10/03/2012

5.547.(10março2012.13.10') Jerónimo de Sousa dá 1 bela Cavacada, bem dada no PRepública

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Jerónimo de Sousa diz que as críticas do PR a Sócrates são apenas "um detalhe"


Lusa

10 Mar, 2012, 10:18



O secretário-geral do PCP considera que as acusações de deslealdade política feitas pelo Presidente da República ao ex-primeiro-ministro José Sócrates são apenas um "detalhe", até porque Cavaco Silva promulgou as medidas e as leis aprovadas pelo anterior Governo.



"Como o Presidente da República afirmou recentemente, às vezes é nos detalhes que está o diabo, mas, se é nos detalhes que muitas vezes poderá estar o diabo, é na política de direita que o Presidente da República subscreveu que está o inferno, particularmente o inferno da vida dos portuguesa", disse Jerónimo de Sousa na sexta-feira á noite em Setúbal.



Jerónimo de Sousa começou por se mostrar surpreendido com as críticas de Cavaco Silva a José Sócrates, ao mesmo tempo que procurava corresponsabilizar o Chefe de Estado pelas políticas seguidas pelo ex-governante socialista.



"O mesmo Presidente da República que agora apoia o pacto de agressão, que apoiou o PEC I, o PEC II, o PEC II, do Governo de José Sócrates, vem queixar-se de deslealdade, porque não foi informado sobre o PEC IV", disse.



Segundo o secretário-geral do PCP, "era importante" que Cavaco Silva "dissesse era se estava de acordo ou em desacordo" com o PEC IV.



"Mas não. Considera isto uma deslealdade, quando nós sabemos que, no plano político das medidas que foram tomadas, dos orçamentos que foram aprovados, das leis que foram aprovadas, foram promulgadas pelo Presidente da República. Nós achamos que é coisa pouca", frisou.



O líder comunista, que falava num jantar com cerca de uma centena de pequenos e médios empresários da região de Setúbal, referiu-se também às consequências que as medidas de austeridade impostas pelo programa de ajuda externa, que designa como "pacto de agressão", estão a ter para muitas Pequenas e Médias Empresas.



"O principal problema das Pequenas e Médias Empresas (PME) que trabalham e vendem no mercado interno é a brutal redução do poder de compra dos portugueses", defendeu.