17/12/2013

7.262.(17dez2013.8.18') Marguerite Yourcenar.

NASCEU a 8junho1903
e MORREU 17dez1987
"A amizade é, acima de tudo, certeza – é isso que a distingue do amor."
Marguerite Yourcenar
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Via avante 2322...30mAIO2018
1980 – A primeira mulher na Academia Francesa


Marguerite Yourcenar, pseudónimo de Marguerite Cleenewerck de Crayencour (Yourcenar é um anagrama de Crayencour), foi a primeira mulher eleita à Academia Francesa de Letras, o que à época foi considerado quase como um «acto subversivo». Com um percurso literário iniciado em 1929, a escritora tornara-se internacionalmente conhecida com a magistral obra Mémoires d´Hadrien (Memórias de Adriano), de 1951, e consolidara o seu reconhecimento como escritora de excepção com L'Œuvre au Noir (A Obra ao Negro, 1968), pela qual foi distinguida com o prémio Femina. A proposta de Jean d'Ormesson (escritor, cronista e filósofo francês, ocupante da cadeira 12 da Academia Francesa) para que Yourcenar integrasse o selecto grupo dos «imortais» tradicionalmente reservado ao universo masculino gerou acesa polémica, mas o conservadorismo da Academia acabou vencido. Como diria Ormesson, reconhecendo que a eleição de Yourcenar teria sido mais rápida e mais fácil se ela fosse um homem, «Ser mulher não basta para estar sob a Cúpula, mas ser mulher também não basta para ser impedido de aí ter lugar». «Foi uma vitória da literatura (…) Distinguindo Marguerite Yourcenar, a Academia honra-se a si própria». Embora tardio, foi o reconhecimento de que não é possível fazer história sem as mulheres.
 http://www.avante.pt/pt/2322/memoria/
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Creio que quase sempre é preciso um golpe de loucura para se construir um destino.
(Via Susana D) 
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"Creio que quase sempre é preciso um golpe de loucura 
para se construir um destino."
Arte @ Donnadieu Rémy Photographer
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Existe entre nós dois algo melhor do que o amor: a cumplicidade.
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Via Maria Elisa Ribeiro
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As Virtudes de Cada Um
Não desprezo os homens. Se o fizesse, não teria direito algum nem razão alguma para tentar governá-los. Sei que são vãos, ignorantes, ávidos, inquietos, capazes de quase tudo para triunfar, para se fazer valer, mesmo aos seus próprios olhos, ou simplesmente para evitar o sofrimento. Sei muito bem: sou como eles, pelo menos momentaneamente, ou poderia tê-lo sido. Entre outrem e eu, as diferenças que distingo são demasiado insignificantes para que a minha atitude se afaste tanto da fria superioridade do filósofo como da arrogância de César. Os mais opacos dos homens também têm os seus clarões: este assassino toca correctamente flauta; este contramestre que dilacera o dorso dos escravos com chicotadas é talvez um bom filho; este idiota partilharia comigo o seu último bocado de pão. Há poucos a quem não possa ensinar-se convenientemente alguma coisa. O nosso grande erro é querer encontrar em cada um, em especial, as virtudes que ele não tem e desinteressarmo-nos de cultivar as que ele possui. "

 in 'Memórias de Adriano'

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"Sempre tive a impressão de que a música fosse apenas o extravasamento de um grande silêncio."
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«…Não é difícil alimentar pensamentos admiráveis quando as estrelas estão presentes…»
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Peço-te humildemente,
o mais humildemente possível,
perdão,
não por te deixar,
mas por ter ficado tanto tempo.
(imagem: Bilgin Sönmez)

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Via Maria Sobral V
"A amizade é, acima de tudo, certeza – é isso que a distingue do amor."
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Via Fátima P.
"Corpo, meu velho companheiro, nós pereceremos juntos. Como não te amar, forma a quem me assemelho, se é nos teus braços que abarco o universo."
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Via JERO:
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Marguerite Yourcenar (1903-1987) escreveu peças de teatro, contos, poemas e romances, incluindo as Memórias notáveis de Adriano. Ela foi a primeira mulher a ser eleita para a Academia Francesa.
"Chega um momento em que a vida de cada homem é uma derrota assumida. É uma verdade que todos sabemos". Marguerite Yourcenar (1903-87), escritora francesa.
Lusa/Fim.
Pensamento do dia: "O nosso verdadeiro lugar de nascimento é aquele onde lançamos pela primeira vez um olhar de inteligência sobre nós próprios". Marguerite Yourcenar (1903-87), escritora de origem belga.
Lusa/Fim.

Marguerite Yourcenar, pseudónimo de Marguerite Cleenewerck de Crayencour (Yourcenar é um anagrama de Crayencour) (Bruxelas, 8 de junho de 1903 —Mount Desert Island, 17 de dezembro de 1987), foi uma escritora belga de língua francesa.
Biografia
Marguerite Yourcenar foi educada de forma privada e de maneira excepcional: lia Jean Racine com oito anos de idade, e seu pai ensinou-lhe o latim aos oito anos egrego aos doze.
Em 1929, publicou seu primeiro romance, Alexis ou o Tratado do Vã
o Combate (Alexis ou le traité du vain combat) inspirado em André Gide1 , escrito em um estilo preciso, frio e clássico. Trata-se de de uma longa carta em que um homem, músico renomado, confessa à sua esposa sua homossexualidade e sua decisão de a deixar. Após a morte de seu pai, em 1929, (depois de ter lido o primeiro romance de sua filha), Marguerite Yourcenar levou uma vida boêmia entre Paris, Lausana,Atenas, as ilhas gregas, Constantinopla e Bruxelas. Nesta época, Marguerite Yourcenar apaixonou-se pelo escritor e editor André Fraigneau.

Na década de 1930, escreveu Fogos (1936), composto por textos com inspirações mitológicas ou religiosas, em que a autora trata de diversas formas o tema do desespero amoroso e dos sofrimentos sentimentais, tema retomado mais tarde em Le Coup de grâce (1939), romance curto sobre um triângulo amoroso durante a guerra russo-polonesa de 1920. Em 1939, ela publicou Contos Orientais, com histórias que fazem referência a suas viagens,
Também em 1939, dez anos depois da morte de seu pai e com a Europa conturbada pela proximidade da Segunda Guerra Mundial, ela mudou-se para os Estados Unidos, onde passou o resto de sua vida, obtendo a cidadania estado-unidense em 1947 e ensinando literatura francesa até 1949. Até 1979, Yourcenar morou com Grace Frick, professora de literatura britânica em Nova Iorque.

As suas Mémoires d´Hadrien (Memórias de Adriano), de 1951, tornaram-na internacionalmente conhecida. Este sucesso seria confirmado com L'Œuvre au Noir (A Obra em Negro, 1968), uma biografia de um herói do século XVI, chamado Zénon, atraído pelo hermetismo e a ciência. Publicou ainda poemas, ensaios (Sous bénéfice d'inventaire, 1978) e memórias (Archives du Nord, 1977), manifestando uma atracção pela Grécia e pelo misticismo oriental patente em trabalhos como Mishima ou La vision du vide (1981) e Comme l´eau qui coule (1982).
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"A palavra escrita ensinou-me a escutar a voz humana, assim como as grandes atitudes imóveis das estátuas me ensinaram a apreciar os gestos..."
"A felicidade é uma obra-prima: o menor erro falseia-a, a menor hesitação altera-a, a menor falta de delicadeza desfeia-a, a menor palermice embrutece-a."
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"Há mais do que uma sabedoria, e todas elas são necessárias ao mundo; não é mau que elas se vão alternando."
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"Não é difícil alimentar pensamentos admiráveis quando as estrelas estão presentes."
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08 de Junho de 1903: Nasce Marguerite Yourcenar, autora de "Memórias de Adriano"

Pseudónimo da escritora francesa Marguerite de Crayencour, nascida a 8 de junho de 1903, em Bruxelas, Bélgica, e que veio a naturalizar-se norte-americana. A sua mãe, a aristocrata belga Fernande de Cartier, morreu 10 dias após o parto e a jovem Marguerite mudou-se para o norte de França com seu pai, onde permaneceu até 1914, altura em que a Primeira Guerra Mundial obrigou a família a fixar residência em Londres.
em Inglaterra, Marguerite aprendeu inglês e iniciou o estudo das línguas clássicas com o seu pai, Michel de Crayencour. Marguerite nunca frequentou a escola, tendo sempre estudado em casa com o pai ou com precetores que lhe proporcionaram uma educação esmerada. O pai, Michel, influenciou-lhe o gosto pela literatura francesa e pela literatura russa, tendo ambos encetado inúmeras viagens pela Europa e pelo Médio e Extremo Oriente durante a juventude da autora.
Aos 16 anos escreveu o seu primeiro livro, Le jardin des chimères (O Jardim das Quimeras), que foi publicado em 1921 numa edição paga pelo próprio pai, sob o pseudónimo "Marg Yourcenar". O apelido "Yourcenar", anagrama de Crayencour, o seu nome de família, foi criado por Marguerite e Michel.
Em 1926 o pai voltou a casar e a autora mudou-se para a Suíça. Publicou Feux (Fogos) em 1936 e, um ano depois, conheceu Virgínia Woolf com quem colaborou em várias traduções.
Antes de partir para os Estados Unidos publicou Nouvelles orientales (Contos Orientais) do qual fazia parte o conto "A Fuga de Wang-fô". Depois de 10 anos a viver nos Estados Unidos, Marguerite pediu a nacionalidade norte-americana. Frequentou a Universidade de Yale e ensinou literatura francesa no Sarah Lawrence College, em Nova Iorque.
Em 1951 publicou Mémoires d'Hadrien (Memórias de Adriano), fruto de quinze anos de trabalho, a sua obra maior que a tornou internacionalmente conhecida. Este sucesso seria confirmado com L'oeuvre au Noir (A Obra ao Negro), 1968, uma biografia imaginária de um herói do século XVI atraído pelo hermetismo e a ciência. Publicou ainda poemas, ensaios e memórias, manifestando uma atração pela Grécia e pelo misticismo oriental patente em trabalhos como Mishima ou la vision du vide (1981, Mishima ou a Visão do Vazio) e Comme l'eau qui coule (1982, Como a Água que Corre).
Marguerite Yourcenar foi a primeira mulher convidada para a Academia Francesa de Letras, em 1980, tendo ocupado o lugar em janeiro de 1981. A autora faleceu a 17 de dezembro de 1987, nos Estados Unidos, deixando uma marca profunda na literatura de expressão francesa.
Marguerite Yourcenar. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)


Marguerite Yourcenar em 1983
Arquivo: Marguerite Yourcenar.jpg


 https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/06/08-de-junho-de-1903-nasce-marguerite.html?spref=fb&fbclid=IwAR3erQj2zlQ3e5oOvYH_L5apCnsgC8UzL8z5_Id88-Y5JbLQCfw7ASB2mMc
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Via Citador
Marguerite Yourcenar
"Quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana."
"O nosso verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar de inteligência sobre nós próprios."

"O nosso grande erro é tentarmos obter de cada um as virtudes que ele não tem e esquecermo-nos de cultivar as virtudes que ele tem."

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"Creio que quase sempre é preciso um golpe de loucura para se construir um destino."


"Em todas as épocas há pessoas que não pensam como as outras. Ou seja, que não pensam como os que não pensam."

"Ninguém ainda sabe se tudo apenas vive para morrer ou se morre para renascer."

"É preciso ouvir a cabeça, mas deixar falar o coração."***

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"Sempre tive a impressão de que a música fosse apenas o extravasamento de um grande silêncio."Fonte - Alexis ou le Traité du vain combat

"Muitas vezes, a alma parece-me apenas uma simples respiração do corpo."

"O amor é uma condenação que não se pode suportar sozinho."

"O álcool tira as ilusões. Depois de alguns golos de conhaque já não penso em ti."

"Nunca temperei a verdade com o condimento da mentira para a tornar mais digerível."

"Quem seria suficientemente insensato para morrer sem ter dado pelo menos a volta à sua cela de cárcere?"

"Nada há de mais sujo do que o amor-próprio."

"Não é difícil alimentar pensamentos admiráveis quando as estrelas estão presentes."Fonte - Alexis

"O nosso maior erro consiste em tentarmos colher de cada pessoa em particular as virtudes que elas não têm, e de nos esquecermos de cultivar as que de facto são suas."Fonte - Memórias de Adriano*
"As convenções acabam por modelar os seres humanos."