e morreu a 8abril1973
***
atÉ 11SEtemBRO2019...NO pORTO
EXPOSIÇÃO
https://www.publico.pt/2019/05/10/culturaipsilon/noticia/gravuras-pablo-picasso-ineditas-portugal-exibidas-porto-partir-30-maio-1872186?fbclid=IwAR3kyu12TcrbQdB84x0Tdnj8l6dUq5ScwWODHljgCCcQtjzqVoRsYBOY6O8
***
DMda Paz
1.1.2010
(coloquei 2 de Picasso e )
respiguei dos camaradas
a seguinte postagem..
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no
limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e
entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra
vez, com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui pradiante vai ser diferente”
Carlos Drummond Andrade
Começa hoje o novo ano de 2010 e com ele se renovam os votos de um bom ano, se ambiciona para nós e se deseja aos que nos são queridos que esta nova “fatia” do calendário nos traga melhores tempos e mais felicidade. Tal voto é legítimo, tal como legítima é a nossa vontade de mudar as nossas vidas para melhor, invocando a esperança como uma amarra para as nossas legítimas aspirações. Comemorada a passagem de ano, festejando mais ou menos ruidosamente a chegada do novo, comendo e bebendo com os nossos familiares, com os nossos camaradas, com os amigos, com os vizinhos, fazemos afinal uma pausa nas nossas vidas, procurando esquecer o que o ano velho nos trouxe de mau e procurando projectar no ano que chega a concretização de planos e objectivos, uns pessoais e outros colectivos, mas sempre almejando melhorarmos, conseguirmos avançar na realização de metas e de sonhos. Tudo isso está certo, tudo isso é próprio da nossa humanidade.
E, entretanto, passados os festejos da data, vemos que o mundo e a vida não se detêm, portadores na sua marcha de todas as boas e más novas, confrontando-nos com os grandes desafios que a sua transformação nos coloca. Por alguns chamado Dia Universal da Fraternidade (ou Dia Mundial da Paz), as realidades que nos rodeiam – no local de trabalho, no lugar onde residimos, no nosso país, no mundo – desmentem brutalmente esse nome dado ao 1° de Janeiro. A repressão das liberdades sindicais pelo patrão no interior da empresa, o autoritarismo que se instalou na relação entre as instituições oficiais e os cidadãos, a arrogância com crescentes recortes neofascistas dos detentores do poder político, as políticas de espoliação de direitos conquistados ao longo das vidas das gerações que nos antecederam, o aumento selvático da exploração da força de trabalho dos assalariados, a violação despudorada das liberdades e dos direitos humanos, o alargamento contínuo do fosso social, com o crescimento vertiginoso dos rendimentos de uma minoria de grandes capitalistas contrastando com o aumento das dificuldades de vida e da miséria e humilhação das esmagadoras maiorias trabalhadoras.
Culminando tudo isso, aí estão em curso as guerras de agressão do imperialismo, com o morticínio de povos inteiros, com a devastação dos seus países, com as manobras de sujeição e humilhação infligidos a milhões de milhões de seres humanos em todos os continentes, com as ameaças crescentes de novas ofensivas militares, concretizando nos nossos dias a barbárie de que falavam comunistas que viveram e lutaram há quase um século, ao afirmarem que ou o imperialismo era travado e derrotado – pela realização da revolução socialista – ou as sociedades cairiam num novo estádio de barbárie. Eis que ela aí está diante dos nossos olhos, bem se podendo afirmar com inteira verdade que o imperialismo é o maior inimigo dos povos, da paz, da Humanidade.
Neste novo ano de 2010, não será novo o caminho da luta como o rumo certo para todos aqueles que como nós aspiram justamente a um mundo novo, verdadeiramente diferente e humanista, no qual se concretizem as nossas aspirações e os nossos votos, pelo fim da exploração, pela vitória da liberdade plena dos homens – de todos os homens -, pelo triunfo da justiça finalmente isenta e justa, pela paz verdadeira, uma paz assente na plena igualdade de direitos entre todos os povos, com a cooperação recíproca e fraterna entre todos os homens e mulheres, através do fim das divisões de classe, realização superior da futura sociedade socialista.
Um exercício comparativo, entre o mundo actual e o mundo tal como o ambicionamos, revela-nos o quanto vai ser necessário lutarmos, quantas duras e exigentes batalhas nos esperam, desde logo já neste 2010 que hoje começa. Para pessoas cujo grau de alienação mental e da sua racionalidade seja elevado – e, infelizmente, sabemos constituírem uma maioria – , operado pelos instrumentos de manipulação ideológica das consciências ao serviço do capitalismo global, a nossa tarefa, a tarefa da realização da revolução e da nova sociedade socialistas, poderá surgir-lhes tão espantosamente difícil que as leve à descrença e à resignação. Para nós, que conhecemos e aprendemos com as anteriores sociedades socialistas, que identificamos e usamos em nosso apoio os seus êxitos e os seus erros; para aqueles que, como nós, assumem que o rumo teórico e prático apontado pelas teorias centrais do marxismo-leninismo é o rumo certo - na definição justa, em cada dia e em cada situação, do caminho a prosseguirmos -, não haverão dificuldades e desafios, por mais exigentes, que nos façam desistir ou desviar nesta caminhada colectiva e exaltante.
Não esqueçamos os povos que neste dia sofrem e resistem, e lutam corajosamente, contra as agressões e as humilhações do imperialismo, em defesa da sua liberdade, da sua independência, da sua dignidade, do seu direito à paz e à vida.
Em nome de todos eles, será justo nomear o heróico povo palestiniano, há décadas sofrendo as agressões sionistas-imperialistas, expulso das suas terras, espoliado das suas riquezas, que mil vezes caiu e outras mil se levantou, não obstante os tantos actos de traição dos seus dirigentes.
Viva 2010, viva a luta, viva a fraternidade entre todos os trabalhadores e povos do mundo inteiro. A luta, continua!
Carlos Drummond Andrade
Começa hoje o novo ano de 2010 e com ele se renovam os votos de um bom ano, se ambiciona para nós e se deseja aos que nos são queridos que esta nova “fatia” do calendário nos traga melhores tempos e mais felicidade. Tal voto é legítimo, tal como legítima é a nossa vontade de mudar as nossas vidas para melhor, invocando a esperança como uma amarra para as nossas legítimas aspirações. Comemorada a passagem de ano, festejando mais ou menos ruidosamente a chegada do novo, comendo e bebendo com os nossos familiares, com os nossos camaradas, com os amigos, com os vizinhos, fazemos afinal uma pausa nas nossas vidas, procurando esquecer o que o ano velho nos trouxe de mau e procurando projectar no ano que chega a concretização de planos e objectivos, uns pessoais e outros colectivos, mas sempre almejando melhorarmos, conseguirmos avançar na realização de metas e de sonhos. Tudo isso está certo, tudo isso é próprio da nossa humanidade.
E, entretanto, passados os festejos da data, vemos que o mundo e a vida não se detêm, portadores na sua marcha de todas as boas e más novas, confrontando-nos com os grandes desafios que a sua transformação nos coloca. Por alguns chamado Dia Universal da Fraternidade (ou Dia Mundial da Paz), as realidades que nos rodeiam – no local de trabalho, no lugar onde residimos, no nosso país, no mundo – desmentem brutalmente esse nome dado ao 1° de Janeiro. A repressão das liberdades sindicais pelo patrão no interior da empresa, o autoritarismo que se instalou na relação entre as instituições oficiais e os cidadãos, a arrogância com crescentes recortes neofascistas dos detentores do poder político, as políticas de espoliação de direitos conquistados ao longo das vidas das gerações que nos antecederam, o aumento selvático da exploração da força de trabalho dos assalariados, a violação despudorada das liberdades e dos direitos humanos, o alargamento contínuo do fosso social, com o crescimento vertiginoso dos rendimentos de uma minoria de grandes capitalistas contrastando com o aumento das dificuldades de vida e da miséria e humilhação das esmagadoras maiorias trabalhadoras.
Culminando tudo isso, aí estão em curso as guerras de agressão do imperialismo, com o morticínio de povos inteiros, com a devastação dos seus países, com as manobras de sujeição e humilhação infligidos a milhões de milhões de seres humanos em todos os continentes, com as ameaças crescentes de novas ofensivas militares, concretizando nos nossos dias a barbárie de que falavam comunistas que viveram e lutaram há quase um século, ao afirmarem que ou o imperialismo era travado e derrotado – pela realização da revolução socialista – ou as sociedades cairiam num novo estádio de barbárie. Eis que ela aí está diante dos nossos olhos, bem se podendo afirmar com inteira verdade que o imperialismo é o maior inimigo dos povos, da paz, da Humanidade.
Neste novo ano de 2010, não será novo o caminho da luta como o rumo certo para todos aqueles que como nós aspiram justamente a um mundo novo, verdadeiramente diferente e humanista, no qual se concretizem as nossas aspirações e os nossos votos, pelo fim da exploração, pela vitória da liberdade plena dos homens – de todos os homens -, pelo triunfo da justiça finalmente isenta e justa, pela paz verdadeira, uma paz assente na plena igualdade de direitos entre todos os povos, com a cooperação recíproca e fraterna entre todos os homens e mulheres, através do fim das divisões de classe, realização superior da futura sociedade socialista.
Um exercício comparativo, entre o mundo actual e o mundo tal como o ambicionamos, revela-nos o quanto vai ser necessário lutarmos, quantas duras e exigentes batalhas nos esperam, desde logo já neste 2010 que hoje começa. Para pessoas cujo grau de alienação mental e da sua racionalidade seja elevado – e, infelizmente, sabemos constituírem uma maioria – , operado pelos instrumentos de manipulação ideológica das consciências ao serviço do capitalismo global, a nossa tarefa, a tarefa da realização da revolução e da nova sociedade socialistas, poderá surgir-lhes tão espantosamente difícil que as leve à descrença e à resignação. Para nós, que conhecemos e aprendemos com as anteriores sociedades socialistas, que identificamos e usamos em nosso apoio os seus êxitos e os seus erros; para aqueles que, como nós, assumem que o rumo teórico e prático apontado pelas teorias centrais do marxismo-leninismo é o rumo certo - na definição justa, em cada dia e em cada situação, do caminho a prosseguirmos -, não haverão dificuldades e desafios, por mais exigentes, que nos façam desistir ou desviar nesta caminhada colectiva e exaltante.
Não esqueçamos os povos que neste dia sofrem e resistem, e lutam corajosamente, contra as agressões e as humilhações do imperialismo, em defesa da sua liberdade, da sua independência, da sua dignidade, do seu direito à paz e à vida.
Em nome de todos eles, será justo nomear o heróico povo palestiniano, há décadas sofrendo as agressões sionistas-imperialistas, expulso das suas terras, espoliado das suas riquezas, que mil vezes caiu e outras mil se levantou, não obstante os tantos actos de traição dos seus dirigentes.
Viva 2010, viva a luta, viva a fraternidade entre todos os trabalhadores e povos do mundo inteiro. A luta, continua!
..................
e já agora a receita de a'NOvo de Carlos Drummonde de Andrade em video:
http://www.youtube.com/watch?v=nh-3lhrwvkE*** ***
A camarada Maria da Luz alertou-me:
Em 8 de Abril de 1973
***
Nascido na cidade de Málaga, Pablo Ruiz Picasso – pintor espanhol naturalizado francês –
tornou-se um dos mestres das Artes Plásticas do século XX.
Transita da Fase Azul (1901-05), caracteristicamente melancólica, na qual aborda
a cegueira, a pobreza, a alienação e o desespero, para a alegre e sensível Fase Rosa (1905),
quando se apaixona por Fernande Olivier.
Co-criador do Cubismo, o pintor defendia que o artísta deve sempre adicionar algo novo ao real,
e não meramente reproduzi-lo.
Apesar do sucesso da Fase Rosa, em 1907 ele decide abandonar este estilo, atraído pelas
esculturas da Península Ibérica e da África e pinta Les Demoiselles d'Avignon, trabalho
pioneiro da arte moderna.
Os seus 90 anos são comemorados com uma exposição especial no Museu do Louvre sendo
o primeiro artista vivo a expor as suas obras na grande galeria do famoso Museu.
Pablo Picasso morreu a 8 de abril de 1973, na cidade de Mougins, na França, aos 91 anos,
legando ao planeta uma vasta herança artística, cultural e existencial. Destaca-se deste
património a sua obra mais conhecida, marcadamente pacifista e humanista, o mural Guernica,
em exposição no Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid, que retrata a cidade
basca após o bombardeio pelos aviões de Adolf Hitler – um símbolo da crueldade da guerra.
***
28dez1961...Picasso desenha a pomba da paz
já agHora:
Ode à Paz
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança, pela branda melodia do rumor dos regatos,
Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego, dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz,
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História, deixa passar a Vida!
Natália Correia, «O Sol nas Noites e o Luar nos Dias»
Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego, dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz,
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História, deixa passar a Vida!
Natália Correia, «O Sol nas Noites e o Luar nos Dias»
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***
"Não se pode fazer nada sem a solidão".
***
Les demoiselles d'Avignon, de Pablo Picasso
Les demoiselles d'Avignon ou
As Meninas de Avignon foi terminado em 1907 no atelier de Pablo Picasso, em
Montmartre, Paris. Esta obra de um dos mais geniais artistas do século XX
tornou-se emblemática da sua criação e foi considerada a precursora do movimento
cubista nas artes plásticas.
"Horrível", "chocante" ou
"monstruosa" foram epítetos que lhe foram atribuídos, para apenas muitos anos
mais tarde vir a ganhar o seu lugar na história da arte e ser considerada obra
fundadora da arte moderna.
O título da obra seria dado
anos após a sua execução e não se refere à cidade de Avignon (nome naturalmente
pronunciado em França) e sim a uma rua (Carrer Avinyó) de um bairro mal afamado
de Barcelona. Picasso tinha a intenção de representar uma cena de bordel,
acabando por fazer uma composição de cinco nus e uma natureza morta.
Picasso terá abandonado
gradualmente o "lirismo melancólico" do seu Período Azul e adoptado um estilo
mais agressivo e "vigoroso". O criador renunciou também à imitação de um mundo
objectivo que, aliás, ele próprio tinha exercitado. Rompeu com as leis da
perspectiva, negou a concepção clássica da beleza e esqueceu as proporções e a
integridade do corpo humano, apresentando distorções angulosas de figuras e
remetendo-nos, em duas das imagens representadas, para o imaginário da arte
primitiva, nomeadamente para a rusticidade das máscaras de origem africana.
As figuras tornam-se
superfícies geométricas fragmentadas e a "destruição" espalha-se pelo resto do
quadro. A esta nova matéria prima, construída segundo princípios diferente dos
da Natureza, e plena de novas arestas e ângulos, os primeiros críticos chamaram
cubismo.
Picasso teve de ultrapassar a
rejeição dos seus amigos, colegas e do meio em geral. "Os seus quadros são uma
ofensa à natureza, às tradições, à decência. São abomináveis", lia-se na revista
nova-iorquina The Architectural Record. Geoges Braque , co--fundador do
movimento cubista diria perante As Meninas de Avignon que "alguém tinha bebido
petróleo para expelir fogo".
O quadro só seria adquirido em
1924, quando o escritor surrealista André Breton convenceu o coleccionador
francês Jacques Doucet a investir na obra que, segundo este, transcendia a
pintura e era um retrato de tudo o que se passara nos últimos 50 anos.
Fontes: DN
Les demoiselles d'Avignon - Pablo Picasso
Paul Cézanne - Les Grandes Baigneuses , acredita-se ter sido uma inspiração para a obra Les Demoiselles d'Avignon
Máscara africana semelhante às que Picasso viu em Paris antes de pintar Les Demoiselles
d'Avignon
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2013/10/les-demoiselles-davignon-de-pablo.html?fbclid=IwAR2hxt5fUV6EHBDuElM1emLGPZCINZPoQAFmhIbEQI88Ln4BG4m4rY2QWHs*
The Greedy (1901)
https://www.facebook.com/107358489335605/photos/a.107488435989277/2265297253541707/?type=3&theater
*
Portrait of Sebastià Junyer i Vidal
https://www.facebook.com/107358489335605/photos/a.107488435989277/2265283423543090/?type=3&theater
*
Femme aux Bras Croisés (Woman with Folded Arms) 1901-02
https://www.facebook.com/107358489335605/photos/a.107488435989277/2265280023543430/?type=3&theater
*
Mother and Child
https://www.facebook.com/107358489335605/photos/a.107488435989277/2265275816877184/?type=3&theater
*
Boy with a Pipe c.1905
https://www.facebook.com/107358489335605/photos/a.107488435989277/2265270953544337/?type=3&theater
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1181850168509029&set=pcb.1181852421842137&type=3&theater
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1181851911842188&set=pcb.1181852421842137&type=3&theater
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1181852045175508&set=pcb.1181852421842137&type=3&theater
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1181852155175497&set=pcb.1181852421842137&type=3&theater
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1181851741842205&set=pcb.1181852421842137&type=3&theater
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1181851345175578&set=pcb.1181852421842137&type=3&theater
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=543855685724988&set=a.141217389322155.26176.100003016845891&type=1&theater
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http://samuel-cantigueiro.blogspot.pt/2010/01/o-direito-de-viver-em-paz.html
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=714475135301505&set=a.112398168842541.19928.100002170750922&type=1&theater
JOSÉ GOMES FERREIRA sobre Picasso
Mais nos ensinou Picasso:
que não se é jovem apenas biologicamente,
em virtude
da força com que se luta, o vigor do passo,
o sangue ardente,
nenhuma ruga na face,
o punho agreste e rude.
Na opinião dele
a juventude
nada tem a ver com a pele.
é um sonho mais profundo.
Constrói-se, faz-se
hora a hora, dia a dia,
segundo a segundo.
Sobretudo quando se é comunista
como ele era,
e se ambiciona um Novo Mundo
em que exista
a imaginação, a alegria
e a dupla primavera
nos homens e na Terra.
José Gomes Ferreira
***
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10204358831917275&set=a.1220801526549.2035433.1424263286&type=1&theater
no dmcriança...Cláudia Cláudio:
A representação de crianças e o seu universo foi também uma constante na obra do artista e militante comunista, Pablo Picasso.
Criança com Pomba, 1901
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Via Carmen Jácome:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10201061024882182&set=a.1357680996472.48625.1664920033&type=1&theater
"O Beijo é um delicioso truque que a natureza criou para interromper a fala quando as palavras tornam-se supérfluas..."
The Embrace (The Kiss)
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As obras de Picasso
https://www.youtube.com/watch?v=YPGVNrrmuYc&feature=share
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=681891058513278&set=a.559507790751606.1073741828.559343457434706&type=1&theater
"Eu não Procuro…Descubro…"
Imagem - © Irene Z
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=623846837702201&set=a.470347533052133.1073741826.100002306717295&type=1&theater
Desperta teus sentidos para que não percas tudo de belo e formoso que te cerca. Apaga a cinza de tua vida e acende as cores que carregas dentro de ti.
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"A pintura nunca é prosa. É poesia que se escreve com versos de rima plástica."
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"Desperta os teus sentidos para que não percas tudo de belo e formoso que te cerca. Apaga a cinza de tua vida e acende as cores que carregas dentro de ti."
Via Susana C
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"Em arte, procurar não significa nada. O que importa é encontrar."
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"The world today doesn't make sense, so why should I paint pictures that do?"
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25out2009
http://www.youtube.com/results?search_query=guernica+3d+portugu%C3%AAs&oq=guernica+&gs_l=youtube-reduced.1.1.35i39l2j0l2.26205.29724.0.31345.11.10.1.0.0.0.190.1333.2j8.10.0...0.0...1ac.1.9bBgbKT2d9o
Guernica
ou o manifesto político de P. Picasso
por Ângela Veríssimo
Um dos quadros que melhor transmite todo o desespero advindo da guerra é o intemporal Guernica de Pablo Picasso, fazendo plena justiça à expressão "uma imagem vale por mil palavras". No início de mais um ano, quase no fim do milénio, aqui neste cantinho do Mundo Ocidental, é tempo de pensar no outro Mundo, cujos povos vivem em palco de guerra, e para os quais nada resta senão esperar por dias de paz.
Picasso não tinha sido muito afectado pela I Guerra Mundial e só com a Guerra Civil Espanhola se interessou por política, tornando-se vivamente solidário com os republicanos. As fotografias que aparecem na imprensa no ínicio de Maio de 1937 relativas ao bombardeamento de Guernica (antiga capital do País Basco) em 36 de Abril tocam-no profundamente. Passado pouco mais de um mês e após 45 estudos preliminares, sai do seu atelier de Paris o painél Guernica (3.50x7.82 m) para ser colocado na frontaria do pavilhão espanhol da Exposição de Paris de 1937 dedicada ao progresso e à paz.
Rapidamente o painél se transforma num objecto de protesto e denúncia contra a violência, a guerra e a barbárie: "O quadro converte-se numa manifestação da cultura na luta política, ou melhor dizendo, no símbolo da cultura que se opõe à violência: Picasso opõe a criação do artista à destruição da guerra"(1).
Donde vem a genial monumentalidade que faz de Guernica uma obra tão singular? Na minha opinião, o seu poder advém da carga emotiva que possui. Efectivamente, o painél não representa o próprio acontecimento, o bombardeamento de Guernica, mas "evoca, por uma série de poderosas imagens, a agonia da guerra total"(2), chegando a constituir uma visão profética da desgraça da guerra que nos ameaça hoje e que nos ameaçará no próximo século que segundo S. Huntington "se caracterizará por muitos conflitos de pequenas dimensões"(3), devido em grande parte à existência, na actualidade, de mais de meia centena de estados fragéis e desintegrados. De facto, a destruição de Guernica foi a primeira demonstração da técnica de bombardeamentos de saturação, mais tarde empregue na II Guerra. Picasso já em fase pós-cubista, consegue aqui tornar o acto pictórico na narração objectiva da ideia que formou perante o acontecimento e da emoção que sentiu. Com ele,"a pintura carrega consigo o seu património de experiências emocionais" deixando de ser "um ideal abstracto de beleza formal ou de representação lírica da aparência vísivel"2. Citando o artista: "Quando alguém deseja exprimir a guerra, pode achar que é mais elegante e literário representá-la por um arco e uma flecha, que de facto, são estéticamente mais belos, mas quanto a mim (...) utilizaria uma metralhadora"(4).
Tecnicamente tudo em Guernica contribui para a transmissão de emoções avassaladoras a começar pelo uso da técnica de "collage" de que Picasso e Braque tinham sido pioneiros em 1911-12 e que o primeiro aqui retoma, já não "colando" objectos na superfície do quadro mas pintando como se fizesse colagens; com este Cubismo de Colagens cria-se um conceito de espaço pictórico radicalmente novo não criado por nenhum artifício ilusionista mas pela sobreposição dos "recortes" planos, neste caso especifíco em tons de preto e cinzento atravessados por claridades brancas e amareladas, numa total ausência da cor, inexoravelmente evocativa da morte.
A par disso, Picasso recorre a formas dramáticas, violentas, a fragmentações e metamorfoses anatómicas que se por um lado criam figuras que não aderem a nenhum modelo "real", por outro exprimem toda a realidade e agonia da dor insuportável. A comprovar isso atente-se nas várias figuras que o pintor representa neste quadro que aparentemente livre, obedece contudo a um rigoroso esquema em termos de construção (imagine-se a tela dividida em 4 rectângulos, com um triângulo cujo vértice corresponde ao eixo vertical que a divide em duas partes iguais): a mãe chorando a morte do filho (descendentes da Pietà...) e o ameaçador touro de cabeça humana, no 1º rectângulo, o "olho" luminoso do candeeiro que derrama uma luz inóspita (no 2º), a mulher com a lâmpada na mão recordando-nos a Estátua da Liberdade
(no 3º) e o homem que em desespero levanta os braços ao céu (no 4º). Repare-se ainda no cadáver empunhando a espada partida (um emblema da resistência heróica) e o cavalo ferido que aparecem no referido triângulo. O cavalo é à semelhança do touro uma figura saída da mitologia espanhola; representa o povo que agoniza sob o jugo opressor do touro, símbolo da brutalidade, das forças do mal.
Hoje, olhar para Guernica é partilhar o horror que Picasso sentiu há 59 anos perante as imagens da destruição da povoação. Por isso, aqui vai um desejo para o novo ano: que em 1996 tratados como os de Dayton não fiquem pelo papel e que haja sempre um pensamento na mente dos homens: GUERNICA NUNCA MAIS!
(1) in "Entender a Pintura", suplemento nº 2 da revista "Artes & Leilões", tradução de Margarida Viegas. (continuar)
(2) H. W. JANSON: "História de Arte", 4ª Edição, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa 1989. (continuar)
(3) CARDOSO,José: "O Terror Supremo", REVISTA do Expresso, 23 de Dezembro de 1995. (continuar)
(4) SECKLER, J.:"New Masses", 3 de Julho de 1945, citado em "Entender a Pintura", suplemento nº 2 da revista "Artes & Leilões", tradução de Margarida Viegas. (continuar)
Guernica
ou o manifesto político de P. Picasso
por Ângela Veríssimo
Um dos quadros que melhor transmite todo o desespero advindo da guerra é o intemporal Guernica de Pablo Picasso, fazendo plena justiça à expressão "uma imagem vale por mil palavras". No início de mais um ano, quase no fim do milénio, aqui neste cantinho do Mundo Ocidental, é tempo de pensar no outro Mundo, cujos povos vivem em palco de guerra, e para os quais nada resta senão esperar por dias de paz.
Picasso não tinha sido muito afectado pela I Guerra Mundial e só com a Guerra Civil Espanhola se interessou por política, tornando-se vivamente solidário com os republicanos. As fotografias que aparecem na imprensa no ínicio de Maio de 1937 relativas ao bombardeamento de Guernica (antiga capital do País Basco) em 36 de Abril tocam-no profundamente. Passado pouco mais de um mês e após 45 estudos preliminares, sai do seu atelier de Paris o painél Guernica (3.50x7.82 m) para ser colocado na frontaria do pavilhão espanhol da Exposição de Paris de 1937 dedicada ao progresso e à paz.
Rapidamente o painél se transforma num objecto de protesto e denúncia contra a violência, a guerra e a barbárie: "O quadro converte-se numa manifestação da cultura na luta política, ou melhor dizendo, no símbolo da cultura que se opõe à violência: Picasso opõe a criação do artista à destruição da guerra"(1).
Donde vem a genial monumentalidade que faz de Guernica uma obra tão singular? Na minha opinião, o seu poder advém da carga emotiva que possui. Efectivamente, o painél não representa o próprio acontecimento, o bombardeamento de Guernica, mas "evoca, por uma série de poderosas imagens, a agonia da guerra total"(2), chegando a constituir uma visão profética da desgraça da guerra que nos ameaça hoje e que nos ameaçará no próximo século que segundo S. Huntington "se caracterizará por muitos conflitos de pequenas dimensões"(3), devido em grande parte à existência, na actualidade, de mais de meia centena de estados fragéis e desintegrados. De facto, a destruição de Guernica foi a primeira demonstração da técnica de bombardeamentos de saturação, mais tarde empregue na II Guerra. Picasso já em fase pós-cubista, consegue aqui tornar o acto pictórico na narração objectiva da ideia que formou perante o acontecimento e da emoção que sentiu. Com ele,"a pintura carrega consigo o seu património de experiências emocionais" deixando de ser "um ideal abstracto de beleza formal ou de representação lírica da aparência vísivel"2. Citando o artista: "Quando alguém deseja exprimir a guerra, pode achar que é mais elegante e literário representá-la por um arco e uma flecha, que de facto, são estéticamente mais belos, mas quanto a mim (...) utilizaria uma metralhadora"(4).
Tecnicamente tudo em Guernica contribui para a transmissão de emoções avassaladoras a começar pelo uso da técnica de "collage" de que Picasso e Braque tinham sido pioneiros em 1911-12 e que o primeiro aqui retoma, já não "colando" objectos na superfície do quadro mas pintando como se fizesse colagens; com este Cubismo de Colagens cria-se um conceito de espaço pictórico radicalmente novo não criado por nenhum artifício ilusionista mas pela sobreposição dos "recortes" planos, neste caso especifíco em tons de preto e cinzento atravessados por claridades brancas e amareladas, numa total ausência da cor, inexoravelmente evocativa da morte.
A par disso, Picasso recorre a formas dramáticas, violentas, a fragmentações e metamorfoses anatómicas que se por um lado criam figuras que não aderem a nenhum modelo "real", por outro exprimem toda a realidade e agonia da dor insuportável. A comprovar isso atente-se nas várias figuras que o pintor representa neste quadro que aparentemente livre, obedece contudo a um rigoroso esquema em termos de construção (imagine-se a tela dividida em 4 rectângulos, com um triângulo cujo vértice corresponde ao eixo vertical que a divide em duas partes iguais): a mãe chorando a morte do filho (descendentes da Pietà...) e o ameaçador touro de cabeça humana, no 1º rectângulo, o "olho" luminoso do candeeiro que derrama uma luz inóspita (no 2º), a mulher com a lâmpada na mão recordando-nos a Estátua da Liberdade
(no 3º) e o homem que em desespero levanta os braços ao céu (no 4º). Repare-se ainda no cadáver empunhando a espada partida (um emblema da resistência heróica) e o cavalo ferido que aparecem no referido triângulo. O cavalo é à semelhança do touro uma figura saída da mitologia espanhola; representa o povo que agoniza sob o jugo opressor do touro, símbolo da brutalidade, das forças do mal.
Hoje, olhar para Guernica é partilhar o horror que Picasso sentiu há 59 anos perante as imagens da destruição da povoação. Por isso, aqui vai um desejo para o novo ano: que em 1996 tratados como os de Dayton não fiquem pelo papel e que haja sempre um pensamento na mente dos homens: GUERNICA NUNCA MAIS!
(1) in "Entender a Pintura", suplemento nº 2 da revista "Artes & Leilões", tradução de Margarida Viegas. (continuar)
(2) H. W. JANSON: "História de Arte", 4ª Edição, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa 1989. (continuar)
(3) CARDOSO,José: "O Terror Supremo", REVISTA do Expresso, 23 de Dezembro de 1995. (continuar)
(4) SECKLER, J.:"New Masses", 3 de Julho de 1945, citado em "Entender a Pintura", suplemento nº 2 da revista "Artes & Leilões", tradução de Margarida Viegas. (continuar)
http://www.youtube.com/watch?v=G2wyyP88SSQ
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http://www.youtube.com/watch?v=W8MC2LC0U1o&feature=related
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http://www.youtube.com/watch?v=5i5cIdP_u4g
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A encomenda desta obra foi feita a Pablo Picasso em janeiro de 1937 pelo governo republicano oficial que pretendia uma pintura que pudesse figurar no pavilhão da República Espanhola na Exposição Internacional de Paris desse ano e que, como tal, tivesse grandes dimensões e impacto estético. Embora num primeiro momento Picasso tivesse pensado em abordar o tema da própria criação e do processo individual que conduz à criação estética, após o bombardeamento de Guernica, decidiu-se por um tema mais universalista e de vocação social ou humanitária. Desta forma, o painel elaborado foi inspirado no terrível bombardeamento desta vila basca, perpetrado em 26 de abril de 1937 pela força aérea alemã (constituída pelos Heinkel 51 e Junker 52 da famosa legião Condor), ação que, embora quase irrelevante de um ponto de vista estratégico, levou à destruição completa da aldeia e à morte de muitos dos seus habitantes, tendo constituído um teste para as operações de guerra total e bombardeamento de saturação levadas a cabo pelos alemães, em larga escala, a partir de 1939.Pablo Picasso, cidadão de um país que se manteve afastado na Primeira Guerra Mundial, raramente se mostrara interessado pela situação política e pelos problemas sociais que marcaram a década de 20 na Europa. No entanto, Picasso não podia permanecer indiferente ao clima de instabilidade e à brutalidade trazidas pela Guerra Civil de Espanha. Desenvolvendo franca simpatia pela causa dos republicanos, as produções artísticas deste período vão refletir a conjuntura social, abandonando preocupações individuais de sentido estético ou linguístico ligadas ao ambiente asséptico e experimental do atelier. Data precisamente desta altura uma das suas telas mais famosas e um dos paradigmas da pintura de todos os tempos, feérica e brutal representação de um dos mais constantes e cíclicos dramas humanos: a guerra brutal, a violência gratuita e a destruição irracional. No entanto, deve-se entender o quadro Guernica como algo que transcende a mera crítica momentânea procurando traduzir o intemporal lado destrutivo da natureza humana, evocando, através de fortes imagens, o sofrimento associado à guerra.
https://www.youtube.com/watch?v=mj14pBzle8s
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https://www.youtube.com/watch?v=9XkpAOdySjs
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https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2013/10/analise-da-obraguernica-de-pablo-picasso.html?fbclid=IwAR0U78QrijlvJ_dzq3-pzRY0MhJrTsHmYcSoOwUrzFIUWeRCc1pPGAu2VvY
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http://www.youtube.com/watch?v=W8MC2LC0U1o&feature=related
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http://www.youtube.com/watch?v=5i5cIdP_u4g
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25 de Outubro de 1881: Nasce o pintor espanhol Pablo Picasso
Artista espanhol,
nasceu a 25 de outubro de
1881, em Málaga, e faleceu a 8 de abril de 1973. Pablo Ruiz y Picasso demonstrou uma prodigiosa precocidade. Aos dezassete anos possuía uma técnica apurada e em Paris, no início do século, embora se mantivesse afastado dos grupos de vanguarda, tinha já uma reputação. Entre 1901 e 1906 desenvolve uma atitude social, evocando os mendigos, os deserdados, o que corresponde ao "período azul", uma fase sensível e melancólica, em que os azuis predominavam. O "período rosa" será mais vigoroso. Tematicamente, interessa-se pelo circo, pelos saltimbancos. Mas de 1906 a 1908 preocupa-se menos com os sentimentos e mais com a estrutura. Com Georges Braque, desenvolve uma nova conceção de pintura que dará origem ao Cubismo. Vários eventos prepararam esta evolução: a revelação da escultura negra e das artes primitivas, a retrospetiva de Seurat no Salão dos Independentes em 1905, a homenagem a Paul Cézanne, no Salão de outono de 1907 e, em Picasso, o conhecimento da escultura ibérica. O início do Cubismo pode ser datado a partir de As Raparigas de Avinhão (1907). As cores ainda estão sob a influência do período rosa, mas tornaram-se mais duras, e as personagens constam de formas semi-geométricas
expressas como volumes num espaço abstrato. A atenção foi dirigida para as qualidades puramente formais. Numa primeira fase o Cubismo tem como referência o real, embora adotando em relação ao objecto vários pontos de vista e os problemas de profundidade e perspetiva deixam de se impor. Picasso e Braque colam nas telas pedaços de jornais, papeis, tecidos, embalagens de cigarros. Começarão depois a surgir imagens conceptuais do real, como na Natureza-Morta (1911), o que corresponde a uma nova fase na evolução do cubismo e que dará origem a uma viragem ainda mais radical na História da arte. As formas já não são diretamente inspiradas pelo real, a sugestão do volume é definitivamente abandonada, os planos são segmentados em planos de cor viva, por vezes texturada. Nos anos vinte inicia o seu período "greco-romano", com temas clássicos como em Mãe e Filho (1921) e nas figuras de centauros e faunos. Este período teve a sua origem na descoberta da arte italiana e numa colaboração estreita com Diaghilev, projetando os cenários e o guarda-roupa dos bailados Parada (1917), Pulcineia, (1920) e Mercúrio (1924). Minotauromaquia é um dos principais trabalhos dos anos trinta e fundamental para a compreensão de Guernica, obra que representa a destruição da cidade de Guernica pelos bombardeiros alemães, um episódio da Guerra Civil de Espanha. Os elementos principais são o touro, simbolizando "a brutalidade e a escuridão", o cavalo, como símbolo do "povo sofredor", e a rapariga com uma luz. Este painel foi proibido pelo governo franquista e tornou-se emblemático de um período de comprometimento político. Nesta época as deformações das imagens são acentuadas, a expressão é trágica. O fim da guerra traz mais serenidade e alegria à sua pintura. Na Provença, multiplica as experiências e as matérias, cria esculturas, trabalha com cerâmica. No último ciclo da sua pintura, o artista questiona as obras de Delacroix, de Velásquez e o contemporâneo Matisse, sob pretexto de concretizar o tema da criação, do pintor e do modelo. Picasso foi sempre um criador muito pessoal, nunca se prendeu a fórmulas, criava estéticas, combinava-as, renovava esquemas mais tradicionais. Embora marcada pelo Cubismo, a sua arte evocará sempre múltiplas metamorfoses. Segundo o próprio Picasso, os estilos que usou "não devem ser considerados como evolução, mas como variação".
Pablo
Picasso. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
Estórias da
História
wikipedia
(Imagens)
Retrato de Picasso -
Amedeo Modigliani
Retrato de Picasso -
Juan Gris
Les
Demoiselles d'Avignon - Pablo
Picasso
Guernica
- Pablo Picasso
Guerra na Coreia -
Pablo Picasso https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/10/25-de-outubro-de-1881-nascimento-de.html?fbclid=IwAR1Pgaf8Qc3bJgodmaTONkWBV5wEyMBZn9lVQ-2gQzRAi0dcXNL5O2T7vzA*
Análise da obra:"Guernica", de Pablo Picasso
Guernica foi pintada com grande intensidade emotiva, como o denunciam os inúmeros esquissos preparatórios (Picasso realizou cerca de seis dezenas de estudos para as figuras que surgem na tela, muitas delas com intenso cromatismo, embora no final tenha enveredado por uma composição monocromática à base de brancos, cinzentos e pretos. É clara a filiação cubista da linguagem desta pintura pelas distorções e metamorfoses aleatórias e violentas das figuras, soluções que Picasso vinha desenvolvendo nos seus trabalhos mais recentes como a água-forte Minotauromaquia de 1935.
A estrutura da composição baseia-se num triângulo onde se inscrevem as oito figuras que criam a ação: no centro, um cavalo mortalmente ferido com o pescoço tenso pela dor e por baixo dele o cavaleiro destruído pelas bombas. Ao lado, uma mulher volta-se em direção ao cavalo enquanto uma outra, com o braço estendido, sustenta uma candeia que ilumina a macabra cena, simbolizando as próprias explosões; do lado direito uma figura feminina grita e uma outra que, prostrada, segura o filho morto nos braços, constituiu uma revisitação do tema da Pietá. Dominando o conjunto, um touro orgulhoso que se pode entender como símbolo do país ou então como representante das forças do mal. Várias são as referências simbólicas aqui presentes, desde a já referida Pietá, a influência da estátua da liberdade no desenho da mulher que segura a candeia ou o braço cortado cuja mão agarra uma espada, símbolo da resistência política.
Imediatamente após a sua divulgação, Guernica tornou-se uma presença forte na consciência social e artística do século. Este painel foi proibido pelo governo franquista e tornou-se emblemático de um período de forte censura política. Permanecendo em Nova Iorque durante mais de 40 anos, foi levado para Madrid, para o Museu de Prado, de acordo com a vontade de Picasso, em 1981.
O quadro foi executado a óleo sobre tela e tem as seguintes dimensões: 349,3x776,6 cm. Encontra-se exposto no Centro de Arte Moderna Reina Sofía, em Madrid.
Guernica (pintura). In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
A estrutura da composição baseia-se num triângulo onde se inscrevem as oito figuras que criam a ação: no centro, um cavalo mortalmente ferido com o pescoço tenso pela dor e por baixo dele o cavaleiro destruído pelas bombas. Ao lado, uma mulher volta-se em direção ao cavalo enquanto uma outra, com o braço estendido, sustenta uma candeia que ilumina a macabra cena, simbolizando as próprias explosões; do lado direito uma figura feminina grita e uma outra que, prostrada, segura o filho morto nos braços, constituiu uma revisitação do tema da Pietá. Dominando o conjunto, um touro orgulhoso que se pode entender como símbolo do país ou então como representante das forças do mal. Várias são as referências simbólicas aqui presentes, desde a já referida Pietá, a influência da estátua da liberdade no desenho da mulher que segura a candeia ou o braço cortado cuja mão agarra uma espada, símbolo da resistência política.
Imediatamente após a sua divulgação, Guernica tornou-se uma presença forte na consciência social e artística do século. Este painel foi proibido pelo governo franquista e tornou-se emblemático de um período de forte censura política. Permanecendo em Nova Iorque durante mais de 40 anos, foi levado para Madrid, para o Museu de Prado, de acordo com a vontade de Picasso, em 1981.
O quadro foi executado a óleo sobre tela e tem as seguintes dimensões: 349,3x776,6 cm. Encontra-se exposto no Centro de Arte Moderna Reina Sofía, em Madrid.
Guernica (pintura). In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
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https://www.youtube.com/watch?v=9XkpAOdySjs
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https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2013/10/analise-da-obraguernica-de-pablo-picasso.html?fbclid=IwAR0U78QrijlvJ_dzq3-pzRY0MhJrTsHmYcSoOwUrzFIUWeRCc1pPGAu2VvY
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