O avante desta semana traz muita informação,
nomeadamente, sobre o Haiti...
respiguei de
http://www.avante.pt/
Jorge Messias
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=32215&area=32
(...)Quando o castelhano Cristóvão Colombo descobriu a América (1492) defrontou-se com uma nação dos índios Taíno, que pareciam nadar em oiro. Chamavam à sua terra Ayiti. Colombo chacinou os índios, apropriou-se das minas de oiro e mudou para Hispaniola o nome da terra índia. Estabeleceu uma força armada de ocupação e os missionários católicos baptizaram à força os índios escravizados. A ocupação espanhola manteve-se até 1697. Entretanto, dizimados os povos índios, procedeu-se à importação maciça de escravos africanos que garantiram aos senhores europeus a mão-de-obra necessária à exploração mineira.Entretanto, nesse mesmo ano, a Espanha concluiu com a França um tratado que repartia entre as duas potências as terras de Hispaniola:(...)
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http://www.avante.pt/noticia.asp?id=32295&area=11
(...)Foram os dois golpes de Estado promovidos pela Casa Branca - em 1991, nas primeiras eleições livres, e em 2004, no bicentenário da primeira vitória sobre o colonialismo esclavagista na América Latina - que derrubaram Jean-Bertrand Aristide colocando no lugar do «padre dos pobres» o actual presidente, René Preval.Foi pela cartilha do capital que se arruinou a agricultura de uma nação de solos férteis, que passou a importar arroz, trigo e açúcar, e empurrou milhares de camponeses e assalariados rurais para Port-au-Prince, fazendo crescer as favelas que agora desabaram.Foi sob Préval que se privatizaram portos de águas profundas que poderão servir para escoar o petróleo que alguns sustentam existir no Haiti, e os recursos minerais que todos concordam estarem subexplorados; que se vendeu, para logo desmantelar, as empresas estatais de moagem de trigo e produção de cimento, bens essenciais que no actual contexto o Haiti vai importar a elevado preço; que se distribuiu por três empresas os serviços de comunicações que tanta falta fazem às equipas solidárias.Foi também o presidente e o «amigo» yankee quem, contra a Constituição do país, impuseram a presença militar estrangeira, da qual não resulta a construção de qualquer infra-estrutura ou sequer a prometida força local de ordem pública (adjudicada mas nunca concretizada à DynCorp, companhia mercenária com serviço nas guerras de ocupação do imperialismo). (...)
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Pedro Campos escreveu:
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=32296&area=11
(...) Haiti é hoje o país mais pobre e atrasado da região. Mas épocas houve em que esteve entre os da vanguarda. Entre 1791 e 1803, o ex-escravo Toussaint L’Ouverture, inspirado pelo ideais de 1789, encabeçou uma guerra revolucionária que terminou com a proclamação da primeira república negra do mundo. Outro dado interessante: em 1794 obteve da Convenção Nacional francesa que o nomeasse general e que ratificasse a abolição da escravidão. Cinco anos depois, Napoleão quer restabelecê-la e envia 50 navios cheios de soldados, que são derrotados pelo escravo convertido em general. Contudo, o preço é altíssimo. Os haitianos herdam um país arrasado por uma guerra sem trégua e uma «dívida francesa» de 150 milhões de francos ouros. Segundo Eduardo Galeano, esse valor equivale hoje a 21 700 milhões de dólares ou 44 vezes o orçamento total do Haiti actual. O país nasce com um baraço ao pescoço...
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O navio-hospital dos EUA atendeu 10 pessoas nos primeiros dias após o sismo, mostrando ser apenas retaguarda dos EUA, os quais, disse Hillary Clinton, ficarão no Haiti «hoje, amanhã, e no futuro».
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=32295&area=11
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nomeadamente, sobre o Haiti...
respiguei de
http://www.avante.pt/
Jorge Messias
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=32215&area=32
(...)Quando o castelhano Cristóvão Colombo descobriu a América (1492) defrontou-se com uma nação dos índios Taíno, que pareciam nadar em oiro. Chamavam à sua terra Ayiti. Colombo chacinou os índios, apropriou-se das minas de oiro e mudou para Hispaniola o nome da terra índia. Estabeleceu uma força armada de ocupação e os missionários católicos baptizaram à força os índios escravizados. A ocupação espanhola manteve-se até 1697. Entretanto, dizimados os povos índios, procedeu-se à importação maciça de escravos africanos que garantiram aos senhores europeus a mão-de-obra necessária à exploração mineira.Entretanto, nesse mesmo ano, a Espanha concluiu com a França um tratado que repartia entre as duas potências as terras de Hispaniola:(...)
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http://www.avante.pt/noticia.asp?id=32295&area=11
(...)Foram os dois golpes de Estado promovidos pela Casa Branca - em 1991, nas primeiras eleições livres, e em 2004, no bicentenário da primeira vitória sobre o colonialismo esclavagista na América Latina - que derrubaram Jean-Bertrand Aristide colocando no lugar do «padre dos pobres» o actual presidente, René Preval.Foi pela cartilha do capital que se arruinou a agricultura de uma nação de solos férteis, que passou a importar arroz, trigo e açúcar, e empurrou milhares de camponeses e assalariados rurais para Port-au-Prince, fazendo crescer as favelas que agora desabaram.Foi sob Préval que se privatizaram portos de águas profundas que poderão servir para escoar o petróleo que alguns sustentam existir no Haiti, e os recursos minerais que todos concordam estarem subexplorados; que se vendeu, para logo desmantelar, as empresas estatais de moagem de trigo e produção de cimento, bens essenciais que no actual contexto o Haiti vai importar a elevado preço; que se distribuiu por três empresas os serviços de comunicações que tanta falta fazem às equipas solidárias.Foi também o presidente e o «amigo» yankee quem, contra a Constituição do país, impuseram a presença militar estrangeira, da qual não resulta a construção de qualquer infra-estrutura ou sequer a prometida força local de ordem pública (adjudicada mas nunca concretizada à DynCorp, companhia mercenária com serviço nas guerras de ocupação do imperialismo). (...)
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Pedro Campos escreveu:
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=32296&area=11
(...) Haiti é hoje o país mais pobre e atrasado da região. Mas épocas houve em que esteve entre os da vanguarda. Entre 1791 e 1803, o ex-escravo Toussaint L’Ouverture, inspirado pelo ideais de 1789, encabeçou uma guerra revolucionária que terminou com a proclamação da primeira república negra do mundo. Outro dado interessante: em 1794 obteve da Convenção Nacional francesa que o nomeasse general e que ratificasse a abolição da escravidão. Cinco anos depois, Napoleão quer restabelecê-la e envia 50 navios cheios de soldados, que são derrotados pelo escravo convertido em general. Contudo, o preço é altíssimo. Os haitianos herdam um país arrasado por uma guerra sem trégua e uma «dívida francesa» de 150 milhões de francos ouros. Segundo Eduardo Galeano, esse valor equivale hoje a 21 700 milhões de dólares ou 44 vezes o orçamento total do Haiti actual. O país nasce com um baraço ao pescoço...
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O navio-hospital dos EUA atendeu 10 pessoas nos primeiros dias após o sismo, mostrando ser apenas retaguarda dos EUA, os quais, disse Hillary Clinton, ficarão no Haiti «hoje, amanhã, e no futuro».
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=32295&area=11
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