02/03/2019

5.040.(1mar2019.21.21´) José Luís Machado - Zito...

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Nasceu a 15abril1933...Benedita
e morreu a 1mar1994...Benedita
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16mAIo2019
Nos "Carmos"
Terra Mágica das lendas evoca Zito...
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Na tertúlia sobre Ary dos Santos, a Presidente da Terra Mágica rELEVOU o Zito...Têm iniciativas projectadas.
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Foi sócio fundador nº1 e Presidente do ABCD
em 1962 e 1964
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_Beneditense_de_Cultura_e_Desporto
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1mar2019
Via Silvino Lopes:
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 https://www.facebook.com/silvino.lopes.33
Para que não se esqueçam os valores desta terra
- 01-03-1994 -
Faz hoje 25 anos que faleceu José Luís Machado - Zito -
Nasceu a 15-04-1933, na Benedita onde sempre viveu. Desde cedo aprendeu a sua primeira profissão – carpinteiro – na oficina do Sr. José Delgado.
Autodidata, muito dedicado à Benedita, à cultura e à escrita, que iniciou aos 17 anos como correspondente de vários jornais regionais, diários nacionais e revistas.
Homem de grande dinamismo intelectual que ao longo dos anos sempre esteve ligado às instituições sociais e culturais da Benedita, deixando como legado, entre outras atividades:
- Poeta, com a obra Voz no Tempo, publicada em 1979
- Historiador e investigador com a obra Tempo Imemorial – História da Benedita, publicada em 1980, (Tempo de Sempre – usos e costumes, Tempo Presente – 25 anos de progresso, não publicados)
- Ilusionista amador
- Empreendedor, sócio fundador da Fapocal Lda.
- Dirigente desportivo e futebolista. Iniciou como jogador no União Desportiva Beneditense. Em 1956 fundou a Associação de Desporto e Recreio Beneditense (ADRB) onde também jogou. Estas duas associações vieram em 1962 a dar origem à Associação Beneditense de Desporto e Cultura, mais tarde Associação Beneditense de Cultura e Desporto, atual ABCD, onde foi o Sócio fundador Nº.1 e o seu Presidente.
Fica a homenagem - OBRIGADO ZITO
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do blogue de Fleming de Oliveira:

Machado, José Luís, com o pseudónimo de Zito, nasceu na Benedita em 15 de abril de 1933.
Personalidade muito ativa e eclética, carpinteiro e industrial de profissão, exerceu ainda ocupações e cargos como correspondente dos jornais Distrito de Leiria, Gazeta da Nazaré, O Alcoa, A Voz de Alcobaça, O Século, Diário de Noticias, Diário Ilustrado, Correio da Manhã, Notícias das Caldas, Região de Leiria, Jornal Poetas e Trovadores, Diário do Ribatejo, Região de Rio Maior, Chefe da redação do Jornal de Alcobaça, Secretário da Junta Cadastral da Benedita, funcionário da Junta de Freguesia da Benedita, Presidente da Direção da ABCD, Secretário do Ginásio Clube de Alcobaça e correspondente bancário.
Pertenceu a Comissão de Rapazes para a Construção da Nova Igreja Paroquial da Benedita, à Comissão do Salão Paroquial, foi Secretário do Conselho Paroquial, Animador de Teatro e Cinema, Criador do projeto para o Brasão da Vila de Benedita, sócio fundador do Externato da Benedita, sócio nº. 1 da Associação Portuguesa de Ilusionismo de Lisboa, sócio do Clube Ilusionista Fenianos do Porto, sócio protetor do Clube Artes Mágicas/Barcelona, sócio do Grupo Cultural e Filantrópico os José, repórter de corridas de bicicleta, sócio fundador e nº1 da ABCD, sócio nº. 1 Fundador da ADESO, sócio fundador da Rádio Voz da Benedita, fundador da Associação de Damas de Leiria (sediada então na Benedita) e Seccionista de damas da ABCD.
Foi autor da monografia regional Tempo Imemorial, do livro de poemas Voz do tempo e do opúsculo Tempo de Ser Vila. Compilou Tempo de Sempre e Tempo de Progresso, versando, além de outros, temas de cariz religioso.
-José Luís Machado, contou que em 1983, aconteceu um caso invulgar, senão único no País, um avião de treino, por avaria no motor, depois de sobrevoar a zona, viu-se forçado a aterrar na EN 1, próximo de Cadeeiros/Benedita. E foi vê-lo ao local.
Mas eis como o Diário de Notícias, relatou o acontecimento:
Um piloto da Força Aérea Portuguesa, fez o milagre de descer com o seu avião na principal estrada do território do continente, num local onde os desastres de viação são constantes e mortais, sem sofrer uma beliscadura, mantendo o aparelho incólume e sem esbarrar em nenhuma das viaturas que percorriam naquele momento a via rápida. Um avião de treino da FAP – um shipmunk da Base da Ota - perdera o motor, o que na gíria da Força Aérea significa que o motor deixou de funcionar, ao sobrevoar a zona da Venda das Raparigas, da EN nº1, nas imediações de Rio Maior. A manhã chegava ao fim. O trânsito era nessa altura menos intenso do que o normal. O piloto não hesitou entre aterrar num campo lavrado, em que o aparelho muito sofreria, e a pista que a estrada Lisboa-Porto lhe oferecia: escolheu esta. Aproveitou uma clareira no trânsito e oi poisar, suavemente, num local a cerca de três quilómetros do entroncamento para Alcobaça.
Testemunhas oculares disseram que o piloto mostrou grande coragem e sangue-frio ao aterrar na estrada e desviar o avião para a erma, como se estivesse a arrumar um automóvel na Avenida da Liberdade.
Alguns condutores que no momento se aproximavam do local, surpreendidos por um objeto desconhecido que rolava na estrada e faiscava reflexos do sol do meio-dia, pisaram o acelerador e afastaram-se. E quando o avião se imobilizou e o piloto saiu lesto da carlinga para se pôr de pé sobre uma das asas, tentando identificar a paisagem que o cercava, poucos se afoitaram a acercar-se dele.
Centenas de pessoas, entre as quais José Luís Machado, acorreram ao local, além das muitas outras que durante a tarde ali circularam em automóveis, cada um comentando o caso a seu modo.
O avião seguiu depois num camião próprio da Base de Ota, após desmontadas as asas. -Machado, pôs termo à vida, em 1 de março de 1994.
 http://flemingdeoliveira.blogspot.com/2019/01/notempo-de-pessoas-importantes-como-nos_975.html***
do blogue da Terra Mágica das Lendas
Tiago dos Santos
Rota Cultural Fonte da Senhora - Benedita

Três versões da lenda

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A lenda para uma rota

Na a preparação da Rota da Fonte da Senhora (Benedita), a investigação foi baseada na recolha de registos escritos e orais sobre a lenda associada à freguesia. Os textos que se seguem foram revistos durante uma série de três tertúlias participadas pela comunidade em 2017.

Leia aqui as três versões: 

A Lenda de Frei Agostinho de Santa Maria  
[…] Junto de Santa Catarina, uma das treze vilas dos Coutos de Alcobaça, está uma freguesia chamada “nossa Senhora a Benedicta” (1).
Nesta Igreja venera-se uma milagrosa Imagem da Mãe de Deus, que apareceu naquele sítio há trezentos anos, pouco mais ou menos, segundo a tradição dos moradores.
Conta-se que, vindo uma menina de uma fonte ali perto, com a sua bilha de água à cabeça, acompanhada por dois rapazes que seriam seus irmãos ou parentes, lhe apareceu nossa Senhora e lhe mandou que dissesse a seu pai e à gente daquele lugar que lhe edificassem ali uma Casa.
Este acontecimento é atestado por uma pedra, onde ficaram estampadas três pegadas da Senhora.
E diz-se também que, quando esta amorosa Mãe dos pecadores apareceu à menina, a cercou uma nuvem ou névoa, que a encobriu dos rapazes que vinham na sua companhia.
A menina foi andando para casa com a sua bilha e, no caminho, dirigiu-se ao pai que andava a lavrar com dois bois e disse-lhe o que a Senhora mandara.
O pai deu tão pouco crédito ao que a filha lhe disse, que a repreendeu! E no fim da repreensão, acrescentou que tanto era verdade o que a filha lhe dizia, como estarem os dois bois com que lavrava… deitados.
Caso maravilhoso! No mesmo instante caíram os dois bois em terra. E o lavrador, vendo o sucedido, acreditou logo sem dificuldade no recado e fez voto à Senhora de carregar toda a pedra que fosse necessária para a sua Ermida.
Espalhando-se este milagre, acorreram todos os aldeões, que trataram logo de edificar à Senhora a Casa que Ela pediu. Começaram a construir no lugar onde hoje se vê uma Cruz, junto à estrada que vai de Alcobaça para Lisboa.
Porém, tudo quanto os aldeões faziam de dia, amanhecia pela manhã lançado por terra. Com isso entenderam que não era aquele o lugar que a Senhora queria. E por isso resolveram construí-la onde hoje está, que é perto do local onde a Senhora apareceu à menina…
E junto à fonte afirmam que está a pedra em que a Senhora deixou estampadas as pegadas.
Também referem que enquanto durou a obra, deu nosso Senhor água milagrosamente, para que não tivessem o trabalho de a carregar.
«Mandaram logo fazer uma Imagem da Senhora, que se faria segundo a informação da menina. É de pedra, e terá quatro para cinco palmos, porém é formosíssima e tanto que todos os que a veem ficam suspensos à sua vista. Está sentada numa cadeira; tem o menino reclinado no regaço, e com a mão direita está tirando o seu virginal peito, e o está dando ao belo infante, o qual com a sua mãozinha direita lhe pega com aquele jeito, que os meninos costumam, quando pegam o peito às mães; e a esquerda tem estendida sobre o joelho esquerdo: e a senhora está com a mão esquerda acompanhando ao Menino pelas costas, para com mais descanso possa tomar o peito. Admiravelmente estão feitas e trabalhadas estas Imagens quanto à escultura e na pintura estão tao ricamente encarnadas, que parecem vivas: as mãos da Senhora, parece que se estão movendo. A túnica da Senhora é branca e toda semeada de estrelas de ouro. Está cingida com uma correia preta, com uma laçada da maneira como a costumam trazer os filhos de Santo Agostinho meu pai, junto à fivela de que pende a metade que desce da pintura para baixo. Vê-se também estar calçada com uns sapatinhos pretos, cujas pontas de veem semeadas também de rosinhas de ouro. Os olhos vêem-se e com uma modéstia toda soberana inclinados para a terra. Todos pasmam à vista da formosura e perfeição desta Santa Imagem, e da viveza da sua encarnação e que sendo pintada há tantos anos, não se vê nela a menor imperfeição na cor, parece antes que se vê em cada instante de cor mais viva e mais formosa. Referia um homem daquele lugar (no ano de 1691 que foi quem nos deu esta relação) morador no casal dos Guerras e dos mais antigos dele de idade de 90 anos (porém ainda com perfeito entendimento, e com grandes notícias de coisas antigas) que seu pai vivera 128 anos e seu avô 130 e que a um e a outros ouvira que nunca aquela Senhora fora pintada depois que se fizera. E muitos pintores examinaram aquela encarnação e pasmam dizendo que tudo naquela Santa Imagem parecia divinamente executado (2). »
Tanto rouba os afetos dos corações aquela Imagem Santíssima, que vendo-a tão linda os monges de São Bernardo do Convento de Alcobaça, a quem aquelas Vilas estão sujeitas, se resolveram a levá-la (logo nos princípios) para o seu Convento de Alcobaça, e para isso mandaram fazer outra, que em tudo fosse igual ao original, e com efeito o puseram em execução.
Porém a Rainha dos Anjos, e a Bendita mãe dos pecadores, fugiu para a companhia dos seus aldeões, voltando invisivelmente nas mãos dos Anjos para o primeiro lugar, que havia escolhido. Mostrou que com eles queria estar e se pagava da sua singeleza. Há naquela freguesia muito boas almas, e eu creio assim que todas hão-de ser almas benditas, pois tem uma tão querida mãe, que não cessa de rogar por elas àquele Senhor soberano e Filho Santíssimo que tudo lhe concede.
O título de Benedicta não pude alcançar a causa por que lhe foi posto. Faz muitos milagres, sem embargo de não fazerem muita memória deles, aqueles que o deviam fazer.
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In Santuário Mariano, Tomo Segundo, livro primeiro, titulo XLIX, p.194 a 198 (1707) de Frei Agostinho de Santa Maria.
Notas:
  1. Utilizámos nesta pesquisa o livro de José Luís Machado, mais conhecido por Zito: Tempo Imemorial Benedita e a sua história e o Tomo Segundo do Santuário Mariano de Frei Agostinho de Santa Maria (1707).Esta versão foi aligeirada para português corrente por Mónica, Vanessa e Lúcia em 21/09/2017, sobre uma já adaptada pela professora A. Gonzaga na sessão de preparação da Tertúlia de 24 de setembro de 2017.
  2. Terra Mágica das Lendas - Em itálico o texto lido na visita ao Museu de Arte Sacra da Benedita em 7 de setembro de 2017. Visita guiada pelo senhor diácono Freire.


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Curiosa versão da lenda (1)
Sobre a fundação da igreja da Benedicta, conta-se a seguinte lenda: Em tempo distante, a aldeia da Benedicta era um pequeno lugarejo, cujos fogos estavam divididos em três freguesias; Turquel, Alvorninha e Santa Catarina; estas duas últimas do concelho de Caldas da Rainha; aquela integrada no concelho de Alcobaça. O lugar não tinha templo onde o povo pudesse orar e, por isso, os habitantes resolveram mandar fazer uma capela que ficaria sob o patrocínio de Nossa Senhora da Encarnação. Reuniram-se, quotizaram-se, e mandaram fazer a capela no centro do lugarejo, no local onde hoje se ergue um cruzeiro.
Foi a obra dada de empreitada a um homem de apelido Aleixo, (2) residente no casal dos Solões, e deu-se começo à capela, mas todas as manhãs apareciam as paredes aluídas e erguidas no lugar onde hoje está a pequena igreja, mas aumentadas sempre de mais um cunhal (3). Começava a circular entre o povo a versão de que era milagre. Nossa Senhora não queria a capela no centro do lugar, mas sim onde todas as manhãs apareciam os materiais. Uns eram crentes no milagre, outros, não, sendo o mais obstinado contraditor do milagre o próprio empreiteiro.
Perto do local, há uma fonte, e o aludido Aleixo, que tinha uma fazenda contígua, costumava mandar duas filhitas buscar água à fonte. Um dia, as pequenas vão encher os cântaros, e Nossa Senhora, envolta em branca nuvem, desce até ao pé da pequenita mais nova, envolvendo-a de forma a ocultá-la aos olhos da irmã e revela-lhe que transmita ao pai os seus desejos de que a capela seja feita no sítio onde eram encontrados os materiais. A pequena, de volta a casa, conta ao pai o sucedido. Interrogada a mais velhita, que nada vira, negou a Aparição e a mais novinha é admoestada pela suposta mentira.
No dia seguinte, vai o homem lavrar para perto da fonte e as petizas voltam uma vez mais à água. Nova Aparição da Senhora à mais nova, e, de novo, lhe recomenda que diga ao pai para lhe fazer a capela no sítio onde Ela pretendia. A criança diz à Virgem que o pai está descrente. Nossa Senhora, para o convencer, faz-lhe anunciar pela filha que um boi lhe irá cair repentinamente morto no rego da lavrada, o que sucede, mal acabou a pequenita de transmitir ao pai esta previsão sinistra.
Cheio de temor, o homem ordena então à filha que torne à fonte e que peça à Senhora que lhe reanime o boi que ele lhe faria a capela no lugar onde Ela a queria.
A pequena vai: Nossa Senhora aparece-lhe de novo e ela é intérprete do pedido do pai. A Senhora, sorrindo, disse-lhe que fosse descansada que já iria encontrar o boi a trabalhar. Assim sucedeu.
O empreiteiro cumpriu a palavra, a igreja foi erigida onde hoje se encontra e a fonte, onde a Senhora havia aparecido, ficou a chamar-se a “Fonte da Senhora”.
A Virgem, para que ficasse perpetuada a lembrança da sua Aparição, deixou a sua imagem gravada numa pedra broeira que, anos depois, alguém, bem intencionadamente, colocou junto do fontanário, para memorar o facto.
Há anos, sendo pároco desta freguesia um virtuoso sacerdote mandou remover a pedra para a igrejinha, mas esta desapareceu com o rodar dos anos”.
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In José Luís Machado, Tempo Imemorial (1980) p. 41-43. Transcrição do artigo de Guilherme Felgueiras, revista Boletim Cultural - Junta Distrital de Lisboa, 1967, série III, n.ºs 67/68 pp. 300-301 “ O estudo da Literatura Popular e das Tradições Orais Estremenhas – Lendas da Fundação da Igreja da Benedita”.
Notas
  1. Embora deturpada esta versão, é curiosa a referência feita a um empreiteiro de nome Aleixo do Casal dos Solões. Em uma escritura de doação de uma propriedade, deixada à igreja, existe efetivamente referência a um “Casal do Aleixo, no Sellão. ”
  2. José Luís Machado colocou esta expressão em negrito e assinalou que o fez pelo curioso pormenor.  

 http://aterramagicadaslendas.blogspot.com/2017/10/rota-cultural-fonte-da-senhora-benedita.html
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do blogue do João Maurício

"segunda-feira, 11 de abril de 2011


Ordenação/Missa Nova do Padre Fernando Mauricio

O Padre Fernando Maurício foi ordenado sacerdote a 29 de Junho de 1952, na Sé Patriarcal de Lisboa, por Sua Eminência o Senhor Cardeal Patriarca, D. Manuel Gonçalves Cerejeira.
    «A Benedita viveu horas inesquecíveis na Festa da Missa Nova do Rev.º Padre Fernando Maurício.
    Várias comissões estão a trabalhar entusiasticamente nos preparativos para a sua Missa Nova, que se realiza no dia 13 de Julho.
    Se todas as festas religiosas, numa paróquia, marcam sempre um dia festivo e memorável, estamos certos que a festa da Missa Nova do Rev.º Pe. Maurício ficará inesquecível, e marcará na história da nossa paróquia umas páginas de glória.
    Benedita receberá de braços abertos o novo embaixador de Cristo, e prestar-lhe-á a mais justa homenagem, e no dia da sua Missa Nova, todos ali estarão presentes, para darem Graças ao Senhor, por Ele nos ter concedido um novo sacerdote, que levará a verdade, a luz e o caminho da salvação a muitas almas».
    O dia 13 de Julho constituiu uma data memorável para a Benedita pela imponência das cerimónias religiosas que decorreram em ambiente fervoroso. Convictos da sua fé, estes milhares de verdadeiros cristãos, são a garantia da defesa dos princípios que firmaram a nossa independência e engrandeceram a Nação, com os olhos erguidos para Deus.
    Já no decorrer da semana de preparação o povo acorria em massa à igreja paroquial e às capelas da freguesia, ansioso por ouvir a palavra de Cristo, louvá-Lo com as suas orações e cantos, para regressar confortado com a bênção do Senhor.
    Cerca das vinte e uma e trinta horas, (do dia 12 de Julho) chegou à Benedita o Rev.º Pe. Maurício que era aguardado pelo clero da região e por todo o povo desta freguesia. Não nos é possível descrever as vibrantes salvas de palmas, sempre crescentes de entusiasmo, nem os intermináveis vivas que aclamavam o novo sacerdote.
    Após a recepção todos o acompanharam à residência paroquial, onde o Rev.º Pe. Inácio o saudou com palavras repassadas daquele amor fraterno que une todos os cristãos a Cristo e sua Igreja. Bastante comovido, o Pe. Maurício agradeceu com humildade a grande manifestação prestada pela sua terra à mais alta e digna profissão humana: o sacerdócio.
    À noite, efectuou-se uma majestosa procissão de velas que, aos milhares, iluminavam a imagem de Nossa Senhora de Fátima que, tal como na Cova da Iria, à mesma hora, era alvo das esperanças de todos os peregrinos, na mesma atmosfera de fé e amor. Seguiu-se a Hora Santa, rezada no altar preparado para a missa campal e que terminou com a bênção do Santíssimo Sacramento».
    Nota: Este excerto foi retirado da Edição de 3 de Julho de 1952, do Jornal “O Alcoa”, e é da autoria de José Luís Machado.
 http://apontamentoshistoriadabenedita.blogspot.com/2011/04/ordenacaomissa-nova.html
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