TITANIC
14abRIl1912...Titanica embate num iceberg e afunda-se
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1.º filme (1943)
Banido durante muitos anos, essa produção alemã de 1943 foi a primeira a trazer o nome 'Titanic' em seu título. O filme conta as desventuras heroicas de Herr Peterson (Hans Nielsen) um tripulante alemão, à bordo do Titanic, que tenta convencer aos responsáveis pelo navio que reduzam a velocidade do mesmo para evitar que uma tragédia ocorra. A produção foi realizada durante o período da Segunda Guerra Mundial e apresenta uma velada propaganda Nazista, usando a tragédia para colocar os os britânicos como vilões, pessoas desprezíveis e em caráter. O teatro onde ocorreria a estréia foi bombardeado na noite anterior ao evento. Algumas das cenas foram gravadas no navio SS Cap Arcona, que foi bombardeado por aviões em maio de 1945 com cerca de 5.000 vítimas. O filme esteve banido durante vários anos, mas ressurgiu na década de 1990 e foi cuidadosamente restaurado. O diretor Herbert Selpin, durante as gravações acabou entrando em conflito com o Ministro da Propaganda Alemã, Joseph Goebbels, foi preso e encontrado morto 24 horas após sua prisão, provavelmente assassinado pelo regime nazista de Hitler, que regia a Alemanha em 1942. A produção então foi passada para o diretor Werner Klingler e só assim foi finalizada
https://www.youtube.com/watch?v=XXggvYtVd0g
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https://www.youtube.com/watch?v=p7gg0CQF4zw
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30 curiosidades sobre o filme de Cameron
https://www.youtube.com/watch?v=05DsvsN_7Vs
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14 de Abril de 1912: O paquete Titanic embate num iceberg, no Atlântico Norte, e afunda-se, durante a viagem inaugural
Southampton,
no sul de Inglaterra, e Nova Iorque, nos EUA, eram os extremos da viagem inaugural de um majestoso transatlântico considerado por todos, principalmente o seu ufano e orgulhoso capitão, como insubmergível. Esta segurança baseava-se na existência de dezasseis compartimentos estanques no porão, pois mesmo que se verificasse a remota possibilidade - conforme todos acreditavam - de quatro deles se inundarem, o navio não se afundaria.
Esta firme crença era sustentada principalmente pela empresa que construiu o Titanic, a White Star, nos seus estaleiros de Belfast, na Irlanda do Norte, que o considerava indestrutível, não o dotando, por isso - o que seria desprestigiante e entendido como uma fraqueza daquele gigante dos mares - de botes e coletes salva-vidas suficientes para todos os passageiros. Era, pois, o orgulho do seu tempo, o maior prodígio da engenharia do começo do século, famoso ainda antes de zarpar. Para mais, este navio custou, na época, 1 500 000 libras, um valor que só por si, segundo pensavam os construtores, garantia a máxima qualidade e ausência de riscos, afastando-se assim qualquer eventualidade negativa para um navio tão grande e caro.
Todavia, esta aura de inafundabilidade e segurança máxima apenas durou quatro dias. O Titanic levantou ferros de Southampton a 10 de Abril de 1912. Transportava mais de 2 000 passageiros, entre muito ricos e pobres emigrantes, para além de muitas dezenas de tripulantes. Fez apenas duas escalas na Europa, a primeira em Cherbourg, na França, e a segunda em Queenstown, na Irlanda.
Uma orquestra animava os serões dos mais abastados, trajados com fatos e vestidos de gala, num ambiente requintado mas sumptuoso, o transplante de um caríssimo hotel ou restaurante parisiense ou londrino para as águas frias do Atlântico. O Titanic era a apoteose de uma época, do poder do dinheiro e da capacidade técnica do Ocidente. Era também a imagem da sociedade do seu tempo: se em cima se dançava, gozava e comia como nas melhores cortes europeias, em baixo, no navio, pululavam centenas de pobres e remediados em busca de uma América que poderia solucionar as suas vidas. Aquela passagem custava-lhes muito tempo de trabalho, mas significava a aposta no futuro, ali já do outro lado de um oceano cada vez mais "estreito" com estes transatlânticos gradualmente mais rápidos e poderosos.
Mas no dia 14 de Abril, cerca das 23 horas e 50 minutos, a 925 km a sudeste da gélida Terra Nova, o orgulho dos mares e passaporte para a felicidade de muitos que nele iam, colidia com um iceberg, que ninguém vira na bruma da noite, rasgando o casco do transatlântico e provocando danos irreparáveis. Decorridas duas horas e meia após o impacto, já no dia 15, as 46 000 toneladas do Titanic amortalhavam-se para sempre nas águas do Atlântico Norte. A cerca de 20 milhas náuticas do local navegava o Californian, navio que não ouviu o sinal de socorro do Titanic por o seu telegrafista ter adormecido. Apenas o Carpathia detetou o SOS, mas encontrava-se a 1 hora e 20 minutos de distância, o que inviabilizava qualquer esforço para salvar as 1513 vítimas mortais do naufrágio do Titanic. A maior parte destas morreu de hipotermia, congeladas enquanto esperavam por um salvamento que tardou em chegar. Sobrevieram apenas 705 pessoas.
Para além das falhas humanas de deteção do iceberg, para não falar nas negligências em termos de segurança - acresce uma tradição de que vários navios avisaram o comandante de aquela rota estava pejada de icebergs, o que foi sobranceirmente ignorado, o Titanic navegava a uma velocidade excessiva em águas geladas e onde eram frequentes aquelas formações de gelo flutuante. Na ânsia de confirmar o poderio e as espectativas geradas em torno deste imponente navio, o seu comandante talvez desejasse chegar a Nova Iorque antes da data prevista, o que aumentaria a fama do navio e seria uma extraordinária operação publicitária face à concorrência, que eram então forte entre as empresas de navegação transatlântica. Desaparecia um mito, nascia uma obsessão que perdurou durante muitos anos: a procura dos destroços do navio, que criou uma série de histórias e lendas e até filmes e documentários. Aqueles foram encontrados em 1987, por Robert Ballard, voltando cerca de dez depois a ser "redescobertos" pelo mundo através do filme com o mesmo nome do navio.
Titanic. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
Esta firme crença era sustentada principalmente pela empresa que construiu o Titanic, a White Star, nos seus estaleiros de Belfast, na Irlanda do Norte, que o considerava indestrutível, não o dotando, por isso - o que seria desprestigiante e entendido como uma fraqueza daquele gigante dos mares - de botes e coletes salva-vidas suficientes para todos os passageiros. Era, pois, o orgulho do seu tempo, o maior prodígio da engenharia do começo do século, famoso ainda antes de zarpar. Para mais, este navio custou, na época, 1 500 000 libras, um valor que só por si, segundo pensavam os construtores, garantia a máxima qualidade e ausência de riscos, afastando-se assim qualquer eventualidade negativa para um navio tão grande e caro.
Todavia, esta aura de inafundabilidade e segurança máxima apenas durou quatro dias. O Titanic levantou ferros de Southampton a 10 de Abril de 1912. Transportava mais de 2 000 passageiros, entre muito ricos e pobres emigrantes, para além de muitas dezenas de tripulantes. Fez apenas duas escalas na Europa, a primeira em Cherbourg, na França, e a segunda em Queenstown, na Irlanda.
Uma orquestra animava os serões dos mais abastados, trajados com fatos e vestidos de gala, num ambiente requintado mas sumptuoso, o transplante de um caríssimo hotel ou restaurante parisiense ou londrino para as águas frias do Atlântico. O Titanic era a apoteose de uma época, do poder do dinheiro e da capacidade técnica do Ocidente. Era também a imagem da sociedade do seu tempo: se em cima se dançava, gozava e comia como nas melhores cortes europeias, em baixo, no navio, pululavam centenas de pobres e remediados em busca de uma América que poderia solucionar as suas vidas. Aquela passagem custava-lhes muito tempo de trabalho, mas significava a aposta no futuro, ali já do outro lado de um oceano cada vez mais "estreito" com estes transatlânticos gradualmente mais rápidos e poderosos.
Mas no dia 14 de Abril, cerca das 23 horas e 50 minutos, a 925 km a sudeste da gélida Terra Nova, o orgulho dos mares e passaporte para a felicidade de muitos que nele iam, colidia com um iceberg, que ninguém vira na bruma da noite, rasgando o casco do transatlântico e provocando danos irreparáveis. Decorridas duas horas e meia após o impacto, já no dia 15, as 46 000 toneladas do Titanic amortalhavam-se para sempre nas águas do Atlântico Norte. A cerca de 20 milhas náuticas do local navegava o Californian, navio que não ouviu o sinal de socorro do Titanic por o seu telegrafista ter adormecido. Apenas o Carpathia detetou o SOS, mas encontrava-se a 1 hora e 20 minutos de distância, o que inviabilizava qualquer esforço para salvar as 1513 vítimas mortais do naufrágio do Titanic. A maior parte destas morreu de hipotermia, congeladas enquanto esperavam por um salvamento que tardou em chegar. Sobrevieram apenas 705 pessoas.
Para além das falhas humanas de deteção do iceberg, para não falar nas negligências em termos de segurança - acresce uma tradição de que vários navios avisaram o comandante de aquela rota estava pejada de icebergs, o que foi sobranceirmente ignorado, o Titanic navegava a uma velocidade excessiva em águas geladas e onde eram frequentes aquelas formações de gelo flutuante. Na ânsia de confirmar o poderio e as espectativas geradas em torno deste imponente navio, o seu comandante talvez desejasse chegar a Nova Iorque antes da data prevista, o que aumentaria a fama do navio e seria uma extraordinária operação publicitária face à concorrência, que eram então forte entre as empresas de navegação transatlântica. Desaparecia um mito, nascia uma obsessão que perdurou durante muitos anos: a procura dos destroços do navio, que criou uma série de histórias e lendas e até filmes e documentários. Aqueles foram encontrados em 1987, por Robert Ballard, voltando cerca de dez depois a ser "redescobertos" pelo mundo através do filme com o mesmo nome do navio.
Titanic. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
wikipedia
(Imagens)
Ilustração do afundamento do
Titanic por Willy Stöwer
O Titanic deixa o porto de Southampton, Inglaterra,
com destino a Nova Iorque
Edward J. Smith, capitão

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10 de Abril de 1912: O paquete Titanic inicia a viagem inaugural, no porto de Southampton, no Reino Unido
O
Titanic demorou 4 anos a ser construído e teve a viagem inaugural
marcada para o meio dia em ponto do dia 10 de abril de 1912, rumo aos
Estados Unidos da América.
À hora marcada o Titanic foi arrastado ao longo do pontão do porto de Southampton, em Inglaterra, e levado para o mar.
A
bordo estavam 2208 pessoas, entre passageiros e tripulação mas apesar
da opulência do transatlântico, a maior parte dos passageiros, 70%,
estavam instalados em terceira classe.
Assim
que a viagem começou, houve um contratempo. A força das águas arrastou
um dos navios ancorados, arrastando-o em direção ao Titanic. A colisão
só não aconteceu devido à intervenção de um rebocador.
O
navio, com capacidade para três mil pessoas, tinha três classes: a
primeira classe,destinada a ricos milionários; a segunda, destinada a
classe média e a terceira, destinada a pessoas com poucos recursos,
especialmente imigrantes.
Na
segunda classe, o convés de passeio, a sala de fumadores e a biblioteca
eram as principais áreas comuns. Os hóspedes eram, em sua maioria,
académicos e pequenos comerciantes.
Muitas
das figuras da elite da sociedade anglo-americana foram atraídas pelas
luxuosas novidades e algumas chegaram a pagar 870 libras (mais de 75 mil
euros, a preços atuais).
Cada
detalhe do Titanic era exuberante, desde a decoração das suítes da
primeira classe até à varanda de treliça do restaurante principal,
passando pela oferta de serviços como banhos turcos, ginásios, três
bibliotecas, salão de jogos, um campo de squash e até mesmo duas
orquestras que se revezavam para entreter os passageiros.
Houve
uma grande preocupação com o bem-estar dos passageiros: dos cerca de
890 membros da tripulação, mais de 500 eram empregados de mesa,
cozinheiros e artistas em geral. Para além do conforto, o maior destaque
do Titanic prendia-se com a majestosa Grande Escadaria, localizada
entre a primeira e a segunda chaminé, com entrada pelo convés superior.
Era feita de madeira, media 18 metros de altura e cinco de largura e
representava todo o esplendor que o Titanic deveria reluzir.
Fontes: TSF on line
wikipedia (imagens)
O Titanic deixa Southampton, 10 de Abril de 1912
Ginásio do Titanic
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/04/10-de-abril-de-1912-o-paquete-titanic.html?spref=fb&fbclid=IwAR1PTDCjJ02W_xK5sjMoYFJpf5o2fsZjqESNKcklbJz3kECuVSgadq2P4d4***2seTEMbro1666
o incêndio de Londres
02 de Setembro de 1666: Tem início o Grande incêndio de Londres. As chamas devastam a cidade durante três dias, destruindo 13 mil edifícios e a antiga catedral de São Paulo.
02 de Setembro de 1666: Tem início o Grande incêndio de Londres. As chamas devastam a cidade durante três dias, destruindo 13 mil edifícios e a antiga catedral de São Paulo.:
Nas
primeiras horas da manhã de 2 de Setembro de 1666, teve início um
grande incêndio em Londres, com origem na padaria do rei Charles II em
Pudding Lane, perto da ponte de Londres. O fogo espalhou-se rapidamente
pela Thames Street, onde lojas cheias de combustível e um forte vento
vindo do leste transformaram o local num inferno. Quando o incêndio
finalmente foi extinto, em 6 de Setembro, mais de quarto quintos de
Londres estavam destruídos. Acredita-se que poucas pessoas morreram. Os
registos da época computaram um total de 100 mil pessoas sem casa e
nove óbitos. Mas pesquisas actuais afirmam que milhares de pessoas
podem ter morrido, já que os mais pobres e da classe média não eram
registados.
O
Grande Incêndio de Londres - como ficou conhecido - foi um desastre
anunciado. Londres em 1666 era uma cidade de casas medievais, na sua
maioria feitas de madeira de carvalho. Parte das casas mais pobres
tinha as paredes cobertas com alcatrão, que evitava a humidade da
chuva, porém, tornava as suas estruturas mais vulneráveis ao fogo. As
ruas eram estreitas, as casas coladas umas às outras e os métodos de
combate aos incêndios consistiam em brigadas de vizinhos armados de
baldes e primitivas mangueiras manuais.
Na
noite de 1 de Setembro o padeiro do rei, Thomas Farrinor, deixou de
apagar adequadamente o forno. Perto da meia-noite centelhas das brasas
que queimavam lentamente atingiram as madeiras que jaziam ao lado do
forno.A sua casa foi tomada pelas chamas. Farrinor conseguiu escapar
com a família, mas um auxiliar do padeiro morreu atingido pelas chamas,
a primeira vítima. Assim que o desastre cresceu, as autoridades
municipais lutaram para derrubar as casas e estabelecer um bloqueio ao
fogo, mas as chamas insistentemente chegavam a eles antes de completar a
tarefa. A claridade das labaredas do grande incêndio podia ser
avistada a 50 quilómetros. Em 5 de Setembro, o fogo cedeu e no dia
seguinte pôde ser controlado.
O
grande incêndio de Londres destruiu 13 mil casas, perto de 90 igrejas e
incontáveis edifícios públicos.O incêndio deu um prejuízo estimado em
10 milhões de libras. A ponte de Londres, parcialmente consumida por um
incêndio em 1663, foi novamente consumida pelas chamas. A biblioteca
de teologia do Sion College teve um terço dos seus livros queimados. O
centro administrativo (Guildhall) – onde ocorriam julgamentos desde o
século XIV foi seriamente danificado. Por sorte, a Temple Church
(célebre construção que, durante a Idade Média, abrigou a Ordem dos
Cavaleiros Templários) não foi danificada.
A
velha catedral de São Paulo foi destruída, assim como muitos outros
marcos históricos. Poucos dias depois, o rei Charles II tratou de
iniciar a reconstrução da capital. O grande arquitecto Sir Christopher
Wren desenhou uma nova catedral de São Paulo e dezenas de pequenas
igrejas a rodeá-la como se fossem satélites. Para prevenir futuros
incêndios, muitas casas foram erguidas com tijolos ou pedras e
separadas por paredes mais grossas. Ruelas estreitas foram proibidas e
as ruas tornaram-se mais largas. Um Departamento permanente de
bombeiros só se tornou realidade em meados do século XVIII.
Em
1670, foi erigida, perto da origem da calamidade, uma coluna em
comemoração do Grande Incêndio. Conhecida como “The Monument" foi
provavelmente projectada pelo arquitecto Robert Hooke, embora alguns o
atribuam a Christopher Wren.
Fontes: O Diário de Ana Bolena
Detalhe de um quadro de 1666 retratando o grande incêndio
A Catedral de São Paulo na época
Ludgate em chamas
Cristopher Wren, um dos arquitectos responsáveis pela reconstrução da cidade
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02 de Setembro de 1666: Tem início o Grande incêndio de Londres. As chamas devastam a cidade durante três dias, destruindo 13 mil edifícios e a antiga catedral de São Paulo.
Nas primeiras
horas da manhã de 2 de Setembro de 1666, teve início um grande incêndio
em Londres, com origem na padaria do rei Charles II em Pudding Lane,
perto da ponte de Londres. O fogo espalhou-se rapidamente pela Thames
Street, onde lojas cheias de combustível e um forte vento vindo do leste
transformaram o local num inferno. Quando o incêndio finalmente foi
extinto, em 6 de Setembro, mais de quarto quintos de Londres estavam
destruídos. Acredita-se que poucas pessoas morreram. Os registos da
época computaram um total de 100 mil pessoas sem casa e nove óbitos. Mas
pesquisas actuais afirmam que milhares de pessoas podem ter morrido, já
que os mais pobres e da classe média não eram registados.
O Grande
Incêndio de Londres - como ficou conhecido - foi um desastre anunciado.
Londres em 1666 era uma cidade de casas medievais, na sua maioria feitas
de madeira de carvalho. Parte das casas mais pobres tinha as paredes
cobertas com alcatrão, que evitava a humidade da chuva, porém, tornava
as suas estruturas mais vulneráveis ao fogo. As ruas eram estreitas, as
casas coladas umas às outras e os métodos de combate aos incêndios
consistiam em brigadas de vizinhos armados de baldes e primitivas
mangueiras manuais.
Na noite de 1
de Setembro o padeiro do rei, Thomas Farrinor, deixou de apagar
adequadamente o forno. Perto da meia-noite centelhas das brasas que
queimavam lentamente atingiram as madeiras que jaziam ao lado do forno.A
sua casa foi tomada pelas chamas. Farrinor conseguiu escapar com a
família, mas um auxiliar do padeiro morreu atingido pelas chamas, a
primeira vítima. Assim que o desastre cresceu, as autoridades municipais
lutaram para derrubar as casas e estabelecer um bloqueio ao fogo, mas
as chamas insistentemente chegavam a eles antes de completar a tarefa. A
claridade das labaredas do grande incêndio podia ser avistada a 50
quilómetros. Em 5 de Setembro, o fogo cedeu e no dia seguinte pôde ser
controlado.
O grande
incêndio de Londres destruiu 13 mil casas, perto de 90 igrejas e
incontáveis edifícios públicos.O incêndio deu um prejuízo estimado em 10
milhões de libras. A ponte de Londres, parcialmente consumida por um
incêndio em 1663, foi novamente consumida pelas chamas. A biblioteca de
teologia do Sion College teve um terço dos seus livros queimados. O
centro administrativo (Guildhall) – onde ocorriam julgamentos desde o
século XIV foi seriamente danificado. Por sorte, a Temple Church
(célebre construção que, durante a Idade Média, abrigou a Ordem dos
Cavaleiros Templários) não foi danificada.
A velha
catedral de São Paulo foi destruída, assim como muitos outros marcos
históricos. Poucos dias depois, o rei Charles II tratou de iniciar a
reconstrução da capital. O grande arquitecto Sir Christopher Wren
desenhou uma nova catedral de São Paulo e dezenas de pequenas igrejas a
rodeá-la como se fossem satélites. Para prevenir futuros incêndios,
muitas casas foram erguidas com tijolos ou pedras e separadas por
paredes mais grossas. Ruelas estreitas foram proibidas e as ruas
tornaram-se mais largas. Um Departamento permanente de bombeiros só se
tornou realidade em meados do século XVIII.
Em 1670, foi
erigida, perto da origem da calamidade, uma coluna em comemoração do
Grande Incêndio. Conhecida como “The Monument" foi provavelmente
projectada pelo arquitecto Robert Hooke, embora alguns o atribuam a
Christopher Wren.
Fontes: O Diário de Ana Bolena
Detalhe de um quadro de 1666 retratando o grande incêndio
A Catedral de São Paulo na época
Ludgate em chamas
Cristopher Wren, um dos arquitectos responsáveis pela reconstrução da cidade
http://estoriasdahistoria12.blogspot.pt/2015/09/02-de-setembro-de-1666-tem-inicio-o.html***