Nasceu a 30mar1746...Fuendetodos...Espanha
e morreu a 16ab1828...Bordéus...
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“O sono da razão produz monstros.”
“A fantasia, isolada da razão, só produz monstros impossíveis. Ligada a ela, no entanto, é a mãe da arte e do poder de seus desejos.”
https://kdfrases.com/autor/francisco-goya
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biografia
Francisco de Goya nasceu em Fuendetodos (Espanha) no dia 30 de março do ano de 1746. O artista iniciou seus estudos na cidade de Saragoça, onde teve os ensinamentos do pintor José Luzán, que lecionava na Academia de Desenho de Saragoça. Outro de seus professores foi Francisco Bayeu, pintor da Corte da Espanha.
No ano de 1775, Goya passa a viver na cidade de Madrid, onde iniciou a pintura de um lote de telas para a Real Fábrica de Tapeçarias de Santa Bárbara. Cinco anos depois, o pintor ganha o título de membro da Real Academia de São Fernando de Madrid com a pintura do quadro “Cristo na Cruz”.
Já em 1785, Francisco de Goya torna-se diretor adjunto de pintura da Academia. Naquele mesmo ano, o artista foi nomeado como pintor do rei Carlos III. Durante o período em que trabalhou para a realeza, foram produzidos seus primeiros retratos da corte da Espanha. Essas obras foram iniciadas com a tela "Conde de Floridablanca" (1783), depois com o retrato de “Carlos III, Caçador” e terminando com os quadros de Carlos IV, substituto do Rei, e Maria Luísa, que era a rainha. Naquela época, Goya era o artista mais bem sucedido da Espanha. Acabou sendo nomeado por Carlos IV como Pintor da Câmara.
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Em viagem à Andaluzia, Sul da Espanha, em 1792, Goya adoece de forma grave e só consegue se reestabelecer no mês de abril de 1793, porém, acaba ficando surdo. Das andanças de Goya no Sul espanhol, acaba surgindo sua amizade com a duquesa de Alba, que foi retratada em 1795. Entres os anos de 1796 e 1797, o artista começa a produzir gravuras em áqua-tinta aos quais nomeia como “Os Caprichos”, que constituem um lote de 80 telas.
Porém, em 1808, as tropas francesas de Napoleão Bonaparte invadiram a Portugal, fazendo a família real portuguesa fugir para o Brasil. A Espanha, que era aliada dos Franceses, acabou sendo traída e sofreu as mesmas consequências que os portugueses. Este foi o início da Guerra Peninsular, que envolveu Portugal, Espanha, Grã-Bretanha e França.
Dentro deste cenário atroz, que causava milhares de morte, Goya observou argutamente os terrores da guerra e registrou em suas telas momentos de crueldade. Deste conflito, surgiu o quadro denominado como Os fuzilamentos de 3 de Maio de 1808, feita pelo pintor em 1814.
Um ano depois, a Inquisição inicia um processo contra Goya. A alegação era de obscenidade nos quadros denominados “Majas”, pinturas onde uma formosa mulher é retratada de corpo inteiro, deitada em um leito e olhando na direção dos observadores. Porém, Goya consegue sua “purificação” e volta a ser o Primeiro Pintor da Câmara.
Francisco de Goya morre no dia 16 de abril de 1828 em Bordéus, na França.
Fontes:
HUGHES, Robert. Goya, S. Paulo: Companhia das Letras, 2007. http://www.mashpedia.es/Francisco_de_Goya http://educacao.uol.com.br/artes/goya-quando-a-arte-e-testemunha-da-historia.jhtm http://www.arqnet.pt/portal/biografias/goya.html
https://www.infoescola.com/biografias/francisco-de-goya/
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Análise da Obra:"Os fuzilamentos do 3 de Maio", de Francisco Goya
O quadro "O 3 de maio de 1808" foi pintado por Francisco Goya em 1814, seis anos depois da dramática situação que narra, um dos momentos mais simbólicos da resistência espanhola à invasão das tropas de Napoleão Bonaparte. A obra é também conhecida como, "Os fuzilamentos da montanha do Príncipe
Pio" ou "Os fuzilamentos de três de Maio", nome pelo qual é
habitualmente conhecido.
A este quadro liga-se um outro, "O 2 de maio de 1808" (pintado igualmente em 1814), que relata o primeiro episódio deste acontecimento, ocorrido na véspera, e presumivelmente presenciado pelo pintor. Na manhã de 2 de maio, o lugar tenente de Napoleão, o general Murat, seguido por uma coluna de cavalaria, foi atacado por um grupo de populares armados, enquanto atravessava a Porta do Sol em Madrid. Tendo rapidamente controlado a situação, os franceses, como represália pelo levantamento popular, ordenaram o fusilamento de inúmeros civis. Estes massacres tiveram lugar durante do dia seguinte, em vários pontos da cidade, junto ao Convento de Jesus, no Bom Retiro, na Casa de Campo, em Santa Bárbara, na Porta de Segovia e na montanha do Príncipe Pio, entre outros locais.
A este quadro liga-se um outro, "O 2 de maio de 1808" (pintado igualmente em 1814), que relata o primeiro episódio deste acontecimento, ocorrido na véspera, e presumivelmente presenciado pelo pintor. Na manhã de 2 de maio, o lugar tenente de Napoleão, o general Murat, seguido por uma coluna de cavalaria, foi atacado por um grupo de populares armados, enquanto atravessava a Porta do Sol em Madrid. Tendo rapidamente controlado a situação, os franceses, como represália pelo levantamento popular, ordenaram o fusilamento de inúmeros civis. Estes massacres tiveram lugar durante do dia seguinte, em vários pontos da cidade, junto ao Convento de Jesus, no Bom Retiro, na Casa de Campo, em Santa Bárbara, na Porta de Segovia e na montanha do Príncipe Pio, entre outros locais.
Anteriormente à ocupação francesa Goya mantinha alguma simpatia pelas ideias liberais, embora fosse pintor da corte. Para este artista a chegada do exército de Napoleão e a consequente queda da monarquia pareceu representar, num primeiro momento, a possibilidade de introdução do liberalismo no seu país. No entanto, o carácter destruidor que esta ocupação assumiu, associada a sangrentos massacres, frustraram qualquer esperança de libertação.
Os horrores e sofrimentos provocados pelos confrontos entre espanhóis e franceses durante a guerra, aos quais Goya teve oportunidade de assistir de forma direta, foram temas que o atormentaram e contribuiram para que, próximo do final da sua carreira, se tornasse pessimista e cínico relativamente à capacidade de destruição e ao ódio que a espécie humana era capaz de alimentar.
Antecedendo estas duas pinturas, a série de gravuras "Desastres de la Guerra" (desastres da guerra), realizadas em 1810, condensa uma abordagem ainda mais acutilante e emotiva relativamente a este momento de loucura da humanidade.
Após a expulsão dos invasores franceses e restaurada a monarquia, Goya conseguiu que o novo governo regente lhe atribuísse um subsídio financeiro para a realização das duas telas comemorativas dos brutais massacres.
O quadro "O 3 de maio de 1808" apresenta dimensões (266 por 406 centímetros), temática e estilo que lhe imprimem um impacto impressionante. A técnica utlizada, de carácter marcadamente expressionista, caracteriza-se por pinceladas rápidas e espontâneas, pela liberdade e violência do cromatismo e pelos barroquizantes e dramáticos contrastes de luz e sombra. Anunciada por alguns quadros anteriores, esta linguagem expressiva marcaria o derradeiro período criativo do pintor, aquele que mais profundamente o liga ao movimento romântico, do qual constituiu um dos mais brilhantes representantes.
Representando uma cena noturna, a composição apresenta dois setores, a coluna de soldados franceses, imersos numa sombra acentuada pela frieza das cores, que contrasta com o grupo de condenados, inundados por uma intensa luz definidora de flamejantes amarelos e vermelhos. O ponto focal do quadro é precisamente a camisa branca de um dos condenados.
Os quadros "O 2 de maio de 1808" e "O 3 de maio de 1808", executados a óleo, sobre tela, encontram-se expostos no Museu do Prado, em Madrid.
O 3 de maio de 1808. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
wikipedia (Imagens)
O 3 de Maio de 1808 - Francisco
Goya
Pormenor do grupo de fuzilados
Pormenor da mão direita de uma das vítimas que mostra
um estigma
Detalhe da obra
O 2 de Maio de 1808 - Francisco Goya
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2015/05/analise-da-obraos-fuzilamentos-do-3-de.html?spref=fb&fbclid=IwAR2jp9885N4jIU4afYbfh7IIl63XeO-Tv9Liv7k6gna0dgHd_IvHt6iB8SM
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