23/07/2014

8.481.(23jul2014.8.18') Neste dia...1agosto....Vou rELEVAR: UM+138avÔ, M.S. Lourenço,António Rebordão Navarro, Static man, Ney Matogrosso, António Maria Lisboa, Deep Purple e +3 pitadinhas da poesia de JOAQUIM PESSOA:

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2019
III-CXXXVIII-AVÔ
 Cada acto gera
               carambolas de consequências
e muitas vezes somos surpreendidos
numa esquina da rua
                             que é a nossa vida.
***
2018
2/138aVÔ
obSERvar o que faço e o que fazem
vale muito + que muita intenção no falAR
***

2017
um+138avÔ
urge corAGIR
poupar para investIR
com critéRIO
***
2016
138.avÔ
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138 - do fundo do fundo - rogé RIO manuel madeira raimundo

continuo na febre das gotículas
daí que parei
espantado
 nesta imagem de águas
explosivas

que belo fenómeno da natureza
do fundo do fundo
 a brotar
contra as nuvens 
que adivinham delíquios de chuva

esta fotogravAÇÃO
fez-me lembrar o último
delíquio explosivo
deste AMAnheCER
com bELA terNUra e bELO praZER
claramente: do fundo do fundo!
Foto: Iceland Geyser
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2017...memórias deste dia:
de 1 a 10ag..exposição
Foto de Ni Francisco.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10154584170871946&set=a.10150337614096946.342287.594516945&type=3&theater
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2014...memórias deste dia:
o face traz as memórias das postagens
+1 bELA prenda da Gisela Mendonça:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10203731344277657&set=p.10203731344277657&type=3&theater
Pelo avesso que tantas vezes se acerta... Até já & [Boas Férias!]
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2013
memórias trazidas pelo face:
os preparativos do rabiscuit's...este fds em Alcobaça que vos abRRaça

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10201516731109001&set=a.3664560181458.161710.1498365350&type=3&theater
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vereadora demite-se:
Presto contas como vereador eleito pelo PCP.CDU sobre a reunião de câmara de hoje...extraordinária...com demissão da vereadora...PSD zangam-se...
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2013/07/688225julho20131717-r252013-reuniao-de.html
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O principal está aprovado...ainda falta afinar algumas listas...aprovámos programa, governação...Vamos entregar as listas no tribunal 5agosto15.15'...no dia 8.20h fazemos jantar convívio no FERREIRO...Carris d'Évora..21.21' Conversa pública e Conferência de Imprensa

https://www.facebook.com/cdualcobaca2013/photos/a.463038577120586.1073741828.462786247145819/494072167350560/?type=3&theater
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spinning em s.MAR
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este ano não consegui ir à Burinhosa, Pataias, d'Alcobaça que vos abRRaça...mas as imagens demonstram que é 1 evento enormeeeeeeeeeeee

https://www.facebook.com/museudocaramulo/photos/a.455878106187.244727.93409416187/10151578073811188/?type=3&theater
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1 pitadinha (monumental) do José Gomes Ferreira 
(...) Quando nasci já tudo estava no mundo
com relvas e azuis, poentes e sombras,
pobres e cicatrizes...(...)

https://www.facebook.com/112890882080018/photos/a.114014221967684.7650.112890882080018/553142678054834/?type=3&theater

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2011...face traz-nos memórias de postagens que fiz
Há Rosas e há aquELA rosa.rosa...
https://www.youtube.com/watch?v=v6rLLE48RL0
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30 dias capitais...os bancos deliram com o seu governo..quem trabalha e quem é peq.médio.empresário sofre!!! A história do BPN continua agora com outro ex-ministro de Cavaco: Mira Amaral!!! Nós é que temos de pagar estes roubos ditos legais???
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2010...memórias que o face nos traz de postagens deste dia
Eulália Valentim... publica:
O Caminho Sul (de Lalande)
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=142553279105395&set=p.142553279105395&type=3&theater
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2009...morreu M.S. Lourenço..."Foi a tua vontade. Mas agora sorri,
Mesmo que os montes & a serra te apertem.
Não pares. O rio salpica as margens,
Hoje de cobre & até ao fundo,
Onde a própria Terra jaz morta.
Mas agora toca-me na cara
Mesmo no teu voo da noite,
Poupando-me ao Inverno.
Para ti abro agora um espaço novo,
Num silêncio crepuscular: os pássaros calaram-se,
Para te restituir a música da chuva."

http://uniralcobaca.blogspot.pt/2016/04/8250-14ab2016183-ms-lourenco.html
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1962...António Santos...neste dia...Há que dar os parabéns ao ANTÓNIO GOMES DOS SANTOS...O Static man...dos Pisões.Pataias...d' ALCOBAÇA que vos abRRaça
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2012/09/496817set201214h2.html
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https://www.facebook.com/antonio.estatua/about
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1951
Tommy Bolin guitarrista dos Deep Purple
https://www.youtube.com/watch?v=qWsIbCHkP6s&index=4&list=PLA197DA90E8DB2C4E
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1941
Ney Matogrosso
https://www.youtube.com/watch?v=DJYbje-UGto&list=PL5A35B172D7D0434E
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 1936...Início dos Jogos Olímpicos de Berlim...na Alemanha do nazi Adolf Hitler...a propaganda...
 https://uniralcobaca.blogspot.com/2016/07/919421jul20161331-campo-de-concentracao.html
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1933...António Rebordão Navarro: "De súbito o implorável, a mão está
presa para sempre à luva ou será esta
que sem remédio prende a mão suada?
“não importa” diremos, no entanto, convictos
de trágica importância da luva presa à mão,
da mão rígida, imbecil, fechada,
pronta para o atentado, incapaz de defesa,
da mão imprópria para o cumprimento,
para a carta de amor, para o poema,
da mão de gala, solene e enluvada.
A mão jaz decepada e, no entanto, vestida,
luxuosíssima mão de primeiríssima classe,
mas inútil, quebrada,
enluvada e distinta, na valeta."

http://uniralcobaca.blogspot.pt/2015/04/995822ab20152112-antonio-rebordao.html
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1928...António Maria Lisboa: "RAOMOMAR
amor confuso, amor repetido, amor esotérico,
[amor mágico.
– MAR
mar perdido de conchas no meio do mar
mar de marés justapostas de amor num mar
[de marfim.
perdido no teu joelho de marfim.
mar de bosques que anuncia ao estrangeiro
[terra perfumada
oceano no teu oceano de olhar
Isís a mulher de Osíris ? – a realidade misturada.
no MAR.
mar que te apontei do alto da torre coberta
[pelo nevoeiro
pelo avião que atravessa o espaço
pelo incêndio que percorre o mundo
[num autocarro
pelo soerguer do teu corpo semi-quente
[na madrugada
mar azul-vermelho queimado de arestas
mar de dedos frios, de velas sibilinas na noite
[de cristal
mar de sonâmbulos esquecidos a medir o espaço
[com fitas de estrelas
mar de passageiros estranhos e abismados
mar de casas altíssimas onde habitam as cidades
MAR para que não me chegam os olhos
Mar branco de nuvens sobrepostas para lhe
[podermos passar por cima
Mar de esquecimento, de objetos sensíveis
[e distintos
Mar onde guardei o aquário azul que trouxe
[até hoje na memória
e só hoje te espalho para o mundo MAR
onde é possível e provável o envenena
[mento total da espécie.
onde descanso a minha mão esquerda
[sobre uma pantera negra
e todos os dias mergulho em fogo
Amor sem nexo, amor contínuo,
[amor disperso – MAR
mar com uma bala direita no cérebro
mar sem apoio em nenhum ponto do espaço, mas
preso apesar de
tudo numa enorme teia diabolicamente construída
para conseguir
ser livre
mar de submarinos insondáveis que navegam o
infinito do mar
mar espacial de sons, de cores, de imagens, de mil anos passados
que percorremos
MAR que flutua no MAR abusivamente medonho
amor esquecido, amor distante, amor insolente
RAOMOMAR"
http://uniralcobaca.blogspot.pt/2018/03/48645mar20181616-antonio-maria-lisboa.html
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 1914...1.ª Grande Guerra Mundial...A Alemanha declara guerra à Rússia...Urge saber história e ter memória!!!
 https://uniralcobaca.blogspot.com/2015/11/6032111120155555-da-tarde-armisticio-da.html
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COMEçou aGOSTO
 https://uniralcobaca.blogspot.com/2019/01/75661jan201999-meses-do-ano.html
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PARA COMEÇAR BEM O DIA
A POESIA DE JOAQUIM PESSOA:
PAI
Na tua casa havia uma aldeia 
onde sempre foste todos os habitantes.
O ar vinha cantando dos campos da lua, 
Entrava em festa pelas frestas, pelas ruas, 
doirando até à pele. Com ele chegava o aroma
do alecrim e da resina, da primeira lã dos cordeiros.
Tomaste para ti um nome que era todos os nomes, 
aquele que pode mover todas as coisas, que pode ser
todas as coisas, o que todas as coisas comentam e festejam.
O nome dos pastores e dos lumes. Nome de reis
e artesãos. De escribas. E das crias 
dos cães que povoavam os desertos.
Em todas as casas havia o teu nome 
numa aldeia. Onde todos os habitantes
foram sempre tu. E onde a lua vinha cantando
dos campos, quando a festa do ar entrava
pelas frestas da pele com o aroma dos cordeiros.
Doiraste o alecrim e a resina. E tomaste
todas as coisas no teu nome. O nome 
que todos os nomes comentam e festejam.
Em nome do nome de crias e pastores
Em nome do nome de reis e artesãos.
Em nome dos lumes e dos cães. E em nome
dos escribas que povoam os desertos.

in Nomes
LITEXA EDITORA (2001)
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=653686188000482&set=a.114014221967684.7650.112890882080018&type=1&theater
DIA 255 [excerto]

Esta manhã foi a mais bela de todas as manhãs.
Cheia de ti. Do teu brilho, do teu cheiro, do teu
sorriso igual ao das maçãs.
Ainda tenho nos meus olhos o brilho dos teus
olhos. Nunca, como hoje, desejei estar contigo
numa ilha. Uma ilha deserta, mas cheia de nós.
E à tua pergunta natural: "o que é que estamos
aqui a fazer?", eu responderia também natural-
mente: "se cá estamos, é porque fazemos cá fal-
ta!".

Fotografia: Together Alone, de Karen Wiles

in ANO COMUM (Litexa, 2011)
**
Estou sempre à espera do inesperado. Assim, a dor não dói.
Mesmo quando dou a mão a alguém e esse alguém a morde.
Faço tudo para ser melhor que eu, ter uma vida intensa mesmo a dormir, separar o bom do bom e, com a parte que escolho, fazer melhor. Tudo é interessante, mesmo o que não
é interessante, e o interessante está nessa descoberta.
Esta coisa de ser mortal, de ser falível, é a minha afirmação e a minha doença. O que resta, são paliativos e a sua busca.
Não sei mudar-me, não me quero mudar. Entre proscritos e idiotas, um proscrito. Odeio a subtileza dos idiotas.
Falo sempre para mim quando falo com os outros. E dos outros não falo. Faço de conta. Para comermos todos juntos.
Como iguais.
 do livro 'Ano Comum"
*
2013
pitadinhas matinais de Joaquim Pessoa (para começar bem o dia)
Poema Nonagésimo Quinto
Haverias de entender se eu te dissesse
que não há nada de mais significativo na pobreza
do que a fome, e esse brilho manso que provoca no
olhar. Haverias de entender se te dissesse que a poesia,
se é para comer, também ela tem fome. Uma fome
que nunca estará extinta, que nunca deixará de consumir
o próprio poeta, esse ser que ama e que faz guerra
às próprias palavras. Uma fome de tudo, uma fome de todos.
Fome do que és, do que pensas, do que estás pronto para pensar.
Dos que ficam. Dos que partem e dos que os acompanham.
Das coisas bem e mal feitas, do silêncio, dos tambores, e dos tambores
Do silêncio. Fome do pecado, do fogo, do espanto e do azul.
Fome de mim, de ti. De fúria, de futuro. E das coisas
que não sabem nem encontram o caminho. Dos que rezam,
dos que cantam, dos que seguem as estrelas
e dos que olhamo passado sobre os ombros de um tempo
que se busca a si mesmo. A fome litoral dos oceanos,
a fome dos homens da floresta e dos pássaros brancos
casados com o mar. Fome das ondas, das ostras, das
urtigas. E do rasto da cobra. E do ninho do pássaro
da noite, o extenuado rouxinol. Fome da fome, e fome
do amor. Fome do peixe, da maçã, dos frutos da alegria
que se colhem na carne e perfumam a boca, e fome,
eterna fome de estar feliz, de ser feliz, de ser assim
umas vezes, e de outras ser diferente. De nunca estar
bem, de nunca estar onde devemos, de permanecer
calados até na nossa fala. Oh, sim. Sim, sim. Tu
haverias de entender se eu te dissesse.
Joaquim Pessoa, in "Guardar o Fogo"

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