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Rádio Cister:
2009-07-07 15:39:00
TGV vai deixar Oeste a 15 minutos de Lisboa - Ana Paula Vitorino
A secretária de Estado dos Transportes disse esta segunda-feira que a futura estação Oeste do TGV, a localizar em Rio Maior, "vai mudar a escala do tempo" ao deixar a região "a 15 minutos de Lisboa".
Frisando que a estação não vai servir apenas Rio Maior mas toda a Região Oeste, Ana Paula Vitorino afirmou que, ao permitir a deslocação até Lisboa em apenas 15 minutos - "muito mais rápido" do que a viagem de comboio Cascais-Lisboa - e até ao Porto numa hora, "muda-se por completo a escala do tempo".
"Isto vai transformar todas as relações económicas e sociais da região", disse, frisando que esta ligação irá aumentar a centralidade de todos os centros urbanos situados no Oeste.
A secretária de Estado dos Transportes falava numa sessão pública de esclarecimento sobre "A Alta Velocidade e a ligação Rio Maior/Santarém/Caldas da Rainha - Ligação da Linha do Norte à Linha do Oeste - A nova centralidade da região", que hoje decorreu em Rio Maior.
Para Ana Paula Vitorino, a estação Oeste do TGV funcionará como uma "rótula", ao permitir a ligação entre três eixos - alta velocidade, Linha do Oeste e Linha do Norte, esta com possibilidade de ligação ao futuro aeroporto internacional de Lisboa com o retomar do ramal de Vendas Novas (actualmente em estudo).
A estação do TGV no Oeste, orçada em 25 milhões de euros, será integrada na parceria público-privada a criar para o troço Lisboa/Pombal, disse, lembrando ainda o investimento de 128 milhões de euros em curso para electrificação e melhoria da Linha do Oeste, os 216 milhões para a construção da variante da Linha do Norte em Santarém e os 187 milhões para a ligação Caldas da Rainha/Rio Maior/Santarém.
A secretária de Estado afirmou que a procura vai ditar a frequência das composições de alta velocidade e das paragens nas estações intermédias, admitindo que possa vir a existir uma ligação TGV Lisboa/Oeste/Leiria.
Segundo disse, será adquirido material circulante que possa usar as várias linhas, dando como exemplo a possibilidade de um comboio sair da Figueira da Foz na rede convencional, passando a circular na alta velocidade a partir de Rio Maior para ligar a Lisboa ou ao novo aeroporto, permitindo, nomeadamente, o escoamento de mercadoria que chegue àquele porto.
Ana Paula Vitorino reafirmou que a melhoria da Linha do Norte não é alternativa à alta velocidade na ligação Lisboa/Porto, porque a capacidade de utilização, nomeadamente para transporte de mercadorias, está esgotada e porque o ganho de tempo na ligação entre as duas principais cidades do país é de cerca de uma hora e não apenas de 15 minutos.
Alberto Ribeiro, da administração da RAVE - Rede Ferroviária de Alta Velocidade (empresa portuguesa que tem por missão o desenvolvimento e coordenação dos trabalhos e estudos necessários para a formação de decisões de planeamento e construção, financiamento, fornecimento e exploração de uma rede ferroviária de alta velocidade a instalar em Portugal Continental e da sua ligação com a rede espanhola de igual natureza) frisou que este não é um investimento "só de betão", implicando "muita tecnologia" que pode ser exportada.
No seu entender, a crítica ao número de estações previsto na rede de alta velocidade "corresponde a um raciocínio dos anos 1980", frisando que o exemplo de outros países tem mostrado que as cidades intermédias "têm ganho com a alta velocidade".
Por outro lado, assegurou que os tempos de aceleração e travagem dos comboios são agora muito mais rápidos, o que faz cair por terra o argumento da demora que a existência de várias estações implica.
Oeste online:
Edição de 12-07-2009 :: Francisco GomesDebate em Rio MaiorA15 ferroviária entre Santarém e o Oeste
Realizou-se na passada segunda-feira, no Cineteatro de Rio Maior, uma Sessão Pública de Esclarecimento com a presença da Secretária de Estado dos Transportes Ana Paula Vitorino, sob o tema Rio Maior: A Alta velocidade e a ligação Santarém-Rio Maior-Caldas da Rainha - Ligação da linha do Norte à linha do Oeste – A Nova centralidade da Região.“Nós autarcas já demonstrámos, ser nossa pretensão, quando se discutiam os estudos do Plano Regional do Ordenamento do Território, e registámos que devia ser equacionada uma ligação ferroviária entre a linha do oeste e a do norte, passando pelo Vale de Santarém, Setil, Rio Maior, até às Caldas da Rainha. Seria uma A-15 ferroviária. O assunto que hoje debatemos é relevante para o Concelho de Rio Maior, para a região e para o país”, declarou Silvino Sequeira, presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, no decorrer da Sessão Pública. O autarca defendeu a relevância de uma estação de Alta Velocidade em Rio Maior, bem como a ligação, no Concelho, da linha ferroviária do norte à linha ferroviária do oeste. Silvino Sequeira recordou ainda que ficou consagrado estudar esta linha e sedear no concelho de Rio Maior, a estação do Oeste da Alta Velocidade, informando também que esta sessão teve com mais-valia o esclarecimento, por parte de quem está no Governo, acerca destes projectos, tendo em vista a preparação do concelho de Rio Maior para o futuro.Ana Paula Vitorino reforçou que a aposta do Governo é um modelo de desenvolvimento – o aumento do emprego, aumento da competitividade, o aumento da mobilidade - que passa, em parte, pelo investimento na linha ferroviária convencional e essencialmente num forte investimento na linha ferroviária de Alta Velocidade. A Secretária de Estado dos Transporte declarou ainda que a zona litoral entre Setúbal e Braga, onde vivem cerca de 7 milhões de pessoas, a ligar pela Alta Velocidade, fomenta capacidade competitiva, face a Madrid. A sustentação desta Linha Atlântica, passa pela concretização da Alta Velocidade: Lisboa – Porto – Vigo, com algumas estações, entre as quais a do Oeste a localizar perto de Rio Maior.Pela Administração da RAVE, Castanho Ribeiro, fez ainda uma intervenção técnica que explicitou o projecto da Alta Velocidade.Também presentes na sessão estiveram, em representação do Governador Civil do Distrito de Santarém, o adjunto João Sousa, e o presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Fernando Costa.