Nasceu a 29out1941
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Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos
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29out2021
Via Bertrand Livreiros:
"A cabeça cresce com as verdades que nela entram"
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Vida breve: O AMOR
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“Já
te disse que uma mulher deve ser conquistada permanentemente (...) Não
te podes convencer que ela ficou conquistada no momento em que te
aceitou, isso era só o prelúdio. O concerto vem depois e é aí que se vê a
raça, o talento, do maestro. O amor é uma dialéctica cerrada de
aproximação e repúdio, de ternura e imposição. Senão cai-se na rotina,
na mornez das relações e, portanto, na mediocridade. Detesto a
mediocridade! Não há nada pior no homem que a falta de imaginação. É o
mesmo no casal, é o mesmo na política. A vida é criação constante, morte
e recriação, a rotina é exactamente o contrário da vida, é a
hibernação. Por vezes, o homem é como o réptil, precisa de hibernar para
mudar de pele. Mas nesse caso a hibernação é uma fase intensa de
autoescalpelização, é pois dinâmica, é criadora. Não a rotina. Evita a
rotina no amor, as discussões mesquinhas sobre os problemas do
dia-a-dia, procura o fundamental da coisa.”
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Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, conhecido pelo pseudónimo de
PEPETELA (Benguela, 29 de Outubro de 1941), escritor angolano, em
“Mayombe” e na foto. Faz hoje 80 anos.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10223915370743595&set=p.10223915370743595&type=3
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Instituto
Camões: Artur Carlos Pestana dos Santos, conhecido pelo pseudónimo
“Pepetela” - nome que lhe foi dado pelos seus companheiros de guerrilha -
nasceu em Benguela, Angola, a 29 de outubro de 1941.
“Se
Ngunga está em todos nós, que esperamos então para o fazer crescer?
Como as árvores, como o massango e o milho, ele crescerá dentro de nós
se o regarmos. Não com água do rio, mas com ações. Não com água do rio,
mas com a que Uassamba em sonhos oferecia a Ngunga: a ternura.“
- Pepetela, in ‘As Aventuras de Ngunga’
Pepetela
iniciou a sua atividade literária e política na Casa dos Estudantes do
Império. A obra do escritor angolano faz uma reflexão sobre a história
contemporânea de Angola, e sobre os problemas que a sua sociedade
enfrenta. Como membro do MPLA (Movimento Popular de Libertação de
Angola), participou ativamente na governação de Angola, após o 25 de
abril de 1974. Entre 1976 e 1982, foi Vice-Ministro da Educação de
Angola. Mais tarde, entre 1984 e 2008, foi professor de Sociologia na
Universidade Agostinho Neto, em Luanda.
Tem
dirigido associações culturais, das quais se destacam a União de
Escritores Angolanos e a Associação Cultural Recreativa Chá de Caxinde. É
autor de uma vasta obra, sendo “Mayombe” a mais conhecida. Em 1997,
recebeu o Prémio Camões – considerado o mais importante prémio literário
em língua portuguesa - pelo conjunto da sua obra.
António Pedro Santos/LUSA
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10223915565468463&set=p.10223915565468463&type=3
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http://www.vidaslusofonas.pt/pepetela.htm
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VIA: http://bibliotecadocedv.blogspot.pt/2012/02/assim-e-o-amor.html
“O tempo é um atleta batoteiro, toma drogas proibidas, corre mais que todos. E quanto mais o quisermos agarrar, porque resta pouco, mais ele corre. Por isso são sábios os velhos dos kimbos, nunca querem agarrar o tempo, deixam-no passar por eles, as peles devem ser rugosas e o tempo estranha-se nelas, deslizando com mais dificuldade...
O tempo goza com a nossa estúpida vaidade, passa por nós como um foguete, nos torna seus escravos.”
livro: O planalto e a estepe, p.13 e 14(Amor infinito - Alfred Gockel)
“Assim é o amor.
O nome é pesado e nem sempre corresponde a realidade. Os documentos tratando dele devem ocupar uma cidade inteira e no seu todo há ambiguidades. Alguém sabe mesmo o que o amor é?”
P51
Livro: O planalto e a estepe, p.52
“Que há de verdade no amor?
A mesma verdade que existe na verdade. Se consome pelo uso.
Ou se reforça pela ausência. Ou nem uma coisa nem outra.
O mistério permanece e nos espanta sempre.
Para que então falar no que não se pode perceber?”
O planalto e a estepe - p.52
O planalto e a estepe - p.54
“Realmente era melhor guardar segredo. O segredo, quando o deixa de o ser, perde parte do encanto. O sabor reside no mistério. A verdade crua é o ácido da doçura do segredo. Um dia, o nosso segredo teria de ser revelado, a felicidade não é eterna. Mas a nossa parecia ser. E esquecíamos o futuro, concentrados apenas na ventura de nos amarmos.”
O planalto e a estepe - p.157***
http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=393
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VIA CITADOR:
"O papel das elites é formular as necessidades que as populações sentem. Esse é o papel do intelectual."
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