03/09/2014

8.645.(3set.2014.9.44') António Sérgio

Nasceu a 3set1883
e morreu a 24jan1969
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Biblioteca da Cooperativa António Sérgio
http://www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equipamento/info/biblioteca-da-cooperativa-antonio-sergio
Travessa do Moinho de Vento 4 R/C
Lisboa ... Estrela
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«caminhe-se para a liberdade através da liberdade»
http://paginas.fe.up.pt/~gtd/antoniosergio/biografia.html
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António Sérgio


Uma figura incontornável

António Sérgio nasceu em Damão, em 1883. Foi escritor, pensador e pedagogo, com vasta obra publicada que se estende da teoria do conhecimento à filosofia política e de educação.
 

Afirmou-se na área da Educação com obras e pensamento originais, tendo dirigido publicações periódicas e fundado o movimento Renascença Portuguesa, precursor da reforma do ensino a seguir à Proclamação da República.
 

Os seus escritos, nas mais diversas áreas, revelam uma filosofia com profundas implicações humanas e sociais. Defendeu a doutrina democrática a nível de organização política, uma conceção da pedagogia que valorize a criança e o jovem como seres criativos, e foi um dos principais ideólogos do cooperativismo em Portugal.
 

Exilou-se em Paris após a subida ao poder de António Oliveira Salazar. Das suas obras destacam-se Educação Cívica(1915) e oito volumes de Ensaios (1920-1958). Morreu em Lisboa, em 1969. 
dec.lei 282.2009
http://www.cases.pt/atividades/premioantoniosergio
http://www.cases.pt/atividades/contasatelitees
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Uma frase dele que tenho na memória:
"É impossível reformar a Escola sem Transformar a Sociedade."
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Via Jero:
 "Caminhe-se para a liberdade através da liberdade!"
 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10211155811725745&set=a.1029365188983&type=3&theater
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Via Pensador:
"Eu não faço a guerra,quero viver em paz com todo mundo e toda a humanidade porque somos capazes de raciocinar e ver o que estamos fazendo para que a paz reine entre todos."
"Eu sou aquilo que a vida me permite que seja,sem passar por cima dos sentimentos de outras pessoas,mas sempre acreditando que o valor maior que temos é saber respeitar,amar seus semelhantes,desde a criança inocente até ãos mais velhos experientes.Portanto vamos aprender,cativar o que é bom na vida,liberdade,harmonia e amor ao próximo."
"Vamos viver a felicidade,enquanto ela nos permite. É possivel acreditar que que podemos ser felizes."
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“a estudantes (...), com o especial intuito de chamar à problemática do pensar filosófico os que se dedicam entre nós à física teórica, à investigação positiva”.
 “Se a vós me dirijo, não é realmente porque saibais a ciência; é, sim, na esperança de que tenhais uma mentalidade científica, e de que queirais reflectir sobre o saber teorético – fazer, pois, filosofia, – com essa mentalidade de rigor científico”
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=57492&op=all
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http://cvc.instituto-camoes.pt/filosofia/1910c.html
«e daí proveio que a polémica se tornou a própria maneira de ser da minha vida espiritual. A minha fidelidade à própria inteligência havia de levar-me a este antipático papel de sempre resistir, contrariar, combater, que tem sido o meu destino».
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"Sou discípulo de Kant, de Platão, de Descartes, de Espinosa, e não deixo de ser discípulo de um Hegel, de um Fichte, de um Lachelier, de um Cohen e de dezenas de outros homens, entre os quais o próprio Brunschvicg; de entre os portugueses, sou discípulo de um Herculano, de um Antero, de um Oliveira Martins, e até de um Vieira, de um Bernardes, de um Castilho, de um Camilo, pelo que toca à língua e a outras coisas mais. De todos os homens procurei aprender: e ambicioso aproveitar-me cominteligência - com a minha própria inteligência crítica -, daquilo que aprendi dos outros homens. O que enquadra bem no meu organismo de ideias (modesto organismo, sem dúvida alguma, mas creio que evidente para quem me saiba ler) tudo que enquadra é de facto meu, ainda que o digam, comigo, muitas outras pessoas. É por este critério inteligente e orgânico que o verdadeiro crítico tem de ver as coisas, e não pela semelhança de algumas frases, a que correspondem por vezes pensamentos diversos, e até opostos. A ambição deste seu criado não é dizer coisas extravagantes, não é dizer coisas ‘originais': é dizer coisas lúcidas, coerentes, exactas, verdadeiras, bem ligadas; é ser vertebrado - e omnívoro; omnívoro -, mas vertebrado. E pelo que se coordena, ou que se não coordena, com a minha própria vertebralidade - é que todo crítico inteligente avaliará do que é meu, e do que não é meu".
Resposta a uma consulta, Seara Nova, 1938
http://www.searanova.publ.pt/pt/1710/memoria/284/Idealismo-e-Neokantismo-no-pensamento-de-Ant%C3%B3nio-S%C3%A9rgio.htm
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Via: https://www.facebook.com/pages/Ant%C3%B3nio-S%C3%A9rgio/229484713535
António Sérgio foi um dos mais marcantes intelectuais e pensadores do séc. XX português. Ideólogo do pensamento e movimento socialista português, Opositor ao regime de Salazar, Fundador da Seara Nova, Filósofo, Homem da cultura e da Educação, deixou marcas da sua genialidade em obras como "Sobre o espírito do Cooperativismo" e principalmente "Ensaios".
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mestrado sobre o ministério da Instrução Pública
https://ria.ua.pt/bitstream/10773/7930/1/5267.pdf
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Via JERO.Lusa/Fim

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10203924121818017&set=a.1029365188983.3914.1670949754&type=3&theater
"É impossível reformar a escola sem se trabalhar ao mesmo tempo na transformação da sociedade". António Sérgio (1883-1969), sociólogo e investigador português.
Lusa/Fim.
António Sérgio de Sousa Júnior (Damão, 3 de setembro de 1883 — Lisboa, 24 de janeiro de 1969) foi um pensador, pedagogo e político português. 
 António Sérgio nasceu na Índia Portuguesa e viveu parte da infância em África. Já em Lisboa, seguindo uma linhagem de familiares militares, estudou no Colégio Militar e depois na Escola Politécnica e na Escola Naval. Cedo sentiu grande interesse pela poesia e pela filosofia, devendo-se o seu precoce pendor racionalista à leitura da Ética de Espinosa, ao estudo da geometria analítica e ao interesse pela obra de Antero de Quental.
Iniciando uma carreira de oficial da Marinha, fez várias viagens que o levaram a Cabo Verde e a Macau. Abandonou a Marinha com a implantação da República em 1910, por ter jurado fidelidade ao rei deposto.
Casou com Luísa Epifâneo da Silva (que assinou 
escritos pedagógicos como Luísa Sérgio), com quem teve uma grande camaradagem intelectual. As suas duas primeiras obras publicadas foram um volume de Rimas e uma obra filosófica sobre Antero de Quental onde reagiu contra o naturalismo positivista.
Em 1912 concorreu para lente assistente da secção de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, num concurso a que também se apresentaram Leonardo Coimbra e Matos Romão, que haveria de ser nomeado.

Após estudos de pós-graduação no Instituto Jean-Jacques Rousseau (1914-16), grande centro mundial do movimento da Escola Nova, onde estudou com a sua mulher, e onde privou com Édouard Claparède e com Adolphe Ferrière, participou no mais consequente projeto de reforma do Ensino Português elaborado durante a Primeira República (Projecto Camoesas).
A sua vida aventurosa fê-lo viver em diversos lugares (Lisboa, Rio de Janeiro, Londres, Genebra, Paris, Santiago de Compostela, Madrid) o que favoreceu o seu assumido cosmopolitismo.

Durante o consulado sidonista (1918-19), lança a revista Pela Grei [2] (1918-1919), para a qual convoca diversos especialistas para apresentar um programa de Fomento Nacional (tendo a parte económica sido bastante trabalhada por Ezequiel de Campos); nos anos de 1920 integra a direção da Seara Nova (junto com Raul Proença e Jaime Cortesão) e é nesse quadro que vem a integrar o governo de Álvaro de Castro(1923), assumindo a pasta da Educação, com o principal propósito de criar uma Junta de Ampliação de Estudos, organismo autónomo que enviaria sistematicamente bolseiros ao estrangeiro para estudar, e que financiaria institutos de investigação e escolas modernas (o projeto foi executado, sem a componente pedagógica e sem o espírito democrático que inspirava Sérgio, em 1929, com a criação da Junta de Educação Nacional, antepassado do Instituto de Alta Cultura, do INIC e da FCT).

Com o fim da Primeira República, vê-se obrigado ao exílio, residindo em Paris de 1926 até 1933.
De volta ao solo pátrio, tornou-se um dos principais nomes do movimento cooperativista e do socialismo democrático; entre os seus companheiros de luta conta
ram-se Alves Correia, Mário Azevedo Gomes, José Régio, Bento de Jesus Caraça (com quem travou uma polémica sobre a interpretação de Platão, cerca de 1945, onde a tensão entre marxismo e proudhonismo e idealismo racionalista está implícita), Manuel Antunes e muitos outros vultos da cultura portuguesa. A importância das suas ligações políticas nota-se perfeitamente nessa época.
Sérgio fez parte do Movimento de Unidade Democrática, juntamente com nomes como Alves Redol, o General Norton de Matos, Ruy Luís Gomes e Bento de Jesus Caraça (oposicionistas e excecionais matemáticos), Irene Lisboa, Fernando Lopes Graça, Ferreira de Castro, Abel Salazar, Miguel Torga, Maria Lamas, Pulido Valente, Vitorino Magalhães Godinho, Mário Dionísio e Francisco Salgado Zenha (à data ainda estudante) e muitos outros. Veja-se http://ruyluisgomes.blogspot.pt/, reprodução do jornal República, de 11 de novembro de 1945, artigo «Movimento de Unidade Democrática».
Apoiou a candidatura de Humberto Delgado e desenvolveu ampla campanha em prol da cultura.
A partir de 1959, abandonou a intervenção cívica ativa e a pena de escritor, vindo a falecer em 1969.

http://ruyluisgomes.blogspot.pt/

O seu nome perdura na toponímia portuguesa, em nomes de arruamentos.