14/04/2011

4.427.(14Abril 9h19') Comemorar Abril

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24.4.2018
VIVABRILiberdade
Foto de CDU Alcobaça.
Vem comemorar o 44º aniversário do 25 de ABRIL num Jantar do Partido Comunista Português pelas 20h na freguesia de COZ no Casal da Areia no Restaurante O CAÇADOR com a participação do JOSÉ AUGUSTO da Comissão de Controlo do Comité Central do PCP.
Inscreve-te para 966 938 402 por mail cdualcobacaautarquicas@gmail.com, rogeriommr@gmail.com e por mensagem privada no nosso facebook.
Participa!!
https://www.facebook.com/cdualcobaca/photos/a.463038577120586.1073741828.462786247145819/1742743389150092/?type=3&theater
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a CDU defende comemorações com envolvimento das colectividades ... das escolas...
Defendemos a Semana das Colectividades entre 25 e o 1º de maio...
O desfile que a NUCCA realizou em 1999 ou 2000...
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2016
via site da Câmara:
https://www.facebook.com/municipioalcobaca/photos/a.180120852070484.45234.136327826449787/1016671301748764/?type=3&theater
A Cela Velha, acolhe entre 25 de Abril e 18 de Setembro de 2016 na Praça Humberto Delgado, a exposição “Fragmentos de Liberdade. Humberto Delgado e a Cela: 40 anos” dedicada à evocação das quatro décadas do monumento a Humberto Delgado do escultor José Aurélio e do arquiteto Artur Rocha. 

A presente exposição comissariada por Alberto Guerreiro, Iva Vieira e pelo próprio José Aurélio, assume-se como uma instalação museográfica ao ar livre, evocativa do sentido histórico, artístico e sócio-cultural inerente à edificação e permanência ao longo dos 40 anos do monumento ao General Sem Medo.

Percorrendo uma linha cronológica a exposição documenta as ocorrências e vicissitudes comunitárias da população em paralelo com o percurso desta obra escultórica no momento da exaltação à figura de Humberto Delgado.

A inauguração está marcada para as 12h00 e insere-se nas comemorações do 25 de Abril do Município de Alcobaça.

https://www.facebook.com/events/222032584832690/
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na Cela Velha
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Abel Manta e a descolonização
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Comemorações do 25 de Abril
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Município evoca cinquentenário da morte de Humberto Delgado
Via site do município
A celebração dos 41 anos do “25 de Abril” será este ano assinalada pela Câmara Municipal de Alcobaça em paralelo com a Evocação do Cinquentenário da Morte de Humberto Delgado (1965-2015).
A cerimónia de homenagem decorrerá junto ao monumento em sua memória, na Cela Velha a partir das 11:30 e inclui uma interpretação do Hino pela Academia de Música de Alcobaça, intervenção do Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, Sobrevoo de Aviões do Aero Clube de Leiria, apresentação do livro “Meu Pai, o General Sem Medo – Memórias – de Iva Delgado”, por Dr. Álvaro Laborinho Lúcio, e leitura de excertos pelo poeta Nuno Guedes.
A cerimónia servirá igualmente para reinaugurar a Praça Humberto Delgado recentemente sujeita a trabalhos de melhoramento e requalificação.
Às 12:30 haverá Deposição de coroa de Flores no monumento do General Humberto Delgado Cela Velha seguida de um almoço na Praça Humberto Delgado. Em Alcobaça, pelas 15h, será também deposta uma coroa de flores no monumento do 25 de Abril, na Praça João de Deus Ramos para depois dar início, às 15:30, à Sessão Solene da Assembleia Municipal de Alcobaça no Auditório da Biblioteca Municipal.
Em paralelo o Município convida toda comunidade para participar no “Caminhar em Liberdade”, uma caminhada de 6,5 km com partida e chegada frente ao Mosteiro de Alcobaça, a partir das 10:30.
À noite, o grupo T.A.P. (Pombal) apresenta, a peça “Romeu e Julieta” no Cine-Teatro de Alcobaça João D’Oliva Monteiro. O espetáculo tem início às 21:30h e enquadra-se no Festival “Ao Teatro!” que decorre no concelho de Alcobaça de 18 a 26 de Abril, organizado por “Gambuzinos com 1 pé de fora”
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aqui ficarão os registos das principais intervenções
esboço da Clementina Henriques pela CDU:
Na comemoração do 41 aniversário do 25 de Abril de 1974 a CDU saúda, com alegria, todos os Alcobacenses e demais presentes, trazendo à memória as diversas conquistas então conseguidas para a sociedade portuguesas, com superior destaque para o fim de 48 anos de ditadura, para as profundas transformações sociais e económicas, para a instauração da liberdade para os portugueses, para a valorização do ser humano e da sua identidade, para a democracia.
Como não podia deixar de ser, todos aqueles que defendem os valores da Liberdade, da Justiça e da Democracia estão hoje, e mais uma vez, aqui, e por tantos palcos onde se vive Abril, reunidos para comemorar uma das datas maiores da História de Portugal, de quase 900 anos, a data que ficará, para sempre, na história como o dia em que Portugal deu os seus primeiros passos em direcção à democracia. Por isso saudamos, em liberdade, o 25 de Abril de 1974, momento das nossas vidas que ficará marcado na Historia da democracia Portuguesa.
Porém, o contexto que a nossa sociedade atravessa, de uma crise profunda e longa, que não escolhe idades nem género, que paulatinamente vai retirando os frutos de uma luta intensa, consciente, pela qual tantos perderam a vida, retira-nos, por um lado, o brilho que era suposto esta data carrear aos nossos olhos, mas por outro estimula-nos o entusiasmo para enfrentar novos, e alguns velhos desafios, e conjuntamente, poder local, colectividades, associações e clubes, cidadãos em geral, nos associarmos, pelos valores e princípios de Abril, por uma sociedade livre, justa e solidária.
Sabemos e sentimos que Portugal vive um dos mais graves períodos da nossa história, o mais difícil desde o 25 de Abril. Um período de confronto político com os ideais e valores de Abril, com quase tudo o representou de conquistas, de realizações e transformações sociais.
Sabemos e sentimos que Portugal vive uma grave e profunda crise económica e social, fruto de um profundo endividamento, de politicas desastrosas, de uma elevada alienação que poe em causa a nossa autonomia;
Sabemos e sentimos que se agrava, dia a dia, a exploração dos trabalhadores e a degradação dos seus direitos, que se limitam as liberdades do povo português, que a exclusão aumenta, que o Pais empobrece, que milhares de portugueses são empurrados para o desemprego, para emigração, com impactes incompensáveis na vida das famílias e no futuro de Portugal e dos portugueses.
Mas Abril é de esperança, é de objectivos, é de construção, é de futuro. Em Abril afirmamos, sem dúvida, a indignação e recusa da política dirigida contra os trabalhadores, contra o povo e o País, em que se insere o ataque ao Poder Local Democrático e ao que ele representa de espaço de afirmação e realização de direitos e aspirações populares, mas afirmamos a força e determinação pela democracia, a liberdade, pela paz e o desenvolvimento de Portugal.
Saudamos o 25 de Abril e todos os democratas e apelamos à defesa e afirmação do Poder Local Democrático como conquista de Abril e de defesa dos interesses e direitos das populações.
Viva o 25 de Abril
Viva Alcobaça e todos os Alcobacenses

Alcobaça 25 de Abril de 2015
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no ano passado foi o João Paulo

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2017
Município de Alcobaça assinala 43º aniversário do 25 de Abril
COMEMORAÇÕES OFICIAIS
· 12h00 » sessão de homenagem ao General Humberto Delgado com a deposição de uma coroa de flores junto ao monumento em sua memória, na Cela Velha, freguesia da Cela
· 15h00 » deposição de uma coroa de flores no monumento comemorativo do 25 de Abril, na praça João Deus Ramos, junto aos Paços do Concelho
· 15h30 » Seguir-se-á a sessão solene da Assembleia Municipal, no Auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça
Para além das comemorações oficiais o Município promove ainda mais duas atividades paralelas:
CAMINHAR EM LIBERDADE
A caminhada do 25 de Abril é já uma tradição das comemorações da Revolução dos Cravos no concelho de Alcobaça. "Caminhar em Liberdade" tem início às 10h30 em frente ao Mosteiro de Alcobaça.
A iniciativa é aberta a todos, de todas as idades, e visa promover o desporto e o convívio entre gerações.
Os primeiros 600 participantes terão direito a uma t-shirt.
A distância a percorrer será de 7km. Haverá um período de 5 minutos para aquecimento antes da partida. Os participantes vão ainda receber uma garrafa de água e uma maçã de Alcobaça. E, no final, os caminhantes farão exercícios de descontração e alongamentos acompanhados de música.
“Caminhar em Liberdade” é uma organização do Município de Alcobaça com o apoio dos ginásios Dino`s, da Associação dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça e da Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça.
EXPOSIÇÃO
Em paralelo, destaque ainda para a exposição “25.4.74 - Ontem, hoje e sempre!” que estará patente na Biblioteca Municipal de Alcobaça, uma singela homenagem a todos os soldados alcobacenses que lutaram na Guerra do Ultramar.
 https://www.facebook.com/notes/munic%C3%ADpio-de-alcoba%C3%A7a/munic%C3%ADpio-de-alcoba%C3%A7a-assinala-43%C2%BA-anivers%C3%A1rio-do-25-de-abril/1339367469479144/
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2016

https://www.facebook.com/notes/concelho-de-alcoba%C3%A7a/munic%C3%ADpio-de-alcoba%C3%A7a-celebra-25-de-abril-com-exposi%C3%A7%C3%A3o-de-jos%C3%A9-aur%C3%A9lio-e-caminh/1008836632532231
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=428745540602591&set=gm.613835965366251&type=3&theater
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viv'Abril...há quem tenha perdido a esperança (filósofo José Gil)...Há quem diga que já não alinhava com os militares de Abril...Nós ainda acreditamos e vivemos a Constituição da República saída da Revolução de Abril...Estamos na Luta!!!
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2014
vivABRILiberdade
Clementina Henriques:
Abril, 40 anos de Liberdade!

Viver para contar! Esta é, a meu ver, a forma de poder refletir e partilhar atos e factos que caracterizam uma época. Um tempo longo de vidas sem vida própria, ao sabor de uma austeridade que configurava a extensa época de outras de crises de que se destaca a ausência de Liberdade, a par do agravamento da situação económica fruto, em parte, da manutenção de uma guerra sem sentido.
O agravamento da crise do capitalismo mundial, a guerra colonial, a desertificação do interior, a emigração, a destruição do sistema produtivo, a concentração económica numa escassa meia dúzia de grupos, a perseguição política, criaram condições para legitimar o fim do sistema, politico e económico. É bom lembrar como era para perceber o que foi e para onde vai!
A valorização que se está a cometer às comemorações do quadragésimo aniversário do 25 de Abril de 1974 é um reflexo das preocupações que afetam os seus atores e defensores. As comemorações são uma forma de afirmar valores e conquistas de Abril, as transformações democráticas realizadas, mas, sobretudo, de defender os avanços civilizacionais alcançados.
Bom seria o envolvimento da maioria da população, com particular enfoque na comunidade escolar, no movimento associativo e nos grupos mais afetados pelas atuais politicas. É obrigação dos diversos poderes políticos preservar os ideais e valores de Abril mas também promover a sua divulgação num contexto em que os ataques às conquistas de Abril são uma constante.
É bom lembrar que a desvalorização do trabalho a que assistimos, os ataques à cultura, à saúde, à educação exigem uma maior atenção aquilo que são direitos, consignados, de qualquer cidadão. O emprego remunerado e com direitos, caraterística das sociedades modernas; o acesso à cultura e à educação, premissas estruturantes na definição da personalidade, fundamental em liberdade; a existência de um salário mínimo que equacione a paridade do poder de compra e incremente a produtividade; um quadro de atribuição justa de reformas e pensões como compensação de uma vida de trabalho na construção de um país e pressupostos de bem-estar, são valores de Abril que não podem regredir sem contestação e luta. Comemorar 40 anos de Abril é lutar por Abril e pelos seus legítimos e justos princípios.
Defender Abril, comemorar Abril é lutar pelo fim da austeridade impropria de um país livre e independente, é reafirmar valores e princípios intrínsecos ao cidadão, é afirmar a Liberdade!
Clementina Henriques
Eleita na Assembleia Municipal de Alcobaça
Pelo PCP/CDU
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"Quando o povo acorda é sempre cedo"

Jerónimo de Sousa faz uma extr.ª intervenção na AR:
Na sessão solene na Assembleia da República, comemorativa do 40º aniversário do 25 de Abril, o Secretário-Geral do PCP afirmou que aos que contemplam hoje a sua obra de destruição e fazem planos para muitas décadas de austeridade e sofrimento, nós dizemos: O projeto de Abril inscreve-se ainda na Lei Fundamental. Os seus valores continuam a ter validade e atualidade.
https://www.youtube.com/watch?v=Qtvs8erBnZs

mbleia de República

"Quando o povo acorda é sempre cedo"


Senhor Presidente da República,...Senhora Presidente da Assembleia da República
Senhor Primeiro-Ministro
Senhores Presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal Constitucional
Senhores Deputados...Senhoras e senhores convidados
40 anos, sendo um tempo curto na história de um povo é um tempo largo nas nossas vidas que permite extrair lições e ensinamentos sobre o ato e o processo mais moderno e avançado da nossa história contemporânea, a Revolução de Abril de 1974.
Acto de libertação e processo de transformação, realização, conquista e participação, não esquecendo nunca que país tínhamos resultante do regime fascista de quase meio século de opressão, que usava a violência contra o povo não por sadismo mas antes como instrumento repressivo de proteção e sustentação da ditadura terrorista dos monopólios e latifúndios.
Guerra, isolamento internacional, atraso económico, social, cultural e civilizacional, analfabetismo, emigração em massa, liberdades individuais e coletivas juguladas, desigualdade entre homens e mulheres, com um povo sofrido mas de onde emergiam os lutadores, comunistas, democratas, patriotas, que com muitos anos de prisão, perseguição e repressão, apesar das feridas e cicatrizes, sabiam que resistir era já vencer, mesmo sem saber em que data seria essa vitória.
Aconteceu naquela madrugada de Abril de 1974.
Corajosamente um sector das Forças Armadas determinado pelos capitães para quem o povo e as instituições democráticas têm uma dívida de gratidão, inicia um levantamento militar de desfecho imprevisível imediatamente apoiado e secundado por um levantamento popular.
Esta fusão operacional e original do povo e das forças armadas foi decisiva porque sem iniciativa popular o movimento militar não venceria tal como o movimento popular sozinho não teria êxito, movimento popular que quis afirmar de forma inequívoca o seu apoio à revolução logo nas primeiras horas, mas particularmente naquele primeiro 1º de Maio em liberdade convocado pela Intersindical Nacional e que encheu as ruas e praças das vilas e cidades.
A consigna Povo-MFA não foi uma consigna imaginada em gabinetes por estrategas militares, ou por políticos imaginativos, mas o reconhecimento, aprovação e definição de um desenvolvimento real e concreto do processo de conquista da liberdade e da democracia e sua instauração e institucionalização com a Revolução de Abril.
Em todo o processo que se seguiu nenhuma das suas realizações foi oferecida ao povo português. Nem por salvadores, nem pelo poder político, nem pelos militares.
Foram por ele conquistadas! Reconhecidas pelo MFA e consignadas pelos deputados constituintes.
As liberdades de imprensa, de associação, de reunião, de manifestação.
Uma nova estrutura económica liberta do poder dos monopólios travando a sabotagem económica e conduzindo as nacionalizações de sectores básicos e estratégicos, valorizando o papel das pequenas e médias empresas.
Conquistando a Reforma Agrária, combatendo a ação dos latifundiários, desbravando terras incultas e desenvolvendo a produção agrícola e pecuária nas terras do sul, criando emprego, conquistando mais a norte o direito ao uso e a gestão dos baldios pelos povos.
Conquistando direitos laborais, sociais e culturais, liberdade sindical, direito à greve, a não ser despedido sem justa causa, proteção na infância e na velhice, direito ao ensino, à saúde, à proteção social, direito à igualdade das mulheres no trabalho, na família, na sociedade, direitos da juventude.
Conquistando o direito de decidir sobre os problemas das suas terras e o seu desenvolvimento, concretizado no reconhecimento do poder local democrático,
Conquistas que acabaram por ser consagradas na Constituição aprovada por uma Assembleia Constituinte ela em si mesmo expressão da conquista do direito de votar, eleger e ser eleito.
Não, não foi uma revolução perfeita ou produto de uma experiência laboratorial. Mas muito menos foi um ato e um processo em que fosse preciso mudar alguma coisa para ficar tudo na mesma. Não se esperava que os poderosos, a classe dominante desapossada do poder, assistisse passivamente ao processo de transformação que punha em causa os seus interesses e privilégios.
Foi uma revolução onde os trabalhadores e o povo decidiram assumir o seu papel de obreiros, construtores e donos do seu devir coletivo, materializando sonhos, aspirações e reivindicações, abrindo as portas de um país encarcerado ao mundo, libertando outros povos que também lutavam para se libertarem do jugo do colonialismo, pondo fim à guerra e propondo a paz e a cooperação entre os povos. E aos que querem reescrever a história lembramos que foi a Revolução de Abril e não outro processo que abriu as portas de Portugal à Europa e ao Mundo.
Comemorando continuamos e continuaremos a dar combate à reescrita da história, à negação da existência do fascismo, às falsas atribuições do papel de cada um na revolução e na contra -revolução que se seguiu.
Durante décadas, sucessivos Governos, exercendo o poder, executando a política direita que dura há 37 anos, recuperaram e restauraram de novo o poder do grande capital, submetendo o poder político ao poder económico, rasgando ou engavetando compromissos assumidos com o povo e com a Constituição, com Abril.
Sim, é verdade que muitas das principais conquistas de Abril foram destruídas, que se assiste à recuperação pelos novos e velhos senhores do capital, das parcelas de domínio perdido com Abril, voltando a amassar fortunas nuns poucos, agravando as injustiças, o aumento da exploração e do empobrecimento, a dependência do estrangeiro.
Sobre o povo que se atreveu a resgatar a sua dignidade e o poder e a soberania que nele deve residir volta a classe dominante e seus executantes a decretar a resignação e a submissão não suportando a luta nem os lutadores.
Aos que contemplam hoje a sua obra de destruição e fazem planos para muitas décadas de austeridade e sofrimento, nós dizemos: O projeto de Abril inscreve-se ainda na Lei Fundamental. Os seus valores continuam a ter validade e atualidade.
Do desenvolvimento económico tendo como objetivo a melhoria da qualidade de vida das populações e o pleno emprego, emanam os valores da justa e equilibrada distribuição da riqueza, da economia ao serviço das pessoas e da justiça social.
Da reforma agrária e dos baldios emana o valor da terra a quem a trabalha e o ancestral valor comunitário da terra.
Das nacionalizações emana o valor, a necessidade e possibilidade de pôr fim ao poder dos monopólios.
Dos direitos laborais emana o valor do trabalho e dos trabalhadores.
Do Estado para responder às necessidades do país em oposição ao Estado que temos como instrumento de uns poucos, emana o valor do Estado ao serviço do povo.
Da independência e soberania nacionais emana o valor do povo português decidir do seu futuro e da sua pátria
.
Tais valores estão presentes na sociedade e na consciência, hoje abalada mas latente, que a revolução deu aos portugueses e nos direitos que resistem.
Consciência que a liberdade vale, consciência dos direitos do ser humano ancorados no coração de quem viveu e participou no acto e no processo da Revolução.
Dir-nos-ão que mais de metade da população não tinha nascido ou era criança quando se deu Abril.
Mas na consciência das novas gerações - quando hoje lutam pelo direito ao trabalho com direitos, contra as injustiças, a precariedade e o desemprego, quando lutam contra as propinas ou os cortes das bolsas, em defesa da escola pública, quando vêm à rua gritar a sua indignação contra a Troika e a submissão ao estrangeiro, quando entendem a liberdade como algo tão natural e insubstituível como o ar que respiram, então mesmo que eles não lhe dêem esse nome, na sua consciência fermentam e alicerçam-se os valores de Abril, que se hão-de-projetar no futuro de Portugal.
Uma política e um Governo que estão a dar cabo do presente da juventude é que estão condenados à derrota e a não ter futuro.
Para o PCP, partido da resistência e da luta antifascista, partido de Abril, se há coisas que aprendemos é que mesmo quando tudo parece ameaçado ou perdido, é pela luta, pela força do nosso ideal, com uma política de verdade pela confiança no povo português, com a convergência dos democratas e patriotas, que temos convicção inabalável que nada está perdido para todo o sempre. Que é possível uma vida melhor num Portugal de progresso, livre e democrático, com uma política patriótica e de esquerda, uma democracia avançada inseparável dos valores que emanam desse acontecimento extraordinário que foi a Revolução de Abril que hoje celebramos.
Lutaremos por isso, com aquela esperança que não fica à espera, com aquela confiança que Ary dos Santos, poeta de Abril, expressou no seu poema de que «quando o povo acorda é sempre cedo».
E se Abril e os seus valores continuam a ser e a ter mais projeto que memória, então valeu e vale a pena!
Disse.
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A caminho das comemorAÇÕES oficiais...
A Cela Velha tem povo...
Levei cravinho pequenino da minha floreira:
e fui dizendo homens e mulheres e cravos
não se medem aos palmos:

Fotos do Paulo Jorge
O meu sobrinho João é que colocou as flores do CCCela
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Discursos consensuais, sem polémica, na sessão solene da AMunicipal...
Discurso do João Paulo Raimundo da CDU:
ABRIL SOMOS NÓS
“Abril foi o motor do crescimento
Deste País que esteve amordaçado
Abril foi sempre o grito revoltado
De quem sentiu na pele o sofrimento.

Abril foi Primavera, Liberdade.
O Povo a acreditar que a sua luta
Havia de vencer a força bruta…
Abril foi um prodígio de vontade!

Eles estão a vingar-se, pois estão!
Havemos de vencer mais uma vez.
E há de ser o Povo Português

Que sempre trouxe Abril no coração
A dizer Não, agora e sempre NÃO!
Abril seremos nós, NUNCA vocês!”
PALMA RODRIGUES

“Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo”.
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
IN”O NOME DAS COISAS”
“Não quero morrer sem conhecer a cor da Liberdade”.
JORGE DE SENA

É justo lembrar hoje que os capitães de Abril merecem o nosso respeito, porque no fim de nos restituirem a liberdade, regressaram aos quartéis em 1982 ( 8 anos após o 25 de Abril), e de livre vontade.
Todos sabemos o que aconteceu noutros países onde os militares não regressaram aos quartéis.
É importante lembrar que em 1974 morriam dezenas de jovens numa guerra sem futuro. Muitos outros vinham estropiados fisica ou mentalmente.
Na Guiné, por exemplo, essa guerra já estava perdida, estando o PAIGC em nítida vantagem no teatro de operações.
Um dos D, a descolonização, foi porventura mal feita? Talvez, mas tinha de ser feita! Erro maior fora não a efectuar no inicio dos anos sessenta, como fizeram outros países.
Outro D era o de democracia. Ela foi claramente introduzida . As eleições livres estão aí desde 1974, pese embora a imcompetência de sucessivos governos do PSD, do CDS e do PS, que nos conduziram a uma economia endémica, sugada pelos grandes grupos económicos, que continuam a salvo na Holanda e noutros paraísos fiscais, ao contrário dos pequenos empresários e pequenos comerciantes, aposentados e outros sectores a quem não é perdoado um cêntimo!
Desenvolvimento era o outro D.
É inegável que a qualidade de vida melhorou, mesmo com o atraso sofrido nestes últimos três anos, provocado por erros de sucessivos governos e não só do último, como nos querem fazer crer.
Os avanços na educação e na saúde, desde 1974, são nítidos. Na ciência, na investigação também foram dados passos fortes.
O Poder Local foi uma das grandes conquistas do 25 de Abril. Antes os Presidentes de Câmara e de Junta eram nomeados, passaram a ser eleitos por sufrágio universal!
Temos no nosso concelho fortes ligações a Humberto Delgado, responsável pelos primeiros passos na luta pelo fim do regime fascista. Temos de saber explorar, no bom sentido,  essa ligação.
Valeu a pena fazer o 25 de Abril?
Sim, valeu a pena!

VIVA O 25 DE ABRIL!
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Belo debate com
Amílcar Coelho - militar de Abril
Luís - redactor principal da Visão
Miguel Ribeiro - The Gift
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A caminho das comemorAÇÕES  na Junqueira que também tem povo...
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A caminho do caríssimo concerto do Camané...12€ por bilhete...As letras não têm nada a ver com abril!!! Em muitos municípios há concertos populares grátis ao povo...
Com pena de não haver as comemorações com as colectividades do nosso concelho.
Com pena de não haver envolvimento dos nossos artistas, dos nossos escritores e poetas...
Com toda a convicção de que abril está bem vivo e que podemos concretizar o grande projecto que é a Constituição d'abril...
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2014
2abril2014
artigo d'opinião que acabei de escrever para o TINTA FRESCA:
TRIANGULANDO
“Não adianta explicar quando o outro está decidido a não entender” -  Sigmund Freud
Até o nosso lixo querem privatizar…vivABRILiberdade…MAIS votos na CDU
I – Tema local – Lixo
O tema é adequado porque estou a escrever, estas palavras para os leitores do Tinta fresca, que saúdo, num período em que o governo, assumiu, que quer privatizar o lixo, vendendo a empresa pública ERG.
 Explico, sucintamente. Alcobaça e outros municípios aderiram a um sistema multimunicipal para o tratamento dos resíduos sólidos urbanos (lixo). Aqui, no Oeste, criou-se a RESIOESTE. Garantiram que era para sempre propriedade pública. O nosso lixo começou a viajar até ao aterro do Cadaval…
Depois, mais recentemente, aliciaram e fundiram. A VALORSUL engoliu a RESIOESTE. O lixo de Alcobaça passou a viajar para Lisboa!
Mais uma vez garantiram que o sistema seria público.
Agora o (des)governo PSD.CDS quer vender os 51% que possui e promete um mar de rosas.
 Daí que aqui, em Alcobaça, temos de lutar com os outros municípios e outros munícipes pela causa de que estes serviços têm que ser públicos, e naturalmente; com qualidade de prestação de respostas aos cidadãos!
Não podemos ignorar que a electricidade já foi fornecida pelos municípios e todos sabemos no que deu. O estado português não quis ficar com a EDP, quis privatizar. Privatizou para outro estado: o chinês! Estamos a pagar a factura caríssima. Há regabofe a pagar a Catrogas e outros ex-ministros PSD.CDS.PS…
Agora atacam o lixo. Querem negócio do que dá lucro!
Segue-se, mais dia, menos dia, a água. A água é de todos!
Temos que estar atentos e ir à luta com toda a convicção!
A CDU vai propor que o município tome posição pública sob a forma de moção, no rejeitar o processo de privatização da Emprega Geral de Fomento, que a avançar, irá condicionar negativamente a qualidade do serviço de tratamento e valorização dos recursos sólidos urbanos prestado aos municípios e aos munícipes abrangidos, e a eficiência desses serviços
E no
 recorrer a todos os meios judiciais ao seu dispor, bem como aos órgãos de soberania competentes, na defesa intransigente da manutenção deste serviço público e dos legítimos interesses das populações.

II – Tema nacional – a Constituição é a revoSOlução
Hoje é dia em que se comemora os 38 anos da aprovação da Constituição da República: a estrutura essencial da democracia, o garante dos nossos direitos e liberdades.  O SNSaúde, a Escola Pública e a Segurança Social que devia tratar todos os cidadãos sem distinção, com a mesma qualidade, igualdade de oportunidades.
Estamos a comemorar os 40 anos da revolução de abril. Queremos vivABRILiberdade a sério:  o emprego com direitos, a habitação, a saúde e a educação para todos...
Ter vivido o antes, o durante e o após da Revolução d'abril é uma sorte para mim e para muitos portugueses. O presente é negro, com um governo PSD.CDS que pratica políticas de regressão social e de extorsão e roubo de quem trabalha e de quem é micro.pequeno e médio empresário. Muitos milhares de portugueses vivem desesperados, sem emprego, com empregos de baixos salários e com muita precariedade. Outros tiveram que emigrar e deixar de constituir família e desenvolver a sua terra.

Ao lermos a lei fundamental, encontramos a liberdade sindical, o direito de negociação colectiva, o direito de greve e o direito à segurança no trabalho, à conciliação da vida profissional com a vida familiar e pessoal. Encontramos boas palavras sobre o horário, o descanso semanal, férias pagas, segurança e saúde no trabalho, o direito à assistência no desemprego e à justa reparação em caso de acidente de trabalho e o direito ao salário. Conquistas que estão em risco e que temos que continuar a luta para as manter.
A Constituição continua a ser um belo programa político por concretizar. Urge um governo de esquerda patriótico, onde a grande maioria se possa rever.
Os sucessivos governos têm fugido ao essencial e têm preferido servir os agiotas. Este, PSD.CDS, tem estado ostensivamente contra, como prova a luta dos trabalhadores e até os vetos do Tribunal Constitucional.
Apesar de, nas comemorações, temos que valorizar os valores de abril. Façamos festa e façamos pontes de união! A CDU de Alcobaça promove Conversas Públicas. Apareça para convívio e debate: dia 3, em jantar convívio, no Restaurante Telheiro na cidade; este ano o café Tertúlia convidou os partidos para as terças à noite e, nesse programa,  lá estaremos para defender as nossas ideias no dia 8 de abril, pelas 21.15’; dia 16, 21.15’ conversamos em Pataias.
Estaremos nas comemorações unitárias no dia 23 no debate no CCBenedita e no 25 de abril do Rancho da Cela Velha.
Naturalmente estaremos nas comemorações oficiais promovidas pela autarquia.
III – Tema internacional – Europa dos Povos
A 25 de maio teremos as eleições europeias. Há muitos alcobacenses que não vão votar, ou então vão votar nulo e branco. Acho que fazem mal. É na União Europeia que se decide muito da nossa vida.
Poucos sabem que: há dívida ilegítima que não podemos aceitar pagar; a dívida pública é menor que a dívida privada; o crescimento enorme da dívida, nestes 3 anos, deveu-se, em 1º lugar, à conversão de dívidas privadas (BPN’s e mais ladrões financeiros); o montante da dívida aumentou de 160 mil milhões de euros para 214 mil milhões de euros; os juros “ dos amigos da troika”custa ao País mais de 7 mil milhões de euros de juros anuais; são tão “amigos” que já levaram, em comissões, 1,5 mil milhões de euros; o Banco Central Europeu (dos grandes banqueiros) empresta a 1% aos bancos privados, para estes cobrarem ao Estado, em agiotagem, a 5, 6 ou 7%!
Precisamos de estar mais atentos e ver que há efectivamente alternativa às más governações. Apareça nas Conversas Públicas que já estão agendadas, em jantares, no próximo mês de maio: 9, Restaurante Paraíso, Benedita; 14, Restaurante Caçador, com a presença do 1º da lista João Ferreira, no Casal Areia. 
Também promoveremos mais Conversas Públicas. No dia 21 maio, 21,15’ será em Alfeizerão! Naturalmente, iremos explicar que há que votar mais e mais na CDU para que haja efectivas mudanças no país e na Europa, que queremos, dos Povos!

Alcobaça, 2 de abril de 2014
Rogério Raimundo
Vereador CDU
Câmara Municipal de Alcobaça

(Em substituição da Vanda Furtado Marques)
***via
 https://www.facebook.com/eduardogageiro

Terreiro do Paço- Momento decisivo do 25 de Abril.
O regimento de Cavalaria 7 adere à Revolução.
Maia Loureiro com um gesto vitorioso e Salgueiro Maia vem a morder o lábio.
Diria mais tarde em entrevista que era para não chorar.  
Publicada recentemente no livro "Liberdade"
Terreiro do Paço- Momento decisivo do 25 de Abril.
O regimento de Cavalaria 7 adere à Revolução.
Maia Loureiro com um gesto vitorioso e Salgueiro Maia vem a morder o lábio.
Diria mais tarde em entrevista que era para não chorar.
Publicada recentemente no livro "Liberdade"
***
http://www1.ci.uc.pt/cd25a/media/OperacoesMilitares/opm1041.jpg
O MILITAR DEITADO a falar com a criança
 é o Amílcar Coelho
*********
via CGTP
http://www.cgtp.pt/trabalho/accao-reivindicativa/7320-38-aniversario-da-constituicao-2-de-abril-de-2014

38º Aniversário da Constituição

        
Completam-se este ano 40 anos sobre a Revolução de Abril, 40 anos de vida em liberdade e democracia, tempo aparentemente suficiente para que o nosso regime democrático tenha atingido uma maturidade serena, lúcida e pujante.
Porém, infelizmente, não é assim. Eis que 40 anos após a restauração da democracia, a conquista de liberdades cívicas e políticas e a consagração dos direitos humanos e sociais fundamentais, nos encontramos numa situação em que a democracia, as liberdades e os direitos tão arduamente construídos correm grave perigo.
As crises económicas e financeiras que assolaram a Europa e o mundo global nos últimos anos  e o seu cortejo de soluções políticas e económicas de cariz vincadamente neo-liberal, apresentadas como únicas e infalíveis, tiveram como resultado a imposição ao país e aos seus cidadãos de medidas de austeridade restritivas dos seus direitos e liberdades, que estão a promover a recessão económica e o empobrecimento da população, a destruir o Estado social e, por essa via, a enfraquecer a liberdade e a democracia.
Por isso é tempo de reflectir sobre os acontecimentos do passado que nos trouxeram até aqui, sobre o presente que nos querem impor à força, e sobre o futuro que queremos construir, não apenas para nós mesmos, mas sobretudo para os nossos filhos e netos.
Elemento incontornável desta reflexão é a nossa Constituição, a lei fundamental aprovada dois anos após a Revolução, há precisamente 38 anos, para concretizar o espírito e os ideais de Abril.
A Constituição é o pilar principal do regime democrático nascido do 25 de Abril, o garante dos nossos direitos e liberdades, onde estão plasmados os ideais e aspirações do povo português. Aí estão consagrados os princípios que caracterizam e dão corpo e sentido ao Estado de direito democrático e ao Estado social. Foi nesta base que erguemos o Serviço Nacional de Saúde, universal e gratuito, que construímos o sistema público de segurança social para proteger e apoiar todos os cidadãos sem distinção na falta ou diminuição de rendimentos e em todas as situações de carência, que democratizamos o ensino e abrimos a todos a Escola Pública, na busca permanente de proporcionar a todos igualdade de oportunidades, sendo estas talvez as mais importantes realizações do Portugal do século XX, só possíveis com a Revolução.
Finalmente, foi na Constituição que consagrámos os direitos fundamentais dos trabalhadores e das suas organizações, nomeadamente a liberdade sindical, o direito de negociação colectiva, o direito de greve e o direito à segurança no trabalho, e ainda o direito à organização do trabalho em condições socialmente dignificantes de modo a permitir a conciliação da vida profissional com a vida familiar e pessoal, o direito ao limite máximo da jornada de trabalho e à fixação de limites à duração do trabalho, o direito ao descanso semanal e a férias pagas, o direito à segurança e saúde no trabalho, o direito à assistência no desemprego e à justa reparação em caso de acidente de trabalho  e o direito ao salário. Direitos duramente conquistados por muitas gerações de trabalhadores, que a Revolução de Abril permitiu consolidar e fortalecer,  que  hoje estão  igualmente postos em risco, e que não podemos deixar perder.
Temos hoje uma Constituição adulta, que foi alterada, testada, experimentada, posta à prova por vários meios e formas, mas que permanece como o símbolo de tudo aquilo que a Revolução de Abril significou para o povo português e para este país que, com base os direitos e princípios nela consagrados, cresceu, evoluiu e se tornou um lugar muito melhor para viver.
Não tenhamos ilusões – sem o 25 de Abril e sem esta Constituição dele nascida, não seriamos o pais que somos hoje, apesar de todas as vicissitudes e de todos os avanços e recuos que fomos sofrendo ao longo destes 40 anos.
Por isso, hoje mais do que nunca, porque nunca nestes 40 anos a democracia, a liberdade e os direitos que conquistámos correram tão grave perigo como agora, temos que respeitar, honrar e defender a nossa Constituição, contra quantos pretendem perverter os seus princípios, enfraquecer os direitos que consagra e desvalorizar a sua importância e significado
DIF/CGTP-IN
Lisboa, 02.04.2014
*******************
3.4.2014 15.19' confirma-se
http://www.publico.pt/economia/noticia/conselho-de-ministros-aprova-caderno-de-encargos-da-privatizacao-dos-residuos-1630862








Conselho de Ministros aprova caderno de encargos da privatização dos resíduos

Governo quer receber em Julho propostas vinculativas para a compra da EGF.
Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente TIAGO MACHADO










O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o caderno de encargos do concurso de privatização da EGF – Empresa Geral do Fomento. O anúncio do concurso será publicado “dentro de dias” no Jornal Oficial das Comunidades e o Governo espera receber em Maio as propostas não vinculativas dos interessados na aquisição da sub-holding da Águas de Portugal para o sector dos resíduos.
As propostas vinculativas deverão ser apresentadas em Julho, um calendário “desajustado em uma ou duas semanas” face ao calendário original.
Além do preço e da solidez financeira, o Governo estará especialmente atento à "capacidade técnica e conhecimento do sector" dos concorrentes, ao “plano estratégico para a EGF, aos planos de expansão, internacionalização e investimento”, sublinharam o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, e o secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues. As "diversas manifestações de interesse" na EGF têm vindo “da Ásia, da América Latina e do continente europeu”, mas Jorge Moreira da Silva escusou-se a revelar os nomes dos interessados, notando que as manifestações de interesse representam “uma lista que é sempre superior àquela que acaba por se concretizar”.
Os governantes escusaram-se ainda a avançar um valor para a avaliação da EGF, notando que o objectivo é que o processo decorra num “espírito de grande concorrência”, em que seja possível a “maximização do encaixe” (destinado integralmente a abater à dívida da AdP - Águas de Portugal).
Jorge Moreira da Silva notou, porém, que os valores que têm vindo a ser atribuídos na comunicação social à avaliação de empresa (a rondar os 190 milhões de euros) resultam de “estudos que foram feitos numa altura” em que as condições eram diferentes e “a reestruturação do sector não existia”. São “valores datados e não podem ser usados”, disse o ministro.
Moreira da Silva referiu-se ainda às pretensões de "alguns autarcas, como os da região de Lisboa” quanto à aquisição de parte da posição da EGF nos sistemas multimunicipais em que participam e justificou a venda em bloco do capital da empresa com a necessidade de garantir "a coesão social e territorial”. Se o modelo implicasse a venda sistema a sistema, alguns dos que estão localizados no interior “arriscavam-se a não beneficiar de interesse” por algum comprador, afirmou. Para assegurar “tarifas mais eficientes temos de garantir a gestão integrada do sistema”, acrescentou o ministro do Ambiente.
Moreira da Silva também criticou o “equívoco [criado] no espaço público” por alguns autarcas, dizendo ser preciso esclarecer que “o que está a ser vendido é a posição da AdP na EGF, não a posição dos sistemas” na empresa. A gestão dos resíduos continuará a operar-se numa lógica de concessão de serviço público e os activos mantêm-se na esfera pública, sublinhou.
***

Intervenção da CDU na AM de 25 abril 2013.

 Alcobaça. João Paulo Raimundo



25 de Abril.

No dia 25 de Abril de 1974, como a escola fechou, fui trabalhar para os pomares dos meus pais.
Muito jovem ainda, tive a perceção que um mundo novo se abria para Portugal.
Das trevas surgia a luz. A liberdade estava ao nosso alcance.
Desconhecia que alguns anos depois, um primeiro-ministro, hoje Presidente da República, viria "fechar" a nossa agricultura, as nossas pescas, parte da nossa indústria, para oferecer essas cotas à Espanha, à Itália, à França e à Alemanha, a troco de alguns fundos europeus para gastar em betão e asfalto. Ironia do destino, a agricultura portuguesa volta hoje a estar pujante, modernizada, sendo um sector que hoje está a crescer 2,5%. Poucas atividades se podem vangloriar disso neste momento.
Estamos hoje aqui nesta Assembleia Municipal, em resultado do 25 de abril, festejando o Poder Local, uma das suas maiores conquistas, a par da Liberdade e do fim da guerra colonial.
"O dia inicial inteiro e limpo" como escreveu Sofia de Melo Breyner.
É bom lembrar, principalmente para os mais novos.
Portugal era um país dominado pelo medo, um país cinzento e triste, cheio de analfabetos.
Um casal que se desentendesse não se podia divorciar. As mulheres precisavam da assinatura do marido para obter passaporte.
A saúde e a educação estavam ao alcance apenas dos ricos.
Havia presos por delito de opinião e tortura sobre presos políticos.
Era um país amordaçado, silenciado pelo medo, fechado ao mundo, à modernidade e aos novos tempos.
Um país injusto e desigual onde meia dúzia de famílias detinham as riquezas produzidas. Aí estamos a correr o risco voltar a esse tempo.
Um país que mandava os seus jovens para uma guerra colonial injusta e injustificável. Os nossos filhos podem hoje terminar os cursos sem a pressão de terem de enfrentar uma guerra colonial sanguinária.
Um país que proibia músicas, livros, teatros, filmes e tudo o que não agradava ao regime, que censurava os jornais, as revistas as rádios e a televisão.
Um país assim precisava realmente de um 25 de Abril, precisava de uma revolução, de uma mudança pela força das armas.
Um país assim precisava de acabar com o fascismo e este só acaba à força.
É isto que estamos a comemorar hoje.
Mas atenção, temos de estar vigilantes e combativos: a liberdade está novamente em causa.
Somos hoje um país ocupado pela “troika”, perdemos a soberania, fruto de despesismos descontrolados, pois é má gestão gastar recursos que não temos, e não é só nos governos, também em muitas Câmaras Municipais se gastou, mal, para além do razoável, como aqui em Alcobaça.
Como diz a canção de Sérgio Godinho, “só há liberdade a sério se tivermos paz, pão, habitação, saúde, educação”.
Esta austeridade em exagero está a destruir toda a economia.
Se as pessoas não tiverem estes “bens” não têm liberdade para decidir, para viverem uma vida plena.
Viva o 25 de Abril.
***
boa intervenção da heloísa apolónio dos verdes da CDU
hj na ARepública
http://www.youtube.com/watch?v=kmnavpth1EM
***

http://www.pcp.pt/retomar-o-caminho-de-abril-e-cumprir-os-princ%C3%ADpios-consagrados-na-constitui%C3%A7%C3%A3o

Intervenção de Paula Santos na Assembleia de República

"Retomar o caminho de Abril e cumprir os princípios consagrados na Constituição"


Sr. Presidente da República,
Sra. Presidente da Assembleia da República,
Sr. Primeiro-Ministro,
Srs. Presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e do Tribunal Constitucional,
Capitães de Abril,
Sras. e Srs. Convidados,
Sras. e Srs. Deputados,
Há 39 anos o povo português e os militares de Abril foram protagonistas do maior acontecimento da história contemporânea de Portugal, a Revolução de Abril. Foi a luta da classe operária e dos trabalhadores, dos intelectuais, dos militares, dos comunistas e de todos os democratas, que pôs fim a 48 anos de obscurantismo, de opressão e de repressão, de tortura, de censura, da pobreza e miséria e de analfabetismo.
Milhares de homens, mulheres e jovens portugueses, com determinação e coragem, mesmo prescindindo da sua vida pessoal e familiar e enfrentando as masmorras fascistas, dedicaram-se empenhadamente à luta pela emancipação dos trabalhadores e do povo português, pela liberdade e pela democracia.
É justo sublinhar a ação, reflexão e intervenção de Álvaro Cunhal, no ano em que se comemora o Centenário do seu nascimento. Intervenção cuja atualidade demonstra que é sempre lutando pelos seus direitos e por uma vida melhor que os povos fazem avançar a história no sentido do progresso e da justiça.
À ação dos militares dirigida pelos Capitães de Abril, que daqui queremos saudar, juntou-se a força e a unidade do povo, que massivamente saiu à rua, associando o levantamento popular ao levantamento militar, que foram os elementos motores da Revolução.
A alegria patente nos rostos das pessoas e a expectativa de uma vida melhor, são características que marcam indelevelmente, os primeiros momentos de liberdade.
A Revolução de Abril pôs fim à ditadura fascista e à guerra colonial e deu a independência aos povos até então colonizados por Portugal. Os seus impactos extravasaram as fronteiras de Portugal, tendo sido um exemplo inspirador para muitos povos oprimidos, na sua luta pela liberdade e pela democracia.
O 25 de Abril foi a origem de profundas alterações a nível político, económico, social e cultural, retirando aos grupos monopolistas e aos latifúndios o controlo da economia nacional. Consagrou a livre atividade política e sindical, o direito à greve, o direito ao voto ou o Poder Local Democrático. Avançaram as nacionalizações de sectores económicos estratégicos, ao serviço do povo e do país.
Abril foi a instituição do salário mínimo nacional, com que muitos trabalhadores viram os seus rendimentos duplicarem e alguns até mesmo triplicarem. Abril foi o direito ao gozo de férias, o subsídio de férias e de natal, os acordos coletivos de trabalho e a proteção social. Abril foi o acesso, pela primeira vez para milhares de pessoas, a uma consulta médica. Abril foi o acesso a todos os níveis de ensino para todos os portugueses, independentemente das suas condições socioeconómicas.
Em 1976, a Constituição da República Portuguesa consagrou, pela primeira vez, liberdades, garantias e direitos essenciais, conquistados pelas massas em movimento. Foram momentos de grandes avanços progressistas, que trouxeram ao povo a esperança de uma vida com a dignidade que merece. A aprovação da Constituição constituiu uma vitória da Revolução de Abril e perspetivou como objetivo a construção de um país mais livre, justo e fraterno.
E mesmo após 37 anos de política de direita e de sucessivas subversões da Constituição, as forças da política de direita ainda não conseguiram aniquilar o património de liberdades e direitos conquistados com a Revolução de Abril.
A política de direita aplicada por sucessivos Governos, a integração capitalista europeia, que provocaram o aumento da exploração no trabalho, a diminuição de direitos essenciais e a destruição do nosso setor produtivo são responsáveis pela situação em que hoje se encontra Portugal, marcada pela recessão, pelas desigualdades e pelas injustiças.
Vivemos tempos de retrocesso civilizacional. Dois anos depois da aplicação das medidas que constam do Pacto de Agressão da troica, os problemas agravaram-se. Reconstituição dos monopólios e privatização de setores estratégicos da economia. Mais desemprego, mais exploração e mais empobrecimento. Famílias que estão completamente desesperadas e desamparadas, porque não conseguem fazer face às suas responsabilidades, devido ao roubo nos salários e pensões, ao corte nas prestações sociais, ao aumento de preços de bens essenciais, ao aumento de impostos para quem vive do seu trabalho e às dificuldades acrescidas no acesso à saúde e à educação. Hoje empobrece-se a trabalhar, por via de uma política de baixos salários. O desemprego aumentou para níveis nunca atingidos desde o fascismo. Há um milhão e meio de trabalhadores em situação de desemprego. E em relação aos jovens trabalhadores, 40% estão desempregados.
O compromisso com a troica é um verdadeiro compromisso contra Abril e contra os seus valores.
Que país é este, onde o Governo nada tem a oferecer aos jovens, que não seja desemprego, precariedade e baixos salários? Que país é este, onde o Governo sugere aos jovens que emigrem e procurem uma oportunidade profissional noutros países? Que país é este, onde o Governo compromete o futuro e o desenvolvimento do país, e deixa para as gerações vindouras piores condições de vida?
O Pacto de Agressão da troica não é uma inevitabilidade. É acima de tudo uma opção política e ideológica de quem o subscreveu e de quem o executa. Assume-se como um verdadeiro programa de liquidação das conquistas de Abril e do regime democrático!
É por isso que a “Grândola” tem sido o hino da contestação a esta política.
Hoje temos uma democracia empobrecida. O entendimento de democracia explanado na nossa Constituição, não se resume à democracia política, seja pelo voto em atos eleitorais, seja pela representatividade e participação de partidos políticos. A nossa Constituição contempla um entendimento de democracia bem mais amplo, assente na democracia política, económica, social e cultural e por um país independente e soberano.
Significa que, não há democracia plena sem emprego com direitos, não há democracia plena sem saúde para todos, não há democracia plena sem igualdade de oportunidades no acesso, frequência e sucesso escolar em todos os níveis de ensino, não há democracia plena sem estarem satisfeitas as necessidades de habitação e não há democracia plena sem a proteção social dos mais frágeis.
Os tempos que vivemos em Portugal evidenciam a atualidade e o alcance dos valores e das conquistas de Abril. É preciso retomar o caminho de Abril e cumprir os princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa. Esta é a solução para os portugueses e o país. A alternativa existe, mas ela não está na continuidade da mesma política, mesmo com outras caras; está na rutura com esta política. Está na urgente renegociação da dívida, nomeadamente nos seus montantes, taxas e prazos, para libertar recursos públicos que possibilitem o investimento na produção nacional. Está em pôr o país a produzir e apostar na agricultura, na pesca e num programa de reindustrialização para reduzir a nossa dependência externa e criar emprego com direitos. Está em redistribuir a riqueza criada através da valorização dos salários e pensões, numa perspetiva de dinamização do mercado interno. Está em apoiar as micro, pequenas e médias empresas e pôr fim às privatizações, assegurando um forte setor empresarial do Estado. Está em garantir o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública, o apoio social, a habitação digna. Está em afirmar a nossa independência e soberania.
Felizmente as novas gerações não sentiram a violência e a crueldade da ditadura fascista, tendo nascido já num país livre e democrático, conquistado pelos seus pais e avós. Mas torna-se cada vez mais premente não só a capacidade de lhes transmitir o que significou e significa hoje as conquistas de Abril, para que as assumam como suas e para que as defendam, para um futuro próspero e para nunca mais regressarmos a tempos semelhantes.
Não é por acaso, que a ideologia dominante tenta branquear os 48 anos da ditadura fascista e a sua verdadeira natureza opressora, como procura desvalorizar o 25 de Abril, principalmente junto das crianças e jovens, para que as novas gerações reproduzam o individualismo, o egoísmo e o assistencialismo pela caridade.
Não comemoramos Abril apenas por evocação de uma data histórica. Comemoramos Abril para projetar no presente e no futuro os seus valores.
A luta da classe operária, dos trabalhadores, das mulheres, dos jovens e de amplas camadas da população, foi determinante para derrubar a ditadura fascista. Hoje, como no passado, será pela luta que conseguiremos a rejeição do Pacto de Agressão, a rutura com a política de direita, a demissão do Governo e a realização de eleições para dar novamente a voz ao povo, para decidir o seu destino. A soberania reside no povo e o povo português não permitirá a continuação do retrocesso e lutará por uma alternativa política e uma política alternativa, tendo por base os valores de Abril.
Viva o 25 de Abril!
***
28abril2012
COMEMORAÇÃO D' ABRIL NA AM. Intervenção da Isabel Granada (parte de 1 jovem alcobacense)
TEXTO 25 ABRIL 2012

Boa tarde!
Muito se tem falado este ano, sobre a celebração da Revolução do 25 de Abril em cerimónias oficiais como esta, o problema quanto a mim não está no sítio mas na essência. Porque o que realmente importa é o que se faz com as palavras, porque de facto elas são poderosas, e temos o dever de as utilizar como armas onde quer que estejamos e o que quer que façamos.
Muitos antes do 25 de Abril de 74 foram mortos, presos, perseguidos, por causa de palavras, palavras poderosas como Liberdade, Educação, Justiça, Pão. Por elas nós estamos hoje aqui. Mas também estamos aqui porque queremos passar o testemunho aos jovens para que continuem a acreditar que vale a pena lutar e intervir na sociedade em que vivem.
E foi pensando nos jovens que não viveram este marco histórico que pedi a um deles que expressasse num pequeno texto o seu sentir.
(vou ler esse texto)
“Pediram-me que redigisse um pequeno texto acerca do 25 de Abril e do seu significado para mim. Aí vai.
Não assisti a esse dia de 74, ainda não era nascido, logo tudo o que sei acerca desse dia foi-me transmitido através de experiencias ou opiniões exteriores a mim. Ao longo de 27 anos fui compilando na minha memória diversas dessas opiniões e experiências que filtradas pelo meu senso me permitiram criar hoje a minha própria opinião acerca deste dia acerca desta revolução. E é esta a palavra que realmente importa a Revolução.
A revolta de um povo contra uma ditadura. Alguns dizem que foram os militares, muito bem, foram os militares mas tinham o povo por trás, e muito desse povo muito tinha feito para derrubar esse regime estúpido e atrasado, o Fascismo.
Numa revolução é essencial mover a massa ou melhor que a massa ela mesma se mova, que o povo se una sob um objetivo comum e aja, se insurja e lute por uma transformação profunda no sistema político e social. E foi isso que o povo fez. Certamente a grande maioria agiu com boa intenção, com um sentido apurado de cidadania mas nem todos estavam a lutar pelo grupo, pela comunidade, alguns estavam só a lutar por eles mesmos, alguns lutavam apenas por Poder. O problema é que estas pessoas que vão em busca do Poder costumam ser muito ambiciosas e têm sempre muitos amigos. São pessoas que minam o sistema por dentro sempre em seu proveito e não vêm nada que não seja o seu próprio nariz. Essa revolução idealista fica então muito difícil de se concretizar, na minha perspectiva falhou. É verdade que podemos agora dizer o que pensamos mas o que pensamos está cada vez mais limitado mais formatado por aqueles que um dia a geração anterior á minha quis tirar do poder. Somos cada vez mais estupidificados pelo poder político e económico através dos média.
 Porque isso interessa, porque quanto menos as pessoas pensarem mais facilmente serão convencidas. Porque quanto mais estúpidas forem mais uniformizadas e mais facilmente controladas serão.
Estamos cada vez mais habituados a uma realidade muito pouco centrada nos sentimentos, no amor na compaixão, estamos habituados a não sentir para não sofrer. A solução de agora é não ver, é não ouvir, é não querer ver, é não querer entender nada, porque é preciso paz de consciência.
 Cada vez mais nos comportamos como máquinas que querem sempre mais coisas. Estamos tão saturados da economia que deixámos de ver as pessoas como pessoas e passámos a ver apenas números, avaliamos uma pessoa com base no salário que ganha e no poder que tem ao invés de o avaliar por aquilo que contribuiu para a comunidade.
 Passámos a adorar as estrelas efémeras da televisão, transformámos partidos políticos em clubes de futebol e as legislativas são agora uma espécie de final da taça de Portugal.
Vivemos num sistema político e social que está podre, mas vamos sempre a tempo de dar a volta. Temos é de ser espertos de nos cultivar e cultivar os outros temos de perceber que o difícil é mais interessante que o fácil, que não devemos temer coisas difíceis porque só podemos evoluir se estivermos abertos ao difícil, porque a vida é difícil.
Resumindo acho que o 25 de Abril foi um bom pontapé de saída mas o jogo está longe de ter acabado. Para triunfar temos de ser cidadãos e agir naquilo que achamos ser o melhor para o grupo, para Portugal.”


Segundo Rob Rimen filosofo holandês que esteve em Portugal há pouco tempo, a Historia mostra que as mudanças vêm sempre de um de três grupos; mulheres, jovens ou minorias, para ele a mudança terá de vir através dos jovens, porque se, se mantiver este estado de coisas por mais 3 ou 5 anos o seu futuro está arruinado, não haverá emprego, casas, segurança social, nada.
Porque atualmente vivemos tempos em que as forças ocultas do Poder atacam em força as conquistas de Abril e a Constituição da Republica, violam o direito dos trabalhadores mais elementares da pessoa humana, havendo o perigo do restabelecimento duma feroz exploração dos trabalhadores, da censura e da manipulação dos órgãos de informação, ou seja, há o perigo de retornarmos a um regime ditatorial fascista.
É altura de dizer Basta, é tempo de reconhecer e de o dizer publicamente. É tempo de agir.
Recordando o início e atribuindo o valor à palavra, quero ler-vos um poema de José Carlos Ary dos Santos.



 As portas que Abril abriu
(fragmentos)
Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra
Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
[…]
Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.
Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era liberdade.
Era já uma promessa
era a força da razão
do coração à cabeça
da cabeça ao coração.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
[…]
Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.

Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado

Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza?
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.
Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.
Capitão que não comanda?
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
– pode nascer um país
– do ventre duma chaimite.
 Porque a força bem empregue
Contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
– é força revolucionária!
[…]
J
lhe punha as armas na mão.
***
2012
AMA
https://www.facebook.com/notes/banda-de-alcoba%C3%A7a/cine-teatro-de-alcoba%C3%A7a-recebe-concerto-da-banda-de-alcoba%C3%A7a-no-dia-25-de-abril/323483107718735
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Câmara  tintafresca.net


“Caminhar e Jogar em Liberdade” na Praça do Mosteiro
    Comemorações do 25 de Abril em Alcobaça juntam desporto e política
        As comemorações do 25 de Abril voltam a ser assinaladas em Alcobaça com mais uma edição do evento “Caminhar e Jogar em Liberdade” na Praça do Mosteiro. A manhã dedicada à atividade física começa pelas 10h com uma caminhada de aproximadamente 5000 metros, com partida e chegada frente ao Mosteiro. Os participantes têm direito a uma t-shirt do evento (limitada a 500 unidades). Às 11h30 tem início uma aula de aeróbica e à disposição dos mais pequenos encontra-se um insuflável das 11h às 13h e das 14h30 às 17h. Em simultâneo, população e forças políticas locais juntam-se para as tradicionais comemorações solenes. Às 12h é depositada uma coroa de flores no monumento dedicado ao General Humberto Delgado, na Cela Velha, seguido do monumento ao 25 de Abril junto aos Paços do Concelho, em Alcobaça, pelas 15h30.

       As comemorações terminam com uma sessão solene da Assembleia Municipal, no auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça.
    18-04-2012

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    http://www.youtube.com/watch?v=pI1ru-H0N_Q&feature=share
    Agostinho Lopes fez 1 bela intervenção hj na cerimónia comemorativa na ARepública...
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    Cela Velha 2012


















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    2011
    trabalhei no face, criei esta nova palavra: vivABRILiberdade

    comemorei Abril
    na Cela Velha houve cerimónia de homenagem a Humberto Delgado e 1 belo almoço +1x:

    mas neste blogue, distraí-me e nada postei durante o dia da Liberdade.
    erro grave!!!
    aqui fica para a história:
    http://www.cdu.pt/2011/
     http://www.pcp.pt/milhares-por-todo-o-pa%C3%ADs-para-defender-e-cumprir-abril

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    o único operário da Assembleia Municipal...
    Intervenção do Abilio Filipe CDU na Assembleia Municipal Comemorativa do 25 de Abril 2011:




    Ao contrário da maioria dos deputados e de todos os presentes nesta sala, eu infelizmente não vivi o 25 de Abril de 1974. Ainda não era nascido. Nasci uns anos mais tarde.

    O meu primeiro contacto com a realidade do 25 de Abril remonta aos tempos da Escola Primária, quando a professora nos perguntava o que era para nós o 25 de Abril.

    Foi ensinado a mim, e a todos os jovens da minha idade, pelo professores e pelos nossos pais, ainda não passada um década do 25 de Abril de 1974, que foi o Dia da Revolução, o Dia da Liberdade, o dia que restitui a Portugal a sua identidade própria e o dia que contribui para a sua integração na Europa e no Mundo como um País livre.

    Volvidos 37 anos dessa data, continua-se a perguntar nas escolas: o que é o 25 de Abril?

    Respostas interessantes como: é um feriado; é um dia de não ter aulas; é um dia para ficar em casa, continuam a ecoar pelas salas de aula, pelas escolas e por muitas casas por este País fora.

    Fico inquieto, perturbado, pensativo mas, sobretudo reflicto sobre estas respostas. Serei eu que estarei errado? Estariam as pessoas que me ensinaram erradas? Estarão os jovens de hoje errados? Ou simplesmente o sistema de ensino mudou, falando-se muito pouco nesta data, não interiorizando os jovens, a importância e o significado do 25 de Abril?

    É caso para reflectir. Não só sobre a nossa Educação, mas também sobre a nossa Justiça, sobre a nossa saúde, mas sobretudo sobre o estado da nosso País.

    Importa neste dia saber o que pensam os nossos jovens passados estes anos. Será que se cumpriu Abril? Irá Portugal precisar de nós?

    Os jovens hoje sentem-se frustrados e sem rumo e perguntam porque estudam, porque concluem cursos e passam meses e anos à procura de emprego.

    Durante todos estes anos, passámos por uma geração rasca, hoje temos uma geração à rasca, culpa, na minha opinião de após a Revolução não se ter sabido inverter a situação sócio-económica que atendesse aos anseios justos dos jovens que querem ajudar a construir o seu país e ajudar no seu progresso.

    A realidade do 25 de Abril não tem sido bem explicada aos nossos filhos que, desconhecendo a realidade que os antecedem, e que me antecedem, vão abrindo caminho aos inimigos da domocracia.

    O 25 de Abril cumpriu a sua função, nós é que não percebemos e não acompanhámos a democracia e não a renovámos. A democracia é a garantia de continuar Abril, mas para isso têm de ser completados todos os seus princípios da mais elementar justiça do nosso País.

    Preocupante o emprego. na sua generalidade, deve-se rápidamente encontrar rumo para que possamos ultrapassar este problema.

    Atingimos no passado mês a marca histórica de 11% de desemprego, com tendência a aumentar.

    Em apenas uma semana tivemos a demissão de um Governo, a marcação de eleições antecipadas e um pedido de ajuda externa, embora não se sabendo ao certo se é solução e em que modos.

    Está nas nossas mãos. No próximo dia 5 de Junho, não vamos ficar em casa a ver acontecer. Vamos votar e vamos levar a votar. Está nas nossas mãos. Não só o nosso futuro, mas o futuro dos nossos filhos e do nosso País.

    As pessoas estão cansadas de política, não acreditam na política nem nos políticos, a abstenção cresceu, os interesses pessoais são postos à frente dos interesses nacionais. Mas vamos levar essas pessoas a votar, ajudando o País neste momento tão delicado.

    É verdade também que a comunicação social facilmente transforma casos em casos mediáticos, deixando de lado, os verdadeiros problemas do País.

    Que melhor dia para reflexão do que o 25 de Abril, sobre estas questões?

    Não estamos numa época festiva que se possa festejar Abril com pompa e circunstância, mas lembrá-lo sempre e com grande esforço encontrar o caminho para acabar com a injustiça social, com a falta de emprego, com os problemas graves na Saúde e na Educação.

    Há um País para lá do défice. Um País de insegurança, de dificuldades e de desprestígio.

    De fracas esperanças no futuro, tantos erros acumulados ao longo destes anos...

    O trabalho nas autarquias é essencial para a motivação dos nossos munícipes. Não podemos deixar perguntas sem respostas, mas sim levar as pessoas a acreditar. Sim é possível uma vida melhor.

    Que projectos para o futuro? O futuro das nossas escolas e qual a importância dos Centros Escolares? Que futuro para o nosso Hospital ou para um futuro novo Hospital? O estado das nossas estradas, das nossas acessibilidades, sobretudo das pessoas com mobilidade reduzida.

    Sim, Abril também é reflectir localmente e se não estivermos bem no local onde vivemos, como poderemos estar com o nosso País?

    No associativismo, na cultura, no desporto, temos testemunhos vivos da nossa capacidade enquanto Concelho, enquanto cidade, testemunhos de que Alcobaça se pode orgulhar e que muito contribuem para a grandeza e divulgação do nosso Concelho,

    Deixo em reflexão, porque não uma homenagem a essas pessoas e que melhor dia que o 25 de Abril para o fazer?

    Agradecendo desde já a oportunidade que me foi dada de estar aqui hoje não a discursar, porque isso não é para mim, mas a expôr ideias e dar a minha opinião.

    Quero desejar-vos a todos a continuação de um bom dia de 25 de Abril e na esperança de um País melhor, de um mundo melhor.

    Reflictam meus senhores, mas reflictam mesmo...

    Viva o 25 de Abril!
    ***
    25ab2009
    com belos cravos vermelhos no cartaz 













    25
    ABRIL
    CELA VELHA
    ALCOBAÇA
    2009
    Comemorações 25 de Abril / Homenagem a Humberto Delgado

    12:15 Horas
    Cerimónia comemorativa, junto ao monumento, com intervenção dos
    convidados.
    Sobrevoo dos aviões do Aeroclube de
    Leiria.
    13:00 Horas
    Almoço, no edifício “a Fábrica”.

    Almoço: 12,30 €

    Reservas: 262552370; 262552243; 219220374

    Organização
    Rancho Folclórico e Etnográfico Papoilas do Campo
    Cela Velha
    ***
    25abril2009
    Não passam cavaco ao vereador da CDU, nem sequer para as comemorações do Dia da Liberdade.
    É claro que eu acho mbem que haja "caminhar&jogar"...
    Os cartazes, os folhetos e toda a produção gráfica da Câmara é excelente, com a magnífica trabalhadora Ana Alves a produzir, a produzir...
    Mas falta algo neste cartaz!!!!!!!!!!!
    Liberdade não pode ser representada por uma sapatilha!!!
    Fui verificar ao site da câmara, que aconselho
    e respiguei:
    "O Município de Alcobaça prepara mais um ano de Comemorações do 25 de Abril.
    Como tem vindo a ser prática nos últimos anos, o Desporto e o teatro de marionetas marcam este dia.
    Para este ano a autarquia propõe:
    DESPORTO "Caminhar & Jogar em Liberdade"
    10H30: CAMINHADAPartida/chegada: frente ao Mosteiro de Alcobaça Distância: 3000 MInscrições até 24 de Abril (oferta de água e t-shirt)
    11H » 18H: SPINNING FOR FREEDOM’09
    12H » 13H: JOGOS TRADICIONAIS
    14H30 » 18H: TORNEIO FUTEBOL 3X3 (Courts de Ténis de Alcobaça)
    Inscrições até dia 23 de Abril (limitadas a 24 equipas - máximco - 4 elementos por equipa) ESCALÃO 1: 13 A 15 ANOSESCALÃO 2: MAIORES DE 15 ANOSPRÉMIOS 3: primeiras classificações e de participação
    Saiba mais aqui
    TEATRO MARIONETAS
    Depois de um dia cheio de movimento, o Município convida os munícipes e visitantes a assistirem à peça “A VER NAVIOS - D. JOÃO VI VS CARLOTA JOAQUINA” dos S.A. Marionetas - Teatro&Bonecos, pelas 21h30, no Cine-Teatro de Alcobaça.
    HistóricoS.A. Marionetas - Teatro&Bonecos 1807, Novembro. Quase às portas de Lisboa as tropas de Napoleão ameaçam fazer capitular o Rei, como já aconteceu por toda a Europa e mesmo com a vizinha Espanha com quem tinha anteriormente feito uma coligação.
    No gabinete D. João VI reúne com os seus conselheiros. Tem que decidir se entra no Bloqueio Continental decretado por Napoleão contra os Ingleses, ou se parte numa viagem jamais feita por um monarca europeu contando com o apoio dos “sempre presentes e velhos aliados” Ingleses.
    Em Lisboa, capital do reino corre-se desenfreadamente. Finalmente foi tomada a decisão há muito pensada e por todos adiada. A corte vai partir numa viagem inédita. Transfere-se a Rainha, o Príncipe Regente, a Princesa sua mulher, os príncipes e as princesas, ministros, conselheiros, tesoureiros, secretários, esmoleres, alcaides, escrivãos, criados, pratas, livros, ouros, quadros, porcelanas… para o outro lado do oceano.
    INFORMAÇÃO ADICIONAL
    Texto original: Sofia Vinagre, José Gil, Natacha Costa Pereira e Rui SousaDirecção de manipulação: José Gil e Rui SousaConstrução das marionetas: Sofia Vinagre, Natacha Costa Pereira e José GilFigurinos das marionetas: Sofia VinagrePintura das marionetas: Natacha Costa Pereira e Rui SousaFigurinos dos marionetistas Maria Luisa Valbom Gilmarionetistas José Gil, Natacha Costa Pereira e Sofia VinagreMúsica original Rui SousaMúsico Rui Sousacontra-regra Rui SousaPintura dos cenários Natacha Costa PereiraEstruturas cénicas José GilPesquisa Sofia Vinagre e Natacha Costa Pereira
    Co-produção S.A.Marionetas e Cine-Teatro de AlcobaçaEspectáculo integrado nas comemorações oficiais dos “200 Anos Portugal – Brasil”
    GRANDE AUDITÓRIOPREÇO• Público em geral 8€• Escolas 2.5€
    DURAÇÃO 50’ [S/INTERVALO]
    Como podem verificar encontrei mais 1 evento magnífico dos SAMarionetas
    no dia 25 de Abril, mas com 1 convite caríssimo para Dia da liberdade...

    Aguardemos + episódios nesta Liberdade não partilhada da maioria PSD/Sapinho
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    12abril2012
    20h.grande jantar do PCP/CDU com o deputado António Filipe
    Comemorar ABRIL
    Contra a extinção das freguesias
    + tarde anunciamos local
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    http://cdualcobaca.blogspot.com/2011/04/sexta-15-jantar-comemorativo-do-37.html

    viv'Abril...há quem tenha perdido a esperança (filósofo José Gil)...
    Há quem diga que já não alinhava com os militares de Abril(Otelo)...
    Nós ainda acreditamos e vivemos a Constituição da República saída da Revolução de Abril...
    Estamos na Luta!!!