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Fundação pode nascer em Alcobaça para reactivar ensino superior no concelho
A câmara de Alcobaça vai criar uma fundação para reactivar o ensino superior no concelho, disse o presidente da autarquia, acrescentando que o projecto conta com o apoio da Universidade de Coimbra.“O que pretendemos é reactivar e desenvolver o ensino superior no concelho, onde já existe o Centro de Estudos da Universidade de Coimbra”, adiantou Gonçalves Sapinho, manifestando o desejo de que possa regressar ao Mosteiro de Alcobaça.“Se o mosteiro não é ocupado, a sua degradação é inevitável”, afirmou à Lusa, confessando ser um “sonho” ver o regresso do ensino ao espaço.O autarca explicou que a fundação cisterciense vai assumir o nome Colégio Nossa Senhora da Conceição, instituição fundada em 1648, com competências e cursos como os ministrados da Universidade de Coimbra, e extinta no século XIX.
Gonçalves Sapinho destacou o facto de a proposta de estatutos ter sido votada por unanimidade na câmara e da mesma forma na Assembleia Municipal na passada sexta-feira.“Significa que é desejada”, declarou o presidente do município, admitindo que possa ter pesado o “passado” do ensino superior, que vigorou durante quase 200 anos no concelho alcobacense.
A esse propósito, o autarca recordou que “o abade do Mosteiro de Alcobaça foi o primeiro subscritor de uma petição dirigida ao Rei e ao Papa para a criação, em Portugal, dos Estudos Gerais, actual Universidade de Coimbra”.
Municípios podem aderir
Gonçalves Sapinho adiantou que “a acção da fundação não se vai esgotar na vertente do ensino ou formação”, pretendendo estender a sua actividade a iniciativas culturais. Sobre issa possibilidade, o presidente da autarquia - social-democrata que há três mandatos lidera o concelho e que não vai recandidatar-se - apontou “a recriação do que, em tempos, foi a melhor biblioteca portuguesa”, a do mosteiro. Para Gonçalves Sapinho, esta situação pode desencadear a reunião de espólios diversos, se aos mesmos for garantida segurança assim como acesso público.O autarca adiantou que, neste momento, “o núcleo duro da fundação é o município de Alcobaça e a Universidade de Coimbra”, estando, no entanto, o novo organismo aberto a outras empresas, instituições e câmaras.
Gonçalves Sapinho acrescentou que gostaria de ver integrados na fundação, cujo próximo passo é a escritura pública, “os municípios que, no seu território, tenham mosteiros cistercienses”, garantindo o autarca que “todos vão ser convidados”.
já agora é de registar o que a cister.fm escreveu
2009-07-31 22:14:00
Fundação Cisterciense quer reactivar o ensino superior em Alcobaça extinto no século XIX
Foram aprovados os estatutos da Fundação Cisterciense Colégio Nossa Senhora da Conceição. O objectivo da Instituição é transformar o Centro de Estudos da Universidade de Coimbra, de Alcobaça, num pólo universitário onde passem a funcionar licenciaturas.
«Outro objectivo da Fundação é a reconstrução da antiga Biblioteca de Cister, através da recuperação do espólio que se encontra na Torre do Tombo, na Biblioteca Nacional e na posse de alguns particulares», adiantou Gonçalves Sapinho, presidente da Câmara Municipal de Alcobaça.
Um objectivo ambicioso, já que dificilmente os documentos sairão dos arquivos nacionais. A concretização deste projecto passará mais, ao que a Rádio Cister sabe, pela recuperação de algum desse espólio que se encontra na mão de privados.
A criação dos estatutos desta Fundação já tinha passado na Câmara Municipal com os votos de todo o executivo.
Para Daniel Adrião este processo, nomeadamente a «possibilidade de solução do problema da Biblioteca do Mosteiro» é muito importante para Alcobaça e para devolver dignidade à Ordem cisterciense. O socialista manifestou-se, contudo, «preocupado com a possibilidade da mesma pessoa puder reunir a direcção científica e executiva».
Por seu lado, Rogério Raimundo, vereador pela CDU e candidato à presidência da Câmara Municipal de Alcobaça, considera que «este não é o momento mais adequado para construir uma Fundação», já que, conforme explicou, o «executivo encontra-se a cumprir o final do mandato».
O vereador salientou, ainda, a sua preocupação face à «entidade que ficará responsável pela nomeação de pessoas para os cargos». Mesmo assim, votou a favor porque, como explicou, o importante é passar «à acção, fazendo de Alcobaça o centro dos municípios vizinhos e com capacidades de envolvimento de parceiros fortes»
A Secil e a Caixa de Crédito Agrícola são as parceiras da Câmara de Alcobaça na criação desta Fundação, defendida desde o primeiro mandato de Gonçalves Sapinho, como uma “questão de honra” para Alcobaça. O autarca insistiu, sempre, na recuperação do estatuto perdido durante a Revolução liberal, do século XIX, quando o ensino superior, leccionado pela Universidade de Coimbra, foi extinto em Alcobaça.
e o região de cister escreveu a 30.7:
Câmara aprova Fundação para o ensino superior
A Secil e a Caixa de Crédito Agrícola são apontadas pela Câmara de Alcobaça como parceiras na criação da Fundação Cisterciense Colégio Nossa Senhora da Conceição, uma instituição que pretende devolver o ensino superior (grau de licenciatura) a Alcobaça e que será objecto de discussão na reunião de amanhã da Assembleia Municipal.
Para além dos cursos de licenciatura sob a ‘marca’ Universidade de Coimbra, a fundação terá também como vocação a recriação da Biblioteca de Alcobaça, no Mosteiro. O ‘cavalo de batalha’ da criação da Fundação é, para Gonçalves Sapinho, o facto de devolver a Alcobaça cursos como os que teve, com o Colégio Nossa Senhora da Conceição, a partir de 1648, com o mesmo valor dos ministrados na Universidade de Coimbra, e que foram extintos com a Revolução Liberal (séc. XIX).Esta segunda-feira, o executivo municipal aprovou, por unanimidade, os estatutos da Fundação, que deverão também receber luz verde amanhã da maioria dos deputados.Apesar de ter votado favoravelmente, Daniel Adrião, do PS, deixou a preocupação quanto ao facto de a mesma pessoa reunir a direcção científica e executiva e uma recomendação, aceite por Gonçalves Sapinho: que a quota exigida a cada parceiro - de 250 mil euros - possa ser entregue em dinheiro ou espécie. A proposta da maioria PSD agradou ao socialista, que considera tratar-se de “um passo em frente”, sobretudo pela possibilidade de solução do problema da Biblioteca do Mosteiro, que, no entender de Daniel Adrião se resolve também chamando como parceiros o Ministério da Cultura, a Biblioteca Nacional, a Torre do Tombo e diversos cidadãos detentores de valiosas colecções particulares sobre Alcobaça.Rogério Raimundo, da CDU, defende que deviam ser considerados todos os municípios - e não apenas Nazaré e Porto de Mós, como consta da proposta -, bem como os municípios de Cister. Por outro lado, o vereador comunista levantou questões quanto a quem cabe a responsabilidade de nomear pessoas para os cargos. O autarca explicou que votou a favor por acreditar que o fundamental é passar “à acção, fazendo de Alcobaça centro dos municípios vizinhos, dos municípios de Cister e com capacidades de envolvimento de parceiros fortes que permitam uma Alcobaça em desenvolvimento permanente”.
Ana Ferraz Pereira
2009-07-30