03/04/2014

7.773.(3abril2014.12.47') António Lobo Antunes

Nasceu a 1set1942
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5noVEMbro2019
“A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.”
 António Lobo Antunes, Diário de Notícias (2003)
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28seTEMbro2019
Marcelo condecora
 https://www.msn.com/pt-pt/news/other/marcelo-condecora-lobo-antunes-e2-80-9c-c3-a9-um-daqueles-casos-de-acesso-imediato-c3-a0-eternidade-e2-80-9d/vi-AAHZx3L
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 O filósofo francês Bernard-Henri Lévy questionou este sábado de manhã, na abertura do colóquio dedicado aos 40 anos de vida literária de António Lobo Antunes, a decorrer na Gulbenkian, como é possível o Nobel tardar tanto para este escritor português.

O escritor e filósofo francês Bernard-Henri Lévy, que neste sábado de manhã fez a conferência de abertura do colóquio António Lobo Antunes: 40 Anos de Vida Literária, que decorre durante todo o dia na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, congratulou-se por o seu país ter permitido à obra do escritor português a entrada na Biblioteca La Pléiade, considerada a colecção de referência da literatura mundial. “Há poucos autores vivos a terem esse privilégio”, lembrou o intelectual francês.


“Mas há um gesto que se impunha, há uma recompensa que se impunha, há uma recompensa que ele merece há tantos anos e que nos faz perguntar : como é possível que tarde tanto? A recompensa que eu peço esta manhã para António Lobo Antunes é naturalmente o Prémio Nobel da Literatura”, afirmou o autor de Barbárie com Rosto Humano, e imediatamente se fizeram ouvir palmas entusiásticas no auditório, cuja plateia se encheu esta manhã para assistir ao colóquio que celebra a publicação dos dois primeiros romances de António Lobo Antunes, Os Cus de Judas e Memória de Elefante, ambos publicados em 1979.
 https://www.publico.pt/2019/09/28/culturaipsilon/noticia/bernardhenri-levy-pede-nobel-antonio-lobo-antunes-1888205?fbclid=IwAR3FTwfxlX0dsyUjGJMQabYexPLn8W5P0I5nz1Fsv-acRiTojAva6fvZce8
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18ouTUbro2016
à venda nas livrarias o seu novo livro:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10207181877292813&set=gm.10154582723508618&type=3&theater
Título: “Para Aquela Que Está Sentada No Escuro À Minha Espera”
Autor: António Lobo Antunes
Páginas: 351
Editora: Dom Quixote

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"Não digas nada, dá-me só a mão. Palavra de honra que não é preciso dizer nada, a mão chega. Parece-te estranho que a mão chegue, não é, mas chega. Se calhar sou uma pessoa carente. Se calhar nem sequer sou carente, sou só parvo."
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Ali, na sala de quimioterapia, jamais escutei um gemido, jamais vi uma lágrima. Somente feições sérias, de uma seriedade que não topei em mais parte alguma, rostos com o mundo inteiro em cada prega, traços esculpidos a fogo na pele

Ler mais: http://visao.sapo.pt/o-ultimo-abraco-que-me-das=f761252#ixzz3PThtXFi0

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https://www.facebook.com/346051902258923/photos/a.346054525591994.1073741828.346051902258923/361149414082505/?type=1&theater
Realmente, toda a nossa vida é uma luta e uma fuga constante à depressão e ao receio da morte, não é? E ao mecanismo que nós arranjamos para nos defendermos disso. Se a gente esgravata um bocadinho em nós próprios ou nos outros, é aquilo que acaba por encontrar, o enorme receio da solidão, do abandono (que é aquilo que as pessoas suportam pior) e da morte.
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https://www.facebook.com/portaldeliteratura/photos/a.139691682721564.20114.114396468584419/1060634663960590/?type=3&theater
A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.
(fonte: Diário de Notícias)

Ler mais:
http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=302

Publicado por Fidelizarte Lda
cp

#Literatura #AntonioLoboAntunes

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Agora não. Talvez daqui a uma hora, amanhã, depois de amanhã, mais tarde, mas agora não. Agora aguenta-te, finge que és forte, sorri ou, pelo menos, puxa os cantos da boca para cima: se mantiveres os olhos secos vão pensar que é um sorriso.
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arte da Carmen Jácome
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Via Graça Maria
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Por que é que havia de me sentir sozinho? Raras vezes na minha vida, desde que me lembro de mim, tive um sentimento de solidão. E não me sinto mal na minha companhia, divertimo-nos muito os dois, eu e eu. Não me aborreço.
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nunca falámos muito. (acho que nunca falámos nada) e não sinto necessidade de começar agora. o que poderia dizer? existem séculos e séculos de silêncio entre nós e, debaixo dos séculos do silêncio, ocultas lá no fundo, se calhar esquecidas, se calhar presentes, se calhar apagadas, se calhar vivas e a doerem-me, coisas que prefiro não transformar em palavras, coisas anteriores às palavras... 
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As pessoas são como os arco-íris, nós nunca nos entendemos nas sete cores mas se nos entendermos em três ou quatro já é muito bom.
.© Pinterest
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"Ainda não aprenderam a ler-me. Tentam abrir a porta com a chave que trazem no bolso, pequenina, estreita. E surpreende-me que não vejam que basta empurrar com um dedo."
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"É mais Sensual uma Mulher Vestida do que uma Mulher Despida… 
A Sensualidade é o Intervalo entre a Luva e o Começo da Manga…"
Imagem - © Claudia Wycisk
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Um dia, em miúdo, ao fim da tarde, achávamo-nos na quinta e um bando de pássaros levantou voo do castanheiro do poço na direcção da mancha da mata, azulada pelo início da noite. As asas batiam num ruído de folhas agitadas pelo vento, folhas miúdas, fininhas, múltiplas, de dicionários, eu estava de mão dada contigo e pedi-te de repente. Explica-me os pássaros. Assim sem mais nada. Explica-me os pássaros, um pedido embaraçoso para um homem de negócios. Mas tu sorriste e disseste-me que os ossos deles eram feitos de espuma da praia, que se alimentavam das migalhas do vento e que quando morriam flutuavam de costas no ar, de olhos fechados como as velhas na comunhão.
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https://www.facebook.com/774237522591804/photos/a.774310715917818.1073741828.774237522591804/1056952174320336/?type=1&theater
"As pessoas de quem gostámos e partiram amputam-nos cruelmente de partes vivas nossas, e a sua falta obriga-nos a coxear por dentro."
in "Segundo Livro de Crónicas"
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"A Cultura assusta muito. 
É uma coisa Apavorante para os Ditadores. 
Um Povo que Lê nunca será um Povo de Escravos…"
(Imagem - © Caras Ionut)
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Dizem que o nosso coração é do tamanho do nosso punho fechado: se o abrisse tanta coisa fugia.
(imagem: dontcallitanything.tumblr.com)
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“Continua a Surpreender-me o Número de Recordações… 
Que se podem Pendurar lado a lado no Fio de uma Lágrima…”
Imagem - © “Tears” Lee Jeffries
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=820227744656975&set=a.462529847093435.111436.462489187097501&type=1&theater
Conto até cem e, se não chegares antes dos cem, vou-me embora. Não chegaste antes dos cem. Conto de cem a um e, se não chegares antes do um, vou-me embora. Não chegaste antes do um. Conto dez automóveis pretos e, se não chegares antes dos dez automóveis pretos, vou-me embora. Não chegaste antes dos dez automóveis pretos. Nem antes dos quinze táxis vazios. Nem antes dos sete homens carecas. Nem antes das nove mulheres loiras. Nem antes das quatro ambulâncias. Nem sequer antes dos três corcundas e, entretanto, começou a chover.
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=786219721388639&set=a.666301616713784.1073741828.666290090048270&type=1&theater
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https://www.facebook.com/349094905211303/photos/a.349115855209208.1073741828.349094905211303/547637062023752/?type=1&theater
Realmente, toda a nossa vida é uma luta e uma fuga constante à depressão e ao receio da morte, não é? E ao mecanismo que nós arranjamos para nos defendermos disso. Se a gente esgravata um bocadinho em nós próprios ou nos outros, é aquilo que acaba por encontrar, o enorme receio da solidão, do abandono (que é aquilo que as pessoas suportam pior) e da morte.

 em Diário Popular (1979)
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=691790644215229&set=a.187695854624713.46744.143294979064801&type=1&theater
«A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.»
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"Perguntam-me muitas vezes por que motivo nunca falo do governo nestas
crónicas e a pergunta surpreende-me sempre. Qual Governo? É que não
existe governo nenhum. Existe um bando de meninos, a quem os pais
vestiram casaco como para um baptizado ou um casamento.

Existe um Aguiar Branco e um Poiares Maduro. Porque não juntar-lhes um
Colares Tinto ou um Mateus Rosé? É que tenho a impressão de estar num
jogo de índios e menos vinho não lhes fazia mal".

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via Sofia B
"A melhor maneira de lidar com os outros é tomá-los por aquilo que eles acham que são e deixá-los em paz."
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"Há momentos e situações em que o olhar comunica mais que as palavras, isso também é intimidade. Creio que sou capaz de dizer muitas cosas sem falar, é o outro que também tem de compreender e de saber interpretar. Quando se estabelece essa relação de intimidade e de amizade, não é necessário falar. (...) Frequentemente é melhor não o fazer porque as palavras estão muito gastas."
Via Maria Elisa R
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VIA CITADOR

http://www.citador.pt/textos/a-idealizacao-do-amor-antonio-lobo-antunes

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 in 'Não é Meia Noite Quem Quer'


A Morte pela Solidão


Morrer é quando há um espaço a mais na mesa afastando as cadeiras para disfarçar, percebe-se o desconforto da ausência porque o quadro mais à esquerda e o aparador mais longe, sobretudo o quadro mais à esquerda e o buraco do primeiro prego, em que a moldura não se fixou, à vista, fala-se de maneira diferente esperando uma voz que não chega, come-se de maneira diferente, deixando uma porção na travessa de que ninguém se serve, os cotovelos vizinhos deixam de impedir os nossos e faz-nos falta que impeçam os nossos. 

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in "Diário de Notícias (2004)"
Uma coisa é o amor, outra é a relação. Não sei se, quando duas pessoas estão na cama, não estarão, de facto, quatro: as duas que estão mais as duas que um e outro imaginam.
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Nós somos casas muito grandes, muito compridas. É como se morássemos apenas num quarto ou dois. Às vezes, por medo ou cegueira, não abrimos as nossas portas.
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Nos Momentos Felizes, a Mão Anda Sozinha



Uma coisa para mim é clara: tenho de proteger os meus ovos, que são os meus livros. Se racionalizar as coisas, perco-as. Estaria a fechar portas a mim mesmo e a essas coisas, que não sei bem se me pertencem, e emergem com essa força. Nos momentos felizes, a mão anda sozinha. A cabeça está a ver ao longe e fica contente, porque são as palavras certas que a cabeça não encontraria. É a mão. 


A Vaidade e a Inveja Desaparecem com a Idade


Com o passar do tempo, há dois sentimentos que desaparecem: a vaidade e a inveja. A inveja é um sentimento horrível. Ninguém sofre tanto como um invejoso. E a vaidade faz-me pensar no milionário Howard Hughes. Quando ele morreu, os jornalistas perguntaram ao advogado: «Quanto é que ele deixou?» O advogado respondeu: «Deixou tudo.» Ninguém é mais pobre do que os mortos.

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in "Diário Popular (1979)" 

A Idealização do Amor

Eu estava a pensar na forma como se poderá entender o amor, à luz da minha formação. Da minha perspectiva, depende daquilo que o outro representa, se o outro é um prolongamento nosso, é uma parte nossa, como acontece muitas vezes, ou é uma idealização do eu de que falaria o Freud. No sentido psicanalítico poder-se-ia dizer que o amor corresponde ao eu ideal e, portanto, à procura de qualquer coisa de ideal que nós colocamos através de um mecanismo de identificação projectiva no outro.

Portanto, à luz de uma perspectiva científica, como é apesar de tudo a psicanalítica, o problema começa a pôr-se de uma forma um bocado diferente. Nesse sentido e na medida em que o objecto amado é sempre idealizado e nunca é um objectivo real, a gente, de facto, nunca se está a relacionar com pessoas reais, estamos sempre a relacionarmo-nos com pessoas ideias e com fantasmas. A gente vive, de facto, num mundo de fantasmas: os amigos são fantasmas que têm para nós determinada configuração, ou os pais, ou os filhos, etc.

(...) O amor é uma coisa que tem que tem que ver de tal forma com todo um mundo de fantasmas, com todo um mundo irreal, com todo um mundo inventado que nós carregamos connosco desde a infância, que até poderá haver, eventualmente, amor sem objecto. O amor não será, assim, necessariamente, uma luta corpo a corpo, ou uma luta corporal, mas pode ter que ver realmente com outras coisas, uma idealização, um desejo de encontrar qualquer coisa de perdido, nosso, que é normalmente isso que se passa, no amor neurótico, ou mesmo não neurótico. Quer dizer, é a procura de encontrarmos qualquer coisa que a nós nos falta e que tentamos encontrar no outro e nesse caso tem muito mais que ver connosco do que com a outra pessoa. Normalmente, isso passa-se assim e também não vejo que seja mau que, de facto, se passe assim. 
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"Por que é que havia de me sentir sozinho? Raras vezes na minha vida, desde que me lembro de mim, tive um sentimento de solidão. E não me sinto mal na minha companhia, divertimo-nos muito os dois, eu e eu. Não me aborreço."Fonte - Tabu/Sol (2008)Tema - Solidão



"Há momentos e situações em que o olhar comunica mais que as palavras, isso também é intimidade. Creio que sou capaz de dizer muitas cosas sem falar, é o outro que também tem de compreender e de saber interpretar. Quando se estabelece essa relação de intimidade e de amizade, não é necessário falar. (...) Frequentemente é melhor não o fazer porque as palavras estão muito gastas."Fonte - «Conversas com António Lobo Antunes», María Luisa Blanco (2002)
Tema - Palavra



"Não quero que me respeitem a mim, quero que respeitem a honestidade do meu trabalho."Fonte - Diário de Notícias (2003)Tema - Respeito



"Isto às vezes é tremendo porque a gente quer exprimir sentimentos em relação a pessoas e as palavras são gastas e poucas. E depois aquilo que a gente sente é tão mais forte que as palavras..."Fonte - Público (2004)Tema - Sentimento



"O nível médio daquilo que se publica, seja onde for, é muito baixo. Esta é a verdade em todo o mundo. As pessoas compram coisas que falam sobre o hoje e quando o hoje se tornar ontem já ninguém vai ler aquilo."Fonte - Diário de Notícias (2003)Tema - Livro



"É mais sensual uma mulher vestida do que uma mulher despida. A sensualidade é o intervalo entre a luva e o começo da manga."Fonte - Diário de Notícias (2004)Tema - Sensualidade



"Sinto uma consideração quase nula pelo que, em Portugal, se publica. Desgosta-me a infinidade de romances desonestos, entendendo por desonestidade não a falta de valor intrínseco óbvio (isso existe em toda a parte) mas a rede de lucro rápido através da banalização da vida. Livros reles de autores reles."Fonte - Visão (2003)Tema - Livro



"Ninguém sabe o que é a morte, mas não faz muita diferença porque também nunca sabemos o que é a vida."Fonte - Tabu/Sol (2008)Tema - Morte



"Muitas vezes as coisas que nos tocam mais são aquelas que na altura em que estão a acontecer nem nos apercebemos."Fonte - Tabu/Sol (2008)Tema - Sentimento


"A melhor maneira de lidar com os outros é tomá-los por aquilo que eles acham que são e deixá-los em paz."Fonte - Tabu/Sol (2008)Tema - Os Outros



"Uma coisa é o amor, outra é a relação. Não sei se, quando duas pessoas estão na cama, não estarão, de facto, quatro: as duas que estão mais as duas que um e outro imaginam."Fonte - Diário de Notícias (2004)Tema - Amor



"É preciso viver, viver como homem comum entre homens comuns. Só um homem comum pode fazer grandes coisas."Fonte - Courier Internacional (2007)Tema - Grandeza



"Nós somos casas muito grandes, muito compridas. É como se morássemos apenas num quarto ou dois. Às vezes, por medo ou cegueira, não abrimos as nossas portas."Fonte - Diário de Notícias (2004)Tema - Auto-conhecimento



"No amor podemos substituir uma pessoa por outra, mas não na amizade, porque cada amigo tem o seu lugar e não podemos substitui-lo.""A amizade é regida pelo mesmo mecanismo que o amor, é instantânea e absoluta."Fonte - «Conversas com António Lobo Antunes», María Luisa Blanco (2002)
Tema - Amizade



"Cada vez gosto mais de ser português e cada vez tenho mais orgulho no meu país. É-me insuportável ouvir dizer «somos um país pequeno e periférico». Para mim Portugal é central e muito grande."Fonte - Jornal de Letras (2006)Tema - Portugal



"A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos."Fonte - Diário de Notícias (2003)Tema - Cultura



"Só há grupos onde existem fraquezas individuais."Fonte - Diário de Notícias (2003)Tema - Solidão


"Eu gosto desta terra. Nós somos feios, pequenos, estúpidos, mas eu gosto disto."Fonte - Ler (1997)Tema - Portugal




"Não há honestidades possíveis. Ou há honestidade ou não há."Fonte - Tabu/Sol (2008)Tema - Honestidade



"Um parvo em pé vai mais longe que um intelectual sentado."Fonte - Livro de Crónicas, 1998Tema - Ambição



"Como leitor, o que eu gosto é de ler e dizer, bolas, é exactamente isto que eu sinto e não era capaz de exprimir. Quando um livro me ensina a explicitar emoções que eu sinto, esse é um livro bom."Fonte - Diário de Notícias (1994)Tema - Leitura



"A loucura é qualquer coisa que existe em todos nós, é mais um receio que uma realidade. No fundo, o que é enlouquecer? É sair de uma determinada norma, não é? É preciso muita coragem para se ser realmente louco."Fonte - O Jornal (1992)Tema - Loucura



"Tenho uma certa desconfiança em relação à palavra pensar. Quando se está a escrever, podemos pensar enquanto indivíduo. mas enquanto escritor... Sempre me fez confusão as pessoas que dizem: «tenho um livro na cabeça só me falta escrever»."Fonte - Diário de Notícias (2003)Tema - Escrita



"Os livros permitiram-me conhecer pessoas melhores do que nós. Que têm um calibre humano que eu não tenho."Fonte - Público (2004)Tema - Público



"O livro é um organismo que vive independente e surpreende-nos a cada passo. Um livro não se faz com ideias, faz-se com palavras. São as palavras que se geram umas às outras. E com trabalho."Fonte - Diário de Notícias (2003)Tema - Livro



"Os fins-de-semana são horríveis para os casamentos. Em Portugal resolveram o problema com um jornal enorme, que vem em saco plástico."Fonte - Agência Lusa (2005)Tema - Casamento




"Quando se critica, estamos a julgar. Se julgarmos já não compreendemos, porque julgar implica condenar ou absolver."Fonte - Diário de Notícias (2004)Tema - Crítica