Hoje é 1 de Abril, Dia das Mentiras. Mas porquê? A brincadeira terá surgido em França, no século XVI, quando o rei gaulês resolveu adoptar o calendário gregoriano.
É que, no começo do século XVI, o Ano Novo era festejado a 25 de Março, data que marcava também a chegada da Primavera. Os festejos duravam uma semana e terminavam a 1 de Abril.
Mas, em 1564, depois da adopção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o Ano Novo seria comemorado no dia 1 de Janeiro.
Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de Abril. Mas algumas pessoas passaram a ridicularizá-los, a enviar-lhes presentes esquisitos ou a convidá-los para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries.
Em países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido como April Fools’ Day, “Dia dos Tolos (de abril)”; na Itália e na França ele é chamado, rescpetivamente, pesce d’aprile e poisson d’avril, literalmente “peixe de abril”.
Em Portugal, no Dia das Mentiras, é costume as pessoas pregarem partidas umas às outras e contarem mentiras. Os jornais, nomeadamente o Sul Informação, também mantêm a tradição de publicar notícias fantasiosas…em que alguns acreditam.
https://www.sulinformacao.pt/2015/04/hoje-e-1-de-abril-dia-das-mentiras-e-a-culpa-e-dos-franceses/?fbclid=IwAR3jt5qI2afDF36M4ddjR2D9HXDMv6QgEboxn2WfmwYVDn2nPSSS_-4UWDE
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segunda-feira, 1 de abril de 2019
A história do dia da mentiras
Há
muitas explicações para o primeiro dia de abril se ter celebrizado como
o Dia das Mentiras, mas a mais consensual coloca em França a origem da
data, também conhecida como o Dia dos Bobos.
Reza
a história que, até 1564, o Ano Novo era festejado a 25 de março, era o
dia do início das festas de primavera, que culminavam com a troca de
presentes a 1 de abril, até que o rei Carlos IX trocou a voltas ao ano
quando adotou o calendário gregoriano obdecendo a uma exigência manifestada no Concílio de Trento de 1563.
Como
não há mudança sem resistência. Alguns franceses ridicularizaram o ato
real com brincadeiras, presentes estranhos e convites para falsas
festividades. Desde então, o dia 1 abril é sinónimo de partidas e
mentiras inofensivas a colegas, familiares e amigos, data também
aproveitada pelos órgãos de comunicação social para veicular falsas
notícias de cariz humorístico ou improváveis.
Há
historiadores, porém, que ligam o ‘Dia dos Bobos’ de abril a antigos
festivais como o Hilária, que era celebrado em Roma no final de março e
que incluía pessoas que compareciam disfarçadas com máscaras e outras
vestimentas. Há também especulações de que o ‘Dia dos Bobos’ de abril
esteve vinculado ao equinócio de primavera - momento em que o Sol, em
seu movimento anual aparente, corta o equador celeste, fazendo com que o
dia e a noite tenham igual duração – ou o primeiro dia da primavera no
hemisfério norte, quando a Mãe Natureza engana as pessoas com um clima
mutante e imprevisível.
Mentiras que fizeram história Entre
as mais famosas mentiras, resistiram à passagem do tempo a peça da BBC
de 1957 sobre uma árvore que produzia esparguete, na Suíça, ou a do
"Daily Mail", em 1981, a informar os leitores que um atleta japonês
pensava que tinha de correr 26 dias e não 26 milhas para participar na
maratona de Londres.
Em 1998, a
Burger King anunciou a oferta de um hambúrguer especial para canhotos,
estimando-se que a cadeira de restaurantes "fast food" terá poupado
milhões de dólares em publicidade com a partida.
Por cá, o
anúncio de autocarros de três pisos, Bin Laden no Algarve e o Centro
Cultural de Belém a afundar foram algumas das mentiras publicadas nos
jornais que gostam de manter a tradição de 1 de abril. Mas há chacotas
que afinal se revelaram realidade, como foi o tema recorrente da criação
do Metro do Porto, que deixou de ser ficção no século XXI e que só não
avançou mais rápido e mais longe porque o país entrou em bancarrota.
Fontes: Expresso
wikipedia (imagens)
Carlos IX de França
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