a União Europeia e ao mesmo tempo negociar com os seu principal fornecedor energético: a Rússia. Foi um dos seus erros: os Estados Unidos nunca lhe iriam perdoar. Tal como não o fizeram com Noriega, Saddam Hussein, Chevardnadze, Khadafi,...
    ***
    avante 2007
    Extrema-direita cresce na Europa
    O avanço da extrema-direita, do racismo, da xenofobia, do antisemitismo e da islamofobia foi debatido por 90 organizações anti-racistas de 40 países, reunidas durante quatro dias, em Madrid, Espanha, na semana passada.
    O encontro – organizado pelo Movimento contra a Intolerância e a Rede Europeia UNITED – teve como objectivo desenhar estratégias comuns para combater o racismo e outras manifestações de intolerância na Europa. No final, os participantes concluíram que a Europa vive «um aumento da intolerância, da ultra- direita xenófoba e dos delitos de ódio contra pessoas diferentes, realizados por grupos neo-nazis».
    «Há regiões, como a Saxónia, com forte presença de organizações xenófobas nas instituições. Há países com numerosos crimes de ódio, como é a Rússia, onde grupos neo-nazis já assassinaram este ano 30 pessoas. E há locais com muita agitação, como a França, a Bélgica ou a Espanha», afirmou o presidente do Movimento contra a Intolerância, Esteban Ibarra.
    Os participantes exigem que a União Europeia aprove «com urgência» directivas de luta contra os crimes de ódio e crie uma rede europeia para combater o problema. Aos governos reivindica a aprovação de legislação integral contra o racismo e a aplicação de programas que fomenta a interculturalidade e a diversidade.

  • a Jugoslávia, só a Sérvia tem direito a ter regime. E enquanto não reconhecer o Kosovo terá regime. Já o dito Kosovo, pode ser "governado" por traficantes a soldo, mas não tem regime.