As bruxas e os bruxos do concelho de Alcobaça...
Vou investigar...
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5 bruxas mais famosas
Na idade média, eram chamadas de bruxas
as mulheres consideradas suspeita de envolvimento com feitiçaria e
coisas do ocultismo. Elas eram julgadas e condenadas por seus atos,
quase sempre sendo queimadas vivas para pagar por seus pecados.
O tempo passou e a humanidade foi
ficando mais esclarecida. Hoje, as bruxas fazem parte da cultura pop e
servem de inspiração para o cinema. Quem nunca ouviu falar da bruxa de
Blair?
Pois bem, iremos deixar a ficção de lado
e falaremos sobre algumas mulheres que ao logo da história foram
consideradas feiticeiras.
Conheça 5 das bruxas mais famosas da história:
1 – Maggie Wall

Na Escócia há um monumento de pedra de
seis metros de altura com uma cruz no topo. Nele está escrito: “Maggie
Wall queimada aqui. 1657 como uma bruxa”.
Mas o mais estranho é o fato de não haver nenhum registro de seu julgamento ou que comprove que Maggie Wall existiu. Ainda assim, ela é considerada uma das bruxas mais famosas da historia.
Há quem acredite que o monumento e seus
dizeres são dedicados às bruxas escocesas que foram acusadas e queimadas
na fogueira. Mas é claro, há também aqueles que acreditam que a
história dessa bruxa é verdadeira.
Teria ela sido uma sábia curandeira que
usava ervas e especiarias como remédios naturais, o que pode ter sido
visto com maus olhos na época. Dizem que seu monumento é mais visitado
do que o túmulo de Elvis Presley. Muitos dos visitantes gravam mensagens no monumento e deixam ofertas para Maggie Wall.
2 – Catherine Deshayes

Catherine Deshayes foi uma feiticeira francesa que ficou conhecida pelo nome de La Voisin.
Seus hábitos de criar poções e venenos, além de fazer abortos e ser uma
esposa promíscua, contribuíram para que ela fosse condenada por
envenenamento e feitiçaria.
Muitas mulheres de Paris
a procuravam por causa de suas poções do amor, o que fez com que ela
ficasse muito rica. Mas, La Voisin eventualmente foi pega em um
escândalo conjugal e as pessoas começaram a pensar que as poções que ela
fazia estavam envenenando essas mulheres.
A maioria dessas mulheres era rica e
poderosa, e o depoimento de La Voisin no tribunal não conseguiu
convencer o juri. De modo que ela foi condenada por envenenamento e
feitiçaria, sendo queimada em público no centro de Paris em 1680.
3 – Merga Bien

Das 200 pessoas envolvidas nos Julgamentos das bruxas de Fulda (1603-1606) na Alemanha, Merga Bien é o caso mais popular. Ela estava entre as primeiras a serem julgadas, tendo sido acusada do simples fato de estar grávida!
Merga foi casada com seu terceiro marido
por 14 anos e nunca tinha tido um filho antes. Então, acreditava-se que
o feto que crescia dentro dela pertencia ao Diabo! Mesmo grávida, ela
foi torturada e obrigada a confessar ter matado seu ex-marido e ter
relações sexuais com Satanás.
Isso era tudo o que o príncipe Abbot Balthasar von Dernbach precisava
ouvir depois que ele começou uma maciça caça às bruxas. Assim, Merga
foi queimada na fogueira naquele primeiro ano da caça.
4 – Ursula Southeil

Mais conhecida como Mãe Shipton, seu legado foi comparado ao de Nostradamus por suas estranhas previsões.
Essa inglesa do século XVI era temida
como uma bruxa, mas hoje ela é conhecida como uma profetisa. Por causa
de sua aparência grotesca, ela foi chamada de “cara de bruxa” e
“bastarda do diabo”.
As pessoas acostumaram-se a ver suas
previsões se tornarem realidade, e mesmo anos após sua morte em 1561,
suas profecias estavam ganhando vida. Suas predições mais populares
incluem a Grande Peste e o Grande Incêndio de Londres, e a Armada Espanhola. Alguns até acreditam que ela previu tecnologias como o telefone e a internet.
Ao longo dos anos, houveram muitos
opositores, mas ainda assim ela conseguiu se sobressair com suas
previsões. Muitos acreditam que suas profecias restantes ainda vão se
tornarão realidade.
Seu local de nascimento, uma caverna em Knaresborough, conhecida como a Caverna da Mãe Shipton, tornou-se uma atração turística popular.
5 – Marie Laveau

Marie Laveau era uma mulher muito bonita de cor, que ficou conhecida como a rainha do voodoo de New Orleans. Diferente da maioria, esta bruxa não acabou morta de forma violenta.
Embora alguns acreditassem que ela
praticava a feitiçaria má, muitos a procuravam em busca de cura para
doenças. Diz-se também que ela era uma mulher muito gentil e que abria
as portas de sua casa para os desabrigados famintos.
Em 1881 ela acabou ficando muito doente e
morreu aos 98 anos de idade. Muitos ainda visitam seu túmulo com
oferendas na esperança de que ela irá conceder os seus desejos. Dizem
também que quando um desejo é concedido, a pessoa retorna ao túmulo da
bruxa para marcá-lo com três “x”.
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As 7...
Conheça as bruxas mais famosas da história
Ao longo da história, muitas mulheres foram acusadas de feitiçaria pelos seus concidadãos. A ignorância, o medo ou inveja simplesmente levou a ser acusado, torturados e muitas vezes morrem na fogueira. Atualmente, parece impossível para qualquer um acreditar que ter certos atributos físicos ou cura com remédios naturais pode pensar que você era uma bruxa, mas foi bem ao longo de muitos séculos. Vamos conhecer as mais famosas bruxas da história.1. The Crucible (As Bruxas de Salém)
Na pequena povoação de Salém, Massachusetts, entre 1692 e 1693, cerca de 20 pessoas, entre elas, 14 mulheres foram executadas sob a acusação de feitiçaria. O medo dessa prática se iniciou quando uma escrava negra chamada Tituba contou algumas histórias vudus (religião tradicional da África Ocidental) a amigas, que, por esse fato, tiveram pesadelos. Um médico que foi chamado para examiná-las disse que as moças pareciam estar “embruxadas”.Os julgamentos das Tituba e de outras foram realizados perante o juiz Samuel Sewall. Cotton Mather, um pregador colonial que acreditava em bruxaria, encarregou-se das acusações. O medo da bruxaria durou cerca de um ano. Foram presas cerca de cento e cinquenta pessoas. Mais tarde, o juiz Sewall confessou que as suas sentenças haviam sido um erro, e pediu desculpas publicamente por seus atos, pois as alegações haviam sido apenas baseadas em rumores.

2. As Bruxas de Zugarramurdi
O caso das Bruxas de Zugarramurdi ocorreu na Espanha, sendo considerado um dos mais famosos casos na história dos conhecidos julgamentos de bruxas. O foco da feitiçaria foi encontrado na localidade do Pyrenees navarro de Zugarramurdi e o processo foi conduzido pelo tribunal da Inquisição espanhola em Logroño.
3. As Bruxas de Berwick
Os julgamentos das bruxas de North Berwick ocorreu entre 1590 e 1592, e foram uma série de julgamentos envolvendo um notável número de pessoas de East Lothian, na Escócia, acusadas de bruxaria. Eles ocorreram por dois anos, implicando setenta pessoas. As “bruxas” realizavam seus clãs na Auld Kirk Green, onde hoje é a moderna North Berwick Harbour. As confissões foram extraídas por meio de tortura em Edimburgo.
4. Alice Kyteler
Dame Alice Kyteler (1280 – depois de 1325) foi a primeira pessoa gravada condenada por bruxaria na Irlanda . Ela fugiu do país, mas seu servo Petronilla de Meath foi açoitado e queimado até a morte na fogueira em 3 de Novembro 1324. Kyteler se caso quatro vezes, sendo acusada de envenenar seu quarto marido. Como o assunto não progrediu por causa do contato social, torturaram sua empregada.
5. Joan Whytte
Joan Wytte nasceu em 1775 em Bodmin, Cornwall. Ela foi muitas vezes chamada de a “Mulher Fada de Combates”, ou a “Bruxa Wytte”.Joan era uma famosa vidente, e muitas pessoas procuravam seus serviços como curandeira e vidente. Suas práticas de cura incluia o uso de “clooties” (ou “clouties”), tiras de pano retirada de uma pessoa doente e amarrada a uma árvore ou a um poço sagrado como uma forma de simpatia, de modo que acreditava-se que a doença ficava todo no pano, desaparecendo completamente do doente.
Mais tarde, Joan se tornou uma pessoa muito mal-humorado, devido a um abscesso no dente, e gritava com as pessoas. Além disso, ela se envolvia nas lutas, exibindo uma força notável e as pessoas passavam a acreditar que ela estava possuída pelo demônio. Ela acabou sendo presa em Bodmin Jail, não por bruxaria, mas para brigas em público, e devido a más condições na prisão, Joan morreu de pneumonia brônquica com a idade de 38. Seus ossos foram recolhidos e exibidos em um museu local, juntamente com o seu caixão, que foi usado nas sessões.

6. Marie Laveau
Marie Laveau, nasceu em 10 de setembro de 1782 e faleceu em 16 de junho de 1881, foi uma conhecida praticante de vodu dos Estados Unidos, sendo chamada até hoje de a Rainha dos Vodus.Supõe-se que ela tenha nascido no Bairro Francês de Nova Orleans, Louisiana, filha de um agricultor branco e uma mulher negra. Ela casou-se com Jacques Paris, um negro livre, em 4 de agosto de 1819; sua certidão de casamento foi conservada na Catedral de Saint Louis, em Nova Orleans.
Marie Laveau tornou-se cabeleireira e trabalhou para famílias brancas abastadas. Ela arranjou um amante, Luis Christopher Duminy de Glapion, com quem viveu até a morte dele, em 1835.
Sobre sua carreira como paranormal, pouco pode ser dito conclusivamente. Diz-se que tinha uma cobra chamada Zumbi. Tradições orais sugerem que a parte oculta de sua magia era uma mistura sincrética de crenças católicas com espíritos de cultos africanos e outros conceitos religiosos.

7. Madame Blavatsky
Elena Petrovna Blavatskaya, mais conhecida como Helena Blavatsky ou Madame Blavatsky, foi uma prolífica escritora russa, responsável pela sistematização da moderna Teosofia e cofundadora da Sociedade Teosófica.Suas relações com o Espiritismo evoluíram de um agudo interesse e envolvimento inicial para uma posterior rejeição. De início considerou essa prática como de grande valor para a comprovação da existência do mundo invisível dos espíritos, como base de sua luta contra o materialismo e ceticismo da Ciência.
Fundadora da sociedade espírita no Egito, e nos Estados Unidos se envolveu ativamente com vários médiuns, produziu vários fenômenos e gerou acesa polêmica, mas finalmente acabou vendo este método como excessivamente passivo e descontrolado, como um recurso limitado e pouco fiável para a investigação profunda do mundo espiritual, e demasiado sujeito a manipulações, fraudes voluntárias e equívocos involuntários. Foi uma grande defensora da reencarnação e escreveu vários livros sobre espiritismo. Ela morreu em Londres em 1891.

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As 10...
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19 de Agosto de 1692: Julgamentos das Bruxas de Salém: uma mulher e cinco homens são executados após terem sido acusados de bruxaria.
Na
povoação de Salém, ao norte de Boston, na colónia de Massachusetts Bay,
Nova Inglaterra, Sarah Goode, Sarah Osborne e Tituba, uma escrava
indígena de Barbados, foram acusadas em 1 de Março de 1692 de prática
ilegal de feitiçaria. Naquele mesmo dia, Tituba, possivelmente debaixo
de coerção, confessou o crime, encorajando as autoridades a iniciar uma
caça às bruxas de Salém. A onda de intolerância e fanatismo religioso
que se seguiu vitimou no início quase 20 pessoas.
Os
problemas na pequena comunidade puritana começaram no mês anterior,
quando Elizabeth Parris de nove anos e Abigail Williams de 11 anos,
filha e sobrinha, respectivamente, do reverendo Samuel Parris, passaram a
sofrer ataques e outras misteriosas doenças. Um doutor concluiu que as
meninas estavam a sofrer os efeitos de bruxarias. Elas corroboraram o
diagnóstico médico.
Com
o encorajamento de muitos adultos da comunidade, as jovenzinhas, às
quais se juntaram prontamente outros “aflitos” residentes de Salém,
acusaram um amplo círculo de habitantes locais de prática de feitiçaria,
a maioria mulheres de meia-idade, mas também diversos homens e até uma
criança de quatro anos. Durante os meses que se seguiram, atormentados
moradores daquela área incriminaram mais de 150 mulheres e homens de
Salém e zonas circunvizinhas de práticas satânicas.
Em
Junho de 1692,o tribunal de Oyer, para as “audiências” e o tribunal de
Terminer, para as “decisões”, reuniram-se em Salém sob a presidência do
juiz William Stoughton para julgar os acusados. A primeira a ser julgada
foi Bridget Bishop de Salém, considerada culpada e executada na forca
em 10 de Junho. Treze outras mulheres e quatro homens de todas as idades
foram também conduzidos ao patíbulo e um homem, Giles Corey, foi
executado por esmagamento. No dia 19 de Agosto realizam-se novas
execuções. A maioria dos submetidos a julgamento foi condenada com base
no comportamento das próprias testemunhas durante os procedimentos
judiciais, caracterizado por ataques e alucinações que alegavam estar a
ser causados pelos acusados naquele mesmo momento.
Em
Outubro de 1692, o governador William Phipps de Massachusetts ordenou
que os Tribunais de Oyer e Terminer fossem dissolvidos e substituídos
por um Tribunal Superior que proibiu esse tipo de testemunho
sensacionalista nos julgamentos subsequentes.
As
execuções cessaram e o Tribunal Superior finalmente libertou todos os
acusados que aguardavam julgamento e indultou aqueles sentenciados à
pena de morte. Terminava assim os processos das feiticeiras de Salém que
resultou na execução de 19 mulheres e homens inocentes.
As
perseguições às bruxas de Salém serviram, dois séculos e meio depois,
como tema para que o dramaturgo Arthur Miller – sofrendo as intimidações
feitas pelo Comité de Actividades Antiamericanas do senador Joseph
McCarthy –, escrevesse a peça de teatro The Crucible, conhecida como As Bruxas de Salém.
Encenada no início dos anos 1950, eram evidentes as analogias que
Miller fez entre as perseguições à esquerda americana na época da Guerra
Fria, com os tormentos sofridos pelas “bruxas” de Salém.
Na
Idade Média, as pessoas acusadas levianamente de praticar bruxaria ou
magia, depois da acusação eram perseguidas, caçadas e levadas à
fogueira. Os episódios de Salém tornaram modernamente “caça às bruxas”
como acusação e perseguição indiscriminada às pessoas sem provas reais e
sem o devido processo.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Ilustração de 1876 da sala de audiências
O Reverendo Samuel Parris
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/08/19-de-agosto-de-1692-julgamentos-das.html*
01 de Março de 1692: Começa a caça às bruxas de Salém
Na
povoação de Salém, ao norte de Boston, na colónia de Massachusetts Bay,
Nova Inglaterra, Sarah Goode, Sarah Osborne e Tituba, uma escrava
indígena de Barbados, foram acusadas em 1 de Março de 1692 de prática
ilegal de feitiçaria. Naquele mesmo dia, Tituba, possivelmente debaixo
de coerção, confessou o crime, encorajando as autoridades a iniciar uma
caça às bruxas de Salém. A onda de intolerância e fanatismo religioso
que se seguiu vitimou no início quase 20 pessoas.
Os problemas na pequena comunidade puritana começaram no mês anterior, quando Elizabeth Parris de nove anos e Abigail Williams de 11 anos, filha e sobrinha, respectivamente, do reverendo Samuel Parris, passaram a sofrer ataques e outras misteriosas doenças. Um doutor concluiu que as meninas estavam a sofrer os efeitos de bruxarias. Elas corroboraram o diagnóstico médico.
Com o encorajamento de muitos adultos da comunidade, as jovenzinhas, às quais se juntaram prontamente outros “aflitos” residentes de Salém, acusaram um amplo círculo de habitantes locais de prática de feitiçaria, a maioria mulheres de meia-idade, mas também diversos homens e até uma criança de quatro anos. Durante os meses que se seguiram, atormentados moradores daquela área incriminaram mais de 150 mulheres e homens de Salém e zonas circunvizinhas de práticas satânicas.
Em Junho de 1692,o tribunal de Oyer, para as “audiências” e o tribunal de Terminer, para as “decisões”, reuniram-se em Salém sob a presidência do juiz William Stoughton para julgar os acusados. A primeira a ser julgada foi Bridget Bishop de Salém, considerada culpada e executada na forca em 10 de Junho. Treze outras mulheres e quatro homens de todas as idades foram também conduzidos ao patíbulo e um homem, Giles Corey, foi executado por esmagamento. A maioria dos submetidos a julgamento foi condenada com base no comportamento das próprias testemunhas durante os procedimentos judiciais, caracterizado por ataques e alucinações que alegavam estar a ser causados pelos acusados naquele mesmo momento.
Em Outubro de 1692, o governador William Phipps de Massachusetts ordenou que os Tribunais de Oyer e Terminer fossem dissolvidos e substituídos por um Tribunal Superior que proibiu esse tipo de testemunho sensacionalista nos julgamentos subsequentes.
As execuções cessaram e o Tribunal Superior finalmente libertou todos os acusados que aguardavam julgamento e indultou aqueles sentenciados à pena de morte. Terminava assim os processos das feiticeiras de Salém que resultou na execução de 19 mulheres e homens inocentes.
As perseguições às bruxas de Salém serviram, dois séculos e meio depois, como tema para que o dramaturgo Arthur Miller – sofrendo as intimidações feitas pelo Comité de Actividades Antiamericanas do senador Joseph McCarthy –, escrevesse a peça de teatro The Crucible, conhecida como As Bruxas de Salém. Encenada no início dos anos 1950, eram evidentes as analogias que Miller fez entre as perseguições à esquerda americana na época da Guerra Fria, com os tormentos sofridos pelas “bruxas” de Salém.
Na Idade Média, as pessoas acusadas levianamente de praticar bruxaria ou magia, depois da acusação eram perseguidas, caçadas e levadas à fogueira. Os episódios de Salém tornaram modernamente “caça às bruxas” como acusação e perseguição indiscriminada às pessoas sem provas reais e sem o devido processo.
Os problemas na pequena comunidade puritana começaram no mês anterior, quando Elizabeth Parris de nove anos e Abigail Williams de 11 anos, filha e sobrinha, respectivamente, do reverendo Samuel Parris, passaram a sofrer ataques e outras misteriosas doenças. Um doutor concluiu que as meninas estavam a sofrer os efeitos de bruxarias. Elas corroboraram o diagnóstico médico.
Com o encorajamento de muitos adultos da comunidade, as jovenzinhas, às quais se juntaram prontamente outros “aflitos” residentes de Salém, acusaram um amplo círculo de habitantes locais de prática de feitiçaria, a maioria mulheres de meia-idade, mas também diversos homens e até uma criança de quatro anos. Durante os meses que se seguiram, atormentados moradores daquela área incriminaram mais de 150 mulheres e homens de Salém e zonas circunvizinhas de práticas satânicas.
Em Junho de 1692,o tribunal de Oyer, para as “audiências” e o tribunal de Terminer, para as “decisões”, reuniram-se em Salém sob a presidência do juiz William Stoughton para julgar os acusados. A primeira a ser julgada foi Bridget Bishop de Salém, considerada culpada e executada na forca em 10 de Junho. Treze outras mulheres e quatro homens de todas as idades foram também conduzidos ao patíbulo e um homem, Giles Corey, foi executado por esmagamento. A maioria dos submetidos a julgamento foi condenada com base no comportamento das próprias testemunhas durante os procedimentos judiciais, caracterizado por ataques e alucinações que alegavam estar a ser causados pelos acusados naquele mesmo momento.
Em Outubro de 1692, o governador William Phipps de Massachusetts ordenou que os Tribunais de Oyer e Terminer fossem dissolvidos e substituídos por um Tribunal Superior que proibiu esse tipo de testemunho sensacionalista nos julgamentos subsequentes.
As execuções cessaram e o Tribunal Superior finalmente libertou todos os acusados que aguardavam julgamento e indultou aqueles sentenciados à pena de morte. Terminava assim os processos das feiticeiras de Salém que resultou na execução de 19 mulheres e homens inocentes.
As perseguições às bruxas de Salém serviram, dois séculos e meio depois, como tema para que o dramaturgo Arthur Miller – sofrendo as intimidações feitas pelo Comité de Actividades Antiamericanas do senador Joseph McCarthy –, escrevesse a peça de teatro The Crucible, conhecida como As Bruxas de Salém. Encenada no início dos anos 1950, eram evidentes as analogias que Miller fez entre as perseguições à esquerda americana na época da Guerra Fria, com os tormentos sofridos pelas “bruxas” de Salém.
Na Idade Média, as pessoas acusadas levianamente de praticar bruxaria ou magia, depois da acusação eram perseguidas, caçadas e levadas à fogueira. Os episódios de Salém tornaram modernamente “caça às bruxas” como acusação e perseguição indiscriminada às pessoas sem provas reais e sem o devido processo.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
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