20/01/2012

5.402.(20jan2012.8.38') Extinção da Região de Turismo do Oeste...A opinião da CDU via Vereadora Vanda Marques no forum do Região de Cister

a pergunta do forum Região de Cister 19.1.2012: Como avalia a decisão do Governo de extinguir o Turismo do Oeste?

O Governo prepara-se para extinguir a Entidade Regional de Turismo do Oeste, três anos depois da última reorganização no sector. O País passará a ficar dividido ao nível do turismo em sete estruturas, ficando a região Oeste no Turismo de Lisboa. Empresários, autarcas e até deputados do PSD do distrito de Leiria discordam da extinção do Turismo do Oeste. Que apreciação faz?
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A resposta da Vereadora  Vanda Marques (CDU):
Discordamos! Estivemos contra a saída, recente, do município de Alcobaça da Região de Turismo Leiria/Fátima para o Oeste e já então defendemos o que era o caminho certo. Nós, na CDU, defendemos uma regionalização a sério e até defendemos uma região entre Lisboa e Coimbra, que contenha, no mínimo, o Oeste, a Lezíria, o Médio Tejo e a Alta Estremadura. Lutamos pela descentralização efetiva de competências e meios para a região, para os municípios e para as suas associações. Defendemos práticas de planeamento regional e de proximidade.
Discordamos de mais esta concentração a somar a tantas outras. “Eles” querem impor o controlo de estado central, enquanto nós somos pela descentralização e pelo potenciar da autonomia das regiões, com um aparelho político/administrativo mínimo e do fortalecimento das associações de municípios.

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via gazeta das caldas 20.1.2012

A Oeste todos contra extinção do pólo de turismo da região

Publicado a 20 de Janeiro de 2012 . Na categoria: Destaque Painel Sociedade . há uma resposta a este artigo.
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Deixará o Oeste de estar na crista da onda? (Foto de arquivo)
O governo anunciou na passada segunda-feira (16 de Janeiro) uma reorganização do sector do turismo, com a criação de cinco novas regiões com base nas NUT II, desaparecendo as entidades regionais e pólos de desenvolvimento turístico, entre eles o do Oeste, criados no governo de José Sócrates.
A secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, anunciou ainda, em conferência de imprensa em Lisboa, que cada uma das cinco novas entidades de turismo (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve) terão mais competências, ao adquirirem as estruturas de oferta e promoção interna e externa, antes distribuídas pelas entidades regionais, pólos de turismo e agencias promocionais.
O presidente do Turismo do Oeste, António Carneiro, afirma que não conhece nenhum projecto de decreto-lei nesse sentido, e que apenas tem conhecimento desta situação pelo que viu escrito nos órgãos de comunicação social. “Foi-nos dito a 4 de Dezembro que tudo seria feito em diálogo com as entidades de turismo”, disse, lamentando que a governante tenha feito saber a sua intenção pela comunicação social.
O responsável pretende convocar na próxima semana os órgãos do Turismo do Oeste para tomarem uma posição sobre a possibilidade de não participarem na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), como forma de protesto sobre esta situação.
Os cerca de 30 empresários que na semana passada se reuniram com o presidente do Turismo do Oeste para tratar da participação naquela feira de turismo, ao saberem da intenção do governo em reestruturar estas entidades emitiram um comunicado onde mostram o seu descontentamento.
Os empresários não entendem que, apenas três anos volvidos sobre uma reorganização, que se justifique uma nova, nem aceitam que um novo figurino passe pela extinção deste órgão regional de turismo. Em comunicado, justificam a sua autonomia com a dinâmica empresarial gerada, a criação de eventos e permanente fixação de novos e estruturantes investimentos nesta região e deixam o seu “incondicional apoio” à manutenção da ERTOeste.
Também a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM) já emitiu dois comunicados onde solicita ao Governo uma audiência, com carácter de urgência e antes da tomada de qualquer decisão, onde possam salvaguardar a especificidade reconhecida ao Oeste.
Os autarcas dos 12 municípios integrantes da OesteCIM opõem-se “à perda da identidade que foram criando ao longo de mais duas décadas, diluindo-se, eventualmente, num espaço territorial que não salvaguardará a sua iniciativa empresarial e pública, constituindo tal decisão uma discriminação negativa”.
Também os deputados PSD eleitos pelo círculo de Leiria, Paulo Batista Santos e Maria da Conceição Pereira, defendem o reconhecimento da especificidade da região do Oeste. No passado dia 3 de Janeiro questionaram o ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, sobre a anunciada reorganização da orgânica regional do turismo no território nacional continental,  dando nota da importância da actual entidade regional de turismo do Oeste na promoção da região como destino turístico com características ímpares a nível nacional e internacional.
Os deputados social-democratas questionam o Governo sobre as condições da anunciada redefinição das entidades regionais de turismo, e se nesse novo modelo será considerado as especificidades da região turística do Oeste.
Os deputados do PS por Leiria enviaram já uma carta aos seus colegas do PSD para uma reunião urgente onde se disponibilizam a ajudar a fazer tudo o que for necessário para evitar que esta medida se concretize.
Num comunicado enviado pela Federação do PS Leiria, este partido exorta a sociedade civil do distrito, os autarcas e a todos os operadores deste sector para que sensibilizem o governo para o “erro” que estará a cometer com o desmantelamento dos pólos turísticos da região, Oeste e Leiria/Fátima. E apela aos sete deputados da maioria PSD/CDS que apoiam o governo para que não permitam que este erro se concretize. “Não basta dizer que se questionou o governo sobre o assunto, é preciso que façam valer o facto de serem um dos maiores grupos de deputados distritais de um só partido”, defende João Paulo Pedrosa, presidente da federação socialista de Leiria.
Os socialistas consideram ainda que a crise que o país vive não se resolve concentrando tudo em Lisboa e Porto, abandonando as regiões e os distritos, como é o caso de Leiria. Na sua opinião, a dinâmica empresarial do distrito,“ficará irremediavelmente afectada se esta política cega de centralização se mantiver”.

Fátima Ferreira

fferreira@gazetacaldas.com
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via cister.fm

ERT’S DEFENDEM AUTONOMIA, AFIRMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DAS “MARCAS TURÍSTICAS”

Na sequência da reunião realizada em Lisboa no passado dia 13, e conforme acordado, reuniram em Tomar as ERT’s Oeste, Leiria-Fátima, Lisboa e Vale do Tejo, Serra da Estrela, Douro, Alqueva e Litoral Alentejano, no sentido de uma tomada de posição face às intenções que têm vindo expressas pela Senhora Secretária de Estado do Turismo, conforme veiculadas pela Comunicação Social, no que concerne à reorganização regional de Turismo. 
Do teor das deliberações tomaram conhecimento e deram o seu acordo as ERT’s Algarve e Alentejo. 
Assim, e por unanimidade, foi deliberado reafirmar um conjunto de princípios que se consideram incontornáveis para o desenvolvimento do referido processo em curso: 
1.Autonomia, afirmação e valorização das “marcas turísticas”, territorial e culturalmente sustentadas, enquanto elementos importantes da marca Portugal, no entendimento de que as especificidades são determinantes numa verdadeira construção de qualquer destino turístico. 
Em nome dos superiores interesses nacionais, a mais valia que decorre dessa complementaridade activa, não pode ser posta em causa por uma nova organização que prejudique a afirmação de “marcas turísticas”, algumas há muito consolidada. 
2.O modelo a construir deve garantir a autonomização das Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto. 
A consagração institucional desta realidade conduzirá a um modelo que melhor assegurará a complementaridade da oferta e valorizará a promoção do País como um todo. 
3.As novas Regiões de Turismo, assim designadas, deverão assumir competências de promoção interna e externa. 
4.Estas Regiões de Turismo devem ver consagrado o histórico princípio da natureza jurídica de direito público. 
As ERT’s referidas deliberaram, ainda, por unanimidade que à ERt Leiria-Fátima, deve ser dada opção de escolha na integração da nova realidade organizacional, na defesa da singularidade da sua integridade territorial e da lógica turística com a sua região de abrangência e por integrar duas NUT II, 
Por último, e em nome da defesa da verdade, e no seguimento de afirmação vindas a público, deve ser clarificado que Entidades não respeitaram princípios de contenção, boa gestão e limites de endividamento. 
As ERT’s reiteraram a sua permanente disponibilidade para um efectivo diálogo sobre este processo reorganizativo.