23/04/2014

7.893.(23ABRIL2014.17.46') PJunta de Turquel. Entrevista ao Alcoa

via alcoa: http://www.oalcoa.com/uma-escola-que-substitua-a-existente-daria-uma-dinamica-a-freguesia-fora-de-serie/#.U0-s0cQAcBo.facebook

“Uma escola que substitua a existente daria uma dinâmica à freguesia fora de série”

jorgehonoriosite
Esta é a sexta de uma ronda de entrevistas aos presidentes de junta no cargo pela primeira vez. Entrevistados por ordem alfabética das juntas de freguesia, Jorge Honório, o novo presidente da Junta de Freguesia de Turquel, foi o último entrevistado desta ronda.
PERFIL
Nome: Jorge Manuel Pedro Honório
Data de nascimento: 18 de maio de 1966
Naturalidade: Feitosa, Turquel
Atividade Profissional: Empresário
Porque se candidatou: Por várias razões. Foi-me feito o convite para me candidatar e o Sr. Joaquim e a Cristina deram-me apoio. Isso foi fundamental para que me candidatasse. Sem eles e sem os convites que tinha recebido, nunca me teria candidatado porque essa nunca tinha sido a minha ambição. Também me candidatei devido à tragédia que aconteceu com o falecimento de José Carlos Tereso. Foi todo um conjunto de situações que foram dar à candidatura. Também me candidatei para ver se consigo ajudar Turquel, para ver se Turquel não fica para trás e se recupera um bocadinho.
ORA DIGA LÁ…
Um país: Estados Unidos da América
Um livro: Depende do estado de espírito, mas gosto de Fernando Pessoa
Uma música: Gosto de Dire Straits
Um filme: A Lista de Schindler
Um político: Admiro muitos mas, para quem lê um bocado, Marcelo Caetano foi muito importante para a política portuguesa
TURQUEL
População: 4544, sendo 3743 eleitores
Presidente de junta anterior: José Costa em substituição de José Carlos Tereso
Primeira obra que quer realizar: A escola nova
Quais são os principais problemas em concreto que Turquel enfrenta?
Temos aqui graves problemas com estradas e caminhos. Outra situação muito complicada é não ter nenhum armazém onde se possam colocar as viaturas nomeadamente os tratores, a carrinha e outros equipamentos da junta. Estamos a fazer umas obras que vão ajudar mas é só para os equipamentos mais pequenos. Para as viaturas vamos continuar a ter esse problema.
Como tem sido até agora gerir a freguesia?
Este ano tivemos muito azar com as condições climatéricas e tivemos, e ainda temos, situações de estradas que já estavam degradadas e que ainda se degradaram muito mais. Gastamos cerca de 1.500 toneladas de tout-venant, mas mesmo assim não chegou para tudo, foi só para remediar os casos mais graves e mais urgentes. Conseguimos minimizar os problemas mas ainda existem casos muito complicados. Há casos que são mesmo para a câmara. Estamos à espera que o vereador cá venha e que nos ajude.
Que obras há por fazer relevantes para a freguesia?
Uma escola que substitua a existente é a obra número um da freguesia e da vila de Turquel. Ao ser feita outra escola, e o terreno já está comprado há bastante tempo, iríamos ficar dotados de muitas valências para a freguesia. Faz todo o sentido e era um grande impulso para a freguesia. A escola que existe já não tem condições suficientes agora para os tempos que correm, a nível de aquecimento e a nível de instalações. A escola nova, ao ser feita, já seria dotada de um pavilhão gimnodesportivo, de cantina e teria outras condições que a atual não tem. Seria também uma mais-valia para a junta porque no sítio em que estamos atualmente também não há condições: é muito frio, muito húmido, muito pequeno, estamos muito em cima da estrada e não há estacionamento. Além disso, uma pessoa com deficiência motora, não consegue entrar aqui. A atual escola, com poucas obras, teria as condições para ter a junta e para ter o espólio da ADEPART, que está a ser instalado provisoriamente na escola antiga do Carvalhal de Turquel. São quatro salas, as duas de baixo poderiam ser para a junta, e ficaríamos com uma boa sede de junta, com um bom museu ou o que se pudesse fazer com o espólio da ADEPART e ainda ficávamos com mais uma sala que dava, por exemplo, para uma associação de jovens de Turquel. Estamos a tentar sensibilizar o senhor presidente. Estas coisas demoram tempo, mas pode ser que agora as coisas corram melhor. Realmente é um anseio desta junta porque faz todo o sentido e daria aqui uma dinâmica fora de série.
Como está a situação financeira da junta?
A situação financeira da junta está como a maioria das juntas. É uma situação muito complicada, mas estamos a tentar compor as coisas. Já o anterior presidente que esteve a substituir o José Carlos Tereso, o José Costa, com a sua equipa fez um grande esforço e fez tudo para que as coisas se resolvessem ao máximo. Mesmo assim ficou aqui uma dívida que estamos a tentar pagar e esperamos que a partir daí as coisas comecem a ter outro andamento e a recuperar.
Qual é o pilar de crescimento da freguesia e o que pode a junta fazer em concreto para apoiar o crescimento?
Temos atividade ligada às pedreiras e à transformação de pedra, a agricultura, a construção, que apesar de já ter tido melhores dias, ainda é um dos pilares a nível de desenvolvimento da freguesia, e a pecuária, que continua a ser um pilar relevante muito embora as coisas também tenham mudado. A junta pode criar condições para que as pessoas também vivam melhor, se sintam melhor, e depois as coisas também se fazem por elas próprias.
A câmara municipal pretende estabelecer um protocolo de descentralização de competências para as juntas de freguesia. Qual é a sua opinião sobre este projeto?
Estou expectante. A junta vai ser dotada de uma verba maior e de mais competências. Mas tudo depende de muitos fatores que podem ser contornados tanto da nossa parte como da parte do município. Esta medida é uma novidade tanto para nós como para o município.