19/02/2012

5.502.(19fev2012.12.41') o semanário sol volta ao assunto que já postámos aqui no unir...A vergonha da exploração dos prof.s de Inglês das AEC's

O outro carnav'alcobaça vem no "sol" de 17fev2012......Os mais
precários do sistema educativo e sem receberem 1 cêntimo desde que trabalharam...Empresas e Câmara empurram responsabilidades...Prof.s de Inglês sofrem...


 as contas da EDP, do Gás, as rendas, o carro, o combustível, a alimentação é custeada pelas famílias que podem...o trabalho tem que acontecer...é a exploração...

Câmara volta a justificar-se, perante o semanário "SOL" com falta de cumprimento e de comprovativos da empresa IAM...Quem se lixa entretanto...
 
passou +1 mês sobre a minha postagem no unir...agora é a "Futurschool" que tem os profs AEC's de Inglês no concelho de Alcobaça...
http://uniralcobaca.blogspot.com/2012/01/538416jan20121218-trabalharam-e-nao.html
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via cister.fm e sol

PROFESSORES SEM RECEBEREM DESDE SETEMBRO

por Margarida Davim 
HÁ 35 professores com salários em atraso no concelho de Alcobaça. Os docentes foram contratados em Setembro para dar aulas de Inglês no âmbito das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), mas alguns nunca chegaram a receber qualquer pagamento.
«Estou sem gás desde o Natal e agora a EDP e a empresa da água estão a pressionar-me para pagar, senão fico sem os serviços», conta sob anonimato um professor que não recebe desde Outubro. Sem o vencimento de nove euros à hora – que lhe rende um salário de pouco mais de 600 euros por mês – o docente diz já nem ter dinheiro para fazer as deslocações entre escolas para dar as aulas. 
O problema é agravado pela precariedade do vínculo laboral. «Se deixarmos de trabalhar, perdemos tudo, porque estamos sem qualquer contrato de trabalho ou prestação de serviço», queixa-se o professor. A revolta é ainda maior porque os docentes contratados para as AEC acabam por estar em várias actividades das escolas sem receber mais. «Participamos nas reuniões, estamos em festas e em actividades, sempre que o agrupamento o solicita, vigiamos recreios e fazemos avaliações periódicas», explica o professor que nunca imaginou no que se ia envolver quando se candidatou ao lugar através de um anúncio num portal de emprego. 
Apesar dos atrasos nos pagamentos, nenhuma das entidades envolvidas assume a responsabilidade. A empresa IAM – que ganhou o concurso público para dar as aulas de Inglês neste ano lectivo – alega que não pagou os meses de Setembro, Outubro e Novembro por não ter ainda recebido da Câmara de Alcobaça (CA). «Andámos a reunir os elementos que nos foram pedidos e enviámos as facturas com todos os comprovativos há 15 dias», diz Cláudia Santos, assegurando que a IAM «vai pagar assim que receber o dinheiro da Câmara». 
Já a CA garante que «assim que recebeu as facturas validadas deu de imediato início ao pagamento». E justifica os atrasos com a falta de comprovativos das horas leccionadas nas primeiras facturas que foram emitidas pela IAM. Uma vez que em Novembro a CA anulou o contrato que tinha com a IAM – por «falta de professores e de manuais escolares» –, desde Dezembro que as AEC são asseguradas pela Futurschool. 
Mas isso não acabou com os atrasos. Segundo docentes ouvidos pelo SOL, ainda há pagamentos em atraso desde Dezembro. Apesar disso, a empresa assegura que «já pagou as facturas enviadas» relativas a esse mês. 
margarida.davim@sol.pt
Fonte:Sol