29/01/2011

4.110.(29Jan.16.16') Áurea está bem viva...

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28jan2020...Terra Mágica das Lendas realiza Tertúlia
Evocação da Áurea Mata
" caros amigos e amigas
memórias da nossa Aurea da Mata...
.dela temos vindo a falar muitas vezes e creio que muitos conheceram a Aurea e como nós dela tem saudades e boas memórias.
Além de poetisa foi excelente pessoa, profissional e eximia contadora de histórias 
Se lerem o blogue do Jero ele conheceu-a na celebre rabula no burro na biblioteca Municipal que muitos também recordamos,,,
Lúcia Serralheiro"
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17set2009...Intervim no período antes da ordem do dia:

à família de Áurea Mata, grande animadora cultural e social, trabalhadora do Centro Social e Paroquial de Turquel, dirigente da cooperativa Terra Mágica das Lendas, contadora de estórias, animadora de tertúlias de poesia, poeta popular, colaboradora do quinzenário Alcoa e da Rádio FM.
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29out2009

Os amigos da Áurea da Mata entre outros projectos, que estão em vista, decidiram criar para já um blogue de homenagem à nossa querida amiga. Consutem, participem, dêem sugestões e divirtam-se como ela tanto gostava. Aqui está o blogue:
http://sonhos-aurea.blogspot.com/


O mail criado para receber o que quiserem ver publicado é projecto.aureamata@gmail.com
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respiguei do região de cister:Áurea da Mata, que faleceu em Setembro do ano passado após uma operação, continua a ser recordada com saudades pelos seus amigos, colegas e conhecidos no blogue criado em sua homenagem (http://www.sonhos-aurea.blogspot.com/).
No próximo dia 28, noSalão Paroquial de Turquel, a partir das 21 horas, a contadora de histórias vai ser homenageada.
Vão participar no evento vários agentes sociais e culturais, como o Centro Social e Paroquial de Turquel, a Terra Mágica das Lendas, o Grupo de Poesia, Mimick e Chocolate, o grupo de Catequese da Paróquia local, o Coro de Crianças da Sociedade Filarmónica Turquelense, as Danças de Salão do Hóquei Clube de Turquel e a Isama.
Até lá, no blogue ‘Áurea: os sonhos continuam’, os amigos vão continuar a “homenagear a ilustre poetisa, contadora de histórias e grande mulher Áurea da Mata, assim como divulgar futuras iniciativas”.
A página de Internet conta, neste momento, com 21 seguidores e centenas de textos que falam de saudade, amizade e descrevem a força e a personalidade da inconfundível contadora de histórias. Áurea da Mata, que trabalhou durante 35 anos no Centro Social e Paroquial de Turquel, faleceu com 59 anos e vivia em Turquel.
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No dia 25 de Abril 2010 recebi esta missiva:
"Escrevi este poema, no dia em que passaram 45 anos sobre o assassinato de Humberto Delgado.

E porque hoje na Cela foi lembrado, vou partilhá-lo...
Era adolescente e o meu pai me explicou o porquê desta morte. Como sou contra este tipo de mortes, injustiças,calúnias, etc, muito me impressionou e fiquei sempre com ela na memória, marcada..."


Faz hoje 45 anos que Humberto Delgado foi morto
Este “General sem medo”

Que na Brogueira nasceu
Assassinado pela PIDE
Perto de Olivença morreu
Chama-se Humberto Delgado

Homem de grande valor
Tinham mesmo de o matar
Não convinha cá andar
Só porque era opositor!!!


Um dia numa conferência
Em campanha eleitoral
Respondeu ao jornalista
Uma frase sem igual

Segundo o que se escreveu

Houve fraude na votação
Mas como não aguentou
No Brasil se refugiou
Com mágoa no coração

Mais tarde veio a Portugal
O novo “golpe” fracassou
Mas passado pouco tempo
A PIDE o assassinou

Hoje tem um monumento

Na Cela Velha edificado
Da autoria de um escultor
Senhor de grande valor
No vinte cinco de Abril é lembrado

Faz hoje 45 anos


Que essa morte se deu
Como a sua secretária
Que tal como ele morreu
Matar nunca faz sentido

A vida tem muito valor
Aqui estamos recordando
E ao mesmo tempo lembrando
Sua família com dor.
















13-02-2010
Áurea
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Há novidades / actualizações no blog dos Amigos da Áurea. Visite:

http://sonhos-aurea.blogspot.com/


Prof Fraga e Mª do Carmo apresentaram o espectáculo...
Augusto Luís esteve no som...
Apresentação de um vídeo sobre a vida de Áurea Mata Crianças do Centro Social e Paroquial de Turquel interpretaram, mbem, a história da Áurea: "A Zebra Camila".
Coro Crianças
Sociedade Filarmónica Turquelense
Palhaços Mimick e Chocolate
Terra Mágica das Lendas / ADEPART
Catequese
Fado
Danças de Salão com o "jovem "Avelino Sousa Lopes
Cantoras "Almas Gémeas"

Poema 1
“Tempo”
O Tempo é bom "curandeiro"
Disso não tenho ilusões
Se ele não curasse tudo
Ai! De tantos corações

O tempo pergunta ao tempo
Porque andas a passar?
E o tempo lhe respondeu
Tenho pressa de chegar!...

Quando eu era pequenina
Queria que o tempo passasse
P´ra crescer e ficar grande
E já não me atrapalhasse.

Poema 2
“Histórias”

A história nasce connosco
No dia em que nós nascemos
Essa é da nossa vida
As outras...nós a fazemos


Para contar uma história
Eu visto o meu "fatinho"
Porque assim fico melhor
Nem que seja de "bichinho"

Conto "A gata sapinha"
"O sapo feliz contente"
"Galo novo e galo velho"
Conto para muita gente...

Por isso digo feliz
P´ra mim contar uma história
É relembrar o passado
Coisas lindas à minha memória

Memória da minha avó
Que à lareira mas contava
Eu ia dormir contente
No outro dia as lembrava.

Por isso aos contadores
Que cada vez mais aparecem
Contem histórias às crianças
Que elas não mais as esquecem

Poema 3
“As Estações do Ano”
Que bonita a Primavera
Quero bem vê-la chegar
Vestida de muitas cores
Todas elas a brilhar!..

Despedir-se do Inverno
Com beijinhos sem parar
E dizer-lhe:"para o ano
voltarei, pra te abraçar"

Vou vestir-me de azul,
Verde, amarelo, também
Vermelho, roxo e lilás
Que só a mim me fica bem

Mas afinal quem chegou!...
Foi o amigo Outono
Que se despediu do Verão
E lhe desejou, bom sono.

Poema 4
“Avô, diz-me o que é ser velhinho!”
Era noite de Natal
Houve prendas e docinho

O Pedro voltou a perguntar
- Avô! O que é ser velhinho?
- Eu prometo que te conto
Antes de te ires deitar

Agora vamos p´rá mesa
Está na hora de jantar
Foram-se todos embora
Mas só o Pedro ficou

P´ra saber o prometido
Pois não estava esquecido
Saltou p´ró colo do avô
- Olha! Meu querido neto



Tu queres mesmo aprender?
Fui pequeno como tu
E coisas, gostei de saber
Também vais envelhecendo

Cada dia um bocadinho
Mas ainda falta muito
Para chegares a velhinha
- Já percebi, meu avô

Desfez-me a curiosidade
Amanhã é outro dia
Vou voltar com alegria
P´rá minha grande cidade

Poema 5
O Poeta é sonhador
Passa noites sem dormir

Ele escreve com amor
Quantas vezes sua dor
Escreve o que está a sentir
Ser poeta! É ir mais longe

É sonhar com as estrelas
É trazer no coração
Bem juntinho em união
O amor de muitas elas


Poema 6
Quando gostamos de alguém
E esse alguém nos é querido
A vida vai mais além
Digo até! Tem mais sentido!!!

Quem viver com dignidade
Tem valiosa virtude
Se lhe juntar humildade
Tem uma nobre atitude!
Quem o seu amor perdeu
De certo não vive bem
Por algo se corrompeu
E é triste! Digo eu!
Não ter amor de ninguém
Nesta vida se andas triste

E a vives a chorar
Porque o amor não te assiste
Mas mesmo assim, não desiste
Só para te chatear...

Acaba com tudo e diz
Pára! Não quero sofrer!
Ainda és aprendiz
Tens muito para viver...
...................................
Poema final da festa:
"Quando eu era pequenita"

Quando eu era pequenita
Bem me lembro de ir à fonte
Com uma bilha à cabeça
Ao poço perto do monte

Trazia água p´ra beber
E também p´ra nos lavar
Era sempre uma canseira
Com a bilha a carregar

Até p´ró gado beber
A tinha de ir buscar
Por isso nada de estragos
Era sempre a poupar!!!

Mais tarde meu pai pensou
Então um poço fazer
Deixei de ir buscar água
Com a bilha p´ra beber

No dia em que tive água
Que desse poço jorrou
A alegria foi tanta
Que do meu peito brotou

Meu pai comprava galinhas,
Ovos, coelhos também…
Mas tinha uma grande mulher
A minha querida mãe

Ainda me lembro bem
De atrás dela andar
Com uma cesta pequenina
Para a poder ajudar

Chegava a casa cansada
De tão longe caminhar
Mas mal largava a cesta
Ia p´ró campo trabalhar

Muito trabalho de campo
Muito para semear
Muita rega p´ra fazer
Batatas para sachar

Eu também a ajudava
Quando saía da escola
No caminho ia brincando
Dando chutos numa bola

E ao chegar junto dela
Tantas vezes bem sozinha
Pedia-me logo ajuda
Isto era eu bem novinha

Sol-posto vinha p´ra casa
E se tinha trabalhos da escola
Ali à luz do candeeiro
Pegava na minha sacola

Os anos foram passando
Nesta faina sem parar
E eu ao meu pai pedindo
Para me deixar estudar

“Isso é que não pode ser”
E muita coisa argumentava
Que a mim não me convencia
E às escondidas chorava

Ao domingo ia à missa
No caminho namorava
Sempre sem meu pai saber
Senão mais me chateava

Mas aquilo que pior
Me podia acontecer
Era não ir aos bailaricos
Ficar em casa a sofrer

Minhas amigas todas iam
Com os pais a acompanhar
Mas meu não me deixava
Podiam-me machucar

Naquele tempo era assim
Agora é bem diferente
Mas cá vamos caminhando
E andando para a frente.

fotos retiradas do
 http://adepartactividades.blogspot.com/
...................
http://jeroalcoa.blogspot.com/2011/01/m-333-boa-noite-aurea.html