02/01/2014

7.302.(1jan2014.23.32') A'NOVO de boas lutas, com td a convicção

Orçamento Estado 2014
Cavaco, como se esperava, lado a lado com  Passos  e Portas e com a troika, estão em uníssono. 
Temos que criar a unidade dos que resistem a esta política...
CGTP:
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PCP:
http://www.youtube.com/watch?v=06FLHInxjNo&feature=youtube_gdata
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PCP- Octávio Teixeira
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=706894&tm=9&layout=123&visual=61

Octávio Teixeira acusa Cavaco de aliar-se ao discurso do Governo


No Conselho Superior da Antena 1 desta manhã, Octávio Teixeira aponta o dedo ao Presidente da República por se suportar e aliar ao discurso do Executivo, na medida em que demonstrou que para si a única questão que deve ser tida em conta é cumprir tudo o que é exigido pela ‘troika’ em termos de espiral de austeridade. O economista afirma ainda que é incompreensível que Cavaco Silva não tenha justificado na sua mensagem de Ano Novo a razão de não requerer a fiscalização sucessiva do Orçamento do Estado para 2014.

O ex-líder parlamentar do PCP argumenta ainda que “a colagem ao discurso propagandista do Governo não cola com o regresso à sua tese da necessidade de um compromisso de salvação nacional, porque, se tudo está a evoluir positivamente, como está a fazer crer, então não há razões que justifiquem a imprescindibilidade de tal compromisso”.

(com Sandra Henriques)
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PEV:
REAÇÃO DO PEV À MENSAGEM DE ANO NOVO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA O Presidente da República, completamente alinhado com o Governo e co-responsável pelas políticas praticadas, pediu, na sua mensagem de ano novo, conformismo aos portugueses em relação à situação de profunda delapidação social e económica que tem sido consequência das opções políticas tomadas. Os Verdes consideram que não há aceitação possível, perante políticas tão destrutivas, e consideram que só uma fortíssima contestação social pode contribuir para reverter e quebrar a lógica de galope de uma austeridade inaceitável, com uma dívida galopante, ao mesmo tempo que são destruídos serviços públicos essenciais. O PEV considera inaceitável que o Presidente da República não tenha manifestado aos portugueses se tem ou não dúvidas de constitucionalidade sobre o Orçamento de Estado para 2014, ainda para mais quando o seu mandato se deve sustentar na garantia do cumprimento absoluto da CRP. O que o Presidente da República demonstrou é que põe a vontade da Troika e do Governo à frente do texto constitucional, o que é inadmissível! A sensação que ficou também, da mensagem do Presidente da República, é que haverá um chamado programa cautelar depois de Maio de 2014, coisa que o Governo não tem querido confirmar, mas que o Presidente tornou mais claro. Um programa dessa natureza é muito preocupante, na perspetiva dos Verdes, na medida em que tudo indica que será um programa para fixar austeridade ou um pretexto para o prolongamento inaceitável da austeridade. Os Verdes entendem que o único compromisso de salvação nacional que se impõe neste momento é o compromisso de aferir a constitucionalidade do OE para 2014! Esse é o maior tributo que um país democrático pode fazer ao 25 de Abril, que nos abriu portas não a uma democracia meramente teórica, mas sim uma prática democrática real. A Comissão Executiva Nacional do PEV 1 janeiro 2014
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poeta Maria Elisa Ribeiro
"A RESISTÊNCIA...


... EXISTIU ABRIL


Muito antes da minha sílaba…ainda em tempos distantes, onde era o ANTES… havia já uma voz antiga-em-mim…uma voz escondida…uma voz de Abril-cravo-livre.

Como se nada mais houvesse para aprender, essa voz libertou-se das grades ,
tal ave que foge das águas revoltadas do pulso do mar ,a perder-se, esvoaçando,
pelos flancos da montanha, cantando bagas-mil…

Tudo isso, ainda antes da sílaba entrar na palavra a murmurar Poesia…
…ainda muito antes…

…e como se o sol não voltasse a agarrar os dias entre os braços de luz,
as flores abriram-se às manhãs de primavera ,com a força de uma seiva
que seduz…

E Abril, tal como a “Primavera” de cravos-de-aromas-mil, foi Sol de pouca dura!
Depois do Passado obscuro, rota- falhada-do rumo, papel rasgado no cesto da esperança-sem-Esperança, abismo a gravar numa folha de papel…será Abril só se o Poeta-Houver!

De Abril, a empresa fracassada…
…o poema incompleto…
…o sorriso apagado pelo verme-infecto…
…uma pátria -sem-Pátria, domada pelo monstro abjecto…


Que empresa? Que projecto? Que mundo?


De Abril, os olhos amargurados…
…os sorrisos sem alma…
…os rostos embaciados de angústia…
…a astúcia prepotente do agente dominador,
tirano sem honra ou assomo de valor…
…peçonha que engoliu cravos-flor-liberdade…

Emudeceu, bruscamente, Abril, na mão do poeta-sonho-verdade!
No peito luso, a chaga infecta!
A Poesia quase chora uma Derrota…

É Hora de reerguer a bandeira. de acordar o cipreste. de correr de este a oeste,
num norte-a-sul a limpar a peste!

Fala, Poeta, enche a boca de odores de rosas esfareladas!
Inspira a Liberdade!
Espalha-a pela cidade onde o sangue escorre da Palavra Sofrida!

________________________________________Há-de Haver- Abril!


Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
NOV/2013