20/10/2011

5.096.(20out2011.14h19') Ranking's...A melhor...O melhor...É positivo que a EB2,3 Frei Estêvão seja a melhor, mas tb temos de saber as razões!!!


via tinta fresca.net
Por não ter em conta a realidade social das escolas
    Sindicato dos Professores da Região Centro contesta rankings das escolas
       O Sindicato dos Professores da Região Centro considera que os rankings de escolas são uma farsa, visam denegrir a imagem da escola pública e agravam as condições de desenvolvimento das escolas que vivem mais dificuldades . O SPRC considera que “fomos bombardeados com a sazonal intoxicação pública a propósito da publicação de rankings de escolas a partir dos resultados dos exames nacionais. Trata-se de uma divulgação, que sujeita a critérios inevitavelmente subjectivos de quem os elabora, estabelece uma relação directa entre os resultados e a natureza das escolas a que os alunos pertencem.”

       Para o SPRC, “esta utilização abusiva de resultados que representam até 30% do impacto da avaliação dos alunos, leva o grande público a associar qualidade ao ensino privado e a falta dela ao ensino público, apresentando, alguns comentadores, o que de bom se faz no ensino público como uma excepção.”

       Para o Sindicato dos Professores da Região Centro trata-se de um “ataque à inteligência e à verdade”, pois “os resultados e elaboração de rankings não têm em conta a natureza das instituições listadas. Ou seja, as escolas que apresentam melhores resultados nos rankings são escolas privadas sem contrato de associação com o governo (para efeitos de financiamento) suportadas totalmente pelas famílias dos alunos que as frequentam, o que revela uma origem social, cultural e económica muito elevada relativamente ao padrão médio nacional.”

       Por outro lado, “o que não é comparável não pode ser comparado. Daí que a caracterização da origem social dos alunos que frequentam as diversas escolas, os rendimentos das famílias e a universalidade da oferta de ensino sejam determinantes para se proceder uma análise séria dos resultados mas não à sua comparação. No caso da região centro as escolas públicas obtêm, em média, idênticos ou melhores resultados do que as escolas privadas com contrato de associação.”

       Por outro lado, “a heterogeneidade social e multicultural, fundamental para que se garanta uma sociedade que promova a igualdade de oportunidades de sucesso e acesso ao sistema de ensino e a democracia, não é uma característica generalizada a todas as escolas portuguesas, públicas e privadas,. Mesmo dentro do mesmo segmento, há diferenças que resultam das expectativas das famílias e dos próprios interesses dos alunos que determinam diferenças nos percursos escolares e, consequentemente, nos resultados obtidos pelos jovens portugueses.”

       Outro dos aspectos que não pode ser menosprezado relaciona-se com o número de alunos em exame em cada escola, o número de provas de exame realizadas. Quanto maior é o universo maiores são as diferenças, provocando, por essa via, para as escolas que realizam mais provas, um abaixamento da média relativamente às que apresentam um número residual de alunos a exame.

       Para o Sindicato dos Professores da Região Centro, “a disponibilização em bruto dos resultados do exame e a possibilidade de construção de rankings a partir desses resultados prestam um mau serviço à Educação e visam atacar de forma despudorada a escola pública, sujeitam muitas escolas públicas e privadas ao vexame de que não são directamente responsáveis.”

       Assim, o SPRC considera que “deveria pertencer ao Governo português a responsabilidade de pôr termo a esta situação vergonhosa que contribui para o estigma do erro, da má gestão e da falta de qualidade de muitas escolas que, em contextos muito adversos, conseguem prestar um serviço público de inestimável importância.”

       Além disso, “deveria ser garantida uma avaliação externa das escolas justa, eficaz e consequente, a partir da qual deveriam ser estabelecidas as prioridades no apoio a prestar a cada escola não agrupada ou a agrupamentos de escolas e deveria assumir-se, definitivamente, o ensino público como uma prioridade, canalizando para aí os recursos que têm sido desbaratados por muitas escolas privadas, para proveito dos seus proprietários.”

       Por último, “deveria ser aprovada uma lei de financiamento da educação e do ensino que estabelecesse as condições de apoio financeiro às escolas públicas e privadas com contrato de associação de forma a promover-se uma efectiva equidade no financiamento do sistema de ensino português.”
       Assim a Direcção do SPRC apela aos órgãos de gestão das escolas e aos professores em geral que “se unam contra este ataque ignóbil que vem sendo desferido sobre o sistema educativo e que visa transferir para os seus profissionais as responsabilidades por condições que resultam dos erros de governação, da destruição dos rendimentos das famílias, da falta de uma politica cultural para todos os portugueses e da inexistência de um claro investimento na educação, como prioridade, a qual terá um orçamento em 2012 correspondente a metade do que, nos anos 90 do século passado, se entendia dever ser a percentagem do PIB destinado a este sector.”
    21-10-2011

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    região de cister de 20.10.2011
    Alcobaça tem a melhor escola pública do distrito
    Pela segunda vez nos últimos três anos, a escola Frei Estevão Martins, de Alcobaça, foi considerada a melhor escola pública do distrito de Leiria.

    Segundo o ranking divulgado pelo jornal “Expresso”, o estabelecimento conseguiu uma média de 3,24 pontos. Contudo, o feito ganha ainda mais relevância se verificarmos que a Frei Estevão foi a escola que mais exames realizou no distrito: 272. Segundo o director Oliveira Pinto, este é um aspecto a ter em conta, visto que é bastante diferente “reailzar meia dúzia de provas ou mais de 100 exames”.
    Mas qual o segredo deste sucesso ao longo dos anos? “Para nós o mais importante é mesmo a consistência dos resultados. Mas creio que o modo como trabalhamos tem feito a diferença”, explica Oliveira Pinto, referindo-se à maior aposta na língua portuguesa e na matemática, além do “trabalho colaborativo entre alunos e professores”.
    No que toca às escolas secundárias, as notícias não são as melhores. Contudo, o Externato Cooperativo da Benedita continua a liderar os concelhos de Alcobaça e Nazaré, mas a nível nacional teve uma pequena queda: passou do 82º posto para o 132º. A queda da média em mais de 0,5 pontos foi a principal causa, ficando desta vez com 10,91 valores. Já a ESDICA, caiu do 218º lugar para o 235º. A única subida veio por parte do Externato Dom Fuas Roupinho. O estabelecimento nazareno melhorou a sua média (passou de 10,55 para 10,60), ficando agora no 193º e entrando pela primeira vez no últimos três anos para o “top 200”.
    A Escola D. Pedro I, em Alcobaça,e a Escola Secundária de São Martinho não entraram no ranking por terem efectuado menos de 100 exames.
    texto   Luciano larrossa
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    via cister.fm

    EXTERNATO DA BENEDITA É A MELHOR ESCOLA DO CONCELHO DE ALCOBAÇA


    O Externato Cooperativo da Benedita (ECB) voltou a ficar em primeiro lugar, no concelho de Alcobaça, no ranking dos exames nacionais do ensino secundário. 
    Entre 609 escolas analisadas, o ECB classificou-se no 163º posto, com uma média de 10,76 valores. 
    Para Alfredo Lopes, diretor pedagógico do externato, “um bom resultado é sempre um bom resultado, mas também é necessário saber relativizar estas classificações, tendo em conta que a realidade é muito diferente de escola para escola”. 
    Olhando ainda para o concelho, a Escola Secundária Dona Inês de Castro foi a segunda melhor, com uma média de 10,26 valores, tendo ficado no lugar 262 do ranking nacional. 
    Já no ranking do ensino básico, a escola B2,3 Frei Estêvão Martins foi a melhor do concelho de Alcobaça, tendo mesmo ficado em 2º lugar em termos do distrito de Leiria. 
    Em termos distritais, Leiria ficou em quarto lugar, tendo mesmo obtido as melhores médias nos exames nacionais do Ensino Secundário, apresentando uma média de 10,7 valores (ranking da Agência Lusa). 
    Para isso contribuíram as notas nos exames de Matemática aplicada às Ciências Sociais, com uma média de 12,8 em 231 exames, sendo Leiria o distrito que apresenta as melhores notas, que é superior à média nacional (11,2). 
    A primeira escola do distrito a aparecer no ranking das 617 (Ensino Secundário público e privado) é a Escola Secundária de Raul Proença, em Caldas da Rainha, que ocupa o 59º lugar, seguida da Escola Básica e Secundária da Batalha, 72ª posição, e Colégio Rainha D. Leonor, também em Caldas da Rainha, que está no 81º lugar.