29seTEMbro
Dia mundial do Petróleo...Tanta guerra...
*
A procura de petróleo deve manter-se forte nos próximos anos, até 2020, com uma média anual de 1,6 milhões de barris diários, recuando depois para 0,2 milhões entre 2035 e 2040, estimou a OPEP.
Lusa
23 de setembro de 2018 às 17:31
"Com uma população mundial em expansão e a
necessidade crucial de reduzir a pobreza energética", prevê-se que "a
procura de energia aumente cerca de 33% entre 2015 e 2040", destacou o
secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP), Mohamed Barkindo, no boletim Previsões mundiais de Petróleo
2018.
Neste contexto, recordou que no mundo existem "quase mil milhões de pessoas sem acesso à electricidade e três mil milhões sem acesso a combustíveis limpos e tecnologias eficientes para cozinhar".
A organização prevê ainda que, a longo prazo, o crescimento demográfico e da economia mundial irá potenciar o aumento da procura de petróleo para 111,7 milhões de barris diários em 2040, mais 15% que em 2017 (97,2 milhões de barris).
No entanto, é nos países em desenvolvimento, especialmente na China e na Índia, que se irá verificar uma maior subida, enquanto na Europa a procura deverá cair cerca de 18,8% em 2040 para os 11,6 milhões de barris diários em cada ano.
Por sua vez, o transporte rodoviário, que em 2017 representou 45% da procura total, alcançará, em 2040, 47,8 milhões de barris diários por ano, caso o número de veículos em circulação em todo o mundo ascenda a 2.400 milhões de unidades.
Este sector ficará assim como um dos principais responsáveis pela procura de petróleo, seguido pelo petroquímico e pela aviação.
De acordo com o documento, a OPEP estimou também "um aumento significativo" dos veículos eléctricos para 320 milhões em 2040. "É esperado que as renováveis apresentem a maior taxa de crescimento anual [e que] o petróleo continue a ser o combustível com maior participação" no setor energético, acrescentou a organização.
Do lado da oferta, é estimado que até 2023, sobretudo os Estados Unidos, aumentem os seus fornecimentos para 66,1 milhões de barris diários em cada ano.
No entanto, esta oferta cairá, nos anos seguintes e até 2040, para 62,6 milhões de barris diários.
O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, assegurou este domingo que um possível aumento da produção de petróleo ocorrerá no momento oportuno.
"Se o equilíbrio entre a oferta e a procura continuar satisfatório, vamos prosseguir com a monitorização e dar uma resposta adequada e no momento apropriado, dentro das necessidades", disse, citado pela agência France-Presse, Khalid Al-Falih.
A posição de Al-Falih surge após o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter pedido à OPEP o aumento da produção de petróleo e a redução de preços. "É essencial continuarmos a prever e antecipar as alterações ao equilíbrio entre a oferta e a procura", concluiu.
Neste contexto, recordou que no mundo existem "quase mil milhões de pessoas sem acesso à electricidade e três mil milhões sem acesso a combustíveis limpos e tecnologias eficientes para cozinhar".
A organização prevê ainda que, a longo prazo, o crescimento demográfico e da economia mundial irá potenciar o aumento da procura de petróleo para 111,7 milhões de barris diários em 2040, mais 15% que em 2017 (97,2 milhões de barris).
No entanto, é nos países em desenvolvimento, especialmente na China e na Índia, que se irá verificar uma maior subida, enquanto na Europa a procura deverá cair cerca de 18,8% em 2040 para os 11,6 milhões de barris diários em cada ano.
Por sua vez, o transporte rodoviário, que em 2017 representou 45% da procura total, alcançará, em 2040, 47,8 milhões de barris diários por ano, caso o número de veículos em circulação em todo o mundo ascenda a 2.400 milhões de unidades.
Este sector ficará assim como um dos principais responsáveis pela procura de petróleo, seguido pelo petroquímico e pela aviação.
De acordo com o documento, a OPEP estimou também "um aumento significativo" dos veículos eléctricos para 320 milhões em 2040. "É esperado que as renováveis apresentem a maior taxa de crescimento anual [e que] o petróleo continue a ser o combustível com maior participação" no setor energético, acrescentou a organização.
Do lado da oferta, é estimado que até 2023, sobretudo os Estados Unidos, aumentem os seus fornecimentos para 66,1 milhões de barris diários em cada ano.
No entanto, esta oferta cairá, nos anos seguintes e até 2040, para 62,6 milhões de barris diários.
O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih, assegurou este domingo que um possível aumento da produção de petróleo ocorrerá no momento oportuno.
"Se o equilíbrio entre a oferta e a procura continuar satisfatório, vamos prosseguir com a monitorização e dar uma resposta adequada e no momento apropriado, dentro das necessidades", disse, citado pela agência France-Presse, Khalid Al-Falih.
A posição de Al-Falih surge após o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter pedido à OPEP o aumento da produção de petróleo e a redução de preços. "É essencial continuarmos a prever e antecipar as alterações ao equilíbrio entre a oferta e a procura", concluiu.
https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/materias-primas/petroleo/detalhe/procura-de-petroleo-deve-subir-ate-2020-e-diminuir-a-longo-prazo-diz-opep
***
PEV (da CDU) está a tentar aprovar moratória à exploração de gás de xisto...
16ouTUbro2013
Projeto de Lei 456/XII
|
PROJETO DE LEI Nº 456/XII/3ª
APLICA UMA MORATÓRIA À EXPLORAÇÃO DE GÁS DE XISTO
Nota justificativa
A
extração de gás de xisto tem pesados impactos sobre o ambiente e sobre a
saúde pública, e a gravidade desses impactos tem sido bem demonstrada
pela prática.
A
exploração deste combustível fóssil não está profunda e realmente
estudada do ponto de vista científico, mas subitamente, numa década,
alargou-se bastante aquilo que era residual, intensificando-se a
extração de gás de xisto nalgumas zonas do mundo, com particular
incidência nos EUA (devido ao forte apoio público a esta indústria). O
pretexto da auto suficiência, e sob a ânsia de gerar negócio, levou a
que o financiamento, no âmbito da política energética de alguns países,
acelerasse a extração de gás de xisto, que é feita através de métodos
não convencionais. Dessa precipitação resultaram danos ambientais
irreversíveis, designadamente nos EUA, no Brasil ou em Inglaterra, com
forte contaminação de massas de água potável, com claro prejuízo direto
para as populações e para a atividade agrícola, com destruição de
ecossistemas relevantes ou com abalos sísmicos diretamente resultantes
dessa exploração de gás.
O
gás de xisto é um combustível fóssil não convencional nas técnicas
usadas para a sua extração, sustentadas na perfuração horizontal e na
fratura hidráulica. E da extração deste gás já, comprovadamente, se
apreenderam sérios riscos para a humanidade, designadamente (e sem
qualquer ordem hierárquica):
a) Libertação
de metano, um gás com um fortíssimo efeito de estufa, gerador de efeito
de aquecimento global, no mínimo 25 vezes superior ao do CO2;
b) Risco sísmico, já diretamente demonstrado no noroeste de Inglaterra;
c) Utilização de grandes volumes de água, o que, num contexto de escassez de água, assume uma preocupação acrescida;
d) Contaminação
atmosférica, de solos e de massas de água, devido aos produtos químicos
perigosos usados nas técnicas de exploração;
e) Acumulação de resíduos decorrentes da perfuração e da extração, com carácter de alta perigosidade.
Ora,
na exploração de gás de xisto tem-se caminhado, por este mundo, de
vendas nos olhos, com muito pouca transparência, sem avaliação
preventiva de impactos ambientais, sem envolvimento das populações e até
com secretismos, promovidos pelas empresas de exploração, relativamente
aos químicos largamente usados na fratura hidráulica. A agravar a
situação, constata-se que o nível de produção dos poços de gás de xisto
apresenta regularmente quebras intensas em apenas dois anos de
exploração, levando depois a perfurações continuadas de novos poços. E
pergunta-se: como é possível atingir-se esta dimensão de exploração de
gás de xisto, com tantas incertezas e controvérsias científicas sobre a
matéria, e com a constatação real de impactos gravíssimos sobre o
Planeta e aqueles que nele habitam!
A
resposta agora necessária é esta: o princípio da precaução não existe
apenas para constar no papel e para parecer bem, mas existe para ser
aplicado na prática! E esta é daquelas matérias que exige a aplicação
efetiva do princípio da precaução, por tudo quanto já revelou e por tudo
quanto ainda não se assegurou.
Há
Estados-Membro da União Europeia que já aplicaram uma moratória
relativa à extração de gás de xisto, tais como a França, a Bulgária ou
nalgumas regiões da Alemanha. Alguns cantões da Suíça, vários Estados e
governos locais dos EUA, África do Sul, Canadá ou o sul da Austrália são
alguns outros exemplos de territórios que proibiram a fratura
hidráulica, devido ao conhecimento ou à experiência concretamente vivida
de prejuízos sofridos com graves impactos sobre o ambiente e a saúde
pública. Na Alemanha, na Roménia e na República Checa pondera-se também
uma moratória para proibir a extração de gás de xisto.
O
Parlamento Europeu reconheceu que nem ao nível mundial, nem ao nível
europeu existem estudos que garantam a fiabilidade ou a segurança da
extração de gás de xisto. Mais, chama a atenção para estudos e
experiências que geram absoluta legitimidade para uma grande
preocupação, associada a riscos evidentes da exploração do gás de xisto,
como aconteceu por exemplo no Brasil ou nos EUA com graves
contaminações de linhas de água potável.
Perante
este historial, aqui necessariamente sumarizado, conclui-se que deve
constituir preocupação para os portugueses a prospeção de gás de xisto,
autorizada pelo Governo na região Oeste, a realizar pela empresa Mohave
Oil & Gas em acordo com a Gap Energia.
Desde
logo, se temos o objetivo de trabalhar para uma sociedade de baixo
carbono, permitir o desenvolvimento de atividades, que vão justamente no
sentido de aumentar, e muito, a emissão de gases com efeito de estufa, é
aniquilar o objetivo traçado. De seguida, é preciso referir que a nossa
política energética deve ser trabalhada no sentido de se ganhar
eficiência energética e de se apostar nas energias renováveis – são
esses os grandes passos para reduzir a nossa dependência energética do
exterior e para, simultaneamente, ter uma segurança ambiental e ao nível
da saúde pública, que, sendo posta em causa, pode fazer o país perder
muito dinheiro.
E,
por falar em dinheiro, que ganhos teriam os portugueses, ao nível da
sua fatura energética, se fosse explorado gás de xisto em Portugal,
quando a sua exploração é caríssima, bem como a sua desativação, e
sabendo que esses custos são necessariamente incorporados na fatura a
pagar pelos consumidores do país.
Há
riscos que não se devem enfrentar – a exploração de gás de xisto, e
tudo o que ela traz por consequência, é um deles. É por essa razão, e a
exemplo de outros países, que o Partido Ecologista os Verdes propõe a
introdução de uma moratória à exploração de gás de xisto em Portugal.
Assim,
ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o
Grupo Parlamentar Os Verdes apresenta o seguinte Projeto de Lei:
Artigo 1º
Entende-se
por exploração de gás de xisto, a prospeção e a extração de
hidrocarbonetos não convencionais, através de métodos de perfuração
horizontal e de fratura hidráulica.
Artigo 2º
É
adotada uma moratória, aplicada a todo o território nacional, à
exploração de gás de xisto, sustentada no princípio da precaução, com
vista à salvaguarda da saúde pública e da preservação ambiental.
Artigo 3º
A moratória referida no número anterior não se aplica para efeitos de investigação científica.
Assembleia da República, Palácio de S. Bento, 11 de Outubro de 2013
Os Deputados
Heloísa Apolónia José Luís Ferreira
***
***
26abril2012
A CDU há muito que defende...
Há que acompanhar o PSD:CDS nesta démarche que o PCâmara d'Alcobaça quer fazer!
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via cister.fm
ALCOBAÇA DEFENDE CRIAÇÃO DE LEI PARA PROTEGER MUNICÍPIOS NO CASO DE DETEÇÃO DE HIDROCARBONETOS
O presidente da Câmara Municipal de Alcobaça (CMA), Paulo Inácio, defendeu a criação de legislação específica que salvaguarde os interesses dos municípios portugueses nos casos de prospeção de hidrocarbonetos.
Dando
o exemplo da Mohave em Alcobaça, empresa que pretende realizar um furo
de 3 mil metros de profundidade, a cerca de 700 metros do Mosteiro,
Paulo Inácio lembrou que «a lei em vigor apenas protege os interesses do
Estado», não contemplando especificamente as autarquias.
De
acordo com a lei atual, nem os Municípios nem os residentes terão
direito a serem compensados pelo achado, sendo apenas, caso se detetem
hidrocarbonetos, ressarcidos, pela empresa responsável, os lesados
material ou imaterialmente pela obra em si.
Para Paulo Inácio «a Lei brasileira é a que melhor se poderá adaptar ao regime jurídico português».
Segundo
o autarca, este assunto deveria ser «alvo de atenção por parte dos
grupos parlamentares, de forma a criar-se um projeto-lei que proteja e
recompense financeiramente as autarquias e populações que tenham de
suportar os impactos provocados pelas empresas de prospeção».*** respiguei de http://www.terradepaixao.blogspot.com/
que por sua x respigou do correio da manhã...
postagem de 22.9.2010
Petróleo No Oeste Só No Próximo Ano
A exploração de petróleo na região Oeste, cuja concretização chegou a ser avançada para este ano, foi adiada para 2011, disse ao Correio da Manhã Joe Berardo, parceiro da companhia canadiana Mohave Oil & Gas.
O atraso resulta da adaptação de tecnologia de poços direccionais e horizontais que deverão ser instalados numa primeira fase nos concelhos de Alcobaça e Torres Vedras, acrescentou o investidor.
Joe Berardo confirmou que "há petróleo em Portugal, o que falta é encontrar a solução mais económica para o extrair".
A Mohave Oil & Gas estima, numa avaliação mais optimista, a existência de reservas de 500 milhões de barris de crude no subsolo português. O valor destas reservas responde às necessidades do País ao longo de cinco anos. Na estimativa mais pessimista, serão 18,2 milhões de barris.
Segundo a Sed Strat Geoscience, o valor destas reservas oscila entre os mil milhões de euros e os 35 mil milhões de euros.
A empresa canadiana tem a concessão de quatro blocos de petróleo e gás natural em Portugal, numa área que se estende de Mafra até Alcobaça.
Após 16 anos de pesquisa em Portugal, a Mohave realizou um aumento de capital de 12,1 milhões de euros para financiar o arranque da produção comercial.
Numa primeira calendarização, a empresa previa que a perfuração dos primeiros poços, em Aljubarrota (Alcobaça) e em Torres Vedras, começasse em Maio.
Segundo as previsões da empresa, o arranque comercial da produção devia iniciar-se ainda este ano, sendo que o crude seria vendido à Galp ao abrigo de um acordo entretanto assinado.
A Mohave está em Portugal desde 1993, tendo investido mais de 40 milhões de euros na prospecção de petróleo e de gás. As quatro concessões que a empresa detém vigoram até 2015.
As prospecções efectuadas em Fevereiro de 2008 em Lapaduços, no concelho de Alenquer, indicam a existência de crude leve, ou seja, o petróleo de melhor qualidade.
APENAS UMA CONCESSÃO PARA EXPLORAR EM TERRA
De acordo com a Direcção-Geral de Energia e Geologia, estão assinados quatro contratos de concessão para exploração petrolífera em Portugal. A Mohave Oil & Gas explora a bacia Lusitânica desde o Cabo Mondego até Torres Vedras, sendo a única concessão que pode explorar recursos no mar e em terra. Já o consórcio Petrobras/Galp//Partex tem a concessão da bacia de Peniche, enquanto o consórcio Petrobras/Galp detém a licença na bacia do Alentejo. A exploração da bacia do Algarve está adjudicada à Repsol/RWE Dea.POÇOS DIRECCIONAIS E HORIZONTAIS
Tecnologia criada em 1986 nos Estados Unidos e que representa neste país 10% dos poços instalados.
Uma vez fixado o ponto onde explorar o petróleo é introduzido no subsolo o equipamento de perfuração cuja trajectória é efectuada na horizontal.
Vantagens
- Produção é 6 a 7 vezes superior à de um poço vertical.
- Requer a perfuração de menos poços, pois vários campos podem ser explorados do mesmo ponto.
- Atinge locais inacessiveispara a perfuração vertical como zonas habitadas, salinas, bases de uma montanha ou terrenos instáveis.
In Correio da Manhã
.............
respiguei do http://www.regiaodecister.pt/portal/index.php?id=4126
Exploração de petróleo em Aljubarrota adiada para 2011
A exploração de petróleo em Aljubarrota e Torres Vedras foi adiada para 2011, depois de ter estado prevista para iniciar ainda este ano, anunciou o investidor da Mohave Oil & Gas Joe Berardo.
Em causa estão questões técnicas relacionadas com a adaptação de tecnologia de poços direccionais e horizontais que deverão ser instalados numa primeira fase tanto no concelho de Alcobaça como no de Torres Vedras, referiu o empresário, citado na edição desta segunda-feira do “Correio da Manhã”. Joe Berardo não tem dúvidas quanto à existência de reservas de petróleo nesta zona do País. Aliás, a Mohave Oil & Gas estima existirem cerca de 500 milhões de barris de crude, descendo essa previsão para 18,2 milhões de barris no cenário mais pessimista.
***
1aGOSTO2010
MOHAVE já recomeçou em Aljubarrota procurando as formas geométricas das estruturas geológicasAdvogado Vasco Taborda que representa a Mohave Oil and Gas Corporation...
depósitos de hidrocarbonetos
nova técnica de exploração "sísmica a 3 dimensões"
***
2 de Janeiro de 1882: Rockefeller funda o seu império petrolífero
No
dia 2 de Janeiro de 1882, o multimilionário americano John D.
Rockefeller funda a Standard Oil Trust, na qual reuniu 40 empresas de
petróleo e marcou o início do seu império petrolífero.
John
Davison Rockefeller, o patriarca da família que dominou o mercado
petrolífero nos Estados Unidos durante mais de um século, nasceu em
Richford, no Estado de Nova Iorque, em 8 de Julho de 1839. A sua
formação profissional era de contabilista. Em conjunto com Samuel
Andrews, inventor de um processo de refinamento de óleo bruto,
Rockefeller fundou a sua primeira empresa em 1862.
Quatro
anos depois, em 1866, construiu uma segunda refinaria de petróleo. Com
isso, estabeleceu as bases para a expansão dos negócios petrolíferos da
família. Em 1870, John D. Rockefeller fundou a Standard Oil Company of
Ohio: três anos depois, todas as refinarias de petróleo do Estado de
Ohio pertenciam à sua empresa.
Em
1882, constituiu a Standard Oil Trust. Empregando em parte métodos
considerados ilícitos, conseguiu o controlo de 95% de todo o sector
petrolífero dos Estados Unidos. A partir daí, começou a diversificar as
suas actividades, adquirindo participações em empresas industriais e de
mineração.
Em
1892, o Supremo Tribunal do Ohio declarou ilegal o monopólio
conquistado pela Standard Oil Trust e impôs um desmembramento da
empresa. A medida só foi concretizada, porém, em 1899: a principal
empresa sucessora, a Standard Oil of New Jersey, foi presidida pelo
patriarca da família até 1911, quando teve de ser novamente desmembrada,
em consequência de um segundo processo anti trust.
A
partir de 1926, a Standard Oil of New Jersey passou a denominar-se
Esso. Nos Estados Unidos, a empresa passou a chamar-se Exxon a partir de
1972. Do desmembramento imposto em 1911 pelo Supremo Tribunal dos
Estados Unidos, surgiu também a Standard Oil do Estado de Indiana, que, a
partir de 1962, adoptou o nome American International Oil Company.
No
auge da sua carreira de negócios, a fortuna pessoal de John D.
Rockefeller foi avaliada em quase 1 bilião de dólares: ele tornou-se o
homem mais rico do mundo. A partir de 1911, Rockefeller encerrou a
participação activa nos negócios da família, passando a dedicar-se
exclusivamente a actividades filantrópicas.
Em
1913, criou a Fundação Rockefeller, com sede em Nova Iorque, a qual,
segundo os seus estatutos, deve "servir a humanidade". Ela é ainda hoje
uma das maiores fundações privadas dos Estados Unidos, e actua
internacionalmente fomentando trabalhos científicos e obras caritativas.
Dos 550 milhões de dólares que John Davison Rockefeller destinou a
obras filantrópicas, a Fundação Rockefeller recebeu mais de 241 milhões.
John D. Rockefeller faleceu em Ormond Beach, na Flórida, em 23 de Maio de 1937.
Fontes: DW
wikipedia (imagens)
John D. Rockefeller em 1885
John D. Rockefeller's por John Singer Sargent em 1917
***
OSAGE
*
postei em 29jan2019:
o petróleo...o roubo...os assassinatos...Ai o processo histórico...conhecer os OSAGE..."ELES" tentarão fazer tudo para roubar a Venezuela!!!:
expresso..28jan2019
Foram expulsos das suas terras, encontraram petróleo, ficaram ricos e foram assassinados. A história dos Osage
Ninguém via naquela reserva rochosa em Oklahoma sinal de abundância mas a verdade é que ali estava a mais vasta reserva de petróleo dos EUA. Os índios Osage enriqueceram e a riqueza deles foi também a sua morte. O Estado norte-americano tentou roubá-los e houve grupos de homens brancos a persegui-los e a matá-los, assim como às suas famílias
Foram expulsos das suas terras no Kansas e levados para uma reserva rochosa em Oklahoma onde não havia sinal de abundância ou simples sustento. Tempos depois, no entanto, os índios Osage deram com uma imensa reserva de petróleo, ficaram ricos, muito ricos, os mais ricos (per capita) do mundo no início da década de 1920, e houve logo quem se sentisse incomodado com a ideia — ficou incomodado o Congresso norte-americano, que impôs uma série de medidas para restringir os gastos financeiros dos índios que eram proprietários das jazidas de petróleo, e ficaram incomodados alguns homens brancos da região, entre negociantes e advogados, que orquestraram esquemas para roubar e assassinar os Osage e ficar com o dinheiro deles.
A
história não era praticamente conhecida até o jornalista norte-americano
David Grann ter decidido contá-la em “Killers of the Flower Moon: The
Osage Murders and the Birth of the FBI”, publicado em 2017 (em Portugal
foi publicado pela editora Quetzal, com o título “Assassino da Lua das
Flores). E decidiu contá-la depois de ter encontrado num museu sobre a
história dos Osage uma fotografia de um homem com a cabeça recortada.
David Grann ficou intrigado, quis resolver as suas dúvidas e disseram-lhe que aquele homem era William Hale, de quem se diz ter elaborado o plano para exterminar os membros daquela tribo. “Eles não podiam esquecer-se de algo que o resto dos EUA ignorava, que não se estuda nos colégios e que mesmo em Oklahoma não era do conhecimento da população”, explicou o autor ao jornal “El País”, por ocasião da recente publicação do livro em Espanha.
No meio desta história há uma heroína — Mollie Burkhart, uma Osage cuja família foi toda assassinada, ou a tiro ou por causa de intoxicações causadas por álcool adulterado ou ainda por causa de doenças das quais nunca se tinha ouvido falar. Mesmo sozinha e indefesa, Mollie Burkhart nunca desistiu. “É impossível contar tudo aquilo que ela sofreu. E também não é esse o objetivo do livro”, afirmou David Grann, que prefere homenagear os Osage pelo sofrimento em que viveram.
À descoberta da vasta reserva de petróleo, a mais vasta dos EUA, conforme se veio a perceber depois, seguiu-se uma indignação geral: a prosperidade da tribo não correspondia à imagem que se tinha então dos índios americanos, assente nas impressões e descrições dos homens brancos que com eles primeiro contactaram. A imprensa da época começou então a classificar os Osage como “plutocratas” ou a referir-se a eles como os “pele-vermelha milionários” que viviam em autênticos palácios de tijolo e usavam casacos de pele e compravam diamantes e até carros e aviões. “Um jornalista manifestava todo o seu espanto ao ver as raparigas Osage que frequentavam os melhores internatos e vestiam sumptuosos figurinos franceses, como se belas damas das avenidas de Paris se tivessem perdido naquela pequena cidade da reserva”, escreve o autor do livro.
Para se defenderem, os Osage contrataram detetives privados como o conhecido William J. Burns e recorreram aos serviços da há muito defunta agência de detetives Pinkerton, fundada em 1850 por Allan Pinkerton. No entanto, foi fraca a resistência que conseguiram criar, dada a conivência das autoridades, polícia e justiça com os criminosos. W. W. Vaughan, o primeiro advogado que se interessou pelos Osage, foi atirado de um comboio em andamento quando tinha em sua posse provas dos crimes cometidos. A imprensa da época falou numa “conspiração para matar os índios ricos” mas o assunto foi enterrado.
Houve quem mais tentasse investigar os crimes já passados muitos anos depois de eles terem ocorrido. É o caso de J. Edgar Hoover, que enquanto diretor do FBI fez da investigação aos crimes cometidos contra os Osage a sua missão e a missão da agência federal, no século XX. O processo, no entanto, haveria de prolongar-se durante muito tempo.
David Grann ficou intrigado, quis resolver as suas dúvidas e disseram-lhe que aquele homem era William Hale, de quem se diz ter elaborado o plano para exterminar os membros daquela tribo. “Eles não podiam esquecer-se de algo que o resto dos EUA ignorava, que não se estuda nos colégios e que mesmo em Oklahoma não era do conhecimento da população”, explicou o autor ao jornal “El País”, por ocasião da recente publicação do livro em Espanha.
No meio desta história há uma heroína — Mollie Burkhart, uma Osage cuja família foi toda assassinada, ou a tiro ou por causa de intoxicações causadas por álcool adulterado ou ainda por causa de doenças das quais nunca se tinha ouvido falar. Mesmo sozinha e indefesa, Mollie Burkhart nunca desistiu. “É impossível contar tudo aquilo que ela sofreu. E também não é esse o objetivo do livro”, afirmou David Grann, que prefere homenagear os Osage pelo sofrimento em que viveram.
À descoberta da vasta reserva de petróleo, a mais vasta dos EUA, conforme se veio a perceber depois, seguiu-se uma indignação geral: a prosperidade da tribo não correspondia à imagem que se tinha então dos índios americanos, assente nas impressões e descrições dos homens brancos que com eles primeiro contactaram. A imprensa da época começou então a classificar os Osage como “plutocratas” ou a referir-se a eles como os “pele-vermelha milionários” que viviam em autênticos palácios de tijolo e usavam casacos de pele e compravam diamantes e até carros e aviões. “Um jornalista manifestava todo o seu espanto ao ver as raparigas Osage que frequentavam os melhores internatos e vestiam sumptuosos figurinos franceses, como se belas damas das avenidas de Paris se tivessem perdido naquela pequena cidade da reserva”, escreve o autor do livro.
Também o Estado norte-americano usou todos os seus recursos para roubar os Osage
O drama dos Osage é que os direitos de exploração dos recursos da reserva só podiam ser transferidos por herança. Aqui entra em cena William King Hale, um cowboy conhecido como “Bill” e com muito poder na região; começa a casar os seus sobrinhos e amigos com índios para depois matá-los e herdar os direitos de exploração. Não agia sozinho; também o Estado norte-americano usou todos os seus recursos para roubar os Osage, declarando os membros da tribo como menores de idade e nomeando um tutor branco para gerir cada fortuna acumulada por via da venda de petróleo. “Criou-se um sistema federal de roubo que permitiu a alguns ganhar milhões e milhões e milhões. William King Hale é o criminoso clássico e muitos sentiam-se confortáveis em culpá-lo somente a ele, em declará-lo responsável por esta matança prolongada.” Perceber que a “maldade afinal vinha de gente comum foi terrível”, acrescenta David Grann.Para se defenderem, os Osage contrataram detetives privados como o conhecido William J. Burns e recorreram aos serviços da há muito defunta agência de detetives Pinkerton, fundada em 1850 por Allan Pinkerton. No entanto, foi fraca a resistência que conseguiram criar, dada a conivência das autoridades, polícia e justiça com os criminosos. W. W. Vaughan, o primeiro advogado que se interessou pelos Osage, foi atirado de um comboio em andamento quando tinha em sua posse provas dos crimes cometidos. A imprensa da época falou numa “conspiração para matar os índios ricos” mas o assunto foi enterrado.
Houve quem mais tentasse investigar os crimes já passados muitos anos depois de eles terem ocorrido. É o caso de J. Edgar Hoover, que enquanto diretor do FBI fez da investigação aos crimes cometidos contra os Osage a sua missão e a missão da agência federal, no século XX. O processo, no entanto, haveria de prolongar-se durante muito tempo.
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