06/09/2018

3.142.(6seTEMbro2018.11.11') 4 Presidentes dos Estados Unidos que foram assassinados

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Quem são os oito presidentes dos EUA que morreram durante o mandato

  • 6 novembro 2016







 
Image caption John Fitzgerald Kennedy foi assassinado em 22 de novembro de 1963.

Ser uma das pessoas mais poderosas do planeta é mais perigoso do que se pode imaginar.
Na próxima terça-feira os Estados Unidos novamente escolherão quem vai ocupar a Casa Branca e, na história do país, o cargo chegou a custar a vida para alguns presidentes.
No último sábado, o candidato republicano Donald Trump foi retirado às pressas de um palco por agentes do Serviço Secreto do país durante um comício na cidade de Reno, no estado de Nevada, após um alarme falso sobre uma suposta tentativa de ataque.
Trump estava discursando quando alguém na plateia gritou "arma, arma". Nesse momento, os agentes retiraram o candidato do palco. Após uma revista, não foi encontrado nenhum dispositivo, mas o suspeito foi detido. Ele protestava durante o evento e segurava uma placa com a frase: "Republicanos contra Trump".
Na história dos Estados Unidos, quatro foram assassinados enquanto exerciam suas funções presidenciais e outros quatro morreram por questões de saúde enquanto eram presidentes.
Além disso, nove deles sobreviveram a atentados. Trata-se de um ofício de alto risco.

Tempos violentos

Abraham Lincoln foi o primeiro presidente do Partido Republicano. Ele governou os EUA de março de 1861 a 14 de abril de 1865, quando levou um tiro na cabeça disparado por John Wilkes Booth, um segregacionista do sul do país.
Lincoln teve um importante papel na luta contra os segregacionistas do sul conhecidos como os Estados Confederados de América na Guerra Civil (1861-1865).


Encenação da morte de Abraham Lincoln 
Image caption Lincoln foi assassinado por um segregacionista do sul do país.
Apesar de a guerra ter se desenvolvido por vários fatores, como os modos de produção do norte, mais industrial, e do sul, mais agrário, o grande símbolo do confronto foi a disputa pela abolição da escravatura.
Lincoln fez do abolicionismo sua bandeira e conseguiu não separar os Estados Unidos.
E 16 anos depois do fim da guerra e do assassinato de Lincoln, outro presidente republicano foi alvo de tiros. James Garfield, que governou apenas entre 4 de março e 19 de setembro de 1881.
O responsável pelos disparos foi Charles Guiteau, um advogado desempregado que atirou duas vezes contra o governante. Há suspeitas de que o presidente havia lhe negado uma vaga de emprego e isso teria motivado o ataque.
Mas os tiros não tiraram a vida de James Garfield. Ele morreu porque, ao abrir uma das férias para encontrar a bala, os médicos provocaram uma infecção e hemorragias internas. Ele convalesceu por 10 semanas até falecer.

Matar William

O terceiro presidente assassinado na história dos Estados Unidos foi William McKinley, também republicano.
Ele governou entre 1897 e 1901 - em 1900 foi reeleito e ainda lhe restavam três anos de mandato. Mas em 5 de setembro de 1901, o anarquista Leon Czolgosz disparou uma arma contra ele no meio de uma exposição na cidade de Buffalo, Nova Iorque. McKinley chegou a sobreviver por alguns dias, mas os disparos atingiram órgãos vitais.


O funeral de McKinley 
Image caption Um anarquista foi responsável pela morte de McKinley
Czolgosz foi julgado e condenado. Durante o julgamento, ele admitiu que a intenção era mesmo matar o presidente e que ele não estava arrependido.
"Eu matei o presidente porque ele era um inimigo das pessoas boas, dos bons trabalhadores. Não sinto arrependido pelo crime", disse.

JFK

A data de 22 novembro de 1963 marca o assassinato de John Fitzgerald Kennedy.
A versão oficial atribui o crime ao franco-atirador Lee Harvey Oswald, que, por sua vez, foi assassinado dois dias depois de ser preso. Apesar disso, 50 anos depois, muitos questionam essa tese e defendem que não há certeza sobre os motivos do assassinato e que não se sabe ao certo quem teria disparado a arma que acabou tirando a vida do democrata.


Edição extra de um jornal sobre a morte de Kennedy. 
Image caption Há várias teorias sobre o assassinato de Kennedy.
JFK foi o 35º presidente dos Estados Unidos e o mandato começou em 20 de janeiro de 1961.
Ele estava no cargo e precisou superar um dos momentos mais tensos da Guerra Fria, lembrado como a "crise dos mísseis", de 1962.
Um ano antes, Kennedy autorizou a invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, protagonizada por um grupo de exilados cubanos anticastristas.
Os dois episódios alimentaram as numerosas teorias que existem sobre o assassinato de Kennedy. Entre as muitas hipóteses acumuladas em mais de cinco décadas, aparecem envolvidos nomes como Richard Nixon, Lyndon B. Johnson, a CIA, os cubanos anticastristas, a máfia e até o governo de Israel.
Pelo menos 15 livros foram escritos com investigações sobre o assassinato de JFK.

Os sobreviventes


Atentado contra Ronald Reagan 
Image caption Ronald Reagan sobreviveu por causa de uma rápida intervenção médica após o ataque
Nove presidentes dos Estados Unidos tiveram mais sorte e sobreviveram a atentados. Eles são: Andrew Jackson, em 1835; Theodore Roosevelt, em 1912; Franklin Delano Roosevelt, em 1945; e Harry Truman, em 1950. Além deles, Richard Nixon, em 1974, Gerald Ford (1975), Jimmy Carter (1979) e Ronald Reagan em 1981 - que chegou a ter o pulmão perfurado por uma bala em 30 de março daquele ano e sobreviveu graças a uma intervenção médica. O responsável pelos disparos, John Hinckley, afirmou que tentou matar Reagan para chamar a atenção da famosa atriz Judie Foster.

Causas naturais

Quatro presidentes sofreram com a saúde no exercício do cargo.
William Henry Harrison faleceu por problemas pulmonares em 1841, Zachary Taylor de uma complicação gastrointestinal aguda em 1850, Warren G. morreu após um infarto em 1923.
Franklin Delano Roosevelt sofreu uma hemorragia cerebral em 12 de abril de 1945. Horas antes de morrer, o então presidente alertou que sofria fortes dores de cabeça. Ele não chegou a ver o fim da Segunda Guerra Mundial, na qual teve um papel muito importante.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-37888624
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06 de Setembro de 1901: William McKinley, Presidente dos EUA, é alvejado por um anarquista, vindo a falecer uma semana mais tarde

No dia 6 de Setembro de 1901, o presidente norte-americano William McKinley é alvejado mortalmente nas instalações da Exposição Pan-Americana no estado de Nova Iorque. McKinley estava a saudar a multidão no Templo da Música quando Leon Czolgosz, um anarquista, deu um passo adiante e atirou duas vezes à queima-roupa. McKinley sobreviveu mas acabou por sucumbir devido a uma infecção gangrenosa em 14 de Setembro.

À época do seu assassinato, o presidente McKinley era muito popular e os Estados Unidos estavam a atravessar um período de paz e de galopante prosperidade. Czolgosz, um trabalhador de Cleveland que caíra sob a influência de líderes carismáticos do anarquismo como Emma Goldman e Alexander Berkman, tornou-se particularmente obcecado com Gaetano Bresci, um anarquista que assassinou a tiro o rei Humberto I da Itália em 29 de Julho de 1900. Czolgosz decidiu matar McKinley a fim de promover a causa anarquista. 

Enquanto os presidentes Abraham Lincoln (1809-1865) e James Abraham Garfield (1831-1881) estavam totalmente desprotegidos por ocasião dos seus assassinatos, o recém formado Serviço Secreto estava disponível para proteger o presidente McKinley. Porém quando Czolgosz avançou para aparentemente apertar a mão do presidente, mas com um lenço cobrindo o revólver calibre 32 na sua mão, os agentes de nada desconfiaram. 

Após os tiros, os agentes agarraram Czolgosz e começaram a golpeá-lo, McKinley alertou-os, "Calma, rapazes”, enquanto era levado para uma ambulância. A caminho do hospital, o presidente pediu ao seu secretário que fosse cuidadoso ao comunicar o acontecido à sua mulher. Trabalhando num edifício onde não se havia instalado electricidade, os cirurgiões operaram o presidente que parecia a princípio ter-se recuperado. A lenda conta que a sua dieta para o restabelecimento era constituída de ovos in natura e uísque. Antes de entrar em coma e falecer, as últimas palavras de McKinley foram: “É o desígnio de Deus. A sua vontade, não a nossa, foi feita”. 


O assassinato de McKinley levou a represálias contra os seus críticos em todo o país. Aqueles que falavam mal do presidente foram apontados e perseguidos. Emma Goldman chegou a ser presa sob a alegação de ter incitado o criminoso. Contudo, Czolgosz assumiu sozinho total responsabilidade pelo assassinato e foi enviado à cadeira eléctrica menos de dois meses mais tarde. As suas derradeiras palavras, antes de ser executado em 29 de Outubro de 1901, foram: “Não me arrependo do meu crime”. 
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)


 
 Cartaz da campanha de William McKinley, 1896

Leon Czolgosz  alveja o Presidente McKinley com um revólver escondido
 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/09/06-de-setembro-de-1901-william-mckinley.html
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