e morreu a 10ab1985
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O CÂNTICO DA TERRA.
Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.
Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranquila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.
Eu sou a grande Mãe Universal.
in “Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais”
Imagem - Autor desconhecido
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10abril1985...morreu
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/04/10-de-abril-de-1985-morre-poetisa.html?spref=fb&fbclid=IwAR2ajK07KQ_gWIoHDd-YACG0x96w2lUjt3vrO1ztz56Ea7CZOsExppOhBB0
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20 de Agosto de 1889: Nasce a poetisa brasileira Cora Coralina
Cora Coralina nasceu na cidade de Goiás, no dia 20 de Agosto de 1889. Cora Coralina é o pseudónimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. Era filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de dona Jacyntha Luiza do Couto Brandão.
Tornou-se doceira, ofício que exerceu até aos últimos dias da sua vida. Famosos eram os seus doces de abóbora e figo.
Cora
Coralina já escrevia poemas em 1903 e chegou a publicá-los no jornal de
poemas femininos "A Rosa", em 1908. Em 1910, foi publicado o seu conto
"Tragédia na Roça" no "Anuário Histórico e Geográfico do Estado de
Goiás". Em 1907 assumiu a vice-presidência do gabinete literário goiano. Em 1910 conheceu
o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas e passam a viver no
Estado de São Paulo. Casaram-se em 1925 e com ele teve seis filhos. Em 1934 o seu marido falece e Cora Coralina passa a vender livros na
editora José Olímpio, onde lançou a sua primeira obra, em 1965, quando
tinha 76 anos, "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais". Em 1976 é
lançado o livro "Meu Livro de Cordel" pela editora Goiana. Mas o
interesse do grande público é despertado graças aos elogios do poeta
Carlos Drummond de Andrade, em 1980.
Cora
Coralina recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG e foi eleita
com o "Prémio Juca Pato" da União Brasileira dos Escritores, como
intelectual do ano de 1983.
Faleceu em Goiânia, no dia 10 de Abril de 1985
Fonte da imagem: Acervo Casa Museu de Cora Coralina
Poeminha Amoroso - Cora Coralina
Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...
https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2018/08/20-de-agosto-de-1889-nasce-poetisa.html***
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“Melhor do que a criatura,
fez o criador a criação.
A criatura é limitada.
O tempo, o espaço,
normas e costumes.
Erros e acertos.
A criação é ilimitada.
Excede o tempo e o meio.
Projeta-se no Cosmos.”
© Aleksandr Kljuchenkow - Imagem
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Via wikipédia
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Via facebook:
Meu epitáfio
Morta... serei árvore,
serei tronco, serei fronde
e minhas raízes
enlaçadas às pedras de meu berço
são as cordas que brotam de uma lira.
Enfeitei de folhas verdes
a pedra de meu túmulo
num simbolismo
de vida vegetal.
Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos.
***
Via Pensador:
"O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes."
"Fiz a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores."
"Todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo."
"Assim eu vejo a vida
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver."
**
Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...
"Poeminha Amoroso"
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Lindo demais
Coração é terra que ninguém vê
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.
Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão
Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração. Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...
**
Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
**
Conclusões de Aninha
Estavam ali parados. Marido e mulher.
Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça
tímida, humilde, sofrida.
Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho,
e tudo que tinha dentro.
Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar
novo rancho e comprar suas pobrezinhas.
O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula,
entregou sem palavra.
A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou,
se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar
E não abriu a bolsa.
Qual dos dois ajudou mais?
Donde se infere que o homem ajuda sem participar
e a mulher participa sem ajudar.
Da mesma forma aquela sentença:
"A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar."
Pensando bem, não só a vara de pescar, também a linhada,
o anzol, a chumbada, a isca, apontar um poço piscoso
e ensinar a paciência do pescador.
Você faria isso, Leitor?
Antes que tudo isso se fizesse
o desvalido não morreria de fome?
Conclusão:
Na prática, a teoria é outra
**
Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos
Poeta, não é somente o que escreve.
É aquele que sente a poesia, se extasia sensível ao achado de uma rima à autenticidade de um verso.
É aquele que sente a poesia, se extasia sensível ao achado de uma rima à autenticidade de um verso.
Se temos de esperar,
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear,
então que seja para produzir
milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade.
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear,
então que seja para produzir
milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade.
Nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.
O saber se aprende com os mestres. A sabedoria, só com o corriqueiro da vida.