20/05/2014

8.072.(20maio2014.8.8') Honoré de Balzac

Nasceu a 20maio1799
e morreu a 18agosto1850
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via Terra d' Encanto da Susana Duarte

http://terradencanto.blogspot.pt/2016/02/ha-abismos-que-o-amor-nao-pode-superar.html#links

Há abismos que o amor não pode superar, apesar da força das suas asas.

___ Honoré de Balzac, "la peau de chagrin"
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É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida, quanto dizer que um violinista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música.
Via SOFIA BORGES
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18 de Agosto de 1850: Morre o escritor francês Honoré de Balzac

Escritor francês, nasceu a 20 de maio de 1799, em Tours, e morreu a 18 de agosto de 1850, na Rua Fortunée (hoje Rua de Balzac), em Paris. Quando Balzac nasceu, o pai tinha 53 anos e a mãe 21. Foi mandado para o colégio entre os oito e os catorze anos. Com a queda do governo napoleónico a família mudou-se de Tours para Paris, local onde Balzac frequentou mais dois anos de escola e passou os três anos seguintes a trabalhar no escritório de um advogado. A personalidade de Balzac ficaria marcada pela ausência de afeto maternal. Todo o seu trabalho literário se desenvolveu no ambiente de uma família burguesa representativa da mutação dos tempos. O Antigo Regime tinha sido derrubado com a Revolução Francesa.
Honoré de Balzac decidiu aos vinte anos dedicar-se à literatura. Como escritor de Cromwell (1819) e outras trágicas peças não foi além de um insucesso absoluto. De seguida escreveu romances sob pseudónimos. Como as suas obras tinham pouco êxito, lança-se nos negócios em 1825. Associa-se a um livreiro e torna-se impressor, mas em 1828 acaba por arruinar a família. Esta experiência dolorosa vai influir na obra literária. Em 1829, a publicação de duas obras deram o mote para o início do sucesso da sua carreira: les Chouans, um romance de amor que conta a história da insurreição dos camponeses de Breton contra a França revolucionária de 1799, e la Physiologie du mariage, um ensaio humorístico e satírico. Um ano depois publica Scènes de la vie privée, obra que veio aumentar a sua reputação. Estas histórias contadas por Balzac eram, na sua maior parte, estudos psicológicos baseados em conflitos entre pais e filhos. É um escritor que observa muito detalhadamente a fachada social. É como um cientista, deve muito ao positivismo de Comte (observação e experiência). Escreve o que pensa da sociedade, mas de um modo desapaixonado.
Balzac passou a maioria do seu tempo em Paris. Frequentou os salões parisienses e investiu esforços para se tornar uma figura deslumbrante da cidade das luzes. Estava ávido de fama, fortuna e amor. Encetou um conjunto de relações amorosas com mulheres da aristocracia do seu tempo. Entre 1828 e 1834 teve uma existência verdadeiramente tumultuosa. A ostentação da vida social que cultivava era um modo de se descontrair da sua enorme capacidade de trabalho, cerca de 14 a 16 horas por dia, tempo passado a escrever com uma pena de ganso e vestido com uma toga branca, quase monástica, e sempre acompanhado pelo café, o seu vício. Estes anos foram também de intensa atividade jornalística. Entre 1832 e 1835 produziu mais de vinte trabalhos dos quais se destacam: le Médecin de campagne (1833), Eugénie Grandet (1833, Eugénia Grandet), l'Illustre Gaudissart (1833) e Père Goriot (1835, Pai Goriot) uma das suas obras-primas. Neste romance reaparecem pela primeira vez personagens de romances anteriores. Tenta construir um universo coerente de seres e situações que formem um todo. O ano de 1834 marca o clímax na carreira do escritor, quando decidiu publicar uma série de livros onde retrataria a sociedade do seu tempo dividida em três categorias de romances: em Etudes analytiques retrata os princípios que governam a vida e a sociedade, em Etudes philosophiques revela as causas do determinismo da ação humana e em Etudes de murs mostra os efeitos dessas causas e divide-as em seis scènes - privadas, provinciais, parisienses, políticas, militares e rurais. Este projeto resultou num total de 12 volumes escritos entre 1834/37. Em 1840 juntou todos os volumes e mais alguns escritos posteriores, reunindo-os numa obra que intitulou la Comédie humaine (A Comédia Humana). A edição definitiva, de 24 volumes, só foi editada entre 1869 e 1876.
No período entre 1836 e 1839 escreveu le Cabinet des Antiques (1839) e as primeiras duas partes de Illusions perdues, considerada uma obra-prima, que só ficou concluída em 1843. Este livro conta a história de um jovem provinciano que vem para Paris e que, ao confrontar-se com uma nova realidade, abala as suas ideias românticas. Não há tema mais balzaquiano do que o de um jovem provinciano ambicioso que luta no mundo competitivo e adverso da grande cidade de Paris. Balzac admira estes indivíduos e tem especial atração pelo tema que coloca em conflito o indivíduo com a sociedade. As personagens balzaquianas são continuamente afetadas pelas pressões derivadas das dificuldades materiais e das ambições sociais. Ainda durante a década de trinta escreveu alguns romances relacionados com psicologia, mística e temas eróticos. A variedade de temas transformou Balzac no supremo observador e cronista da sociedade francesa contemporânea. Os seus romances são inigualáveis quer na vitalidade e na diversidade narrativas, quer no interesse obsessivo pelas várias vertentes da vida, o contraste entre os hábitos e costumes da cidade e da província, a indústria, o comércio, a arte, a literatura, a cultura, a intriga política, o amor romântico, os escândalos na aristocracia e na alta burguesia. A maioria destes assuntos estavam ainda por explorar na ficção francesa.
A história que Balzac se propôs escrever é sobretudo uma história da sociedade burguesa, não negligenciando o indivíduo nos seus silêncios e nas suas elipses. Balzac tinha um extraordinário poder de observação, memória fotográfica e capacidade intuitiva para perceber as atitudes dos outros, os seus sentimentos e motivações. O romance balzaquiano faz com que o leitor descubra a alma e os sofrimentos incógnitos, em particular os sofrimentos de abandono e de humilhação. Os seus romances são interditos a leitores unidimensionais.
Honoré de Balzac. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)

 
O jovem Balzac na década de 1820, desenho atribuído a Achille Devéria

Honoré de Balzac (1842).jpg
Balzac em 1842.
Pintura realizada após daguerreótipo de 1842 de Louis-Auguste Bisson

https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/08/18-de-agosto-de-1850-morre-o-escritor.html
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Nasceu a 20mAIo1799
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/05/20-de-maio-de-1799-nasce-honore-de.html?spref=fb&fbclid=IwAR0Tg_ySmpnBPmE4O8Om3l97KIZx49cl2r4mZ-Zumi0p2DWjLHDMn4uRYIU
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Via Citador
"O amor é a poesia dos sentidos. Ou é sublime, ou não existe. Quando existe, existe para sempre e vai crescendo dia a dia."
"O acaso é o maior romancista do mundo; para se ser fecundo, basta estudá-lo."
"Não há dor que o sono não possa vencer."
 «É mais fácil ser amante do que ser marido, pela simples razão de que é mais difícil ter espírito diariamente do que dizer coisas bonitas de vez em quando». 
"O coração das mães é um abismo no fundo do qual se encontra sempre um perdão."
"É tão natural destruir o que não se pode possuir, negar o que não se compreende, insultar o que se inveja."
"A alegria só pode brotar de entre as pessoas que se sentem iguais."
"O homem morre a primeira vez quando perde o entusiasmo."
"O tempo é o único capital das pessoas que têm como fortuna apenas a sua inteligência."
"Deve-se deixar a vaidade aos que não têm outra coisa para exibir."
"Seja no que for, só se recebe na medida do que se dá."
"Pode-se perdoar, mas esquecer, isso, é impossível."
"O amor é a única paixão que não admite nem passado nem futuro."
"A inveja é o mais estúpido dos vícios, pois deste não se obtém nenhuma vantagem."
"O remorso é uma impotência, ele voltará a cometer o mesmo pecado. Apenas o arrependimento é uma força que põe termo a tudo."
"Por detrás de uma grande fortuna há um crime."
"A resignação é um suicídio quotidiano."


O Crime da PalavraNenhum código, nenhuma instituição humana pode prevenir o crime moral que mata com uma palavra. Nisso consta a falha das justiças sociais; aí está a diferença que há entre os costumes da sociedade e os do povo; um é franco, outro é hipócrita; a um, a faca, à outra, o veneno da linguagem ou das ideias; a um a morte, à outra a impunidade. 

 in "O Contrato de Casamento"
Lugares e Estados de AlmaA influência exercida sobre a nossa alma, pelos diferentes lugares, é uma coisa digna de observação. Se a melancolia nos conquista infalivelmente quando estamos à beira das águas, uma outra lei da nossa natureza impressionante faz com que, nas montanhas, os nossos sentimentos se purifiquem: ali a paixão ganha em profundidade o que parece perder em vivacidade. 

in 'A Mulher de Trinta Anos'
Sentimentos e InteressesJamais os moralistas conseguirão fazer compreender toda a influência que os sentimentos exercem sobre os interesses. Essa influência é tão poderosa como a dos interesses sobre os sentimentos. Todas as leis da natureza têm um duplo efeito, em sentido inverso um do outro. 

in 'Ilusões Perdidas'
Imoralidade FatalA acusação de imoralidade, que nunca faltou ao escritor corajoso, é aliás a última que resta a fazer quando não se tem mais nada a dizer a um poeta. Se fordes verdadeiro em vossas pinturas; se, à força de trabalhos diurnos e nocturnos, conseguirdes escrever a língua mais difícil do mundo, atiram-se-vos a palavra imoral ao rosto. Sócrates foi imoral, Jesus Cristo foi imoral; ambos foram perseguidos em nome das sociedades que derrubavam ou reformavam. Quando se quer matar alguém, acusam-no de imoralidade. 

 in 'Prefácio à Comédia Humana'