17/03/2014

7.670.(17mar2014.18.30') Cuba...

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+ 1 opinião para se ler com td a atenção...
CAFÉ CENTRAL PORQUE CUBA E VENEZUELA INCOMODAM OS ESTADOS UNIDOS?
Por Guilherme Coutinho

Menos de 24h após a divulgação do resultado das eleições na Venezuela, que reelegeu Nicolás Maduro, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou sanções económicas ao país. A reacção, praticamente imediata, veio antes mesmo de qualquer apuramento de denúncias sobre irregularidades no processo eleitoral. Situação semelhante vive Cuba. A ilha caribenha, que faz fronteira marítima com os EUA, sofre um duro embargo económico que já dura mais 5 décadas. O governo americano, que já financiou diversos golpes de Estado na América Latina, ignorando processos democráticos, tem um motivo especial para se sentir ameaçado por essas duas nações: o regime socialista.
A partir da década de 1950, os EUA, em resposta ao fortalecimento da então União Soviética, iniciou um processo (que aparentemente dura até hoje) de combate à ideologia socialista. O processo foi mais intenso nas Américas, entendidas pelos norte-americanos como um “quintal”. Documentos já comprovaram o apoio americano em diversos golpes de Estado no continente, sempre contra estadistas de esquerda. Como exemplo, podemos citar o próprio golpe militar de 1964, no Brasil, que, comprovadamente, contou com o apoio financeiro e armamentário estadunidense, através da operação “Brother Sam”. Internamente, o governo americano perseguiu, de forma autoritária, qualquer cidadão que pudesse ter alguma ligação com o socialismo, no período conhecido como Macarthismo.
Com o fim da guerra fria, a caça ao comunismo deveria ter tido um fim, mas não foi o que aconteceu. Mesmo sendo a única superpotência no mundo, os EUA continuaram a campanha de perseguição a regimes que se identificassem, em maior ou menor grau, com o socialismo. O embargo a Cuba não teve um fim, e outros países, com governo de esquerda, sofreram retaliações. Documentos vazados pelo WikiLeaks demonstraram interferência no governo de Evo Morales, na Bolívia, a partir de 2005 e espionagem à então presidenta brasileira, Dilma Rousseff, em 2015 – um ano antes de sua deposição. A Venezuela, rica em petróleo e alvo de sanções expressas agora, já vinha sofrendo pressões desde o governo de Hugo Chavez. E isso são apenas alguns exemplos.
Com esse histórico, fica mais fácil entender a excessiva preocupação americana com dois países que não apresentam relevância proeminente nos quesitos bélicos ou financeiros. O regime socialista, como uma alternativa ao capitalismo financeiro, ainda ameaça a superpotência. Os embargos e boicotes económicos massacram ainda mais a já frágil economia desses países, descartando as supostas intenções humanitárias. Seria um contra-senso imaginarmos que um país que depôs tantos estadistas eleitos, agiria por apreço ao regime democrático. Para Washington, hoje e ontem, é inaceitável a presença de socialistas no seu quintal.
Fonte: Brasil de Fato
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13mar2018
Guantanamera
+ de 75 músicos pelo mundo fora:
https://www.youtube.com/watch?v=blUSVALW_Z4
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12mar2018
Cuba é líder mundial na promoção e protecção dos direitos da infância, afirmou a directora da Unicef para a América Latina e as Caraíbas, María Cristina Perceval.
No início de Março, a argentina María Cristina Perceval esteve em Manágua para participar num fórum centro-americano dedicado ao direito das crianças a crescer em família. Na capital nicaraguense, a representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) falou com a Prensa Latina, tendo destacado alguns dos avanços na maior das Antilhas.
Perceval sublinhou o facto de Cuba possuir o programa «Educa o teu filho», que caracterizou como «um modelo mundial no desenvolvimento infantil» e que a Unicef tem partilhado noutros países.
A equipa da Unicef em Cuba participa neste programa, promovido pelo governo cubano há 26 anos e que contribui para «o desenvolvimento integral de crianças até aos 6 anos que ainda não frequentam creches ou outras instituições educacionais.
A directora da Unicef para a América Latina e as Caraíbas afirmou ainda que a questão da adolescência assume um papel de destaque na Ilha, «com metodologias participativas e de compromisso social», visando «contribuir para a criação de oportunidades e projectos de vida nessa faixa etária».

Para além da Educação

Fora do âmbito educativo, Perceval sublinhou «os avanços no domínio da saúde no país caribenho, que foi o primeiro a eliminar a transmissão do vírus HIV de mãe para filho», em 2015, acrescentando que «outra das grandes forças do país é a preparação face a desastres naturais».
Neste sentido, reconheceu «a capacidade instalada no governo e a da organização social comunitária não só para estarem prevenidos face a emergências, mas para agirem durante a ocorrência de fenómenos com eficácia, profissionalismo e rapidez».
Entusiasmada, María Cristina Perceval chamou «campeões» aos cubanos, a quem agradeceu por permitir à Unicef partilhar «o que têm construído na educação da primeira infância, no âmbito da eliminação da transmissão vertical de HIV, da prevenção da gravidez na adolescência».
«A Unicef trabalha ombro a ombro com o povo e o governo da maior ilha do mundo em coragem, solidariedade e esforço», disse Perceval, com entusiasmo reiterado.
A representante da Unicef na região explicou que uma das áreas que importa reforçar é da prevenção da violência, sobretudo a que se baseia no género. «A Federação de Mulheres Cubanas tem uma força imensa, mas nós sabemos que às vezes as práticas violentas se dão nos espaços de convivência, e é necessário insistir na erradicação de qualquer tipo de maltrato contra as crianças, das comunidades às instituições», disse.
Em Cuba, as crianças têm os seus direitos garantidos pela Constituição e pelas políticas públicas levadas a efeito
https://www.abrilabril.pt/internacional/unicef-cuba-lidera-defesa-dos-direitos-da-infancia
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11mar2018
a democracia popular
houve eleições
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1dez2016
https://www.facebook.com/acordarpt/videos/687997241360625/?hc_ref=ARTxOceqh6wwm61LZJcXYDvKwtpZjYk3wq8_BSmPoPCgE2oij-cR08BJm1r-ERY_CI0
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As listas são oficiais e os eleitores votam para o parlamento e para as assembleias provinciais. A 19 de Abril, os novos deputados elegem Miguel Diaz-Canel para a presidência.

Votação sem adversários

Este ciclo eleitoral começou em 2016 com a eleição de 12.515 delegados (das estruturas dos vários níveis da organização partidária e social) na única eleição em que os cubanos podem escolher entre vários candidatos. Cerca de 50% dos candidatos às assembleias nacional e provinciais têm de ser delegados, para assegurar que o partido mantém a ligação às bases. Os restantes são funcionários e personalidades das artes, do desporto e de outros sectores.
As listas de candidatos não contêm um só opositor do sistema de partido único.
O Governo de Havana diz que o partido dá uma margem adequada para o debate político mas considera que a maior parte dos dissidentes são mercenários financiados por governos estrangeiros ou por exilados, cujo objectivo é derrubar o governo.

O número de candidatos costuma ser igual ao de lugares disponíveis: a única possibilidade é votar num dos candidatos, deixar o voto em branco ou anular o voto. Ainda assim, historicamente a adesão é elevada, com os níveis de abstenção baixos.
https://www.publico.pt/2018/03/11/mundo/noticia/no-pais-do-partido-unico-votacao-de-hoje-marca-o-inicio-da-era-poscastro-1806229
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11dez2017
O direito ao ensino em todos os níveis é uma das grandes conquistas de Cuba. Com o alto investimento realizado 
no sector (13% do PIB), o seu desenvolvimento e qualidade são reconhecidos a nível internacional.
Crianças do Ensino Primário em Cuba
Pese embora as limitações decorrentes do bloqueio económico, financeiro e comercial imposto pelos Estados Unidos, a Ilha cumpre grande parte das metas propostas no ponto 2 (referente à Educação) dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, estabelecidos pelas Nações Unidas, salienta a agência Prensa Latina.
De acordo com diversos relatórios da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em inglês), Cuba é o país da América Latina com o maior índice de desenvolvimento na Educação e o único que cumpre os objectivos globais do programa Educação para Todos (EPT), estabelecido por este organismo no ano 2000.
Cuba consagra a este sector 13% do Produto Interno Bruto (PIB). Neste ano que agora está a terminar, os gastos em Educação foram superiores a 280 600 000 de euros (equivalendo a 23% da despesa orçamental) e destinaram-se à formação de professores e ao funcionamento das escolas nos diversos níveis de ensino, revela a Prensa Latina.

Direito inalienável de todos

A Educação surge na Constituição cubana como um direito inalienável de todos os cidadãos, constituindo uma das prioridades do Estado.
O ensino universitário, os programas de prevenção da delinquência, a educação sexual responsável, a formação de valores e a questão do género assumem um lugar de destaque no programa de ensino cubano.
Prensa Latina salienta ainda a importância dada à educação especial, de forma «a potenciar o desenvolvimento integral de pessoas com necessidades específicas», bem como o papel que assumem as escolas de arte, educação física e desporto: «encarados como um direito do povo (…), estes centros estimulam a formação de profissionais e instrutores nas respectivas áreas, e contribuem para potenciar o futuro das artes e do desporto em Cuba».

Congresso Internacional Pedagogia 2017

Na 15.ª edição do Congresso Internacional Pedagogia 2017, que decorreu em Havana no início deste ano (de 30 de Janeiro a 3 de Fevereiro), funcionários da UNESCO, dirigentes de organismos internacionais, delegados de 51 países e personalidades como Kailash Satyarthi (prémio Nobel da Paz em 2014) reconheceram as conquistas alcançadas pela ilha caribenha no âmbito da Educação.
Entre as virtudes apontadas figuram a existência de um sistema inclusivo, a gratuidade do ensino e os seus altos índices de qualidade.
Na sessão de encerramento, o primeiro vice-presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, referiu-se à necessidade de uma educação de qualidade e emancipadora para todos, em todo o mundo, «como arma de combate contra a despolitização, a indolência e a alienação», indica o Cuba Debate.
https://www.abrilabril.pt/internacional/cuba-continua-investir-e-liderar-na-educacao
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2noVEMbro2017
No passado dia 1 de Novembro a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, pela 26º vez, uma resolução que reivindica o fim imediato do bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba, por 191 votos a favor, dois votos contra (Estados Unidos e Israel), não se registando abstenções.
O bloqueio imposto pelos EUA, ilegítimo e ilegal no quadro do direito internacional, atenta frontalmente contra a soberania de Cuba e viola o direito do povo cubano ao acesso a bens materiais essenciais nos sectores da saúde, alimentar, da educação, desporto, cultura, e desenvolvimento, implicando pesados prejuízos e consequências para a economia e finanças de Cuba.
É particularmente grave que os EUA e a actual administração Trump, significativamente isolados no plano internacional e apenas apoiados pelo Estado sionista de Israel, tenham previamente anunciado a intenção de agravar o bloqueio a Cuba, decisão que entre outras medidas hostis se reflectiu na alteração do seu sentido de voto relativamente a 2016, passando de abstenção a voto contra a resolução agora aprovada.
Congratulando-se pelo resultado da presente votação na Assembleia Geral da ONU, o Partido Comunista Português reafirma a exigência do fim do criminoso bloqueio económico, comercial e financeiro dos EUA contra a República de Cuba e saúda o Partido Comunista de Cuba e o povo cubano pela resistência e determinação protagonizadas face às políticas de intervencionismo e ingerência dos EUA, a defesa consequente do direito soberano a decidir do seu destino e prosseguir o caminho da revolução socialista, enfrentando com espírito solidário e determinação a violenta ofensiva do imperialismo norte-americano na América Latina e Caraíbas.
http://www.pcp.pt/pelo-fim-do-bloqueio-cuba
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21jan2017

http://www.associacaodeamizadeportugalcuba.com/17-actualidade/iniciativas/241-i-encontro-nacional-de-solidariedade-com-cuba
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27OUtuBRO2016
avante
http://www.avante.pt/pt/2239/internacional/142660/
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26ouTUbro2016

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1125166547552617&set=a.559670094102268.1073741827.100001778486628&type=3&theater
Sostiene Fidel amistoso encuentro con el Presidente de la República Portuguesa
Fidel y el mandatario luso conversaron acerca de diversos temas de la agenda internacional y sobre las relaciones de amistad entre ambas naciones, en cuyo contexto se inscribe la visita del mandatario portugués a Cuba
Autor: Granma | internet@granma.cu
26 de octubre de 2016 
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finalmente EUA e Israel deixaram de votar contra o BLOQUEIO!!!

https://twitter.com/CubaVero/status/791436832911167488
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2015

https://www.facebook.com/teleSUR/photos/a.10150565130246179.376197.186321186178/10153204484096179/?type=3&theater
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1125169314219007&set=pcb.1125169997552272&type=3&theater
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Marcelo vai a Cuba
é o 1.º Presidente da República português que lá vai
PR anuncia viagens a Cuba e México por altura de cimeira ibero-americana na Colômbia
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=826562
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25OUtubro2016

https://www.facebook.com/960198530674380/photos/a.960209104006656.1073741828.960198530674380/1431171420243753/?type=3&theater
PRESIDENTE DE PORTUGAL INICIA VISITA DE ESTADO A CUBA
«Esta visita é uma prova do fortalecimento das relações políticas, económicas e culturais entre Cuba e Portugal», expressou o presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa na sua chegada a Havana na noite de ontem, onde foi recebido pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Rogelio Serra.
O mandatário realizará uma visita oficial a Cuba até amanhã, quinta-feira 27 de Outubro. Entre as suas actividades está um encontro com o Presidente Raúl Castro Ruz.

Rebelo de Sousa também depositará flores junto do memorial do Herói Nacional, José Martí, e dará uma conferência na Aula Magna da Universidade de Havana.

À sua chegada ao terminal 3 do aeroporto internacional José Martí o Presidente português insistiu no bom estado das relações diplomáticas entre os dois países e ratificou o apoio do país europeu na luta contra o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos.

«Realizou-se recentemente uma votação unânime no parlamento português para condenar o bloqueio a Cuba», afirmou.

«Acompanha-me uma ampla delegação de empresários muito interessados em explorar oportunidades e interesses comuns entre ambos os países».

Como parte desta visita será celebrado um encontro empresarial onde se prevê um intercâmbio proveitoso entre representantes dos dois países.

Desde 2009 trabalha naquele país uma brigada médica cubana, como resultado dos acordos bilaterais. Actualmente há cerca de 40 cooperantes em 28 cidades portuguesas.

Fonte: Granma
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26out2016

https://www.facebook.com/960198530674380/photos/a.960209104006656.1073741828.960198530674380/1430311630329732/?type=3&theater
Ângelo Alves do PCP, no facebook:
BLOCO DE…QUÊ?*
"O BE recusou integrar a comitiva que acompanhará o Presidente da República numa visita de Estado inédita a Cuba, sem adiantar o motivo, numa deslocação com representantes de todos os restantes grupos parlamentares." (TVI).
Que o BE não vá a Cuba na comitiva do Estado português não me espanta muito.
O que já me espanta é que o BE sempre tão lesto na comunicação não explique as razões de tal decisão. Era importante.
O Bloco acha que o facto de o Presidente da República Portuguesa visitar Cuba é um factor político negativo para as relações externas portuguesas? Está contra o aprofundamento das relações entre os dois países? Cuba deve ou não ter relações diplomáticas, culturais, políticas, com Portugal? E económicas? É o BE a favor ou contra o bloqueio a Cuba? Considera que o Presidente da República não deve visitar aquele País? Porquê?
Era bom que o BE fosse claro. Não sobre as suas opções políticas e ideológicas. Essas já sabemos quais são. Esta decisão apenas vem confirmar. Mas sim até onde leva essas opções na análise das relações entre dois estados soberanos. E essa não é uma questão menor, é uma questão de Estado.
Importa também que o Bloco diga de facto o que pensa de Cuba, do seu povo, das suas relações internacionais, dos constrangimentos a que está sujeito, do papel que tem na região...
Um Partido que se afirma de esquerda, e que em muitas questões age como tal, deveria de forma séria e responsável justificar uma decisão que não se toma de ânimo leve. Quer pelo facto de recusar um convite da Presidência da República para um acto de representação externa do Estado português, quer pelo outro importante facto de com esta decisão estar a advogar, objectivamente, o isolamento político e diplomático de Cuba.
Já agora, e à boleia deste tema que no fundo acaba por ser um pouco lateral se comparado com o facto da visita em si, uma consideração importante: O fim do bloqueio a Cuba é o elemento central para a normalização de relações entre Cuba e os EUA e por consequência de Cuba com todos os outros Estados do Mundo, devido ao seu carácter extraterritorial. Também o são questões como: a necessária reparação ao povo de Cuba pelos danos causados por mais de meio século de bloqueio; a devolução de Guantanamo a Cuba; o fim das acções de ingerência e conspiração que se mantêm contra aquele País; e o fim da posição conjunta da União Europeia face a Cuba.
São estes os passos concretos que o Presidente da República portuguesa deve, no seu dever de cumprimento e defesa da Constituição da República, afirmar na sua visita a Cuba, fazendo assim com que esta se confirme na prática como um elemento positivo no desejável aprofundamento das relações entre Portugal e Cuba.
Por Ângelo Alves, facebook
Foto e título da responsabilidade de Café Central
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Comunistas desafiam BE  “a dizer, de facto, o que pensa de Cuba”. A ausência dos bloquistas na visita do PR abriu mais uma polémica à esquerda

http://ionline.sapo.pt/531877
O PCP não deixou passar em claro a ausência do Bloco de Esquerda na visita de Estado do Presidente da República a Cuba. Os bloquistas foram o único partido a recusar o convite de Marcelo Rebelo de Sousa, que começa hoje com um passeio pelo centro histórico de Havana uma visita de dois dias a Cuba. 
O PCP não perdeu a oportunidade de se atirar ao BE. “Que o BE não vá a Cuba na comitiva do Estado português não me espanta muito. O que já me espanta é que o BE sempre tão lesto na comunicação não explique as razões de tal decisão. Era importante”, afirma Ângelo Alves, que pertence à Comissão Política do PCP. Ângelo Alves pede ao Bloco de Esquerda para ser “claro” e “diga de facto o que pensa de Cuba, do seu povo, das suas relações internacionais, dos constrangimentos a que está sujeito, do papel que tem na região...”. Até porque, continua o dirigente comunista, “um partido que se afirma de esquerda, e que em muitas questões age como tal, deveria de forma séria e responsável justificar uma decisão que não se toma de ânimo leve. Quer pelo facto de recusar um convite da Presidência da República para um ato de representação externa do Estado português, quer pelo outro importante facto de com esta decisão estar a advogar, objetivamente, o isolamento político e diplomático de Cuba”.
Ângelo Alves, num texto publicado ontem nas redes sociais, desafia o Bloco a esclarecer um conjunto de questões relacionadas com a ausência nesta viagem: “O Bloco acha que o facto de o Presidente da República portuguesa visitar Cuba é um fator político negativo para as relações externas portuguesas? Está contra o aprofundamento das relações entre os dois países? Cuba deve ou não ter relações diplomáticas, culturais, políticas, com Portugal? E económicas? É o BE a favor ou contra o bloqueio a Cuba? Considera que o Presidente da República não deve visitar aquele país?”.
O esclarecimento do BE surgiu na terça-feira à noite através do esquerda.net. Os bloquistas argumentam que a decisão foi “tomada em linha com a prática histórica do partido, que sempre limitou muito a sua participação em visitas de Estado. Com três presidentes da República – Jorge Sampaio, Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa –, o Bloco limitou a sua participação a visitas a países com fortes comunidades portuguesas ou de língua portuguesa, com muito poucas exceções”. O BE alega ainda que “nos dias 28 e 29 de outubro, os deputados do Bloco encontram-se reunidos nas jornadas parlamentares do partido, que se realizam nos distritos de Vila Real e Bragança”.
“Oportunismo” As explicações dadas pelo BE através do jornal oficial não travaram as críticas do PCP. O deputado Miguel Tiago lamenta a indefinição. “Nada como ser tudo e não ser nada para agradar a toda a gente. Neste caso, como nos outros, o marketing pode funcionar para o BE, mas o futuro não se fará de indefinições. Em cima do muro não se fazem revoluções. Em cima do muro não há socialismo, só oportunismo”.
O PCP, em resposta às questões do i sobre a visita do chefe de Estado, considera que a visita “constitui um desenvolvimento positivo no desejável estreitamento de relações bilaterais entre Portugal e Cuba tendo por base os interesses comuns dos respetivos povos”. O0 PCP defende, porém, que “serão os passos subsequentes que permitirão avaliar dos desejáveis resultados concretos desta visita no aprofundamento das relações políticas, económicas e culturais entre Cuba e Portugal, indissociável de uma posição clara de Portugal e dos seus órgãos de soberania pelo fim do bloqueio dos EUA contra Cuba, do fim da posição comum da União Europeia de ingerência contra aquele país latino-americano, e de respeito pelas escolhas soberanas do povo e Estado cubanos”.
Todos os restantes partidos convidados por Belém aceitaram integrar a comitiva oficial do Presidente da República. Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, Hélder Amaral, do CDS, José Luís Ferreira, deputado do PEV e António Filipe, deputado do PCP; já partiram para Havana.
 
Marcelo com Fidel A visita arranca hoje de manhã com um passeio pelo centro histórico de Havana e terá como um dos pontos altos o encontro, da parte da tarde, com Raul Castro, presidente do Conselho de Estado e Conselho de Ministros. A expectativa de Belém é que, apesar de não constar do programa, Marcelo Rebelo de Sousa possa encontrar-se com o líder histórico Fidel Castro a seguir ao almoço de encerramento do Fórum Empresarial Portugal-Cuba. O encontro foi solicitado por Marcelo Rebelo de Sousa e aceite por Fidel Castro. 
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Marcelo acompanha Fidel desde adolescente e chega a Cuba com «grande curiosidade»

Marcelo acompanha Fidel desde adolescente e chega a Cuba com «grande curiosidade»
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=847709

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, contou hoje que desde adolescente acompanha à distância a figura de Fidel Castro, que no seu entender assinala "um certo tempo", e afirmou que chega a Cuba com "grande curiosidade".

O chefe de Estado falava aos jornalistas num voo de Paris para Havana, Cuba, onde aterrou perto das 20:30 de terça-feira, hora local (01:30 em Lisboa), para uma visita de Estado que vai decorrer entre hoje e quinta-feira e pode incluir um encontro com Fidel Castro.
"Eu nunca estive em Cuba", declarou Marcelo Rebelo de Sousa. "Não escondo que tenho uma grande curiosidade", acrescentou, referindo que planeou várias vezes uma viagem a esta ilha das Caraíbas, mas nunca chegou a visitá-la.
Quanto ao seu encontro com o líder histórico cubano Fidel Castro, que poderá acontecer hoje à tarde, o Presidente da República não o deu como certo: "Veremos se se confirma ou não".
Fidel Castro, que está com 90 anos, afastou-se do poder em 2006 por motivos de saúde, depois de quase meio século na chefia do Estado e do Governo de Cuba.
Segundo o Presidente da República, esse possível encontro "é mais um aspeto pessoal, da experiência de encontrar alguém que, à sua maneira, era conhecido pelo jovem Marcelo Rebelo de Sousa, no tempo em que era adolescente".
Os jovens da sua geração "acompanhavam à distância" a figura de Fidel Castro, "uns concordando muito, outros discordando muito", disse.
"Como sabem, eu não era propriamente dos apoiantes, não direi da personagem em si mesmo, mas da política que representava. Em qualquer caso, há na vida personalidades com as quais concordamos ou não concordamos, mas que assinam um certo tempo, isso é um facto", acrescentou.
Questionado se imaginava algum dia encontrar-se com Fidel Castro, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "Ah, não, isso eu não imaginava, pois se eu não imaginava ser Presidente da República".
Sobre Cuba, o antigo presidente do PSD disse que na sua juventude ouvia relatos de que o lugar "era lindíssimo" e que "era uma sensação diferente", por exemplo, pelos carros antigos nas ruas, consequência do embargo imposto pelos Estados Unidos da América.
O chefe de Estado disse que "depois havia também o interesse de ver como é que funcionava a realidade económica, política, social".
"Passaram muitos anos, isso já foi há muito tempo, e agora o interesse é completamente diferente. Há uma responsabilidade de Estado", ressalvou.
Nestas declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a comentar assuntos da política portuguesa, incluindo a decisão do Bloco de Esquerda de não participar nesta visita de Estado, invocando o facto de não estar em território nacional.
Diário Digital com Lusa
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26out2016
Guilherme Antunes
escreveu sobre o PR ir a Cuba:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1118405284903813&set=a.113367988740886.18583.100002030573081&type=3&theater
CASO CURIOSO
Marcelo é o primeiro presidente de Portugal que visita oficialmente Cuba. 

É um presidente inteligente, culto e “muito solto”. Homem umbilicalmente de direita, ideologicamente mais forte e preparado que o monstro de Boliqueime. É a “créme de la créme” da direita que conta. Da mais perigosa, a do dinheiro a sério.

Foram presidentes de Portugal M. Soares e J. Sampaio, engalanados com a alcunha de serem de “esquerda” e “socialistas”. Bem sabemos o que foram, os capitalistas deram-lhes a sua bênção. Foram a todo o lado, a Cuba é que não.

Como CANTA Victor Jara: «Si quieres conocer a Martí y a Fidel, a Cuba, a Cuba, a Cuba iré».

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escreveu sobre o BE não ir a Cuba:
FICAM (ALGUMAS) PERGUNTAS
O BE não vai a Cuba por cobardia política. Como justificaria, na sua vinda, ter de registar o desenvolvimento humanitário do mais avançado que se conhece no planeta?
Cuba é um farol para a Humanidade. Um pequeno país que enfrenta, paredes meias, a mais demolidora máquina de guerra fascista, ao longo de mais de 50 anos. Mesmo assim aquele povo heróico continua a querer construir o Socialismo.
De que o BE não gosta.
Que o BE não quer.
O sistema socialista que o BE sempre repudiou e que é PÚBLICA a sua escolha pelo capitalismo.
De que é que os pitosgas netos do trotsquismo “traidoreco” receiam ver em Cuba? Que maleitas reaccionárias a miudagem ranhosa dos filhotes “eme-él” quer cavalgar?
AULINHA (leia-se aula pequena):
Segundo dados da OCDE, a mortalidade infantil em 2013 era de 4,2 por mil nascidos. Nos EUA, de que o BE não recusa comboio, o indicador era 6,7. E na substantiva Inglaterra, 4,8 era o número conseguido.
O BE detestaria constatar que o apoio médico por habitante/ano em Cuba era de 9,2 visitas. Nos EUA era metade: 4 visitas apenas.
E que diria o BE aos seus, sobre o “milagre” da boa aplicação do dinheiro? Segundo o Banco Mundial (imagine-se) Cuba, pequeno e pobre país do Terceiro Mundo, doava para a saúde do seu povo, em 2014, a quantia de 435,91 pesos cubanos, “per capita”. Por comparação com os fabulosos 8.000 dólares que os EUA gastaram no mesmo sentido. E que sendo estes dados 470 vezes menos para Cuba, este país, todavia, logra melhores indicadores nos resultados colectivos da política de saúde do que o vizinho do norte.
Temerá o grupo social-democrata (ex-esquerdistas de maioria) ter de avalizar a notícia oriunda do NYT, de que Cuba possui a maior taxa de matrículas universitárias do mundo? Ou a UNESCO, que afirma, em relatório, que o melhor indicativo de educação primária em toda a América Latina, é Cuba que o detém?
A Educação, é sabido, é a prioridade absoluta da Cuba socialista desde a vitória da Revolução. Com efeito, Cuba é a nação do mundo que dedica a parte mais elevada do orçamento nacional à Educação (13%).
Foi isto e muito mais do que isto, que o BE se acagaçou de ter dificuldade (ao regressar a Portugal) em tentar uma manobra mágica de evaporação destes e de tantos outros resultados de topo mundial?
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1118375468240128&set=a.113367988740886.18583.100002030573081&type=3&theater
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Via telesur
https://www.facebook.com/telesurenglish/videos/807846879358716/
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1571722183045882&set=a.1385282581689844.1073741826.100006243463312&type=1&theater
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16fev1959
Fidel Castro é empossado primeiro-ministro

http://www.seuhistory.com/hoje-na-historia/fidel-castro-e-empossado-primeiro-ministro-de-cuba
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via PCP

"Exaltante desafio socialista"

Entrevista ao "Avante!" de José Capucho, Membro do Secretariado do CC, sobre a visita de uma delegação de estudo do PCP a Cuba
Dirigiste uma delegação de estudo do PCP a Cuba. Qual foi o objectivo da visita?
Realizou-se no quadro das tradicionais relações fraternais entre o PCP e o PCC, e na sequência da delegação política que se deslocou a Cuba, no início de 2014, dirigida pelo camarada Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do Partido, e do seu encontro com o camarada Raúl Castro, primeiro-secretário do Comité Central do PCC e presidente do Conselho de Estado e de Ministros. A nossa delegação foi constituída, para além de mim, pelos camaradas Luís Fernandes, do Comité Central do PCP, e Luís Carapinha, da Secção Internacional.
Esta deslocação serviu para aprofundar o conhecimento sobre a actual etapa da Revolução Cubana nos seus variados aspectos, nomeadamente no plano económico e social, bem como sobre o papel do Partido, dos trabalhadores, da juventude e das massas na concretização das conclusões do VI Congresso do PCC, realizado em 2011, e da 1.ª Conferência do Partido Comunista de Cuba, que decorreu em 2012, entre outros temas que tivemos oportunidade de abordar.
Foram-nos proporcionados uma amplitude e variedade de reuniões e encontros, entre os quais a visita a uma cooperativa na área da restauração, em Havana, a reunião com o Comité Provincial do PCC de Cienfuegos; contactos sobre o programa de instalação energético e visita a uma estação de energia fotovoltaica, assim como à refinaria «Camilo Cienfuegos», onde reunimos com a administração, a organização do PCC, os trabalhadores e o sindicato na empresa. Reunimos ainda com dirigentes da União da Juventude Comunista de Cuba (UJC) da Província de Cienfuegos, com o Ministério das Relações Exteriores de Cuba, com o Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP) e com a Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC).
Foi igualmente possível reunir e contactar com dirigentes do PCC, nomeadamente no Departamento de Relações Internacionais com o camarada Oscar Martinez, com o Departamento Económico do Comité Central do PCC, e, com particular destaque, com o comandante José Ramón Balaguer, membro do Secretariado do Comité Central do PCC e responsável do Departamento de Relações Internacionais.
Com este rico programa de trabalho, aprofundámos o nosso conhecimento sobre a actual etapa da Revolução Cubana e obtivemos um quadro mais completo da situação, das perspectivas, das responsabilidades e desafios que se colocam ao Partido, aos trabalhadores, ao povo e à juventude.
O PCC está empenhado no processo de actualização do modelo socialista cubano. Quais os principais desafios que se colocam à implementação das decisões tomadas no VI Congresso do PCC e na 1.ª Conferência Nacional?
Este é um processo de grande complexidade. Não menos complexo e exigente do que foram outros momentos da heróica luta do povo cubano pela independência, a revolução e o Socialismo. Desafios que têm por objectivo defender a Revolução e garantir o futuro socialista da «ilha da liberdade».
O actual processo está em curso com base nas conclusões e decisões do VI Congresso e da 1.ª Conferência do PCC, o qual foi, na sua preparação, fruto de um amplo e participado debate popular. Debate que deu às conclusões do Congresso e da Conferência a expressão da vontade do povo, das suas organizações e movimentos. Conclusões que foram posteriormente adoptadas pela Assembleia Nacional do Poder Popular. E é assim que, como afirmam, terá de continuar, com um forte e determinante papel do Partido e com uma ampla e empenhada participação dos trabalhadores e das massas populares.
Os principais desafios que se colocam hoje à Revolução Cubana estão no plano económico e social.
No plano económico estabelece-se como objectivo conseguir o aumento da produção e da produtividade, mantendo todos os sectores estratégicos na posse do Estado para assegurar o desenvolvimento industrial independente do país; e na agricultura atingir o objectivo da soberania alimentar, estimulando-se a distribuição de terras públicas a diferentes formas de exploração em regime de arrendamento.
Os camaradas apontam como fundamental para o avanço em direcção ao objectivo anunciado – «um socialismo próspero e sustentável» – as novas leis do investimento estrangeiro e da empresa socialista (que está em elaboração e visa o seu fortalecimento como elemento fundamental da economia), assim como a conclusão da unificação monetária (em preparação).
Estão também já em aplicação os novos códigos fiscal e laboral, os quais, antes de aprovados, tal como todas as leis, são amplamente discutidos com o povo. Por exemplo, o Código Laboral foi discutido com os trabalhadores nos locais de trabalho, contou com milhares de propostas e sofreu centenas de alterações antes de ser aprovado na Assembleia Nacional do Poder Popular.
Os serviços de Saúde e de Educação são e vão continuar a ser gratuitos para todos os cubanos. Sendo que 70 por cento do investimento do Estado é para a Saúde, Educação, Cultura, Desporto, em suma, para as funções sociais do Estado.
Já muito se falou em Portugal, de forma especulativa e procurando denegrir a Revolução Cubana, sobre a redução dos trabalhadores do Estado. É verdade que é apontado o objectivo da redução do número de trabalhadores no sector público, mas estes não ficam desempregados. Até agora mais de 470 mil destes trabalhadores, por sua vontade, mantiveram a actividade que já desenvolviam, mas organizados em cooperativas, ou a trabalhar por conta própria. Quase todos nos sectores da restauração, transportes (táxis), construção e outras áreas de serviços.
Todo este processo de implementação das decisões do VI Congresso e da 1.ª Conferência do PCC afirmou a condução da economia numa base planificada, a Empresa Estatal Socialista como principal elemento da sociedade, mas coexistindo com outras formas de propriedade, como as cooperativas e a pequena empresa, ou o trabalho por conta própria.
As experiências em curso são testes prévios à sua eventual generalização. Tanto mais que foi criada uma Comissão Permanente para implementar as directivas no plano da economia, sob a responsabilidade do Ministério da Economia. Quem decide, no entanto, é a Assembleia Nacional do Poder Popular.
Como é fácil de compreender, para atingir tais objectivos colocam-se grandes exigências ao nível económico, laboral, social, político, administrativo e envolvendo também importantes correcções e aperfeiçoamentos na relação do Partido com o Estado e com as organizações de massas, do papel dirigente do Partido e da participação das massas.
Com as medidas em curso o socialismo está em causa?
Não, não está. Segundo os camaradas cubanos, pelo contrário, os objectivos traçados apontam o caminho da actualização do sistema económico socialista, e não reformas que alterem os objectivos da Revolução. Afirmando com clareza que não há modelos de construção do socialismo, os camaradas colocam o objectivo da sua construção, e no quadro da situação concreta de Cuba e no actual contexto internacional, em que avultam as consequências das derrotas do socialismo e a ofensiva exploradora e agressiva do imperialismo, considerando o momento histórico em que se está na luta pelo socialismo.
Como afirmam os nossos camaradas de forma clara e inequívoca, na actual etapa, a tarefa é a defesa da Revolução, a actualização do modelo para a construção da sociedade socialista próspera e sustentável, tendo por base as leis gerais de construção da nova sociedade: a propriedade de todo o povo sobre os principais meios de produção, a planificação da economia, a soberania e a independência nacionais, a garantia do bem-estar social e cultural de todo o povo, o poder revolucionário, o papel dirigente do Partido, o papel determinante e criativo das massas, aplicando-as à situação concreta, à história e às tradições culturais do povo cubano.
É sem dúvida uma tarefa heróica, que exige, como referem os camaradas cubanos, o envolvimento e empenho de todo o Partido e a participação das massas, em particular dos trabalhadores nas empresas e locais de trabalho. Aquilo que nos foi dado a ver e sentir nos múltiplos contactos que tivemos é a vontade e a confiança dos dirigentes e quadros do Partido, da UJC, dos dirigentes das organizações de massas, em particular da CTC. Uma vontade e confiança conscientes dos complexos e exigentes desafios que se colocam à Revolução Cubana, da necessidade de defender e aprofundar as suas conquistas, em particular no plano social e garantir a opção socialista.
Voltados para o futuro
Como se olha de Cuba para a América Latina?
Antes de mais é necessário ter presente a luta heróica do povo cubano ao longo destes 56 anos, enfrentando a agressão e o bloqueio dos EUA e a evolução desfavorável da correlação de forças no plano internacional. 56 anos de várias gerações revolucionárias que, pela sua acção, suscitaram em todo o mundo a admiração dos povos, mas também o ódio dos opressores. 56 anos, ainda, de solidariedade para com uma revolução que sempre soube vencer, com determinação e com dignidade, as ingerências e agressões imperialistas, enfrentar o bloqueio e lutar contra as dificuldades e contradições decorrentes do processo revolucionário, tais como as colocadas na sequência do fim do campo socialista e da URSS, e a consequente alteração da correlação de forças mundial nos planos económicos e políticos daí resultantes.
Se Cuba foi e é obra do seu povo, o qual contou com a solidariedade dos trabalhadores e dos povos de todo o mundo, esta não deixou de ser também solidária com a luta dos povos pela liberdade, emancipação e soberania. Nós, portugueses, conhecemos bem a solidariedade de Cuba para com a Revolução de Abril e a luta dos povos colonizados em África, em especial com o povo angolano.
Hoje Cuba continua nessa senda e apoia a Revolução Bolivariana na Venezuela e os vários processos que se desenvolvem noutros países da América Latina e das Caraíbas. Processos revolucionários ou progressistas, ou simplesmente de afirmação soberana face ao imperialismo norte-americano.
Processos em desenvolvimento que claramente marcam na actualidade uma nova situação, com o desenvolvimento de laços de cooperação entre estados na base do interesse comum e de carácter anti-imperialista, como a Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA). Refira-se o facto relevante de Cuba vir a participar, pela primeira vez, na próxima Cimeira das Américas, a convite directo e oficial do Panamá, que é quem vai presidir a esta reunião, mas também pela exigência de outros países da América Latina e das Caraíbas, que declararam não participar caso Cuba não estivesse presente.
A América Latina tem hoje um cenário completamente novo, quer pela evolução progressista da situação em muitos dos seus países, quer pela afirmação, cada vez mais clara, da cooperação comum e integração, quer ainda pela rejeição da subserviência ao imperialismo norte-americano.
Só quem tem uma visão estreita e dogmática é que não consegue atingir ou vislumbrar os avanços progressistas e mesmo revolucionários que ali se desenvolvem e a sua importância na resistência ao imperialismo, na demonstração de que é através da luta de massas, com amplo apoio popular, que se pode conquistar e alcançar, com dignidade, uma vida melhor, a soberania e a independência nacionais, uma sociedade mais justa.
Simultâneamente há na América Latina a noção clara de que o imperialismo já tem o seu programa de contra-ofensiva, em estreita ligação com as oligarquias nacionais, como aconteceu com os golpes de Estado nas Honduras e no Paraguai.
A solidariedade internacionalista com Cuba socialista e com os processos revolucionários, progressistas e de soberania que se desenvolvem na América Latina e Caraíbas é, por isso, uma tarefa da maior importância no actual contexto.
Triunfo revolucionário
Falando de um tema que adquiriu redobrada actualidade, como vês a libertação dos patriotas cubanos que ainda se encontravam presos nos EUA e o restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e os EUA?
Foi uma grande vitória de Cuba, da firmeza e determinação dos «Cinco», do povo cubano e de todos os que nunca desistiram de lutar e denunciar esta injustiça e de reclamar a sua libertação.
Lembro aqui a imensa solidariedade e a exigência da libertação dos três patriotas cubanos que ainda se encontravam presos aquando da última Festa do Avante!, expressa nas várias iniciativas em que participou a delegação do Partido Comunista de Cuba, da qual fazia parte René Gonzalez, um dos «Cinco» que havia estado preso nos EUA.
Obviamente saudamos esta vitória, a da libertação dos que injustamente ainda se encontravam presos nos EUA por defenderem a sua pátria e o seu povo das organizações e acções terroristas levadas a cabo a partir dos EUA. Esta é uma vitória dos que não desistem, dos que não se vergam, dos que mantêm a dignidade.
O anúncio do restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e os EUA representa o reconhecimento do fracasso da política agressiva do imperialismo norte-americano. Sublinhe-se que tal não quer dizer que estão ultrapassados graves problemas entre ambos, como as ingerências contra a soberania de Cuba por parte dos EUA. O mais importante está ainda por resolver: o fim do criminoso bloqueio económico, comercial e financeiro dos EUA, bem como o encerramento da base de Guantánamo, em território de Cuba ocupado pelos EUA.
Não se pode ficar na expectativa. É necessário, com a cabeça erguida, continuar a luta pelas liberdades, pela soberania, pelo futuro socialista em Cuba, quer em qualquer país do mundo. A solidariedade com o povo cubano e a sua revolução socialista deverá continuar firme, determinada e o mais ampla possível. Esta vitória reafirma a sua justeza.
A visita permitiu aprofundar as relações entre o PCP e o PCC?
As relações entre o PCP e o PCC são muito boas e fraternais. São relações entre dois partidos que se respeitam, que tratam aberta e frontalmente entre si o que têm a tratar; que procuram conhecer sempre mais o que cada um pensa e como actua no seu país e no plano regional e internacional, sem se imiscuir na sua vida interna e realçando a solidariedade recíproca. São laços de amizade e cooperação que queremos continuar a aprofundar.
As relações entre os nossos dois partidos, a grande convergência de avaliação e apreciação de significativos aspectos da situação internacional, são também importantes referências para o reforço do movimento comunista e revolucionário, para o fortalecimento da frente anti-imperialista, nomeadamente no sentido do alargamento e consolidação das características unitárias de várias organizações internacionais de amizade, cooperação e solidariedade anti-imperialista.
Esta visita da delegação do PCP a Cuba constituiu, sem dúvida, uma nova contribuição para um melhor conhecimento e cooperação recíprocos e para o reforço das tradicionais relações de amizade, cooperação e solidariedade entre os comunistas portugueses e cubanos.
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via avante
http://www.avante.pt/pt/2143/internacional/133557/
Antiterroristas cubanos libertados
Uma imensa alegria
e vitória de Cuba

Três dos cinco patriotas cubanos detidos e injustamente condenados nos EUA regressaram a Cuba no âmbito de uma troca de prisioneiros que permitiu, ainda, o restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, suspensas desde a imposição do bloqueio norte-americano.
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O regresso de Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio Guerrero à pátria, concretizada quarta-feira, 17, põe fim ao calvário, iniciado a 12 de Setembro de 1998, que partilharam com René e Fernando González. Estes últimos encontravam-se já em Cuba depois de terem cumprido integralmente o tempo de cárcere a que foram injustamente sentenciados. Pese a intensa e persistente campanha mundial de solidariedade para a sua libertação, temia-se que estes antiterroristas presos nos EUA no âmbito de um processo político apodrecessem nos calabouços do império. O pior cenário não se concretizou e, pelo contrário, cumpriu-se a promessa de Fidel Castro, que em 2001 garantiu ao povo cubano que os Cinco voltariam.


E voltaram. E da promessa de Fidel não se esqueceu Raúl Castro, presidente de Cuba, quando na rádio e televisão nacionais anunciou, naquele dia 17 de Dezembro, que os heróis já se encontravam em solo pátrio. Gerardo, Ramón e António foram recebidos pelo Chefe de Estado e através dele agradeceram todo o apoio do Estado e povo cubanos, recebendo como resposta o orgulho de Cuba e de todos os cubanos «pela resistência que demonstraram, pela coragem e pelo exemplo que representam para todos».


Isto antes de se reunirem com as respectivas famílias e regressarem às suas casas e bairros, numa sequência de acontecimentos impossíveis de descrever com fidelidade, mas cujo registo de imagens é de consulta imprescindível.


Para as famílias dos Cinco e para o povo cubano foram também algumas das palavras de Raúl Castro, sublinhando a mobilização e determinação em libertar os patriotas, incluindo de «centenas de governos, parlamentos, organizações e instituições solidárias que durante estes 16 anos reclamaram e esforçaram-se pela sua libertação».


Capítulo por escrever


A libertação de Gerardo, Ramón e António por troca com o espião norte-americano Alan Gross permitiu, ainda, e após conversa entre Raúl Castro e Barack Obama, o restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e os EUA. Este é, porém, um novo capítulo por escrever. Isso mesmo salientou o presidente cubano na sexta-feira, 19, perante a Assembleia do Poder Popular, advertindo que o fim do bloqueio é um caminho «longo e difícil» pese embora o «passo importante» concretizado.
Está em causa uma discussão em contexto de «igualdade» e «reciprocidade», pois «da mesma forma que nunca propusemos aos Estados Unidos para que mudem o seu sistema político, exigimos respeito em relação ao nosso», precisou Raúl Castro perante o parlamento.
Um processo difícil que Barack Obama, pela prática de quase dois mandatos cumpridos, não contribuiu para resolver, antes agravou. Depois de, também na quarta-feira, 17, se ter referido à política norte-americana para com Cuba como «falhada» e ter falado numa «nova abordagem», Obama veio assegurar que «Cuba vai mudar», embora «não de um dia para o outro».
Barack Obama começou ainda a descartar-se de responsabilidades sobre obstáculos colocados ao necessário e justo levantamento da política criminosa dos EUA que já dura há mais de meio século, lembrando que tal cabe ao Congresso.
Entretanto, no Congresso, vários eleitos dos partidos Democrata e Republicano protestaram contra o «degelo», mostrando que subsistem fortes influências capazes de travar a normalização das relações entre os dois países em todas as esferas. Disto é sintoma, entre outros casos e reacções, a imediata demissão do chefe da Agência Norte-Americana para Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla inglesa), autêntica central de ingerência e subversão contra os países e povos que o imperialismo considera seus inimigos.

PCP saúda patriotas
cubanos libertados


Reagindo ao regresso a Cuba dos antiterroristas que permaneciam presos em cárceres norte-americanos (Antonio Guerrero, Gerardo Hernández e Ramón Labañino), o PCP considera que «a libertação dos três últimos dos cinco heróis cubanos injustamente presos e julgados nos EUA por terem denunciado as acções terroristas contra Cuba levadas a cabo por grupos terroristas sedeados em Miami» representa «uma vitória do povo cubano, em particular dos cinco heróis e das suas famílias, que nunca desistiram de denunciar e lutar contra esta injustiça e de reclamar a sua libertação».
Em nota divulgada, dia 17, pelo seu gabinete de imprensa, o Partido sublinha que a libertação dos patriotas cubanos é  também uma vitória «da ampla campanha de solidariedade que teve expressão em todo o mundo, nomeadamente no nosso País», lembrando que «no passado mês de Setembro, René Gonzalez – um dos cinco patriotas libertado após cumprir uma pena de 14 anos – esteve na Festa do «Avante!».
Fazendo notar que a libertação dos patriotas cubanos se dá «num quadro em que é anunciado o restabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países, mantendo-se, no entanto, graves problemas não resolvidos e linhas de ingerência contra Cuba e a sua soberania por parte dos Estados Unidos», o PCP reafirma a «exigência do fim do criminoso bloqueio económico, comercial e financeiro dos EUA contra Cuba – o que, aliás, foi uma vez mais reiterado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em recente votação, com o voto favorável de 193 países e apenas com os votos contra dos Estados Unidos e de Israel –, assim como do encerramento da base dos EUA em Guantánamo».

Sublinhando que esta vitória de Cuba é também uma «vitória de todos os povos que lutam em defesa da sua soberania», o PCP saúda «os cinco patriotas cubanos – Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e René González – e as suas famílias pela sua coragem, determinação e luta pela justiça, assim como o Partido Comunista de Cuba e o povo cubano por, nas condições mais difíceis impostas pelo imperialismo norte-americano, defender o direito a decidir do seu destino e a sua revolução socialista».
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17dez2014
Presidente Raul Castro e Obama anunciam reatar de relações diplomática, libertação de presos políticos e términos do embargo. condenado por tds os países (excepto EUA,Israel e Ilhas Salmão e os reaccionários habituais), durante 53 anos...
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Via manifesto 74

CUBA VENCERÁ!

QUARTA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO DE 2014


Muito se dirá e já muito se começou a dizer. Na SIC Notícias, por exemplo, o historiador, repito, historiador, Tiago Moreira de Sá, está farto de dizer que: o regime económico de Cuba já não fazia sentido e que este reatar de relações irá mudar isso; o regime político também não faz sentido, porque não é uma democracia, mostrando este acordo que as elites cubanas cederam e estão dispostas a mudar o regime de forma tranquila.

1- o historiador não disse uma única vez que este bloqueio económico a Cuba já não tinha razão política nem económica de ser há muitas décadas, pelo menos desde o final da Guerra Fria. Bloqueio que levou milhões de cubanos a não ter acesso fácil a muitos bens primários de consumo e obrigou o governo do país a inventar formas de manter a sua economia interna activa. Mas atenção, como disse Raúl Castro, o bloqueio continua a existir, ao que parece será mais suave.

2 - o historiador faria melhor em seguir o seu próprio conselho, de esperar uns tempos para perceber qual o acordo, para afirmar com maior propriedade que as elites cubanas estão dispostas a ceder e a mudar o seu regime.

3 - aceitando que nesta troca estavam presos políticos, é de notar que para o historiador em Cuba era "o regime" que mantinha um americano preso, mas nos EUA, era "o governo" que tratava dos presos cubanos.

Cada um vê o mundo com os seus olhos, mas é por não conseguir ser sempre imparcial e tender a analisar os factos segundo a minha ideologia, que nunca escolhi ser historiador.

Sei que Cuba resistiu durante décadas a este bloqueio económico, e que durante esse mesmo tempo garantiu para o seu povo, entre outras coisas, educação e saúde gratuitas. Criou, como bem sabemos, uma das melhores redes de saúde do Mundo.

Por agora, e até prova em contrária, só uma coisa interessa: Patria o muerte!


P.S. às 23h24m: pouco depois de escrever este texto, apercebi-me que, pelo menos por agora, o que está em causa é apenas o reatamento de relações diplomáticas mais abertas e comunicantes. O tal historiador e outros comentadores, voltaram a falhar no rigor dos factos e facilmente me induziram uma ideia errada. Esta porra da manipulação funciona mesmo...
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Nota de Imprensa

PCP congratula-se com a libertação dos patriotas cubanos presos nos EUA

Congratulando-se com esta vitória de Cuba - que é uma vitória de todos os povos que lutam em defesa da sua soberania -, o PCP reafirma a exigência do fim do criminoso bloqueio económico, comercial e financeiro dos EUA contra Cuba - o que, aliás, foi uma vez mais reiterado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em recente votação, com o voto favorável de 193 países e apenas com os votos contra dos Estados Unidos e de Israel -, assim como do encerramento da base dos EUA em Guantánamo.
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...ver 7.542.
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muita informação internacional aqui:
http://resistir.info/
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22 março 1903...EUA coloca Guantanamo...
22 março 2014: 111 anos 
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Cuba tem a esperança de vida mais alta de toda a América Latina!!
Segundo a UNESCO, Cuba tem 100% de  escolarização primária e 99% de secundária!
Cuba é o único país latino americano:
-  sem desnutrição infantil!
- sem problemas de drogas!
Cuba é o único país do mundo que cumpre a sustentabilidade económica!
Cuba tem mais médicos que o Reino Unido!!!
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https://www.facebook.com/acordarpt/videos/556906067803077/?hc_ref=NEWSFEED
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https://www.facebook.com/teleSUR/photos/a.10150565130246179.376197.186321186178/10152349848206179/?type=1&theater
 Más de dos mil profesionales y técnicos de #Cuba trabajan en más de 30 países del continente africano.
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15set2014

http://www.diario-octubre.com/2014/09/15/cuba-envia-seis-toneladas-de-medicamentos-al-pueblo-palestino/
Unas seis toneladas de medicamentos enviadas desde Cuba, fueron distribuidas durante este fin de semana al pueblo de Palestina.
“Estas toneladas es una muestra de la solidaridad y el apoyo de la Revolución cubana con el noble pueblo palestino. La ayuda que envía Cuba reafirma la posición histórica de apoyo de Cuba a los derechos de los palestinos que incluye la creación de un Estado independiente”, expresó el encargado de negocios de Cuba en Egipto, Alexander Pellicer.
Igualmente, explicó que el gobierno cubano ha manifestado a las autoridades de Palestina el deseo de recibir en la Isla a aquellas personas heridas víctimas de la agresión promovida por el Ejército de Israel en los últimos meses.
Asimismo, Pellicer comentó que como muestra de apoyo y unión de ambas naciones, Cuba otorgó 10 becas dirigidas a estudiantes de Palestina que quieran cursas estudios en la Escuela Latinoamerica de Medicina (ELAM).
“Esto es una muestra para que jóvenes de bajos recursos vayan a formarse en Cuba y una vez que culminen sus estudios regresen a prestar atención médica a ese pueblo que tanto lo necesita”, sostuvo el encargado.
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Ébola
(EUA enviam militares)

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Cuba envia médicos e enfermeiros
Varios especialistas de la salud transportan el cuerpo sin vida de una...
http://www.elmundo.es/internacional/2014/09/12/541308fe268e3ed9088b458b.html
Cuba ha dado un gran golpe anunciando este viernes el despliegue de 165 médicos y enfermeras en Sierra Leona, el envío de personal de ayuda más masivo enviado por un Estado contra el brote de Ébola, que ya se ha cobrado más de 2.400 muertes en África.
Este es el envío de expertos en salud "más importante" realizado por un estado desde que estallara la epidemia a principios de este año, aseguró el director ejecutivo de la Organización Mundial de la Salud (OMS ), Margaret Chan, durante una conferencia de prensa en Ginebra. "La capacidad de Cuba para formar a médicos y enfermeras y la excepcional generosidad para ayudar a los países en el camino del progreso es reconocida en todo el mundo." Desde la revolución de Castro, la ayuda en el sector de la salud ha sido uno de los instrumentos clave de la diplomacia cubana, especialmente en África.
Más de 50.000 médicos y personal de salud cubano trabajaron en cincuenta países de todo el mundo, indicó en marzo un funcionario cubano. Es una urgencia para Sierra Leona, al igual que en los otros dos países afectados, Liberia y Guinea: la epidemia de la fiebre hemorrágica, la peor desde la identificación del virus en 1976, progresa inexorablemente inquietando a todo el mundo.
La enfermedad ha matado a más de 2.400 personas en 4.784 casos, según el último informe de la OMS anunciado el viernes y que finalizó el 7 de septiembre. En Sierra Leona las víctimas ascienden a 524 muertos y hay más de 1.424 casos (confirmados, probables y sospechosos). Chan no ha confirmado si estas cifras incluyen Nigeria, el país más poblado del continente (8 muertos en la revisión anterior), o si implican sólo los tres países más afectados.

La iniciativa de Cuba

Para ayudar a Sierra Leona, Cuba va a "cooperar con una brigada de 165 empleados, que consta de 62 médicos y 103 enfermeras", dijo el ministro de Salud de Cuba, Roberto Morales Ojeda, en Ginebra. También subrayó que los médicos cubanos estaban dispuestos a cooperar con sus homólogos estadounidenses. Estos especialistas, algunos de los cuales ya han llegado, se mantendrán en vigor durante seis meses.
"Todos han estado previamente involucrados en situaciones posteriores a los desastres naturales y epidemiológicos," serán voluntarios que trabajaron en África , la ayuda cubana es espectacular, pero las necesidades siguen siendo graves. aseguró el ministro cubano.
"En los tres países más afectados, el número de "casos" está creciendo más rápido que la capacidad de gestionarlos", advirtió el Director General de la OMS. No hay una sola cama disponible para el tratamiento de pacientes con ébola en Liberia y en los países más afectados. Y de acuerdo con el Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (UNICEF), unos 2.000 niños se quedaron sin padres en este país.
"Nos falta de todo (...) pero lo que más necesitamos es gente", dijo Chan. Para el tratamiento de 70 a 80 pacientes, se necesitan alrededor de 200 personas, el 20% de los expatriados. La OMS estima que siguen desaparecidos en la región entre 500 y 600 profesionales de la salud extranjeros y unos 1.000 nacionales.
La organización cuenta con una lista de 500 expertos internacionales, pero no todos son enviados al mismo tiempo. Casi 200 están actualmente en el lugar. Por su parte, la ONG Médicos Sin Fronteras (MSF), en la primera línea en la lucha contra el Ébola tiene más de 200 expatriados internacionales en la región.
Los Estados Unidos tenían a principios de septiembre cerca de 100 personas en planta. China también ha enviado equipos médicos, y la Unión Africana el lunes se comprometió a desplegar un centenar de miembros de personal de ayuda.
El Reino Unido también se moviliza, y Francia, declaró el jueves que aumentaría su ayuda a Guinea. En este país donde la epidemia es multitudinaria "un nuevo plan de emergencia de salud se ha aceleró" y acaba de ser anunciado. El plan, que se extiende por más de dos meses, tiene como objetivo "reducir drásticamente" el riesgo de contaminación.
"Si queremos luchar esta guerra contra el Ébola, tenemos que tener los recursos para luchar contra la batalla", insistió la señora Chan, haciendo hincapié en la necesidad de ayuda "para reforzar a la fuerza."
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23.3.2014...há 52 anos...

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UM ESCÂNDALO SILENCIADO
O PROGRAMA DOS ESTADOS UNIDOS PARA A DESERÇÃO DE COOPERANTES MÉDICOS CUBANOS

Uma das iniciativas mais mesquinhas na guerra de desgaste do governo dos Estados Unidos contra Cuba chama-se Cuban Medical Professional Parole. É o programa do Departamento de Estado que procura a deserção e compra de profissionais médicos que integram as brigadas de solidariedade cubana no mundo.
Um verdadeiro escândalo moral de que os grandes meios de comunicação têm todos os pormenores, mas de que preferem nada informar. Mencionar esse assunto tão lamentável obrigá-los-ia a citar dados sobre o gigantesco trabalho solidário de Cuba no campo médico. Por exemplo: este país tem mais de 37 mil cooperantes da saúde em 77 nações pobres, o mais elevado número do mundo; que cobre 45% dos programas de cooperação Sul-Sul na América Latina; ou 40% da atenção contra a cólera no Haiti; que operou à vista, gratuitamente, um milhão e meio de pessoas sem recursos; ou que subsidia actualmente quase 4 mil estudantes de medicina procedentes de 23 países, incluindo alguns dos Estados Unidos.
Que tudo isso seja oferecido por um país pobre e bloqueado como Cuba é demasiado espectacular para ser dado a conhecer à opinião pública, que apenas sabe das suas carências e défices.
O Cuban Professional Parole é uma iniciativa que coordena, desde o ano de 2006, o Departamento de Estado e o Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos. Tal como se pode ler na sua página Web, oferece tratamento especial nas embaixadas norte-americanas em qualquer país do mundo e uma via rápida para entrar nos Estados Unidos, a profissionais médicos e de enfermagem, fisioterapeutas, técnicos de laboratório e treinadores desportivos integrados nas missões médicas cubanas.
Um telegrama da embaixada norte-americana em Caracas, filtrado pela Wikileaks, dá mais detalhes, tais como — as missões diplomáticas facilitam o transporte para Miami em aviões especiais aos que entrarem nesse programa.
O jornal The Wall Street publicou em Janeiro de 2011 uma reportagem, propagandística, em que assegurava que 1.574 cooperantes tinham entrado no citado programa em 65 países diferentes, nos quatro anos e meio que levava de existência. O número parece elevado, mas vamos fazer um cálculo simples para avaliar o impacto real da iniciativa. Se levarmos em conta que, como afirmava o jornal, só num ano (2010), havia mais de 17 mil cooperantes cubanos, e que o período de permanência no exterior — embora variado, segundo a missão — é de mais ou menos dois anos, nos referidos 4 anos e meio Cuba teria enviado para o exterior pelo menos 83 mil profissionais médicos. Os 1.574 médicos perfazem assim 1,89% do total. Estes resultados são um fracasso claro, se calcularmos que a iniciativa conta com dinheiro federal e centenas de funcionários, que é apoiada por todas as embaixadas dos Estados Unidos, e que conta com poderoso aliados políticos e mediáticos em vários países.
Não é por acaso que o maior número de profissionais que entrou no programa trabalhou na Venezuela. Nesse país está o maior número de cooperantes médicos cubanos, integrado em comunidades desfavorecidas dentro do programa de saúde Missão BairroAdentro. É evidente que existe, neste caso, um objectivo adicional: minar o prestígio social da Missão Bairro adentro, possivelmente o programa social com maior sucesso do governo Hugo Chávez, onde a cooperação médica de Cuba continua a ser a pedra angular.
Esta iniciativa do governo dos Estados Unidos incide na utilização do tema da emigração cubana com o fim de desestabilização social e politica. Recordemos que uma lei de 1966, A Lei de Ajuste Cubano, outorga a todo o cubano que pise o território norte-americano autorização de residência e numerosas vantagens laborais e sociais, algo negado ao resto da emigração latino-americana, a que se aplica uma política sistemática de expulsão. Apesar disso, os números da emigração cubana nos Estados Unidos são claramente inferiores aos dos outros países da área.
O programa de captação de médicos cubanos conta com o apoio, directo ou indirecto, de outros factores. Em primeiro lugar, o dos grandes meios de comunicação. A grande imprensa privada dos países onde mais incide a ajuda cubana, como a Venezuela, Nicarágua ou Bolívia, silenciam o grande impacto social dos citados programas médicos, enquanto dão uma extraordinária cobertura ao abandono de um só dos médicos cubanos.
A partir de Miami, supostas «organizações não-governamentais» também apoiam o programa de captação de médicos. É o caso de «Solidariedade sem Fronteiras», que denomina «Bairro afora» a sua colaboração particular com o governo dos Estados Unidos. Na sua web facilita até os impressos que os médicos devem preencher, e as direcções de consulados e embaixadas dos Estados Unidos a que se devem dirigir.
Esta organização apoiou até a demanda de vários médicos cubanos desertores, no Tribunal Federal de Miami, contra a companhia venezuelana de petróleo PDVSA, da quem reclamam 450 milhões de dólares, como indemnização ao que chamam «trabalhos forçados», ou trabalho de «modernos escravos», expressões com que definem o trabalho de medicina solidária que exerceram em bairros e comunidades rurais desfavorecidos na Venezuela, lugares para onde de certeza ninguém os obrigou a viajar. Devemos lembrar que a cooperação médica cubana na Venezuela tem características especiais em relação a outros programas de ajuda médica cubana: faz parte de um acordo bilateral em que Cuba fornece milhares de profissionais de saúde, educação, desporto, agricultura e outros sectores, e a Venezuela envia para a ilha petróleo em condições especiais.
Apesar do silêncio mediático Cuba conseguiu, com os seus programas de solidariedade internacional, um grande prestígio entre populações e governos de numerosos países do Terceiro Mundo. Para o destruir, o governo dos Estados Unidos utiliza todo o seu potencial económico e diplomático. Entretanto, os grandes meios de comunicação, esquecendo o seu objectivo social, continuam a silenciar tudo isto: o exemplo de solidariedade internacional que Cuba oferece ao mundo e a existência de uma das iniciativas de diplomacia suja mais imorais e escandalosas dos últimos tempos.
-por José Manzaneda, 17/03/2014
Fonte: odiario.info
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2junho2014
Via

ACERCA DOS MÉDICOS CUBANOS
A RTP1, há pelo menos dois dias seguidos, no telejornal da noite, insinua que, os médicos cubanos a trabalhar em Portugal, são alvo de exploração pelo governo cubano. Afirma ainda que os referidos médicos recebem menos de 1/3 dos médicos portugueses, O bastonário da Ordem dos Médicos cai no ridículo ao afirmar que se trata de "escravatura branca".
Claro que isto trás "água no bico", é o regresso aos ataques a Cuba que persiste na resistência ao domínio imperialista norte-americano a quem, estes miseráveis governantes se submetem como feras amestradas.
Sim senhor, Cuba é o maior exportador de médicos e técnicos de saúde do mundo. Todo estes trabalhadores da saúde recebem formação e licenciam-se em medicina e enfermagem, de forma absolutamente gratuita.
O governo cubano, há muito tempo que estabelece acordos com outros países para prestação de serviços de saúde a troco daquilo que necessitam. ( por exemplo com a Venezuela, recebem como troca o petróleo. Aqui, em Portugal, recebem Euros). Estes acordos têm a anuência voluntária dos profissionais que neles participam sem qualquer tipo de coação e são livres de regressarem à sua pátria quando assim o desejarem. Os profissionais de saúde cubanos têm garantidos os seu salários em Cuba e o que recebem nos outros países, são ajudas de custos complementares, e também algum prémio, aos quais se junta alojamento, água, luz e água integralmente suportados pelo governo cubano.
Porque razão a televisão pública, em vez de tentar denegrir o governo cubano, não recorre a comparações, como por exemplo com os Estados Unidos da América? Seria fácil comprovar quem aposta na ESCRAVATURA branca, preta ou seja lá a cor que for.
Cuba exporta dezenas de milhar de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas para inúmeros países da América Latina e, pelos vistos, também para a Europa PARA MELHORAR A SAÚDE DOS SEUS HABITANTES. Enquanto isso, os Estados Unidos e a União Europeia, exportam dezenas de militares para inúmeras partes do mundo para MATAR SERES HUMANOS E SUBMETE-LOS AOS SEUS DESÍGNIOS IMPERIALISTAS!
UNS SALVAM, OUTROS MATAM, É A DIFERENÇA!

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avante
http://www.pcp.pt/%C2%AB-cinco-s%C3%A3o-castigados-por-cuba-ter-mantido-verticalidade%C2%BB
16set2010

«Os Cinco são castigados por Cuba ter mantido a verticalidade»


Entrevista a José Manuel Esquivel, secretário executivo da União de Juristas de Cuba
Avante Edição N.º 1920, 16-09-2010
Aproveitando a presença em Portugal de uma delegação do Partido Comunista de Cuba, o Avante! entrevistou o secretário executivo da União de Juristas de Cuba. José Manuel Esquivel contou-nos as suas impressões sobre a Festa do Avante!, abordou um dos temas mais candentes da actualidade internacional – a ameaça israelo-norte-americana ao Irão, e sublinhou os mais recentes desenvolvimentos em Cuba, no caso dos Cinco cubanos presos nos EUA e o caminho para a sua libertação.
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Avante!: Qual foi o objectivo da vossa visita a Portugal?
José Manuel Esquivel: Viemos à Festa do Avante!, a convite do Partido Comunista Português, com o intuito de estreitar as relações de amizade, colaboração e solidariedade entre o PCP e o Partido Comunista de Cuba.
Pretendíamos igualmente fazer chegar ao povo português a nossa revolução e, em particular, alertar para o caso dos Cinco cubanos presos injustamente nos EUA, que no dia 12 de Setembro cumprem 12 anos de detenção.
Durante a Festa, foi possível estabelecer muitos contactos com os visitantes, falar publicamente sobre a situação da América Latina e de Cuba, focar o caso dos Cinco, e transmitir, da nossa parte, a solidariedade para com as lutas travadas pelos camaradas portugueses.
Para nós, o balanço da visita é excepcional. Atrevo-me a dizer que não se realiza em Portugal outra Festa como esta. Ali existe liberdade de falar e debater, inclusivamente com delegações de outros partidos. Isso representou uma oportunidade para falar da revolução cubana, trocar experiências com comunistas de vários países do mundo e ficar a saber como é que os revolucionários estão a trabalhar para construir um futuro melhor.
Uma vez terminada a Festa, a delegação cubana teve uma série de encontros com organizações, entre as quais a Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados e com a própria Ordem, e com diversas personalidades portuguesas.
Quando sairmos de Portugal, vamos para as festas do L´Humanité, em França, e do Mundo Obrero, em Espanha, exactamente com os mesmos objectivos.
Deixa-me frisar, ainda, um outro motivo fundamental deste périplo: alertar as forças comunistas e revolucionárias para o perigo iminente de uma possível confrontação nuclear, nomeadamente de um ataque dos EUA e de Israel contra o Irão, ou dos EUA à RPD da Coreia.
Pensamos que o alvo mais provável é o Irão, como, aliás, tem vindo a ser denunciando pelo primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba, Fidel Castro. É urgente que os povos tomem consciência e enviem ao presidente Obama um mensagem firme contra um conflito que colocaria em perigo a espécie humana.
O que Cuba está a fazer com esse alerta é, no fundo, cumprir o papel que tem desempenhado perante os demais países e povos do mundo e as ameaças imperialistas. Para mais, com os actuais processos na América Latina, esse papel tem-se reforçado. Concordas?
Sim. Modestamente, Cuba tem-se empenhado na eclosão de processos democráticos e revolucionários na América do Sul.
Ninguém pode esquecer que no seguimento do triunfo revolucionário, todos os países da América Latina, exceptuando o México, romperam relações com Cuba. Seguimos o nosso caminho assumindo, mais tarde, a opção socialista.
Com o passar dos anos fomos mostrando fibra e ganhámos «adeptos». Nos anos 90, durante o que se conhece como «período especial», no meio de uma crise tremenda desencadeada pela perda de 85 por cento do nosso comércio externo, o povo de Cuba manteve-se unido.
Não creio que o povo cubano seja fácil de dominar. Pelo contrário, sempre teve uma atitude rebelde. O que aconteceu foi, por conseguinte, fruto de uma elevada consciência política. Podemos afirmar que mais de 50 anos de revolução e resistência do povo cubano deu os seus frutos, como comprovam as vitórias populares e eleitorais das forças progressistas na Venezuela, no Equador, na Bolívia, na Nicarágua, no Paraguai, isto é, uma série de processos na América Latina para os quais pensamos ter contribuído com «um grãozinho de areia».
Agora, há algo importante. Nós somos um país imperfeito. Eu não conheci nenhum que fosse perfeito. Toda a obra humana é aperfeiçoável. Em mais de 50 anos, contamos com conquistas, mas também com retrocessos. Cometemos erros, como é próprio das obras humanas.
O povo de Cuba está consciente de que são necessárias mudanças estruturais no sistema socialista. Para quê? Para acabar com a ineficiência, com a improdutividade, com a burocracia, com o paternalismo, para que o Estado não tenha de continuar a supervisionar tudo. Não temos economia para sustentar isso.
Mas tal não quer dizer que vamos tomar medidas imponderadas, que nos façam seguir o caminho de outros países socialistas, da Europa, por exemplo, cujas alterações conduziram à debacle do sistema.
Mas isso pode ser interpretado como um contra-ciclo face ao que se está a passar na América Latina, onde um número maior de povos levam por diante processos que indicam o caminho do socialismo como solução…
Nós não vamos abdicar do socialismo, o que queremos é melhorá-lo. Temos a obrigação, o compromisso de construir um sistema funcional, humano, digno, que proporcione a toda a gente as possibilidades que nunca tiveram; que garanta a todas as pessoa educação, saúde, desporto, segurança social. Com o actual rumo não o vamos conseguir.
Estão a ser tomadas as medidas anunciadas pela direcção do país. Vamos ter que recolocar noutros postos um milhão de trabalhadores. Existe uma grande quantidade de pessoas que recebem salário sem retribuir à sociedade.
Estas pessoas não vão ficar indefesas, não vão ser desempregadas, não vão passar à marginalidade, vão ser encaixadas numa actividade produtiva que o sistema necessite.
Por outro lado estamos a incentivar o trabalho por conta própria. Negócios geridos pelos próprios que paguem um imposto ao Estado. Há quem diga que isto é capitalismo. Não, é socialismo, assim mantenhamos o controlo sobre os principais meios de produção.
Ampliar a exigência de justiça
Mudando de tema, um dos objectivos da vossa visita é chamar a atenção para a luta pela libertação dos Cinco cubanos presos nos EUA. Qual é a situação destes camaradas ao fim de 12 anos de encarceramento?
O que nos parece importante destacar no historial do processo é a recente revisão das sentenças aplicadas a três dos nossos camaradas. O Tribunal de Apelação de Atlanta decidiu rever a condenação de Ramón Labañino, sentenciado a uma pena de cadeia perpétua mais 18 anos, condenando-o, agora, a 30 anos de prisão; António Guerreiro, condenado a uma pena de cadeia perpétua acrescida de dez anos, foi agora condenado a 22 anos; e Fernando Gonzalez, condenado a 19 anos de prisão, viu a sua pena reduzida a 17 anos.
Estas revisões das penas têm uma história. Ficou claro que não havia provas suficientes para os condenar por «conspiração para cometer espionagem». Quer dizer, ao fim de 12 anos, o governo dos EUA concedeu que não tinha elementos suficientes para os acusar por esse delito.
Não foram revistas as condenações de René Gonzalez, 15 anos, e Gerardo Hernandez, condenado a duas penas de cadeia perpétua mais 15 anos.
Este último, do ponto de vista judicial, é o caso mais complexo, por isso, no passado dia 14 de Junho, apresentámos junto do Tribunal do Distrito Federal de Miami um pedido de Habeas Corpus relativo ao processo de Gerardo. Nos EUA, isto obriga à ponderação das violações cometidas à própria Constituição norte-americana durante o processo que lhe foi movido, as quais, frise-se, não foram apreciadas na primeira instância. O tribunal tem agora seis meses para se pronunciar.
Mas mais do que as vias legais, a nossa confiança reside, sobretudo, na campanha política de exigência de libertação dos Cinco. O caso decide-se neste campo e o fiel da balança está nas mãos do presidente dos EUA. Ele pode reparar a injustiça e prevenir situações semelhantes, dado que o sistema judicial norte-americano é baseado na precedência. Assim, uma decisão favorável aos Cinco por parte de Barack Obama teria repercussões positivas no futuro.
Cumprindo a lei do seu país, Obama tem a faculdade de retirar as acusações contra os Cinco. Se o fizer, os nossos compatriotas regressam à liberdade. A questão é que para que esse passo se concretize, tem de se desenvolver uma grande pressão internacional e por parte dos próprios norte-americanos. É preciso que cheguem junto do presidente dos EUA os ecos da exigência de libertação dos nossos Cinco compatriotas, e isso só é possível se um número cada vez maior de pessoas conhecer o caso.
Por isso insistimos que é necessário denunciar a injustiça, consciencializar mais pessoas e mobilizá-las para as acções em defesa da libertação de Fernando Gonzalez, Gerardo Hernandez, Antonio Guerrero, Ramon Labañino e Rene Gonzalez.
Neste aspecto temos muito a agradecer ao Partido Comunista Português e aos seus militantes.
Que tipo de campanhas estão em curso para alertar a opinião pública e engrossar as vozes que exigem a Obama a libertação dos Cinco?
Existem em todo o mundo centenas de comités de solidariedade, incluindo nos EUA. Acresce um documento intitulado «Amigos da Corte», subscrito por dez prémios Nobel e outras distintas personalidades mundiais que, por essa via, fizeram saber que conhecem o caso e advogam para que os Cinco regressem a casa.
Em casos semelhantes aos dos Cinco, as penas mais severas que a justiça norte-americana aplicou foram de 15 anos de prisão efectiva. Só podemos concluir que os Cinco são alvo da vingança dos EUA. São castigados por Cuba ter mantido a verticalidade. Vingam-se neles, ainda, porque nunca admitiram os crimes de que são acusados e mantiveram sempre a determinação e os vínculos para com a revolução cubana.
Exemplos de tortura
Gerardo esteve recentemente detido numa cela de castigo….
Gerardo foi infectado por uma bactéria que afectou outros reclusos do mesmo estabelecimento. O médico disse que tinha de fazer análises e exames. Ora, quando o médico chegou à cela do Gerardo, encontrou um agente do FBI e soube que ele havia sido transferido para uma cela de castigo.
Recorde-se que Gerardo estava tratar com os advogados o pedido de Habeas Corpus e, portanto, era necessário manter uma comunicação fluente com eles.
Isto é chocante, mas não é novidade no caso dos Cinco. Durante 12 anos e sempre em períodos críticos de contestação dos processos ou apresentação de recursos, os nossos compatriotas eram enviados para celas de castigo.
Acresce que inicialmente foram torturados. Estiveram 33 meses presos sem processo, 17 dos quais em celas de castigo. Já depois de terminado este período, após terem sido condenados, continuaram a ser remetidos para celas de castigo com diferentes argumentos. Nunca por indisciplina, mas por decisão política. Para os fazer vergar.
Para além destes, outros acontecimentos são para nós equiparados a maus-tratos, tais como a enorme pressão psicológica que, no caso de Gerardo e Rene, se exerce ao negar a entrada nos EUA das respectivas esposas.
Em 12 anos nunca o permitiram justificando que estas duas senhoras são um perigo para a segurança dos EUA. Uma desculpa infantil que, para mais, nos faz questionar o que é que os norte-americanos classificam de ameaças à sua segurança.
Mas falavas do caso recente de Gerardo…
Gerardo esteve nessa cela dez dias e só saiu graças à pressão internacional. Foram enviados e-mails, cartas, milhares de mensagens inundaram a Casa Branca e, assim, garantiram o regresso de Gerardo às condições regulares de detenção. Isto foi uma vitória da solidariedade internacional que demonstra qual o caminho a seguir.
Por outro lado, temos que pressionar senadores, congressistas, gente próxima de Obama, levá-los a compreender a tremenda monstruosidade que está a ser cometida para com estes cinco homens.
Também neste aspecto, só temos palavras de gratidão para com o PCP e os militantes comunistas. Para com o vosso Avante!, que ao contrário dos demais meios de comunicação social portugueses continua a noticiar este caso.
E olha que a história dos Cinco tem todos os ingredientes para fazer manchete em qualquer diário de grande expansão. Envolve acusações de espionagem, Cuba e os EUA, Fidel, etc.
A questão é que como é desfavorável aos norte-americanos…