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Utentes manifestam-se contra fim do serviço de passageiros na Linha do Oeste
Caldas da Rainha, Leiria, 03 Nov (Lusa) - Cerca de uma centena de manifestantes protestaram hoje, nas Caldas da Rainha, contra o fim do transporte de ..
Utentes manifestam-se contra fim do serviço de passageiros na Linha do Oeste
Caldas da Rainha, Leiria, 03 Nov (Lusa) - Cerca de uma centena de manifestantes protestaram hoje, nas Caldas da Rainha, contra o fim do transporte de passageiros na Linha do Oeste, que consideram destruir empregos e o desenvolvimento económico da região.
"Ao acabar com o serviço de passageiros [entre as Caldas da Rainha e Figueira da Foz] o Governo está a destruir empregos e o desenvolvimento económico", afirmou José Rui Raposo, da Comissão de Defesa da Linha do Oeste, nas Caldas da Rainha, onde esta manhã teve lugar uma manifestação contra o fim do serviço de passageiros na Linha do Oeste.
A desativação do serviço de transporte de passageiros na Linha do Oeste, entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz, era uma das medidas do Plano Nacional de Transportes anunciadas e que devia entrar em vigor no final de 2011, mantendo-se a linha ativa para o transporte de mercadorias e sendo assegurado transporte rodoviário alternativo.
Concentrados simbolicamente em frente à estação da CP das Caldas da Rainha, cerca de uma centena de pessoas reclamou a manutenção dos comboios de passageiros entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz, considerando que "o transporte rodoviário não é uma alternativa viável", sobretudo devido ao aumento dos custos e do tempo de percurso.
Ao protesto marcado pela comissão de defesa e uma comissão de utentes responderam esta manhã sobretudo trabalhadores que utilizam a linha nas deslocações para os empregos e doentes que usam o comboio para se deslocarem às consultas.
"A nível rodoviário a oferta é muito fraca e precisamos deste meio de transporte para trabalhar", alertou Sara Esteves, da comissão de utentes que tem a decorrer um baixo assinado para entregar ao Governo e tentar travar a decisão de suprimir os comboios de passageiros.
O protesto contou com a participação de elementos da direcção do Partido os Verdes, PCP e Bloco de Esquerda e culminou com o apelo a que sejam criados grupo de protesto que participem nas ações que as duas comissões vão continuar a organizar.
Isto porque, apesar de o Governo ter adiado a decisão de acabar com o comboio de passageiros até final do ano, "esta batalha não está ganha", sublinhou Rui Raposo para quem "a Linha do Oeste só tem viabilidade se for requalificada", como a comissão de defesa tem reclamado nos últimos anos.
DYA.
Lusa/Fim
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Via gazetacaldas.com
CP e Refer não fornecem elementos para o estudo sobre a linha do Oeste Publicado a 2 de Dezembro de 2011 .
Apesar do mau serviço, a linha do Oeste tem tido um aumento de passageiros desde 2005O responsável pelo estudo de sustentabilidade da linha do Oeste ainda não recebeu um conjunto de elementos que foram pedidos à CP e à Refer através da Câmara das Caldas da Rainha, entidade que lhe adjudicou aquele trabalho, destinado a demonstrar que é possível reduzir custos e aumentar receitas sem fechar o serviço de passageiros.
Nelson Oliveira, especialista em engenharia ferroviária, tem o seu trabalho quase concluído, mas lamenta não ter tido acesso a informações muito importantes que lhe permitiriam melhor fundamentar as suas propostas.
Os elementos para este estudo foram também pedidos, sem sucesso até este momento, ao secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, (que tutela a CP e a Refer) pelos deputados do PSD do distrito de Leiria.
Presidente da Câmara (das Caldas) no Prós e Contras
Na passada segunda-feira, no programa da RTP, Prós e Contras, o presidente da Câmara das Caldas, Fernando Costa, fez uma intervenção acutilante em defesa da linha do Oeste e teceu fortes críticas ao mau funcionamento da CP, apontando desperdícios na sua organização. São, aliás, os excessivos custos centrais da CP que se repercutem depois nas contas dos serviços que a empresa presta aumentando, assim, os prejuízos de exploração.
Fernando Costa disse também na televisão que o número de passageiros na linha do Oeste a norte das Caldas tinha crescido desde 2005, mas meteu os pés pelas mãos quando anunciou que a administração da CP tinha dez secretárias por administrador e que cada uma ganhava 50 mil euros por ano, o que de forma alguma, corresponde à verdade.
No mesmo programa também falou o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, que defendeu também a linha do Oeste e disse aceitar que o destino dos comboios vindos das Caldas da Rainha fosse Coimbra e não a sua cidade porque seria sempre possível fazer um transbordo.
Martingança organiza viagem de comboio na linha do Oeste
“Tivemos que fechar as inscrições porque senão isto nunca mais parava”. O desabafo é de Fernando Vitorino, residente em Martingança Gare (concelho de Alcobaça), que decidiu organizar uma viagem de comboio para o dia 1 de Dezembro, desde a sua terra à Figueira da Foz e conseguiu reunir logo 205 pessoas em poucos dias.
Satisfeito com a adesão, lamenta não ter podido aceitar mais gente, mas como o programa inclui almoço na Figueira da Foz, teve que arranjar um segundo restaurante com capacidade para 100 pessoas para poder acomodar todos os excursionista.
“Será a última viagem de comboio?” assim reza o folheto com o programa que, ao preço de 20 euros, inclui viagem de ida e volta entre Martingança e Figueira da Foz com almoço incluído.
Fernando Vitorino vive a dez metros da estação ferroviária e foi presidente de Junta de Freguesia local, eleito pelo PSD, durante vários anos. Esta viagem é uma forma de protesto pelo encerramento anunciado no fim do serviço de passageiros na linha do Oeste a norte das Caldas da Rainha.
A estação de Martingança é um importante pólo gerador de tráfego de mercadorias devido à fábrica de cimentos da Maceira, à qual está ligado por um ramal ferroviário. A presença da estação levou ao crescimento em seu redor de uma localidade designada Martingança Gare. Não muito longe fica a sede da freguesia de Martingança. A estação serve também as localidades de Maceira, Moita, Cerca, A-dos-Barbas e Burinhosa.
Carlos Cipriano
cc@gazetacaldas.com
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Presidente da Câmara das Caldas da Rainha disse que havia 6 secretárias para cada chefe, que tb só chefiavam 16...
Consta-se que foi (mal informado) pelo actual sec. estado que tb não sabe nada do que se passa em Londres...
Ver Bruno Dias (PCP) a dar lições ao ministro e secretário de estado:
http://aeiou.expresso.pt/ministro-da-economia-leva-tareia-de-deputado-video=
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