Em 1º lugar quero registar o facto de na última 4ª fª na sessão pública ter sentido o período do 25 de Abril...
Há que tempos que eu não via uma sessão pública de prestar contas, do que fazem os médicos e os enfermeiros? Ver ali aqueles profissionais a apresentarem o que fazem foi muito positivo.
Vi que há respostas que desconhecia.
Saudei como cidadão o facto de neste último ano ter acabado aquela vergonha das bichas de espera pela alta madrugada.
Mas fiquei preocupado com o que já acontece na USF de Alcobaça: falta de de médicos de família.
A Srª Presidente da Junta da Maiorga colocou, muito bem, as questões dos seus 500 fregueses sem médico de família.
Achei gravíssimo que a resposta seja irem para a USF de Pataias, que está no CS da Martingança!!! Isto é a negação do princípio da proximidade. É uma vergonha para a cidade de Alcobaça e para a freguesia da Vestiaria. Como é que podemos atrair novos habitantes para Alcobaça sem terem médico de família?
O pior é que sei que além deste problema se avizinha a aposentação de mais 2 ou 3...
Como é que podemos que o Estado trate assim dos cuidados de saúde primária tantos milhares de Alcobacenses?
Bem sei que não é a câmara a responsável, mas temos que agir adequadamente à gravidade deste problema!!!
A Câmara pode fazer mais prevenção e agir mais na sequência do que é feito em vários eventos muito positivos.
A CDU continua a defender que é preciso agir muito mais neste campo fundamental da qualidade de vida dos Alcobacenses.
E nem falo nas questões hospitalares!!!
Também intervim preocupado com muitos alcobacenses que deixaram de ir a consultas e a tratamentos em outros Hospitais por não terem dinheiro para pagar a viagem. As credenciais... Os utentes da saúde...Os taxistas... As Associações Humanitárias e de Socorro..
Depois a Dr.ª Teresa Luciano respondeu-me...
Onde é que a câmara faltou com os Presidentes de Junta?
ver + em: http://uniralcobaca.blogspot.com/2011/03/437627marco11h11-centros-e-unidades-de.html
Presidente da Câmara subscreveu as minhas preocupações. Vai insistir e pressionar. Vai reunir esta semana com a autarca da Maiorga e com a ARS.
A câmara não falhou reunião nenhuma. Esteve a representante da AM, PJ da Benedita e a Sr.ª Vereadora e não era sobre estes assuntos, era com a vereadora da CDU de Peniche que está em representação da OESTECIm nestas questões da saúde.
E acrescentou que teve reunião com o Presidente do CA do CHON e teve novidades:
- A cirurgia ambulatória de todo o Oeste passará para Alcobaça;
- Vão fazer obras em Abril e na zona da ex- pediatria vão colocar mais 10 camas;
- empresas fornecedoras de médicos é em Alcobaça mas tb nas urgências das Caldas;
- O Presidente do CHON considerou que as premissas da Moção da CDU estão falsas;
- Em breve irão fazer uma sessão pública em Alcobaça.
.................................
(7Abril 12.12') região de cister de 7.4.2011 informou assim:
Utentes obrigados a fazer 20 quilómetros para ter médico
Desde sempre que os utentes da Maiorga, paredes meias com a freguesia de Alcobaça, recebem cuidados primários de saúde na cidade, mas a aposentação de médicos na Unidade de Saúde Familiar (USF) de Pedro e Inês está a ‘empurrar’ cerca de 500 pessoas para a unidade de Pinhal do Rei, em Pataias.
A situação causou indignação junto de munícipes e Junta de Freguesia da Maiorga. A presidente, Rosa Domingues, fala em "descontentamento" e garante que aquela autarquia estará ao lado dos habitantes. "Vamos fazer os possíveis para que as pessoas tenham assistência na sua unidade de saúde familiar natural, que é a de Alcobaça", assegura a autarca.
Alguns utentes da Maiorga estão mais perto da USF de Pedro e Inês do que muitos habitantes de Alcobaça. Além da proximidade física, a ligação é quase histórica: "Há pessoas da Maiorga que eram acompanhadas pelo mesmo médico há 30 anos", refere Rosa Domingues.
A falta de vagas na cidade verifica-se desde que três médicos - Maria João Lameiras, Jorge Araújo e Cristina Melo - se aposentaram. Os utentes dos seus ficheiros, cerca de cinco mil, ficaram sem médico em Alcobaça. Por enquanto, a contestação verifica-se apenas com os 500 oriundos da Maiorga.
"Há disponibilidade na USF de Pinhal do Rei, respeitamos os profissionais de Pataias, mas os habitantes da Maiorga não querem ir para Pataias, não têm nada a ver com Pataias, que fica a 18 quilómetros, e nem sequer há transporte para lá", resume Rosa Domingues, que garante ser "apologista das USF".
Entretanto, o caso foi levado a reunião de Câmara pelo vereador da CDU, Rogério Raimundo, que apelidou a situação de "escandalosa" para Alcobaça e pediu ao presidente da autarquia para "fazer mais pressão" junto da tutela.
O presidente da autarquia classifica o problema de "gravíssimo" e sublinha que "dada a proximidade com Alcobaça, não faz sentido deslocar os utentes para Pataias".
Paulo Inácio diz-se ainda preocupado com a situação das contratações na função pública, que estão congeladas. "E depois há um incentivo à reforma porque as pessoas estão preocupadas com a perda de direitos", refere o autarca.
Está prevista para amanhã uma reunião com o presidente da Câmara, a autarca da Maiorga e a responsável do Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Norte, Teresa Luciano. "Vou ser muito contundente nestas reuniões", garante o presidente da Câmara".
Ana Ferraz Pereira