13/05/2010
2.670. Donde veio Passos Coelho...
Mais uma subversão. Mais um grande negócio.
A revisão constitucional do PSD
«Despartidarizar a Administração, desgovernamentalizar o País e desestatizar a sociedade» eis o projecto que o novo líder do PSD, vulgarmente conhecido pelo Rapaz do Ângelo, proclamou solenemente no último congresso do seu partido. «Temos de mexer na Constituição» afirmou Passos Coelho, porque segundo ele «o Estado não tem de ter negócios».
Quem afirma isto é um ex-administrador da Fomentinvest, participada em 15% pelo Grupo BES, a cujos quadros havia pertencido o antigo ministro da economia do PS, Manuel Pinho, grupo que, em tempos, havia apoiado a ida de um ex-líder do PSD, Durão Barroso, aos Estados Unidos a fim de tirar uma pós-graduação.
Quando se declara que «Temos de mexer na Constituição», é certo e sabido que, no momento actual, o objectivo último é a sua vertente económica, o leit motive que faz andar o «Rapaz do Ângelo». A ligação deste último aos grandes negócios está bem exemplificada na participação na tentativa de compra da GALP por parte da Carlyle, ligada ao ex-director da CIA, Franc Carlucci.
Enfim, com tão boas companhias e com tão boas intenções vale a pena parafrasear a expressão popular «...diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és...».
É, pois, neste contexto e nesta envolvência que Passos Coelho quer, até Dezembro do corrente ano, mexer na Constituição, tendo como pressuposto que há Estado a mais na economia e nas funções sociais do Estado, designadamente na segurança social, na educação e na saúde, sectores, especialmente o último, bem representados nos novos órgãos de direcção do PSD por aqueles que estão ligados ao Grupo Espírito Santo e ao Grupo Mello.
É evidente que não basta o desejo do PSD de proceder a uma nova alteração da Constituição, tendo em atenção que é necessário haver na AR uma maioria qualificada de 2/3 dos votos.
Mas quanto a tal exigência não há problemas.
O PS no momento oportuno lá estará, como sempre esteve, com o seu voto disponível para subverter a Constituição.
Há dúvidas quanto a isto? Vejamos então o percurso seguido.
http://www.avante.pt/noticia.asp?id=33496&area=19