19/03/2014

7.685.(19mar2014.18h) PCP na linha certa: PS (diz que não repõe os salários.pensões de 2011) e PSD assinaram o tratado orçamental...Merkel nada preocupada por não haver acordo PS.PSD.CDS


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via cartoon.sapo.pt

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via ionline
PS admite que não será possível repor pensões e salários cortados
Por Rita Tavares
publicado em 21 Mar 2014 - 05:00
Conselheiro de Seguro para a economia adianta-se ao líder, que evita o tema. Gaspar desafia PSD para debate


O PS admite ser impossível o regresso imediato aos níveis salariais e às pensões de 2011. Se chegarem ao governo, os socialistas não vão voltar atrás nos cortes impostos durante os últimos três anos e a justificação é a "situação do país".
A posição foi deixada pelo conselheiro de António José Seguro para os assuntos económicos, Óscar Gaspar, numa entrevista na Sic-Notícias, tendo ontem sido desafiado pelo vice-presidente do PSD, Marco António Costa, a clarificar as suas palavras. Mas não havia volta a dar. Na noite anterior, Gaspar tinha sido claro quando foi questionado sobre se o PS podia prometer, uma vez vencedor das legislativas, regressar aos salários, pensões e prestações sociais de 2011: "A resposta séria é não. Nem os portugueses imaginariam, nem nunca ouviram do líder do PS nenhuma proposta demagógica para voltarmos a 2011, porque não é possível. As contas públicas portuguesas não o permitem."
António José Seguro tem evitado o tema e, até agora, da sua voz só se ouviu que não se podia comprometer com um alívio dos impostos sobre os rendimentos, ficando-se apenas pela promessa de baixar o IVA na restauração. Mas não mais do que isto, mesmo quando o primeiro-ministro e a ministra das Finanças fazem a mesma afirmação. Tanto Passos Coelho, num debate quinzenal de Fevereiro, como Maria Luís Albuquerque, anteontem no parlamento, já disseram não ser possível voltar aos níveis salariais do período pré-troika.
Perante o desafio do PSD, Óscar Gaspar veio reafirmar o que tinha dito na entrevista televisiva, deitando culpas ao executivo. "Face à situação do país e o ponto a que o governo trouxe o país, não é possível" regressar aos níveis de 2011 "de um momento para o outro". O porta-voz do PS para os assuntos económicos diz que isso "vai demorar tempo". Gaspar ainda deixou o desafio a Marco António para um debate, a fim de "reflectir sobre a situação económica e financeira do país", acusando o governo de estar "a negociar mais cortes com a troika que só serão anunciados depois das europeias".
Pouco depois, no Hotel Altis, onde o PS se reuniu para uma sessão dedicada ao "Direito ao trabalho", António José Seguro disse apenas que "não fará promessas que não possa cumprir" e acusou o governo de ter "falta de vontade política" para romper com a austeridade. Seguro recusou-se a falar da questão levantada pelo seu conselheiro. Com os olhos já postos no período eleitoral que chegará em Maio, aproveitou uma frase do primeiro-ministro para apelar ao voto no PS: "Quem acha que o país está melhor pode votar no governo, quem acha que está pior e a piorar tem de concentrar votos no PS." "Só o PS pode derrotar o governo e eles bem merecem uma cura de oposição", rematou.

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via notícias ao minuto

PCP Seguro está numa "contradição insanável", diz Jerónimo

O secretário-geral do PCP afirmou hoje que o líder socialista está numa "contradição insanável", comentando o encontro da véspera entre António José Seguro e o primeiro-ministro e presidente social-democrata, Passos Coelho.
POLÍTICA
Seguro está numa contradição insanável, diz Jerónimo
Lusa
"Em vez de uma divergência insanável, creio que há aqui uma contradição insanável", declarou Jerónimo de Sousa, após encontro com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, em Lisboa.
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Passos Coelho convocara Seguro para um encontro, que durou três horas, na residência oficial do Chefe do Governo, em São Bento, e o líder do maior partido da oposição garantiu existirem "divergências insanáveis" relativamente à estratégia orçamental para o país.
"Era bom que explicitassem como querem resolver este problema de estarem com as medidas que condicionam a nossa soberania orçamental e, depois, dizem que há divergências com o Governo, que também está de acordo com esses parâmetros e regras que nos espartilham", continuou o líder comunista.
Para Jerónimo de Sousa, "não ficou claro, nessa conversa longa, onde se entendem e onde se desentendem".
"Uma coisa percebemos, o PS quer ser Governo. Não sabemos é que política defende. Há divergências insanáveis em quê? Por exemplo, no Tratado Orçamental? Estamos condicionados por esses instrumentos que o PS também aprovou", disse.
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PCP "Merkel não ajudou Portugal mas os megas bancos"

O líder comunista criticou hoje a postura do primeiro-ministro no encontro com a chanceler alemã e o agradecimento da ajuda a Portugal, afirmando que Angela Merkel ajudou os "mega bancos" germânicos.
POLÍTICA
Merkel não ajudou Portugal mas os megas bancos
Lusa
"Não dignifica. A senhora Merkel não ajudou Portugal e os portugueses. A Alemanha sim, foi ajudada com esta política de empobrecimento e os seus mega bancos. Agradecer o quê?", questionou Jerónimo de Sousa, após um encontro com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, em Lisboa.
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Merkel garantiu hoje, em Berlim, após reunião com Pedro Passos Coelho, que a Alemanha apoiará Portugal qualquer que seja a forma escolhida para sair do programa de assistência financeira.
"Isso é uma expressão que dá para tudo e dá para nada. Dizer que se está de acordo seja qual for a saída quando não se sabe a saída... é muito simpático, mas no concreto não diz nada. Ficámos mais preocupados quando a senhora Merkel se encontrou muito satisfeita com a imposição da política de austeridade e sacrifícios tremendos que se processou durante estes três anos. Congratulou-se com o bom caminho", lamentou o secretário-geral do PCP.
Numa conferência de imprensa conjunta na chancelaria federal, após um almoço de trabalho de cerca de uma hora dominado pela conclusão do programa de assistência a Portugal - prevista para 17 de maio -, Passos Coelho indicou que teve oportunidade de comunicar que o Governo luso "não tomou ainda uma decisão quanto aos termos em que irá sair desse programa", merecendo a compreensão de Merkel para uma decisão mais perto da data.
"Vimos o primeiro-ministro português numa posição que não honra, não dignifica o nosso patriotismo, de chapéu na mão, perante a senhora Merkel, que ficará muito satisfeita com esta apresentação de chapéu na mão. Os portugueses não sentirão que tenha havido algum brio patriótico por parte do primeiro-ministro", disse ainda o deputado comunista.