Nasceu a 18jun1872...Mangualde
e morreu a 23mar1935...Setúbal
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Fátima Mariano....JN...2010feVER13
Figura incontornável da primeira
vaga do movimento feminista em Portugal, Ana de Castro Osório faz parte
do grupo de mulheres que desde a primeira hora se colocaram ao lado dos
dirigentes do Partido Republicano Português, tendo, inclusive, sido
convidada a participar no Congresso Repúblicano de Setúbal, em 1909.
Filha
única de João Baptista de Castro e Mariana Osório de Castro Cabral de
Albuquerque, Ana de Castro Osório nasceu em Mangualde, a 18 de Junho de
1872. Até aos 23 anos viveu em Setúbal, tendo publicado as suas
primeiras crónicas no jornal semanal A Mala da Europa.
Foi
ainda na cidade sadina que começou a compilar contos populares
portugueses, a partir de narrativas orais que lhe tinham sido
transmitidas por um pastor e uma velha rendeira da sua terra natal.
Estes escritos foram primeiro publicados em folhetim, entre 1897 e 1935,
sob o título "Para as Crianças". Dado o sucesso que alcançaram, foram
mais tarde editados numa colecção de 18 volumes.
Em
1898, casou com Francisco Paulino Gomes de Oliveira, poeta e tribuno
republicano. Anos antes, tinha recusado veementemente o pedido de
casamento de Camilo Pessanha, de quem foi o grande amor. Contudo, a
amizade manteve-se até à morte do poeta, em 1926.
Influenciada pelo marido, Ana de Castro
Osório começou a dedicar-se às causas sociais e políticas, nomeadamente
as que dizem respeito à protecção da criança e à condição da mulher. Em
1905, publicou "Às Mulheres Portuguesas", aquele que é considerado o
primeiro manifesto feminista editado em Portugal.
Dois
anos mais tarde, foi iniciada na Maçonaria, passando a militar na Loja
Humanidade, e cria o Grupo Português de Estudos Feministas, a primeira
associação feminista em Portugal. Antes de partir com o marido para o
Brasil, em 1911, fundou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas
(1908) e a Associação de Propaganda Feminista (1911).
A
criação desta agremiação resultou de uma cisão entre o grupo apoiante
de Ana de Castro Osório, que defendia que os esforços se deviam
concentrar na defesa do direito ao voto, e o de Maria Veleda, que
considerava ser mais importante a luta pela independência económica.
Ainda
em 1911, publicou "A Mulher no Casamento e no Divórcio", tendo
colaborado com Afonso Costa, ministro da Justiça, na elaboração da Lei
do Divórcio. Três anos mais tarde, após a morte do marido por
tuberculose, a escritora regressou a Portugal e fixou residência em
Lisboa. Morreu em Setúbal em 1935.
https://www.jn.pt/nacional/interior/ana-de-castro-osorio-e-a-causa-feminista-1493744.html
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Intelectual, jornalista, ensaísta, conferencista, feminista e republicana, considerada uma das mais notáveis teóricas dos problemas da emancipação das mulheres foi uma dedicada e incansável lutadora pela igualdade de direitos. Fundadora da literatura infantil em Portugal, (o aspecto vulgarmente mais salientado da sua biografia) com Para as Crianças, uma colecção que iniciou em 1897. Nascida em Mangualde, foi residir para Setúbal, onde casou com Paulino de Oliveira tribuno republicano. Desenvolveu uma intensa actividade em prol dos direitos das mulheres. Fundadora da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, do Grupo de Estudos Feministas e da Cruzada das Mulheres Portuguesas. Dirigiu várias publicações destinadas às mulheres e colaborou com inúmeros artigos, na imprensa, numa linha de actuação, comum à maioria das mulheres republicanas, que privilegiou a educação e a formação de uma opinião pública feminista esclarecida. Realizou conferências e comícios. Foi consultora de Afonso Costa, Ministro da Justiça do Governo Provisório, na elaboração da lei do divórcio.
Às Mulheres Portuguesas (1905) é uma colectânea (250ps) de artigos fundamentais, sobre as principais questões femininas que nunca conheceu reedição, onde exorta as mulheres ao “trabalho e ao estudo”, que considera “passo definitivo para a libertação feminina” ,apelando para que as mulheres não façam do amor “o ideal único da existência”. Ser feminista, diz, é “desejá-las criaturas de inteligência e de razão”. Sobre a rapariga portuguesa da época é implacável e irónica: “não tem opiniões para não ser pedante, não lê para não ser doutora e não ver espavoridos os noivos”. Defende a igualdade de salários, “por igual trabalho, igual paga” e afirma que “nada mais justo, nada mais razoável, do que este caminhar seguro, embora lento, do espírito feminino para a sua autonomia”. Em Às mulheres Portuguesas analisa detalhadamente a situação da mulher e o casamento, da mulher casada perante o código civil e perante o trabalho.
https://www.leme.pt/biografias/portugal/letras/castroosorio.html
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23 de Março de 1935: Morre a escritora e jornalista portuguesa Ana de Castro Osório, autora de "As Mulheres Portuguesas", fundadora da Liga Republicana das Mulheres e do Grupo de Estudos Feministas.
Filha única de
João Baptista de Castro e Mariana Osório de Castro Cabral de
Albuquerque, Ana de Castro Osório nasceu em Mangualde, a 18 de Junho de
1872. Até aos 23 anos viveu em Setúbal, tendo publicado as suas
primeiras crónicas no jornal semanal A Mala da Europa.
Foi ainda na
cidade sadina que começou a compilar contos populares portugueses, a
partir de narrativas orais que lhe tinham sido transmitidas por um
pastor e uma velha rendeira da sua terra natal. Estes escritos foram
primeiro publicados em folhetim, entre 1897 e 1935, sob o título "Para
as Crianças". Dado o sucesso que alcançaram, foram mais tarde editados
numa colecção de 18 volumes.
Em 1898, casou
com Francisco Paulino Gomes de Oliveira, poeta e tribuno republicano.
Anos antes, tinha recusado veementemente o pedido de casamento de Camilo
Pessanha, de quem foi o grande amor. Contudo, a amizade manteve-se até à
morte do poeta, em 1926.
Influenciada
pelo marido, Ana de Castro Osório começou a dedicar-se às causas sociais
e políticas, nomeadamente as que dizem respeito à protecção da criança e
à condição da mulher. Em 1905, publicou "Às Mulheres Portuguesas",
aquele que é considerado o primeiro manifesto feminista editado em
Portugal.
Dois anos mais
tarde, foi iniciada na Maçonaria, passando a militar na Loja Humanidade,
e cria o Grupo Português de Estudos Feministas, a primeira associação
feminista em Portugal. Antes de partir com o marido para o Brasil, em
1911, fundou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas (1908) e a
Associação de Propaganda Feminista (1911).
A criação desta
agremiação resultou de uma cisão entre o grupo apoiante de Ana de
Castro Osório, que defendia que os esforços se deviam concentrar na
defesa do direito ao voto, e o de Maria Veleda, que considerava ser mais
importante a luta pela independência económica.
Ainda em 1911,
publicou "A Mulher no Casamento e no Divórcio", tendo colaborado com
Afonso Costa, ministro da Justiça, na elaboração da Lei do Divórcio.
Três anos mais tarde, após a morte do marido por tuberculose, a
escritora regressou a Portugal e fixou residência em Lisboa. Morreu em
Setúbal em 1935.
Fonte: JN
wikipedia (imagens)
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