18/01/2015

9.423.(18jan2015.10.55') Montesquieu

Nasceu a 18jan1689
e morreu a 10fev1755
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Charles de Montesquieu
1 dos grandes filósofos do
Iluminismo tal como Rousseau
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Via Citador

http://www.citador.pt/frases/citacoes/a/baron-de-la-brede-et-de-montesquieu
As conquistas são fáceis de alcançar, pois fazemo-las com todas as nossas forças; mas são difíceis de conservar, uma vez que apenas as mantemos com uma parte das nossas forças.
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Um homem não é infeliz porque tem ambições, mas porque elas o devoram.
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A amizade é um contrato segundo o qual nos comprometemos a prestar pequenos favores para que no-los retribuam com grandes.
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Para obter êxito no mundo temos de parecer loucos mas sermos espertos.
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Recebemos três educações diferentes: a dos nossos pais, a dos nossos mestres e a do mundo. O que aprendemos nesta última, destrói todas as ideias das duas primeiras.
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A vantagem do amor sobre a libertinagem é a multiplicação dos prazeres.
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Gostar de ler é trocar horas de tédio por outras deliciosas.
Gostar de ler é trocar horas de tédio por outras deliciosas. - Baron de la Brede et de Montesquieu - Frases
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A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios.
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Em qualquer magistratura, é indispensável compensar a grandeza do poder pela brevidade da duração.
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Quanto menos os homens pensam, mais eles falam.
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d' ENSAIO SOBRE O GOSTO

O Feio Tem Mais Encanto Que o Belo

Por vezes existe nas pessoas ou nas coisas um charme invisível, uma graça natural que não pôde ser definida, a que somos obrigados a chamar o «não sei o quê». Parece-me que é um efeito que deriva principalmente da surpresa. Sensibiliza-nos o facto de uma pessoa nos agradar mais do que deveria inicialmente e somos agradavelmente surpreendidos porque superou os defeitos que os nossos olhos nos mostravam e que o coração já não acredita. Esta é a razão porque as mulheres feias possuem muitas vezes encantos que raramente as mulheres belas possuem, porque uma bela pessoa geralmente faz o contrário daquilo que esperávamos; começa a parecer-nos menos estimável. Depois de nos ter surpreendido positivamente, surpreende-nos negativamente; mas a boa impressão é antiga e a do mal, recente: assim, as pessoas belas raramente despertam grandes paixões, quase sempre restringidas às que possuem encantos, ou seja, dons que não esperaríamos de modo nenhum e que não tinhamos motivos para esperar.
Os encantos encontram-se muito mais no espírito do que no rosto, porque um belo rosto mostra-se logo e não esconde quase nada, mas o espírito apenas se mostra gradualmente, quando quer e do modo que quer; pode esconder-se para surgir de novo e proporcionar essa espécie de surpresa que constitui os encantos.

 in "Ensaio Sobre o Gosto" 
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d' ELOGIO DA SINCERIDADE

Amizade Sem Sinceridade

Acredita-se ter encontrado um meio de tornar a vida deliciosa através da bajulação. Um homem simples que apenas diz a verdade é visto como o perturbador do prazer público. Foge-se dele porque não agrada a ninguém; foge-se da verdade que ele enuncia, porque é amarga; foge-se da sinceridade que proclama porque apenas traz frutos selvagens; tem-se receio dela porque humilha, porque revolta o orgulho que é a mais estimada das paixões, porque é um pintor fiel que nos faz ver quão disformes somos.
Não admira que seja tão rara: em toda a parte (a sinceridade) é perseguida e proscrita. Coisa maravilhosa, ela encontra a custo um refúgio no seio da amizade.
Sempre seduzidos pelo mesmo erro, só fazemos amigos para ter pessoas particularmente destinadas a nos agradarem: a nossa estima resume-se à sua complacência; o fim dos consentimentos acarreta o fim da amizade. E quais são esses consentimentos? O que é que mais nos agrada nos amigos? São os contínuos elogios que lhes cobramos como tributos.
A que se deve que já não haja verdadeira amizade entre os homens? Que esse nome não seja mais do que uma armadilha que empregam com vileza para seduzir? «É, diz um poeta (Ovídio), porque já não existe sinceridade.»
Com efeito, retirar a sinceridade da amizade é torná-la uma virtude teatral; é desfigurar essa rainha dos corações; é tornar quimérica a união das almas; é introduzir o artíficio no que há de mais santo e a perturbação no que há de mais livre. 
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Sinceridade Proscrita

A verdade permanece sepultada sob as máximas de uma falsa delicadeza. Chama-se saber viver à arte de viver com baixeza. Não se põe diferença entre conhecer o mundo e enganá-lo; e a cerimónia, que deveria ater-se inteiramente ao exterior, introduz-se nos nossos costumes mesmos.
A ingenuidade deixa-se aos espíritos pequenos, como uma marca da sua imbecilidade. A franqueza é olhada como um vício na educação. Nada de pedir que o coração saiba manter o seu lugar; basta que façamos como os outros. É como nos retratos, aos quais não se exige mais do que parecença. Crê-se ter achado o meio de tornar a vida deliciosa, através da doçura da adulação.
Um homem simples que não tem senão a verdade a dizer é olhado como o perturbador do prazer público. Evitam-no, porque não agrada; evita-se a verdade que anuncia, porque é amarga; evita-se a sinceridade que professa porque não dá frutos senão selvagens; temem-na porque humilha, porque revolta o orgulho que é a mais cara das paixões, porque é um pintor fiel, que faz com que nos vejamos tão disformes como somos.
Não há por que nos espantarmos, se ela é rara: é expulsa, proscrita por toda a parte. Coisa maravilhosa: só a custo encontra asilo no seio da amizade!
Seduzidos sempre pelo mesmo erro, não fazemos amigos senão para dispormos de pessoas particularmente destinadas a comprazer-nos: a nossa estima acaba com a sua complacência; o termo da amizade é o termo dos agrados. E tais agrados que são? Que é o que nos agrada mais nos nossos amigos? São os contínuos louvores, que deles recolhemos como tributos. 
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Que um Homem Tenha a Força de ser Sincero

A maior parte das pessoas, seduzidas pelas aparências, deixam-se tomar pelos engodos enganadores de uma baixa e servil complacência; tomam-na por um sinal de uma verdadeira amizade; e confundem, como dizia Pitágoras, o canto das sereias com o das musas. Crêem, digo eu, que produz a amizade, como as pessoas simples pensam que a terra fez os Deuses; em lugar de dizerem que foi a sinceridade que a fez nascer como os Deuses criaram os sinais e as potências celestes.
Sim! É de uma força tão bruta que a amizade deve provir, e é de uma bela origem a que tira de uma virtude que dá origem a tantas outras. As grandes virtudes, que nascem, se ouso dizê-lo, na parte da alma mais subida e mais divina, parecem estar encadeadas umas nas outras. Que um homem tenha a força de ser sincero, e vereis uma certa coragem difundida em todo o seu carácter, uma independência geral, um império sobre si mesmo igual ao exercido sobre os outros, uma alma isenta das nuvens do temor e do terror, um amor pela virtude, um ódio pelo vício, um desprezo pelos que se lhe abandonam. De um tronco tão nobre e tão belo, não podem nascer senão ramos de ouro.

in 'Elogio da Sinceridade' 
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Via Wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Montesquieu
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http://www.suapesquisa.com/biografias/montesquieu.htm
IntroduçãoCharles de Montesquieu foi um importante filósofo, político e escritor francês. Nasceu em 18 de janeiro de 1689, na cidade de Bordeaux (França). É considerado um dos grandes filósofos do iluminismo.
Biografia

Montesquieu nasceu numa família nobre francesa. Estudou numa escola religiosa de oratória. Após concluir a educação básica, foi estudar na Universidade de Bordeaux e depois em Paris. Nestas instituições teve contato com vários intelectuais franceses, principalmente, com aqueles que criticavam a monarquia absolutista.
Com a morte do pai em 1714, retornou para a cidade de Bordeaux, tornando-se conselheiro do Parlamento da cidade. Nesta fase,viveu sob a proteção de seu tio, o barão de Montesquieu. Com a morte do tio, Montesquieu assume o título de barão, a fortuna e o cargo de presidente do Parlamento de Bordeaux. 
Em 1715, Montesquieu casou-se com Jeanne Lartigue. Tornou-se membro da Academia de Ciências de Bordeaux e, nesta fase, desenvolveu vários estudos sobre ciências. Porém, após alguns anos nesta vida, cansou-se, vendeu seu título e resolveu viajar pela Europa. Nas viagens começou a observar o funcionamento da sociedade, os costumes e as relações sociais e políticas. Entre as décadas de 1720 e 1740, desenvolveu seus grandes trabalhos sobre política, principalmente, criticando o governo absolutista e propondo um novo modelo de governo.
Em 1729, enquanto estava em viagem pela Inglaterra, foi eleito membro da Royal Society.
Montesquieu morreu em 10 de fevereiro de 1755, na cidade de Paris.
Visão política e idéias
- Era contra o absolutismo (forma de governo que concentrava todo poder do país nas mãos do rei).
- Fez várias críticas ao clero católico, principalmente, sobre seu poder e interferência política.
- Defendia aspectos democráticos de governo e o respeito as leis.
- Defendia a divisão do poder em três: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Obras principais

- Cartas Persas (1721)
- O Espírito das Leis (1748) 
- Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência
- Contribuições para a Encclopédia (organizada por Diderot e D'Alembert)
Frases de Montesquieu
- "Um governo precisa apenas vagamente o que a traição é, e vai contribuir para o despotismo".
- "A pessoa que fala sem pensar, assemelha-se ao caçador que dispara sem apontar." 
- "Leis inúteis enfraquecem as leis necessárias."
- "Quanto menos os homens pensam, mais eles falam"
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10feVER1755...morreu Montesquieu
 imagem ilustrativa do artigo O Espírito das Leis
 "O Espírito das Leis", Montesquieu
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/02/10-de-fevereiro-de-1755-morre-charles.html?fbclid=IwAR06LpB1aY3XfiYx4cuaB5miUJahEUBDhB_FBKACWyFoQIPHIpozmco4y0Q
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18 de Janeiro de 1689: Nasce Charles- Louis de Secondat, Barão de Montesquieu, filósofo francês do Iluminismo

Charles-Louis de Secondat, barão de Montesquieu, foi um dos grandes filósofos políticos do Iluminismo. Nasceu a 18 de Janeiro de 1689 em La Brède e faleceu a 10 de Fevereiro de 1755, ficou famoso pela sua Teoria da Separação dos Poderes, actualmente consagrada em muitas das modernas constituições.
Nobre, de família abastada, Charles-Louis formou-se em direito na Universidade de Bordéus, em 1708, e foi para Paris prosseguir estudos. Com a morte do pai, cinco anos depois, voltou à cidade natal, La Brède, para tomar conta das propriedades que herdou.
Casou-se com Jeanne Lartigue, uma protestante. O casal teve duas filhas. Em 1716 ele herdou de um tio o título de Barão de La Brède e de Montesquieu, além do cargo de presidente da Câmara de Bordéus. Nos onze anos seguintes ele esteve envolvido em julgamentos e aplicações de sentenças, inclusive torturas. Nessa época também participou em estudos académicos, acompanhando os desenvolvimentos científicos e escrevendo teses. Em 1721, Montesquieu publicou as "Cartas Persas", um sucesso instantâneo que lhe trouxe a fama como escritor. Inspirou-se no  gosto da época pelas coisas orientais para fazer uma sátira das instituições e dos costumes das sociedades francesa e europeia, além de fazer críticas fortes à religião católica e à igreja: foi a primeira vez que isso aconteceu no século XVIII. O livro tem um estilo divertido, mas também é desanimador: apresenta a virtude e o autoconhecimento como impossíveis de serem atingidos.

Montesquieu elaborou uma teoria política, que apareceu na sua obra mais famosa,  O Espírito das Leis (L'Esprit des lois, 1748), inspirada em John Locke e no seu estudo das instituições políticas inglesas. É uma obra volumosa, na qual se discute a respeito das instituições e das leis, e busca-se compreender as diversas legislações existentes em diferentes lugares e épocas. Esta obra tornou-se na fonte das doutrinas constitucionais liberais, que repousam na separação dos poderes legislativo, executivo e judicial.
Montesquieu quis explicar as leis humanas e as instituições sociais: enquanto as leis físicas são regidas por Deus, as regras e instituições são feitas por seres humanos passíveis de falhas. Definiu três tipos de governo existentes: republicanos, monárquicos e despóticos, e organizou um sistema de governo que evitaria o absolutismo, isto é, a autoridade tirânica de um só governante. Para o pensador, o despotismo era um perigo que podia ser prevenido com diferentes organismos exercendo as funções de fazer leis, administrar e julgar. Assim, Montesquieu idealizou o Estado regido por três poderes separados, o Legislativo, o Executivo e o Judicial. Essa é a teoria da separação de poderes e teve enorme impacto na política, influenciando a organização das nações modernas.
Montesquieu. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
Wikipédia (Imagem)
uol.educação
Ficheiro:Montesquieu 1.png
Charles-Louis de Secondat, barão de Montesquieu

 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/01/18-de-janeiro-de-1689-nasce-charles.html?fbclid=IwAR1DxcYgVcJ5-rkVQXEe9HNhnppz64em7AOkE-xbRsIj2JaiZgoyIezFAV0
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2fev2016
Via face do JERO
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10204342661801255&set=pcb.10204342678521673&type=3&theater
Pensamento do dia: "Numa época de ignorância, não temos nenhuma dúvida, mesmo quando se cometem os piores males; numa época de conhecimento, trememos mesmo quando os maiores bens são praticados". Charles de Montesquieu (1698-1755), filósofo, escritor e político francês.
LUSA/Fim./
Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu, conhecido como Montesquieu (castelo de La Brède, próximo a Bordéus, 18 de Janeiro de 1689 — Paris, 10 de Fevereiro de 1755), foi um político, filósofo e escritor francês. Ficou famoso pela sua teoria da separação dos poderes,[1] atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais.
 Aristocrata, filho de família nobre, nasceu no dia 18 de Janeiro de 1689 e cedo teve formação iluminista com padres oratorianos. Revelou-se um crítico severo e irônico da monarquia absolutista decadente, bem como do clero católico.[1] Adquiriu sólidos conhecimentos humanísticos e jurídicos, mas também frequentou em Paris os círculos da boêmia literária. Em 1714, entrou para o tribunal provincial de Bordéus, que presidiu de 1716 a 1726. Fez longas viagens pela Europa e, de 1729 a 1731, esteve na Inglaterra.
Proficiente escritor, concebeu livros importantes e influentes, como Cartas persas (1721), Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência (1734) e O Espírito das leis (1748), a sua mais famosa obra. Contribuiu também para a célebre Enciclopédia, juntamente com Diderot e D'Alembert.