20/11/2011

5.218.(20nov2011.12h46') Hoje há conversa popular na est. CFerro do Valado dos Frades...em defesa da linha do Oeste

 Momento da chegada do comboio para Coimbra quebrando a BARREIRA atravessada na linha , num claro simbolismo da vontade de que os comboios continuem ao serviço dos utentes da linha do Oeste. Foi um dos momentos mais emocionantes....COM a nossa LUTA vamos quebrar todas as BARREIRAS e fazer com que o SERVIÇO de PASSAGEIROS não MORRA!!!!
curioso é que a automotora ia cheia para Coimbra e eles querem acabar com o transporte de passageiros





Excertos recolhidos pela Irina no facebook
Ando-me a sentir espoliado de várias coisas nos últimos anos!! Esta é só mais uma delas!

Frederico Teixeira
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Esta linha é História pura do nosso País e Região. Temos que manter firme a nossa convicção e pressionar.
Joaquim Juca Silva
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É uma notícia que me deixa muito triste!!! Em vez de viabilizarem e renovarem, foram pelo mais fácil: encerraram…

Margarida Matias
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A linha não é mais usada porque desde há anos tem um serviço limitado. Se fosse reposto o percurso directo entre LX e a Figueira, tinha os utilizadores que tinha há uns anos (que eram bastantes) e talvez mais uns quantos.
Sara Ganilho
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A minha herdeira estreou-se este Verão... Adorou!!! E pergunta muitas vezes quando voltamos a andar para ir visitar os avós... O que lhe vou responder????"Querida, já não há????"
Filipa Couto Viana
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Estou de acordo com a maioria dos apontamentos, no entanto e eu sou um deles, não somos só nostálgicos, entendemos que desde à muito tempo a linha do Oeste devia ser renovada, não só em carruagens para passageiros, como também para transportes de mercadorias, o que nunca houve foi vontade politica para o fazer, devo lembrar aqui as opiniões do industrial da Mª Grande - Henrique Neto que por mais de uma vez defendeu na Televisão a modernização desta linha.
António Caetano
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É com muita tristeza que vamos vendo memórias da minha infância e juventude a acabar, 1º a Estação da Cela Velha, agora Valado e o troço entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz. Nunca me esqueci que foi no relógio da Estação da Cela, que a minha tia Irene me ensinou a ver as horas, agarrava-me ao colo para eu com os dedos contar os minutos, devia ter cerca de 6 anos. Obrigada tia:)
Regina Serrano
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Tenho pena se acaba os comboios na linha do valado que me faca muita falta para ir ver a
família ainda ontem foi temos que ir há luta.
Maria Nunes
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Não sei como começar sobre este assunto, frustra-me ver a nossa estação só, abandonada, não ver os vários cartazes com os horários e ligações. O progresso que tantas vezes é inimigo do povo, mais uma vez se sobrepõe. Não é por nostalgia que me revolta esta atitude de simplesmente encerrarem a linha, até porque acredito que poderão existir argumentos válidos para uma reestruturação da linha e não passará por uma parceria público privada. Existem diversas áreas de negócio, na nossa zona que poderiam ser utilizadas no seu transporte pelos caminhos de ferro, não sei até que ponto poderiam rentabilizar a linha. Não sei se será utopia ou nostalgia, mas não desejo o seu encerramento e fui tantas vezes feliz e sonhador, quer na estação, quer nos comboios que tantas vezes fui passar férias com os meus amigos e ao encontro deles em outras localidades. Não me sendo possível utilizá-lo com frequência pelas circunstâncias da vida, mas de longe o meu meio de transporte favorito. Que a linha sobreviva!!! Obrigado a todos pelo seu contributo e que se respeitem, pois só assim poderemos contribuir para a sua elevação.
Dário Vilela
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De facto é lamentável ver aquela estação ganhadora de vários prémios pela sua apresentação morrer assim lentamente. A ela se deveu em parte a importância de Valado de Frades, pois é sabido que era a linha que servia Alcobaça e Nazaré. Para muitos aquela linha e aquela estação são marcas indeléveis da nossa infância. Eu morei ali bem perto e ainda me recordo da máquina a vapor (caraças, como devo estar velho!), de acompanhar o célebre "homem da lanterna", o agulheiro, nas chegadas dos comboios e das minhas nostálgicas viagens durante 6 anos para Coimbra e muitos mais para Caldas e S Martinho do Porto. É verdade que a linha foi preterida por outros meios de transporte, mas diga-se em abono da verdade que foi uma linha bastarda, nunca electrificada e muito menos com horários e composições à altura dos pergaminhos. Por isso era natural que não fosse o meio eleito por muitos concidadãos. Numa altura de caristia dos preços dos combustíveis, em que os transportes públicos deviam ter o seu apogeu, como complemento ao sistema rodoviário, a viabilidade os caminhos de ferro deveriam merecer um estudo mais aprofundado, até numa altura de crise. Ora creio que é estranho que uma linha que liga Leiria a Lisboa a Leiria, passando por aglomerados populacionais importantes, como Marinha Grande, Valado, S Martinho Caldas, Bombarral e Lourinhã, numa extensa área agrícola e industrial (ainda que tudo isto também em vias de extinção), não seja rentável em termos de transporte de mercadorias e pessoas. Por isso estou de acordo em lutar pela sua manutenção, pelo menos até que sejam apresentados publicamente estudos sérios que sustentem esta decisão ou que neguem essa sua viabilidade.
Rui Suzano

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Nos 80 ainda era assim, André. Mercadorias, passageiros com fartura. Agora é uma dor. E obviamente, as pessoas foram arranjando alternativas, as que podiam, porque não houve durante décadas ponta de investimento na linha do Oeste. Uma tristeza enorme, para quem, como eu, cresceu naquela estação e viajou mais de 30 anos nesses comboios.
Dina Lopes Paulo
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Via Vitalino 22h 20' do dia 20.11.2011:
Não à liberalização do sector ferroviário. Por um serviço público, seguro e de qualidade

Quarta 16 de Novembro de 2011
Os deputados do PCP no Parlamento Europeu (PE) consideram que a reformulação do pacote ferroviário hoje aprovada pela maioria do PE – incluindo pelos deputados portugueses do PSD, PS, CDS – representa uma séria ameaça aos serviços ferroviários nacionais públicos, dificultando a prestação de um serviço de transporte público de qualidade, com segurança e preços acessíveis às populações.

A presente directiva aprofundará as graves consequências para as populações, para os trabalhadores do sector e para as economias nacionais, que resultaram da liberalização e privatização do sector ferroviário, levada a cabo em diversos países, insistindo na estafada ideia (que a experiência vem desmentindo) que mais mercado e concorrência levam a melhores serviços.

Entre os aspectos mais graves desta directiva, os deputados do PCP chamam a atenção para o seguinte: 1. A separação total da gestão de infra-estruturas e das operações ferroviárias vem liberalizar o sector ferroviário, privatizando as áreas que dão lucro e deixando ao Estado as áreas onde são necessários avultados financiamentos – a construção e manutenção das infra-estruturas. 2. A fragmentação proposta é feita à medida das multinacionais do sector, que vão tomando conta do transporte ferroviário e colonizando os mercados de serviços associados, em diversos países. O exemplo da multinacional alemã DB, que controla mais de 60% do sector da carga (onde a liberalização primeiro avançou) a nível europeu, é disso bem elucidativo. 3. A desregulamentação do sector e a sua entrega a privados conduz à perda de postos de trabalho, à degradação das condições e direitos laborais, à redução de salários, ao aumento da carga laboral, à eliminação da circulação em regiões consideradas menos lucrativas (assim contribuindo para o seu isolamento), à deterioração das condições de segurança e ao aumento dos preços dos bilhetes, com o pretexto da harmonização, à escala europeia, de taxas e tarifas. 4. É particularmente grave e inquietante que, na proposta hoje aprovada, os critérios de segurança no transporte ferroviário se encontrem subordinados às regras de concorrência no mercado único, como decorre da obrigatoriedade das autoridades nacionais competentes, em matéria de segurança, se submeterem ao parecer de uma entidade reguladora, que avalia a conformidade das regras de segurança estipuladas com as regras da concorrência. 5. Muito embora tenha sido retirada da proposta inicial da Comissão Europeia, por proposta do GUE/NGL, a imposição de serviços mínimos a nível europeu em caso de greve – numa inaceitável interferência com o direito à greve definido nas legislações nacionais – a ameaça de que, em futuras alterações a este pacote ferroviário (já anunciadas para 2012), se volte a insistir neste ponto, é bem real.

Os deputados do PCP no PE consideram que o transporte ferroviário constitui um sector estratégico, por razões de natureza económica, social, energética e ambiental, cuja natureza e características exigem investimentos e uma estratégia de longo prazo, num

quadro de propriedade e a gestão públicas, em que se assegure uma participação democrática dos trabalhadores e dos utentes, através das suas organizações.

Torna-se cada vez mais claro que, com a liberalização do sector, perdem as populações, que ficam com menos serviços, de pior qualidade e mais caros; perdem os trabalhadores, com a intensificação da exploração da força de trabalho à escala europeia; perde a segurança, perigosamente posta em causa, subjugada que é à livre concorrência; e perde o país, que vê um sector estratégico para a sua economia ficar à mercê dos interesses das multinacionais.
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Público • Segunda-feira 21 Novembro 2011 •
Salva de palmas para que a Linha do Oeste não feche
Carlos Cipriano
 A chegada do inter-regional 803 a Valado dos Frades (estação que serve Nazaré e Alcobaça) é uma rotina
que ocorre diariamente às 16h39, mas ontem, inesperadamente, havia uma centena de pessoas a aplaudi-lo na gare, numa acção que visa evitar o encerramento da Linha do Oeste ao serviço de passageiros.
A iniciativa surgiu espontaneamente nas redes sociais por um grupo de amigos oriundos daquela vila do
concelho da Nazaré e ganhou adeptos Ferroviária Nacional] e o mau serviço
da CP caminhavam para que um dia se viesse a tomar esta decisão”, disse Rui Raposo, adiantando que existem alternativas “óbvias e baratas” para manter a linha aberta. Uma delas é a reformulação dos horários para que os comboios sigam do Oeste para Coimbra e não para a Figueira da Foz, e outra é acabar com os transbordos inúteis nas Caldas da Rainha.
José Jordão, presidente da Assembleia Municipal da Nazaré, eleito pelo PSD, referiu-se a três forças que têm impedido a modernização deste eixo ferroviário: “a força rosa, a força laranja
e a força da Rodoviária”.
 E Rogério Raimundo, vereador da CDU de Alcobaça, disse que “a história da Linha do Oeste é um histórico criminoso  em que parece que tudo foi feito
para acabar com a linha”.

Populações e autarcas de diversas cores partidárias mobilizados na defesa do serviço
de passageiros no Oeste junto de alguns autarcas da zona e da própria Comissão de Defesa da Linha
do Oeste, cujo representante, Rui Raposo anunciou para 3 de Dezembro a realização de uma manifestação nas Caldas da Rainha. Este activista referiu que a notícia do encerramento da via férrea entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz uniu não só as populações deste eixo, como também os autarcas e todos os partidos políticos, em torno dos quais se nota hoje uma grande unanimidade contra a medida.
“Já há vários anos que a política de desinvestimento da Refer