17/07/2014

8.440.(17jul2014.7.7') Avante

http://www.avante.pt/pt/2120
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http://www.avante.pt/pt/2120/assembleiadarepublica/131264/
um dos textos que recomendo
BES espelha os desmandos da Banca
Que não se repita o BPN!

O PCP critica a «atitude de silêncio e cumplicidade» do Governo e do Banco de Portugal perante os factos que envolvem o Banco Espírito Santo, reclamando uma intervenção «rigorosa e transparente» que «salvaguarde o interesse nacional e apure a real situação» daquele grupo financeiro.

«O que é que o Governo está a fazer? Vai continuar a assistir sem intervir? Vai deixar que a situação se deteriore para depois nacionalizar os prejuízos como fez o anterior «governo com o BPN?», inquiriu, dia 10, no Parlamento, o deputado comunista Paulo Sá.
Essa intervenção das entidades responsáveis, na perspectiva do PCP, deve determinar o «controlo público da actividade do banco» e recusar qualquer cenário que repita uma «situação semelhante ao BPN em que os portugueses sejam chamados, mais uma vez, a pagar os desmandos da banca privada».
Veiculada era assim pela bancada do PCP a preocupação que tem vindo a avolumar-se face a notícias que têm surgido nas duas últimas semanas sobre as dificuldades naquele grupo dominado pela família Espírito Santo e o «risco sistémico» daí resultante.
Que esse risco é real prova-o as cotações em bolsa das maiores empresas portuguesas, bem como a suspensão das acções do BES a meio da passada semana, depois de estas se terem afundado 17%, sem falar nos juros da dívida pública que de imediato registaram uma subida em todos os prazos.
Factos que ocorrem – foi ainda Paulo Sá a fazer o filme dos acontecimentos – na sequência de notícias nos últimos anos sobre um conjunto de irregularidades nas empresas do Grupo Espírito Santo, a par do eventual envolvimento de alguns dos seus administradores em casos de fraude e branqueamento de capitais.
 «Buraco» gigantesco
 São assim evidentes as consequências desastrosas que podem advir para Portugal do ponto de vista económico e social, alertou o deputado do PCP, que insistiu na crítica ao Governo por nada fazer e nada dizer sobre o assunto.
Registe-se que ainda há cerca de duas semanas numa audição em comissão parlamentar, questionada pelo PCP sobre a situação do GES e do BES, a ministra das Finanças recusou-se pura e simplesmente a adiantar qualquer esclarecimento.
Tudo somado, «vai ganhando consistência» a possibilidade de estarmos perante um novo BPN, admitiu o parlamentar comunista, essa escandalosa fraude que ficou marcada por uma falsa nacionalização que socializou os prejuízos do banco deixando intocáveis os activos da Sociedade Lusa de Negócios (SLN).
Ainda sobre este caso, Paulo Sá recordou que foi por decisão do então governo do PS de Sócrates que os contribuintes foram chamados a pagar o buraco do BPN, buraco que vai em mais de 3500 milhões de euros mas que pode duplicar caso ocorram os piores cenários, advertiu Paulo Sá, que lamentou não se ter extraído lições e o Governo nada ter aprendido com o caso.
 Polvo
 O sector bancário é de resto um «exemplo gritante do Estado capturado pelos grandes interesses privados», afirmou o parlamentar comunista na declaração política que proferiu em nome da sua bancada e no decurso da qual não poupou críticas ao que disse ser um sector que «viveu da actividade especulativa, que transferiu para o estrangeiro em dividendos e lucros milhares de milhões de euros, e que dispõe de recursos do Estado – dos recursos de todos nós – como se fossem seus».
Dito de outro modo, um sector que faz parte daquela «ínfima minoria» que, «tendo capturado o Estado e estendido os seus tentáculos pelos principais centros de decisão política», se vai apossando de «parcelas crescentes da riqueza nacional, por via dos juros da dívida pública, dos benefícios fiscais, das parcerias público-privadas, dos contratos SWAP ou de outras benesses».
Pelo controlo público
Quando rebentou a crise financeira, em 2007/2008, foram os estados que um pouco por todo o mundo, para salvar os bancos, puseram os contribuintes a pagar muitos milhares de milhões. Só na Europa foram introduzidos no sistema financeiro 4,5 biliões de euros (4,5 milhões de milhões), lembrou Paulo Sá, sublinhando que desde então nada foi feito não obstante muito se ter dito sobre a necessidade de actuar sobre o sistema financeiro. «Foi tudo fogo de vista e basicamente tudo ficou na mesma», lamentou o deputado comunista.
Respondendo a Pedro Filipe Soares (BE), que também abordara o tema em declaração política, Paulo Sá reafirmou a posição do PCP quanto à necessidade de haver o controlo público da Banca e do sistema financeiro, colocando-os ao serviço do povo e do País e não ao serviço de meia dúzia de privilegiados de uma ou outra família.
«Isto é que resolveria os problemas da Banca em Portugal», asseverou.
Travar o desastre
Cerca de 470 mil empregos destruídos, mais 670 mil desempregados, 600 mil portugueses lançados na pobreza e outros 300 mil forçados a emigrar, perto de 100 mil empresas liquidadas. Este é o trágico balanço de três anos de política da troika, que fez de Portugal uma nação «mais pobre, mais desigual, mais dependente», na qual, coexistindo com esta dura realidade, prospera uma casta de poderosos.
Foi este retrato do País que não passou à margem da declaração política do PCP neste final de sessão legislativa, com Paulo Sá a lembrar que este é o Governo que, contra a Constituição e servindo «diligentemente os interesses do capital», impõe simultaneamente uma política de «redução de rendimentos dos trabalhadores e de liquidação de direitos».
Acusando o Governo e os partidos que o suportam de terem em curso uma «gigantesca operação de propaganda» destinada a «iludir as reais consequências da sua política» sobre a vida de milhões de portugueses, Paulo Sá desmascarou a tese da «saída limpa» e da «recuperação económica», observando que aqueles que falam do «fim da crise» são os mesmos que «omitem recentes dados sobre o recuo do PIB no 1.º trimestre deste ano».
«Falam da diminuição do desemprego, ignorando as centenas de milhares de portugueses que se viram forçados a emigrar», registou, afirmando não haver dúvidas de que o mesmo se passa em relação à dívida pública, que o Governo diz ser «sustentável», não obstante o seu valor não parar de crescer, ultrapassando hoje os 130% do PIB.
Também no plano da consolidação orçamental, diversamente do que se diz, não se vislumbra nenhuma razão para optimismo, considerou o parlamentar do PCP, que condenou o Executivo por esconder que nos «três primeiros meses deste ano já foram consumidos 34% do défice previsto para a totalidade do ano».
O que está em curso é, pois, uma campanha de mistificação que tem como único objectivo perpetuar a política da troika, por via de outros instrumentos, como o Tratado Orçamental, concluiu o deputado comunista, o que do seu ponto de vista só dá mais força à exigência de romper com a política de direita e afirmar uma política patriótica e de esquerda, como defende o PCP.
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os textos da política internacional
com relevo para a Palestina...
http://www.avante.pt/pt/2120/internacional/131317/
Agressão de Israel à Palestina
Barbárie sionista

Israel continuou a bombardear a Faixa de Gaza apesar de o Egipto ter proposto a suspensão da ofensiva que, em sete dias, já provocou mais vítimas que a agressão de 2012 e agravou o drama humanitário no território.

Só na madrugada de terça-feira, 15, a aviação israelita efectuou 25 ataques, fazendo o número de mortos resultantes dos bombardeamentos disparar para 185 e o total de feridos para mais de 1280. Segundo informações difundidas por agências de notícias, o governo de Telavive estará disposto a interromper as hostilidades contra a Faixa de Gaza e a negociar a entrada de ajuda de emergência no enclave, mas o facto é que a proposta egípcia de um cessar-fogo, apresentada anteontem, foi espezinhada por Israel escassas horas após ter sido tornada pública.
O Hamas, por seu lado, rejeita um armistício sem negociação dos termos e condiciona a trégua ao fim dos bombardeamentos, ao levantamento do bloqueio à Faixa de Gaza, à abertura da passagem de fronteira de Rafah e à libertação de prisioneiros.
Os desenvolvimentos diplomáticos podem suspender a campanha que os responsáveis políticos militares israelitas denominaram de «Margem Protectora» e que se previa que culminasse com uma invasão terrestre, mas nada pode apagar a barbárie sionista.
Drama humanitário 
O balanço de uma semana de agressão revela que foram efectuados cerca de 1400 bombardeamentos, incluindo com bombas de fragmentação. O total de vítimas mortais ultrapassou o registado em Novembro de 2012, quando Israel realizou a operação «Pilar Defensivo» a pretexto da destruição da capacidade do Hamas em disparar foguetes a partir de Gaza – o que, aliás, não foi conseguido, uma vez que nos últimos dias o movimento disparou centenas de artefactos sem, no entanto, provocar qualquer vítima mortal entre os israelitas.
De acordo com dados divulgados pela Oficina das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, 80 por cento dos mortos da actual ofensiva são civis palestinianos. Entre estes, mais de um terço são crianças e mulheres. No rol de feridos, cerca de metade são também mulheres e menores de idade.
Centenas de edifícios estão em escombros obrigando milhares de palestinianos a procurar abrigo nas ruínas de um território exíguo. Calcula-se que 75 por cento da população não tenha electricidade e que, onde a rede não foi destruída, o fornecimento seja muito limitado. As infraestruturas de saneamento básico colapsaram, assim como as de distribuição de água potável, cuja contaminação atinge proporções catastróficas. Os combustíveis e os alimentos são muito insuficientes.
 
Castigo colectivo 
Na sexta-feira, 11, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos revelou ter «relatórios perturbadores sobre o facto de numerosas vítimas civis serem resultado de ataques a habitações». A estrutura branqueia, no entanto, os crimes cometidos por Israel, falando em «dúvidas sobre se estes ataques estão em conformidade com o Direito Internacional», referindo-se a «ataques proporcionados» mesmo quando os edifícios albergam «militares», e na tomada de «precauções para proteger civis». A máquina de guerra sionista encontra assim margem para continuar a acusar o Hamas de se esconder atrás de civis, para justificar os ataques indiscriminados e defender o sistema de avisos prévios com o objectivo de evitar processos por crimes de guerra.
A brutalidade não conhece limites e no quadro da ofensiva contra uma população de 1,8 milhões, realça-se o terror psicológico provocado pelas mensagens, chamadas telefónicas e panfletos enviados antes dos bombardeamentos, ou pelos obuses sem carga explosiva disparados sobre habitações a precederem o fogo mortal. Ainda que o Alto Comissariado para os Direitos Humanos expresse «dúvidas», a condenação internacional é inequívoca.
O presidente palestiniano, Mahmud Abbas, pediu protecção à ONU, considerou que se está perante um genocídio e que a guerra é «contra todo o povo».

PCP repudia «agressão ilegal e ilegítima» 
«O PCP condena veementemente a criminosa ofensiva militar contra a faixa de Gaza e a sua população», lê-se numa nota divulgada quarta-feira, 9. No texto, os comunistas realçam que a «ofensiva de bombardeamentos sucessivos e indiscriminados (…) culmina um período de intensificação da constante acção repressiva do exército de ocupação de Israel em todo o território da Palestina, agravada, desde o dia 12 de Junho – alegadamente em consequência do desaparecimento e da posterior confirmação da morte de três jovens de um colonato israelita, em circunstâncias não esclarecidas – com uma campanha de punição colectiva contra as povoações palestinianas, com a demolição indiscriminada de casas, assassinatos e a prisão de centenas de pessoas, incluindo dezenas de crianças e deputados do Conselho Legislativo Palestino».
Para o PCP, «a acção criminosa de Israel contra o povo palestiniano – que agora adquire a forma de mais uma agressão armada de grande envergadura – vem confirmar aquilo que já era uma evidência: o chamado processo negocial encenado pelos EUA não tinha outro objectivo senão o de tentar impor e consagrar a aceitação da efectiva ocupação da Palestina e a capitulação e abdicação dos direitos nacionais do povo palestiniano».
A este respeito, o Partido nota ainda que as declarações de altos responsáveis norte-americanos confirmam que «a campanha militar israelita em curso é suportada no continuado apoio político, diplomático e militar dos EUA e na atitude da UE, que se esconde no seu silêncio ou dissimula sob um falso discurso equidistante a cumplicidade efectiva com a política de terrorismo de estado de Israel».
 
Perigo 
«A agressão ilegal e ilegítima de Israel contra a Palestina é indissociável da ofensiva geral do imperialismo, no quadro da agudização da crise estrutural do capitalismo, que visa submeter os povos ao seu domínio e interesses e assegurar em seu benefício a exploração dos recursos naturais e o controle de posições geoestratégicas», sublinha igualmente o Partido, antes de salientar que «tal operação, que se estende do centro da Europa ao Extremo Oriente, de África à América Latina, e que assume em alguns casos contornos fascizantes, tem no Médio Oriente um dos seus principais alvos» visando «impor um novo mapa político para a região, favorável aos intentos do imperialismo, por via da desestabilização permanente e “balcanização” da região. Neste quadro a acção de Israel constitui um elemento acrescido de preocupação que eleva, de forma particularmente grave, os riscos já existentes de uma confrontação militar generalizada de contornos e dimensões imprevisíveis», adianta-se igualmente no documento. 
Solidariedade 
O PCP concluiu a nota de imprensa expressando «a sua activa solidariedade com o povo palestiniano, com a sua heróica e determinada resistência e luta de libertação nacional frente à política genocida do Estado de Israel», bem como com «os povos da região, nomeadamente o povo Sírio, vítimas da política de ingerência e guerra levada a cabo pelos EUA e seus aliados da NATO». O Partido exige também ao «Governo português uma posição firme de condenação de mais esta ofensiva militar do exército israelita contra a população palestiniana», e «apela à mobilização da opinião pública na expressão dos sentimentos de solidariedade activa do povo português com o heróico e martirizado povo da Palestina, expressão essa tão mais importante quanto 2014 foi declarado Ano Internacional de Solidariedade com a Palestina.»
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15fev2010
79 anos d' AVANTE! A Luta continua!
Estamos com a memória cheia de
notícias...
Mas se eu não lesse o AVANTE
semanalmente
confesso
que estava
como tantos
noutra onda...
Viva o Avante!!!
quem não o comprar em papel
pode ler
gratuitamente
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Não há desculpas,








para ignorar!!!


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