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Paulo Inácio surpreendido com “declarações desagradáveis e incompreensíveis”
Eduardo Nogueira demite-se da Assembleia Municipal de Alcobaça
Eduardo Nogueira, ex-assessor da Câmara Municipal de Alcobaça, renunciou ao cargo de deputado da Assembleia Municipal de Alcobaça, por onde tinha sido eleito na lista do PSD. O economista remete as razões da sua demissão para o comunicado divulgado no dia 2 de fevereiro, assinado também pelos ex-vereadores Carlos Bonifácio e Alcina Gonçalves, considerando ter havido uma quebra de solidariedade e confiança política da parte do presidente da Câmara Municipal de Alcobaça após as buscas da PJ nos Paços do Concelho. Em resposta, Paulo Inácio considera que o comunicado contém “declarações desagradáveis e incompreensíveis”, dado que nunca acusou os signatários de qualquer ilícito.
Eduardo Nogueira realça “o conjunto de notícias sucessivas que, de fato, acabam por nos envolver e envolvem o nome do Dr. Sapinho. Nós prezamos muito uma coisa que é a gratidão e tínhamos obrigatoriamente que reagir e mostrar a nossa indignação e defender o nome de uma pessoa com quem nós trabalhámos e a quem somos gratos e achamos que o atual Executivo, nomeadamente o presidente, também deveria ser grato.”
O economista referiu ao Tinta Fresca que “face à sucessão de notícias que envolvia o nosso nome, pretendemos demonstrar perante a opinião pública que, se eventualmente alguém quiser falar connosco, nomeadamente as autoridades, estamos disponíveis para os esclarecimentos que tiverem que ser prestados. Por outro lado, foram remetidas culpas para o anterior Executivo, mas queremos dizer que estas três pessoas estão de total consciência tranquila e nada nos pesa.”
Relativamente ao pedido de demissão Assembleia Municipal, Eduardo Nogueira referiu que “a Assembleia Municipal é o órgão fiscalizador do município e entendo que com os fatos agora ocorridos existe, pelo menos da minha parte, uma quebra óbvia e natural de confiança para com este executivo. Ficar na Assembleia Municipal sentado calmamente como se nada se passasse e como se eu não tivesse sido visado, direta ou indiretamente, não faz parte do meu feitio. Por outro lado, ficar lá a fazer guerra à Câmara Municipal ou a fazer oposição também não faz parte da minha maneira de ser. Sou uma pessoa que tem alinhamento partidário, respeito o meu partido, não sou daqueles indivíduos que acham que foram eleitos pessoalmente. Eu sei que fui eleito numa lista de um partido, portanto não faz qualquer sentido ficar na Assembleia Municipal contrariado ou a fazer oposição à Câmara Municipal. Acho que este era o caminho natural e óbvio a seguir.”
Membro da Comissão Política de Alcobaça do PSD, Eduardo Nogueira revelou já estar demissionário da Comissão Política há muito tempo, apesar de não ter feito alarde disso. “A minha demissão já vem do tempo do processo de escolha do candidato a deputado ao parlamento pelo PSD de Alcobaça e já estou demissionário desde essa altura”, revelou
Eduardo Nogueira é também membro da Assembleia Distrital de Leiria do PSD, mas relativamente a este órgão admite que “terei que refletir. A Distrital de Leiria não tem nada a ver com isto. Neste momento, em termos locais não tenho nem quero ter qualquer palco em termos de intervenção. Aliás, este comunicado é feito por três pessoas que estão fora do jogo partidário e que só vieram a terreiro defender o seu bom nome e fazer um conjunto de esclarecimentos porque viram o seu bom nome envolvido em sucessivas notícias que não foram bem explicadas”, frisou
Paulo Inácio: “Declarações são desequilibradas e incompreensíveis”
Em resposta, Paulo Inácio considera que estas “são declarações desequilibradas. Eu disse que as diligências efetuadas (pela Polícia Judiciária) foram no âmbito do anterior mandato sem fazer nenhuma classificação, se foram bem ou mal feitas. Isso cabe aos órgãos competentes e logo que veio a primeira notícia, eu próprio mandei fazer um relatório há um ano e nada de substancial ou estranho foi encontrado no relatório. Portanto estranho que estas declarações, desequilibradas, falem de um homem que foi o Dr. Sapinho. São declarações desagradáveis e incompreensíveis.
Relativamente à suspeição levantada pelos três subscritores do comunicado, de que o presidente “pretende atingir o vice-presidente Hermínio Rodrigues”, Paulo Inácio afirmou que “não alimenta este tipo de declarações” e, como tal, “nem farei mais comentários”.
Confrontado com o fato de Eduardo Nogueira ter-se demitido da Assembleia Municipal, o autarca referiu que “as ações ficam com quem as pratica”, acrescentando que não fará mais comentários, e que “aguarda calmamente o desenrolar desta situação.”
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3fev2012
Após as buscas da PJ à Câmara Municipal
Ex-autarcas de Alcobaça rejeitam suspeições no caso da construção dos centros escolares
O anterior vice-presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Carlos Bonifácio, a ex-vereadora da Cultura e Educação, Alcina Gonçalves, e o ex-Adjunto da autarquia Eduardo Nogueira, saíram a terreiro para criticar o actual presidente da Câmara por ter vindo a público “colocar o ónus das investigações sobre a gestão do Dr. Gonçalves Sapinho”, considerando que, “infelizmente, não se pode defender e vê o seu nome arrastado para a lama, precisamente por quem atingiu a cadeira do poder, à conta do apoio do Dr. Sapinho, numa alusão às sucessivas notícias quetêm vindo a público, relativamente à investigação à construção dos Centros Escolares, no Município de Alcobaça promovida pela Polícia Judiciária
Assumindo que foram, com muita honra e orgulho, membros do anterior executivo, entendem que, por isso, não podem ficar em silêncio sobre a forma como o assunto tem sido tratado. Carlos Bonifácio, Alcina Gonçalves e Eduardo Nogueira, são contundentes com o actual presidente da Câmara afirmando que “é caso para dizer que a ingratidão não tem limites. Já tinha sido assim há um ano atrás, quando levantou suspeitas sobre a situação financeira da Câmara.”
Sobre as investigações em curso, os três ex-autarcas revelam que “de concreto, nada sabemos e, porque temos a consciência tranquila, estamos disponíveis para todos os esclarecimentos que eventualmente nos venham a ser solicitados. “Quem não deve não teme”, a nossa vida fala por nós, não estamos, nem nunca estivemos dependentes da política, nem agarrados aos lugares. Por isso, nos fizemos à vida sem depender das benesses do poder”, sublinham.
No comunicado, datado de 2 de fevereiro, Carlos Bonifácio, Alcina Gonçalves e Eduardo Nogueira lembram que “se a investigação tem a ver com a facturação, como vem na imprensa, convém esclarecer que quando o executivo liderado pelo Dr. Sapinho cessou funções estava-se na fase das terraplanagens e não havia ainda facturas emitidas. Se a investigação é sobre as deliberações é preciso que se esclareça que todas as decisões foram objecto de apreciação na Câmara e na Assembleia Municipal (órgão fiscalizador), do qual Paulo Inácio era presidente, tendo todas as deliberações merecido o voto favorável da bancada do PSD.”
Os ex-autarcas sublinham que “o presidente da Câmara, ao dizer que mandou elaborar um relatório, do qual nada diz quanto às suas conclusões, dá a ideia que está do lado das investigações contra algo que não refere.” Por outro lado, consideram que Paulo Inácio “deixa um rasto de suspeições que são intoleráveis e incompreensíveis, tanto mais que na sua equipa fazem parte dois vereadores que estiveram no executivo do Dr. Sapinho.”
Assim, “rejeitamos ser vítimas colaterais e silenciosas. Se o Senhor Presidente da Câmara pretende atingir o seu vice-presidente Hermínio Rodrigues – principal responsável pelo dossier, como Presidente da "Cister – Equipamentos Educativos, SA", empresa proprietária dos Centros Escolares - trate de resolver o assunto internamente, não alimente suspeições que acabam por atingir pessoas que pouco ou nada têm a ver com o assunto”, contrapõem.
Perante os factos vindos a público, Carlos Bonifácio, Alcina Gonçalves e Eduardo Nogueira manifestam-se convictos da “legalidade de todo processo, por isso estamos de consciência tranquila. Aquilo que sempre nos norteou foi os princípios, a ética e a honestidade no exercício dos cargos públicos”, concluem.
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via cister.fm
Ex-autarcas de Alcobaça rejeitam suspeições no caso da construção dos centros escolares
Publicado a 3 de Fevereiro de 2012
Atendendo às sucessivas notícias que têm vindo a público, relativamente à investigação à construção dos Centros Escolares, no Município de Alcobaça promovida pela Polícia Judiciária, os abaixo assinados vêm a público esclarecer os Munícipes e tomar posição sobre os factos:
1. Os abaixo assinados foram, com muita honra e orgulham-se desse facto, membros do anterior executivo e, por isso, não podem, em circunstância alguma, ficar em silêncio sobre a forma como o assunto tem sido tratado.
2. O Presidente da Câmara veio a público colocar o ónus das investigações sobre a gestão do Dr. Gonçalves Sapinho que, infelizmente, não se pode defender e vê o seu nome arrastado para a lama, precisamente por quem atingiu a cadeira do poder, à conta do apoio do Dr. Sapinho. É caso para dizer que a ingratidão não tem limites. Já tinha sido assim há um ano atrás, quando levantou suspeitas sobre a situação financeira da Câmara.
3.Sobre as investigações em curso, de concreto, nada sabemos e, porque temos a consciência tranquila, estamos disponíveis para todos os esclarecimentos que eventualmente nos venham a ser solicitados. “Quem não deve não teme”, a nossa vida fala por nós, não estamos, nem nunca estivemos dependentes da política, nem agarrados aos lugares. Por isso, nos fizemos há vida sem depender das benesses do poder.
4. Se a investigação tem a ver com a facturação, como vem na imprensa, convém esclarecer que quando o executivo liderado pelo Dr. Sapinho cessou funções estava-se na fase das terraplanagens e não havia ainda facturas emitidas. Se a investigação é sobre as deliberações é preciso que se esclareça que todas as decisões foram objecto de apreciação na Câmara e na Assembleia Municipal (órgão fiscalizador), do qual Paulo Inácio era Presidente, tendo todas as deliberações merecido o voto favorável da bancada do PSD.
5.O Presidente da Câmara, ao dizer que mandou elaborar um relatório, do qual nada diz quanto às suas conclusões, dá a ideia que está do lado das investigações contra algo que não refere. Deixa um rasto de suspeições que são intoleráveis e incompreensíveis, tanto mais que na sua equipa fazem parte dois vereadores que estiveram no executivo do Dr. Sapinho.
6.Rejeitamos ser vítimas colaterais e silenciosas. Se o Senhor Presidente da Câmara pretende atingir o seu vice-presidente Hermínio Rodrigues – principal responsável pelo dossier, como Presidente da “Cister – Equipamentos Educativos, SA”, empresa proprietária dos Centros Escolares – trate de resolver o assunto internamente, não alimente suspeições que acabam por atingir pessoas que pouco ou nada têm a ver com o assunto.
7.Perante os factos vindos a público é nossa convicção da legalidade de todo processo, por isso estamos de consciência tranquila. Aquilo que sempre nos norteou foi os princípios, a ética e a honestidade no exercício dos cargos públicos.
Alcobaça, 2 de Fevereiro de 2012.
Carlos Bonifácio
Alcina Gonçalves
Eduardo Nogueira
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Via região de cister de 9fev2012
Guerra aberta no PSD/Alcobaça | |
Terminou o clima de paz podre no PSD/Alcobaça. A posição tomada por Paulo Inácio, de vir a público esclarecer que a investigação da PJ sobre a construção dos centros escolares do concelho estava relacionada com o anterior mandato autárquico, não agradou a três colaboradores próximos de Gonçalves Sapinho, que partiram para o contra-ataque. | |
Em comunicado, os ex-vereadores Carlos Bonifácio e Alcina Gonçalves e o ex-adjunto Eduardo Nogueira não poupam críticas ao chefe do executivo municipal, a quem acusam de "ingratidão", "precisamente por quem atingiu a cadeira do poder, à conta do apoio do Dr. Sapinho". "Rejeitamos ser vítimas colaterais e silenciosas", sustentam os três signatários. "Se o senhor presidente da Câmara pretende atingir o seu vice-presidente Hermínio Rodrigues - principal responsável pelo dossiê - trate de resolver o assunto internamente, não alimente suspeições que acabam por atingir pessoas que pouco ou nada têm a ver com o assunto", pode ler-se no comunicado assinado pelos colaboradores do antigo presidente da Câmara, "que, infelizmente, não se pode defender e vê o seu nome arrastado para a lama". Relativamente à investigação, Carlos Bonifácio, Alcina Gonçalves e Eduardo Nogueira dizem-se disponíveis para prestar "todos os esclarecimentos". E apontam: "Se a investigação tem a ver com a faturação, como vem na imprensa, convém esclarecer que quando o executivo liderado pelo Dr. Sapinho cessou funções estava-se na fase das terraplanagens e não havia ainda facturas emitidas. Se a investigação é sobre as deliberações é preciso que se esclareça que todas as decisões foram objecto de apreciação na Câmara e na Assembleia Municipal (órgão fiscalizador), do qual Paulo Inácio era presidente, tendo todas as deliberações merecido o voto favorável da bancada do PSD". O processo de escolha dos candidatos social-democratas às últimas eleições autárquicas criou feridas no partido, que agora se tornam mais visíveis.Joaquim Paulo |
via cister.fm
PAULO INÁCIO CLASSIFICA DESEQUILIBRADAS AS REAÇÕES DE EX VEREADORES À SUA POSIÇÃO SOBRE A INVESTIGAÇÃO DA PJ À CÂMARA
«Desequilibradas e até deselegantes». É assim que o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, reage ao comunicado assinado por dois ex-vereadores, onde se critica o atual autarca por ter dito que uma investigação da Polícia Judiciária (PJ) ao Município se refere a factos ocorridos durante o anterior executivo camarário, governado por Gonçalves Sapinho.
Em reação ao comunicado, dos ex-vereadores Carlos Bonifácio e Alcina Gonçalves, e do assessor do presidente, Eduardo Nogueira, Paulo Inácio afiança que a sua preocupação é apenas trabalhar com «transparência e ajudar as autoridades» na investigação da PJ sobre a Parceria Público-Privada que a empresa municipal “Terra de Paixão” efetuou em 2007 com a empresa MRG.
A empresa MRG foi responsável pela construção dos centros escolares de Alcobaça e Benedita, e do pavilhão gimnodesportivo de Évora de Alcobaça.
A investigação da judiciária refere-se às parcerias publico-privadas e a obras que, apesar de financiadas, não terão sido realizadas em alguns municípios, também sob investigação.