06/12/2014

9.177.(6dez2014.11.44') Maria Lamas

Nasceu a 6out1893
e morreu a 6dez1983
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https://www.facebook.com/althum/photos/a.128129503880759.19784.117412024952507/1188284114531954/?type=3&theater
“Um bom livro é um companheiro indispensável na jornada da Vida”.
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MARIA LAMAS um nome de mulher, no mundo dos homens, uma investigadora autodidacta, na história das Mulheres do Portugal contemporâneo. Uma mulher que fez história, foi uma combatente e uma lutadora resistente, que entrou na História como cidadã e que escreveu História como autora. Uma portuguesa, notável, uma cidadã europeia do século XX.

(Instituto Camões)
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Via
http://agualisa3.blogs.sapo.pt/
mlamas.JPG
Talvez a mais corajosa e pertinaz entre as mulheres portuguesas de todos os tempos que lutaram pela liberdade e mais sofreram por isso, nasceu a 6 de Outubro de 1893 e faleceu em 1983, quando tinha noventa anos de idade. Maria Lamas, uma inconformista lutadora que dedicou a maior parte das suas energias à luta pela igualdade entre os géneros e à causa da democracia. E como podia encarar isso o fascismo pidesco, como podia ele reagir perante uma mulher indómita e livre, ou seja, o oposto do paradigma feminino do ideal paroquiano e sacrista do salazarismo? Segundo o católico-fascismo à portuguesa, mulher era para obedecer ao marido, tratar do lar e encomendar almas em missas e no recato. Não podia ser de outra forma – Maria Lamas pagou o seu preço de rebeldia, e que preço, pela perseguição, a prisão e o exílio. Além da luta cívica que nunca abandonou até ao fim dos seus dias, Maria Lamas deixa uma obra significativa e eclética como tradutora, escritora e jornalista.

Lembrá-la é um incentivo a que a luta pela liberdade e pela igualdade entre géneros não se dê como terminada. Que mais não seja, para que o património do muito que devemos a Maria Lamas não se esfume pelos buracos da memória.

Agradeço a lembrança da efeméride deixada aqui e recomendo a leitura destanota biográfica.
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Maria Lamas, foi uma escritora, tradutora, jornalista e conhecida activista política dos direitos das mulheres, vindo a ser militante do PCP até à sua morte!
Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas, conhecida por Maria Lamas, nasceu em Torres Novas a 6 de Outubro de 1893 e morreu em Lisboa a 6 de Dezembro de 1985, foi uma escritora, tradutora, jornalista, e
conhecida activista política dos direitos das mulheres.
Era a irmã mais velha de Manuel António Vassalo e Silva.
Completou os seus estudos no Colégio Religioso Jesus, em Torres Novas.
Casou pela primeira vez em 1910 com Teófilo José Pignolet Ribeiro da Fonseca, tendo deste casamento, que durou até 1919, duas filhas, Maria Emília (1911) e Maria Manuela (1913).
Viveu em Luanda entre 1911 e 1913, acompanhando o seu marido em missão militar, tendo aí nascido a sua filha mais velha.
Em 1921 casou em segundas núpcias com o jornalista Alfredo da Cunha
Lamas de quem teve uma filha, Maria Cândida.
Simpatizante do PCP, esteve ligada à Oposição Democrática durante o fascismo.
Entre 1962 e 1969 viveu em Paris como exilada política, habitando o Grand Hotel Saint-Michel, no Quartier Latin, onde conheceu Marguerite Yourcenar e onde desenvolveu intensa actividade política e de apoio a portugueses refugiados em oposição ao regime fascista.
Depois do 25 de Abril de 1974 formalizou aquilo que já era de facto, MILITANTE DO PCP.
Nas suas obras utilizou diversos pseudónimos como, "Maria Fonseca", "Serrana d’Ayre" e "Rosa Silvestre".
São especialmente dignos de nota as suas obras no âmbito da literatura infantil e no da etnologia, As Mulheres do meu País.
Como jornalista trabalhou em diversos jornais e revistas como A Joaninha, A Voz, Correio da Manhã, o suplemento do jornal o Século intitulado "Modas e Bordados" e na revista Mulheres, da qual foi directora.
Maria Lamas morreu a 6 de Dezembro de 1983 em Lisboa.
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Via Avante.
http://www.avante.pt/pt/1591/nacional/5435/
Congresso do MDM
A Memória, a Obra e o Pensamento de Maria Lamas
«O reconhecimento da experiência das mulheres trabalhadoras, desempregadas, operárias, camponesas, professoras, intelectuais, domésticas ou empregadas do comércio, tendo em conta os seus saberes, competências e qualidades femininas e os seus contributos nas complexas questões das políticas sectorial, local e global» é um dos desígnios que sob forma de declaração, na voz da dirigente nacional do Movimento, Maria José Ribeiro, o Congresso do MDM sobre «A Memória, a Obra e o Pensamento de Maria Lamas» aprovou no passado sábado, no Porto.
A iniciativa teve lugar na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, e juntou mais de duzentas pessoas, oriundas praticamente de todo o país, de Bragança ao Algarve, unidas ainda na «exigência de que o Estado de Direito assegure o direito das mulheres a serem sujeitos e não objectos».
À comunicação social, em especial à televisão, foi lançado o «repto para se associe à feminização da memória» (um conceito assumido no encontro), «nomeadamente dando visibilidade ao riquíssimo espólio existente (comunicações, entrevistas, reportagens e estudos) sobre a vida e a obra de mulheres portuguesas que se notabilizaram e notabilizam pela sua luta pelos direitos das mulheres e pela sua intervenção cívica, política, social, cultural e económica».
Realizada de parceria com a Universidade Popular do Porto, Sindicato dos Jornalistas, Sindicato dos Professores do Norte, SINAPSA, Editorial Caminho e Escola EB 2,3 Maria Lamas, do Porto, e com os apoios da CIDM, da Câmara Municipal do Porto e do Governo Civil do Porto, a iniciativa integrou ainda uma ampla exposição que se mantém no local até dia 5 de Junho.
As temáticas abordadas, para além de muitos contributos escritos, foram tão diversificadas como as de Dulce Rebelo («Feminismos e Movimentos de mulheres no Tempo de Maria Lamas»), Eugénia Vasques («Maria Lamas, uma romancista por cumprir»), José António Gomes («Maria Lamas e a Literatura para a Infância»), Sofia Branco («Maria Lamas. Uma repórter do mundo»), Alda Gonzaga («As Mulheres do Meu país, Ontem e Hoje»), Margarida Tengarrinha («Maria Lamas nos Congressos Mundiais de Mulheres de 1953 e 1963»), Ana Paula Ferreira, que sendo professora de Estudos Portugueses e Women’studies na Universidade da Califórnia, Irvine, não quis deixar de dizer que lhe seria impossível declinar o «tão honroso convite» que fora endereçado, vindo de propósito a Portugal para o efeito («Maria Lamas e o Mito do Amor Romântico»), e Regina Marques («Feminismos para o século XXI. Correntes e teorias sociais e feminismos na era da globalização. Feminismo e Transformação Social»).
Ilda Figueiredo e Fernanda Mateus foram das dirigentes nacionais do PCP que usaram da palavra.
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http://www.avante.pt/pt/2089/nacional/128143/
Maria Lamas, uma mulher a figurar no Panteão Nacional
O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) propôs, sexta-feira, à Assembleia da República, a aprovação de uma resolução, ao abrigo da Lei 28/2000, que atribua a Maria Lamas – 30 anos após a sua morte e 120 anos sobre o seu nascimento – as honras para figurar no Panteão Nacional.
Como se lê na proposta apresentada pelo MDM, Maria Lamas distinguiu-se «perante as mulheres e o povo português», tendo feito «da causa das mulheres pela sua inserção e reconhecimento social uma preocupação fundamental».
«A sua abrangência intelectual e política atravessou fronteiras geográficas e culturais, tendo deixado um legado enorme de publicações com marcos que perduram no tempo, na defesa dos valores da dignidade das mulheres e dos oprimidos, da paz, da civilização e progresso, da dignificação do género humano», salienta o Movimento, que pretende, desta forma, revitalizar a memória de Maria Lamas, sendo «um dever de reconhecimento político, no sentido mais nobre da palavra que urge hoje reabilitar».
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Via
http://istonaoestaaqui.blogspot.pt/2012/12/maria-lamas-e-as-mulheres-do-meu-pais.html



QUARTA-FEIRA, 26 DE DEZEMBRO DE 2012


MARIA LAMAS E "AS MULHERES DO MEU PAÍS"

Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas nasceu em Torres Vedras no dia 6 de Dezembro de 1893, ficou conhecida como Maria Lamas e foi escritora, tradutora, ensaista, jornalista e activista politica pelos direitos das mulheres portuguesas e pela Paz no Mundo.


Fez os seus estudos no Colégio religioso de Torres Vedras, Jesus, Maria e José. Casou pela primeira vez em 1910 com Teófilo José Pignolet Ribeiro da Fonseca, casamento que iria durar apenas até 1919, e do qual nasceram duas filhas, Maria Emilia e Maria Manuela. Em 1925 casou em segundas nupcias com o jornalista Alfredo da Cunha Lamas, de quem teve uma filha, Maria Candida. 

Maria Lamas foi sempre opositora contra o Estado Novo. Viveu exilada em Paris durante vários anos e chegou a ser presa pela PIDE, tendo sido encarcerada no Forte de Caxias. Durante o seu exilio apoio sempre os refugiados politicos portugueses em França e não só. Pouco após o 25 de Abril de 1974 aderiu ao PCP.

Escreveu vários livros para crianças, escreveu para vários jornais e revistas, de que se destaca "Modas e Bordados" e "Revista Mulheres", da qual foi directora.

Fez parte da Direcção do MUD, participou em vários Congressos Internacionais pela Paz e de Organizações de Direitos das Mulheres. 

Em Portugal recebeu várias condecorações, Ordem da Liberdade e Ordem de Santiago da Espada (1980).

Foi Presidente Honorária do M.D.M.

Viria a falecer no ano 1983.

O seu livro As Mulheres do Meu País foi publicado no ano de 1948 e para o escrever, a escritora percorreu o país, de autocarro, de carro, de carroça, a pé, de burro, subiu e desceu montes e vales, falou com centenas de pessoas, tirou talvez milhares de fotografias, o livro é um testemunho imprescindível para quem quer que pretenda conhecer a fundo a vida das portuguesas e dos portugueses sobretudo os das zonas rurais, nos anos 40, a miséria, a ignorância, a superstição, o obscurantismo, a falta de condições básicas de higiene e de salubridade minimas, a falta quase total de cuidados minimos médicos...