26/01/2019

4.598.(26jan2018.10.01') Théodore Géricault

Nasceu a 26seTEMbro1791...Rouen
e morreu a 26jan1824...Paris
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Avante 16jan2020

1818 –1819 – A Jangada da Medusa

A Jangada da Medusa – Le Radeau de la Méduse, em francês – é uma pintura a óleo da autoria de Théodore Géricault, inspirada no naufrágio da fragata real «Medusa», que a 17 de Junho de 1816 deixou Rochefort, em França, com destino a Saint-Louis, no Senegal, a nova colónia francesa. A bordo seguiam 400 pessoas, incluindo o novo governador do Senegal e a respectiva família. Um desentendimento entre o comandante do barco, Hugues du Roy de Chaumareys, e os oficiais terá feito encalhar a fragata, a 2 de Julho, entre as Canárias e Cabo Verde, apesar das boas condições de navegabilidade. A forma como foi feita a evacuação do barco levou à tragédia: enquanto o governador, o capitão e grande parte dos oficiais ocuparam os salva-vidas, cerca de centena e meia de tripulantes foram colocados numa jangada. De forma acidental ou não, o cabo que atava a jangada a um dos salva-vidas soltou-se e a precária embarcação ficou à deriva durante 13 dias. Nesse período, ocorreram a bordo assassinatos e actos de canibalismo. Quando foi resgatada, na jangada da Medusa havia apenas 15 sobreviventes. A obra de Théodore Géricault, que actualmente se encontra na Museu do Louvre, integrou a exposição no Salão de Paris, em 1919, e causou então grande polémica pelo seu realismo. http://www.avante.pt/pt/2407/memoria/
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"A Jangada da Medusa" de Théodore Géricault

A Jangada da Medusa (em francês: Le Radeau de la Méduse) é uma pintura a óleo de 1818–1819 da autoria de Théodore Géricault, encontra-se exposta no Museu do Louvre em Paris.



A fragata real "Medusa" deixou Rochefort na França, a 17 de Junho de 1816, em direcção a Saint-Louis, no Senegal. Apontada como uma das mais modernas embarcações da época, a sua missão era tomar posse da colónia do Senegal, que havia passado para a tutela francesa. 

A bordo seguia o novo governador do Senegal, com a sua família, soldados e a equipa da marinha. Um total de 400 pessoas, seguramente mais do que as condições do barco permitiam. Ao comando da "Medusa" estava Hugues du Roy de Chaumareys, um capitão que durante 25 anos esteve longe das águas por imposição de Napoleão. Mas com o regresso ao trono dos Bourbons, foi compensado com este comando. 

A arrogância deste capitão e as consequentes discussões com os oficiais motivaram a 2 de Julho, um dia de águas calmas e boa visibilidade, o encalhamento da fragata ao largo do Cabo Branco (entre as Canárias e Cabo Verde). A forma como foi ordenada a evacuação do barco revelou egoísmo e gerou  pânico. O governador, o capitão e grande parte dos oficiais ocuparam seis salva-vidas enquanto 147 tripulantes não encontraram lugar. Estes foram colocadas numa jangada, construída precariamente com tábuas, cordas e partes do mastro, atada a um dos salva-vidas. A dada altura, acidentalmente ou não, o cabo soltou-se. O que se passou a seguir foram cerca de duas semanas de pesadelo num mar tempestuoso, com mortes brutais e até actos de canibalismo. Os oficiais que ficaram na jangada ocuparam o centro da mesma, estavam armados enquanto que os marinheiros e os soldados tinham sido desarmados antes de subirem a bordo. Destes últimos, 20 desapareceram durante a primeira noite.  Na segunda noite, a luta acentuou-se e durante um motim os oficiais, que foram atacados, mataram 65 homens. Após diversos dias na embarcação um dos sobreviventes, o médico Jean-Baptiste Henry Savigny, assumiu a liderança do grupo e passou a dissecar os corpos dos mortos para que servissem de alimento aos sobreviventes, para que estes não morressem de fome. Depois de 13 dias à deriva a jangada da "Medusa" foi resgatada pelo Argus, um pequeno navio mercante. Nesta altura restavam apenas 15 sobreviventes.



A notícia do naufrágio da "Medusa" foi publicada em Setembro de 1816, pelo jornal parisiense Journal des Débats. As investigações sobre as causas e as circunstâncias exactas do desastre ocuparam os jornais franceses durante meses. Uma história de infortúnio que desencadeou um escândalo político. Apenas 10 dos 147 ocupantes da "Medusa" sobreviveram. 


Tendo como base este acontecimento, Théodore Géricault resolveu pintar um quadro que começou por chamar-se "Cena de um Naufrágio". A obra integrou a exposição no Salão de Paris, em 1919 e causou grande polémica. O objectivo de Géricault era realizar uma pintura em grande escala, com efeito tremendo, que lhe permitisse atingir o reconhecimento.  Para realizar A Jangada da Medusa, Géricault socorreu-se de várias fontes. Conversou com dois sobreviventes (Savigny - médico, Corréard - cartógrafo) e leu também o livro que ambos escreveram sobre o naufrágio. Os objectivos realistas levaram-no a alguns preciosismos como a construção de uma pequena maquete da jangada, para melhor a representar. As dimensões do quadro (491x716 cm) obrigaram ao aluguer de um estúdio maior. Curiosamente, perto de um hospital porque Géricault foi autorizado a fazer esboços de doentes e de moribundos. O pintor levou para casa membros de pessoas mortas para observar a sua coloração nos primeiros dias de putrefacção.

Apesar da imensidão real do mar, a tela atribui-lhe pouca importãncia. Nos primeiros estudos Géricault seguiu o costume ordinariamente utilizado nas cenas marítimas: grandes áreas dedicadas à água e as pessoas e barcos com dimensão reduzida. No entanto, à medida que o trabalho foi avançando, Géricault foi dando mais destaque à jangada, de tal forma que na versão final sente-se que quase se pode entrar a bordo. Assim, a parte atribuída ao mar foi sendo marginalizada, ganhando ênfase a estrutura piramidal da composição.

A obra foi adquirida pelo Museu do Louvre após a morte precoce do artista aos 32 anos. A influência de A Jangada da Medusa, pode ser vista em obras de Eugène DelacroixJ. M. W. TurnerGustave Courbet e Édouard Manet.




wikipedia(Imagens)

File:JEAN LOUIS THÉODORE GÉRICAULT - La Balsa de la Medusa (Museo del Louvre, 1818-19).jpg

A Jangada da Medusa -  Théodore Géricault

File:Medusa Study 2.jpg
Canibalismo na Medusa (estudo para a obra A Jangada da Medusa)
File:Radeau meduse structure.jpg
Esquema da estrutura da obra



File:Méduse-Jean-Jérôme Baugean-IMG 4777-cropped.JPG
A Fragata Medusa - Jean- Jérôme Baugean
Arquivo: Jangada de Méduse-Alexandre Correard IMG-4788-cropped.jpg
A Jangada da Medusa no momento do resgate
 https://www.youtube.com/watch?v=QDQrFSio9Pc

https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2013/08/a-jangada-da-medusa-de-theodore.html?fbclid=IwAR0LtYdPejXqtmpv1a93v9gBTGibvzKSUz2w-nDx2KgfoS_K-mf32fZxFtA
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26 de Janeiro de 1824: Morre o pintor francês Théodore Géricault, autor da obra-prima "A Jangada da Medusa"

Pintor francês, Jean Louis André Théodore Géricault nasceu no dia 26 de setembro de 1791, em Rouen, no seio de uma família relativamente abastada. Estudou com os pintores Carle Vernet e com Pierre Guérin, em cujo estúdio conheceu Eugéne Delacroix. 

Desde os primeiros trabalhos, Géricault evidencia tendência para se afastar dos ideais estéticos do Neoclassicismo frio da escola oficial, representada ou dominada pelo pintor de Napoleão, Jacques Louis David. Os seus primeiros trabalhos ligavam-se à representação de temas militares, relacionados com as campanhas de Napoleão. Mais do que comemorar as vitórias, estes quadros procuravam apresentar o sofrimento e a individualidade existencial dos soldados, como se pode observar, por exemplo, na pintura "Soldado ferido", datada de 1814, ou em "Oficial da Guarda Imperial", de 1812, que representava, com grande expressividade e dinamismo, um oficial de hussardos a cavalo, sobre um fundo realçado pelo céu turbulento.Assim que abandonou a sua carreira militar, Géricault deslocou-se para Itália em 1816, absorvendo de forma mais intensa os fundamentos estéticos do classicismo, embora sem abandonar o naturalismo e o interesse pelo estudo da natureza que caracterizaram as suas primeiras pinturas. Neste país teve oportunidade de estudar as obras dos pintores renascentistas italianos, como Michelangelo Buonarroti, interessando-se também pelo barroco flamengo seiscentista, nomeadamente pelo pintor Peter Paul Rubens. 



Em 1817 Géricault voltou para Paris, juntando-se ao movimento liberal que faz oposição ao rei Luís XVIII. Neste período realizou uma das suas obras-primas, "A Jangada da Medusa" (1818-1819), cujo tema se liga a um recente desastre naval que ganhou contornos fortemente políticos. Embora com raízes naturalistas, o resultado evidencia influências da pintura barroca, pelo tratamento expressivo do claro-escuro e da composição dramática. Trata-se, de facto, de uma das obras mais diretamente ligadas ao espírito romântico, de que Géricualt, a par de Délacroix, foi um dos expoentes máximos. 



Em 1820 o artista viajou para Inglaterra, interessando-se pela pintura de paisagem e pela representação de temas desportivos, revelados em quadros como "Derby Day" ou "Racy for the Derby at Epsom", de 1821.

Nos dois últimos anos de vida, já instalado em França, Géricault dedicou-se ao estudo de vários tipos de doenças mentais (através do desenho e da pintura de retratos), confirmando um interesse, de sentido fortemente romântico, pelo exótico e pelo invulgar. 
Para além de pintura, este artista realizou alguma escultura de pequena dimensão em bronze, assim como inúmeros desenhos, gravuras e várias séries de litografias.
Théodore Géricault morreu jovem, em Paris, no dia 26 de janeiro de  1824.
Fontes: Infopédia
wikipedia (imagens)
Théodore Géricault by Alexandre Colin 1816.jpg
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/01/26-de-janeiro-de-1824-morre-o-pintor.html?fbclid=IwAR0NrtiobOchRTKrsCPShwcrtJ_axeXukCt585ScHAnnEcyZb2X8w7yJF5Y
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