e morreu a 26jan1824...Paris
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Avante 16jan2020
1818 –1819 – A Jangada da Medusa
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"A Jangada da Medusa" de Théodore Géricault
A Jangada da Medusa (em francês: Le
Radeau de la Méduse) é uma pintura a óleo de 1818–1819 da autoria de Théodore
Géricault, encontra-se exposta no Museu do Louvre em Paris.
A fragata real "Medusa" deixou Rochefort na França, a 17 de Junho
de 1816, em direcção a Saint-Louis, no Senegal. Apontada como uma das mais
modernas embarcações da época, a sua missão era tomar posse da colónia do
Senegal, que havia passado para a tutela francesa.
A bordo seguia o novo governador do Senegal, com a sua
família, soldados e a equipa da marinha. Um total de 400 pessoas, seguramente
mais do que as condições do barco permitiam. Ao comando da "Medusa"
estava Hugues du Roy de Chaumareys, um capitão que durante 25 anos esteve longe
das águas por imposição de Napoleão. Mas com o regresso ao trono dos Bourbons,
foi compensado com este comando.
A arrogância deste capitão e as consequentes
discussões com os oficiais motivaram a 2 de Julho, um dia de águas calmas e boa
visibilidade, o encalhamento da fragata ao largo do Cabo Branco (entre as
Canárias e Cabo Verde). A forma como foi ordenada a evacuação do barco
revelou egoísmo e gerou pânico. O governador, o capitão e grande parte
dos oficiais ocuparam seis salva-vidas enquanto 147 tripulantes não encontraram
lugar. Estes foram colocadas numa jangada, construída precariamente com tábuas,
cordas e partes do mastro, atada a um dos salva-vidas. A dada altura,
acidentalmente ou não, o cabo soltou-se. O que se passou a seguir foram cerca
de duas semanas de pesadelo num mar tempestuoso, com mortes brutais e até actos
de canibalismo. Os oficiais que ficaram na jangada ocuparam o centro da mesma,
estavam armados enquanto que os marinheiros e os soldados tinham sido
desarmados antes de subirem a bordo. Destes últimos, 20 desapareceram durante a
primeira noite. Na segunda noite, a luta acentuou-se e durante um
motim os oficiais, que foram atacados, mataram 65 homens. Após diversos
dias na embarcação um dos sobreviventes, o médico Jean-Baptiste Henry Savigny,
assumiu a liderança do grupo e passou a dissecar os corpos dos mortos para que
servissem de alimento aos sobreviventes, para que estes não morressem de fome.
Depois de 13 dias à deriva a jangada da "Medusa" foi resgatada pelo
Argus, um pequeno navio mercante. Nesta altura restavam apenas 15
sobreviventes.
A notícia do naufrágio da "Medusa" foi publicada em Setembro
de 1816, pelo jornal parisiense Journal des Débats. As investigações sobre as
causas e as circunstâncias exactas do desastre ocuparam os jornais franceses
durante meses. Uma história de infortúnio que desencadeou um escândalo
político. Apenas 10 dos 147 ocupantes da "Medusa" sobreviveram.
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A Jangada da Medusa - Théodore Géricault
Canibalismo na Medusa (estudo para a obra A Jangada da Medusa)
Esquema da estrutura da obra
A Fragata Medusa - Jean- Jérôme Baugean

A Jangada da Medusa no momento do resgate
https://www.youtube.com/watch?v=QDQrFSio9PcA Jangada da Medusa no momento do resgate
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2013/08/a-jangada-da-medusa-de-theodore.html?fbclid=IwAR0LtYdPejXqtmpv1a93v9gBTGibvzKSUz2w-nDx2KgfoS_K-mf32fZxFtA
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26 de Janeiro de 1824: Morre o pintor francês Théodore Géricault, autor da obra-prima "A Jangada da Medusa"
Pintor francês, Jean
Louis André Théodore Géricault nasceu no dia 26 de setembro de 1791, em Rouen,
no seio de uma família relativamente abastada. Estudou com os pintores Carle
Vernet e com Pierre Guérin, em cujo estúdio conheceu Eugéne
Delacroix.
Desde os primeiros
trabalhos, Géricault evidencia tendência para se afastar dos ideais estéticos do
Neoclassicismo frio da escola oficial, representada ou dominada pelo pintor de
Napoleão, Jacques Louis David. Os seus primeiros
trabalhos ligavam-se à representação de temas militares, relacionados com as
campanhas de Napoleão. Mais do que comemorar as vitórias, estes quadros
procuravam apresentar o sofrimento e a individualidade existencial dos soldados,
como se pode observar, por exemplo, na pintura "Soldado ferido", datada de 1814,
ou em "Oficial da Guarda Imperial", de 1812, que representava, com grande
expressividade e dinamismo, um oficial de hussardos a cavalo, sobre um fundo
realçado pelo céu turbulento.Assim que abandonou a sua
carreira militar, Géricault deslocou-se para Itália em 1816, absorvendo de forma
mais intensa os fundamentos estéticos do classicismo, embora sem abandonar o
naturalismo e o interesse pelo estudo da natureza que caracterizaram as suas
primeiras pinturas. Neste país teve oportunidade de estudar as obras dos
pintores renascentistas italianos, como Michelangelo Buonarroti, interessando-se
também pelo barroco flamengo seiscentista, nomeadamente pelo pintor Peter Paul
Rubens.
Em 1817 Géricault voltou para Paris, juntando-se ao
movimento liberal que faz oposição ao rei Luís XVIII. Neste período realizou uma
das suas obras-primas, "A Jangada da Medusa" (1818-1819), cujo tema se liga a um
recente desastre naval que ganhou contornos fortemente políticos. Embora com
raízes naturalistas, o resultado evidencia influências da pintura barroca, pelo
tratamento expressivo do claro-escuro e da composição dramática. Trata-se, de
facto, de uma das obras mais diretamente ligadas ao espírito romântico, de que
Géricualt, a par de Délacroix, foi um dos expoentes máximos.
Em 1820 o artista viajou para Inglaterra,
interessando-se pela pintura de paisagem e pela representação de temas
desportivos, revelados em quadros como "Derby Day" ou "Racy for the Derby at
Epsom", de 1821.
Nos dois
últimos anos de vida, já instalado em França, Géricault dedicou-se ao estudo de
vários tipos de doenças mentais (através do desenho e da pintura de retratos),
confirmando um interesse, de sentido fortemente romântico, pelo exótico e pelo
invulgar.
Para além de
pintura, este artista realizou alguma escultura de pequena dimensão em bronze,
assim como inúmeros desenhos, gravuras e várias séries de
litografias.
Théodore Géricault
morreu jovem, em Paris, no dia 26 de janeiro de 1824.
Fontes:
Infopédia
wikipedia
(imagens)

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