josÉ saraMAGO:
"O que cada um de nós deve fazer em primeiro lugar, pois não temos outro remédio, é respeitar as nossas próprias convicções, não calar, seja onde for, seja como for, conscientes de que isso não muda nada, mas que ao fazê-lo, pelo menos tenho a certeza de que eu não estou a mudar."
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"Não pôr fim ao que tem remédio e denunciar as coisas com um simples murmúrio torna-nos cúmplices da nossa miséria."
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"Sempre acreditei que, para além da antropofagia directa, há outra forma de devorar o próximo: a exploração do homem pelo homem. Neste sentido, a história da humanidade é a história da antropofagia. Isto obriga-nos a um compromisso activo. Em primeiro lugar, temos a obrigação de não permitir que nos ceguem, pois se nos deixam cegos, comportar-nos-emos, ainda mais do que agora, como membros de um rebanho, um rebanho que avança até ao suicídio."