23/09/2014

8.759.(23set2014.8.8') Pepetela

Nasceu a 29out1941
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Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos
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29out2021

Via Bertrand Livreiros:

"A cabeça cresce com as verdades que nela entram" 

 Pode ser uma imagem a preto e branco de 1 pessoa, barba e texto que diz "A cabeça cresce com as verdades que nela entram. Pepetela Bertrand Somos Bertrand.SomosLivs Livros Desde1732 Desde 1732"

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Vida breve: O AMOR
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“Já te disse que uma mulher deve ser conquistada permanentemente (...) Não te podes convencer que ela ficou conquistada no momento em que te aceitou, isso era só o prelúdio. O concerto vem depois e é aí que se vê a raça, o talento, do maestro. O amor é uma dialéctica cerrada de aproximação e repúdio, de ternura e imposição. Senão cai-se na rotina, na mornez das relações e, portanto, na mediocridade. Detesto a mediocridade! Não há nada pior no homem que a falta de imaginação. É o mesmo no casal, é o mesmo na política. A vida é criação constante, morte e recriação, a rotina é exactamente o contrário da vida, é a hibernação. Por vezes, o homem é como o réptil, precisa de hibernar para mudar de pele. Mas nesse caso a hibernação é uma fase intensa de autoescalpelização, é pois dinâmica, é criadora. Não a rotina. Evita a rotina no amor, as discussões mesquinhas sobre os problemas do dia-a-dia, procura o fundamental da coisa.”
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— Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, conhecido pelo pseudónimo de PEPETELA (Benguela, 29 de Outubro de 1941), escritor angolano, em “Mayombe” e na foto. Faz hoje 80 anos.

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Instituto Camões: Artur Carlos Pestana dos Santos, conhecido pelo pseudónimo “Pepetela” - nome que lhe foi dado pelos seus companheiros de guerrilha - nasceu em Benguela, Angola, a 29 de outubro de 1941.
“Se Ngunga está em todos nós, que esperamos então para o fazer crescer? Como as árvores, como o massango e o milho, ele crescerá dentro de nós se o regarmos. Não com água do rio, mas com ações. Não com água do rio, mas com a que Uassamba em sonhos oferecia a Ngunga: a ternura.“
- Pepetela, in ‘As Aventuras de Ngunga’
Pepetela iniciou a sua atividade literária e política na Casa dos Estudantes do Império. A obra do escritor angolano faz uma reflexão sobre a história contemporânea de Angola, e sobre os problemas que a sua sociedade enfrenta. Como membro do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), participou ativamente na governação de Angola, após o 25 de abril de 1974. Entre 1976 e 1982, foi Vice-Ministro da Educação de Angola. Mais tarde, entre 1984 e 2008, foi professor de Sociologia na Universidade Agostinho Neto, em Luanda.
Tem dirigido associações culturais, das quais se destacam a União de Escritores Angolanos e a Associação Cultural Recreativa Chá de Caxinde. É autor de uma vasta obra, sendo “Mayombe” a mais conhecida. Em 1997, recebeu o Prémio Camões – considerado o mais importante prémio literário em língua portuguesa - pelo conjunto da sua obra.
📸 António Pedro Santos/LUSA

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Pepetela, na década de 70.
http://www.vidaslusofonas.pt/pepetela.htm
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VIA: http://bibliotecadocedv.blogspot.pt/2012/02/assim-e-o-amor.html

“O tempo é um atleta batoteiro, toma drogas proibidas, corre mais que todos. E quanto mais o quisermos agarrar, porque resta pouco, mais ele corre. Por isso são sábios os velhos dos kimbos, nunca querem agarrar o tempo, deixam-no passar por eles, as peles devem ser rugosas e o tempo estranha-se nelas, deslizando com mais dificuldade...
O tempo goza com a nossa estúpida vaidade, passa por nós como um foguete, nos torna seus escravos.”
livro: O planalto e a estepe,  p.13 e 14

(Amor infinito - Alfred Gockel)
“Assim é o amor.
O nome é pesado e nem sempre corresponde a realidade. Os documentos tratando dele devem ocupar uma cidade inteira e no seu todo há ambiguidades. Alguém sabe mesmo o que o amor é?”
P51

Livro: O planalto e a estepe, p.52


“Que há de verdade no amor?
A mesma verdade que existe na verdade. Se consome pelo uso. 
Ou se reforça pela ausência. Ou nem uma coisa nem outra. 
O mistério permanece e nos espanta sempre.
Para que então falar no que não se pode perceber?”

O planalto e a estepe -  p.52
“...saber se uns povos são mais educados que outros. Sempre foi o argumento principal dos europeus para colonizar outras nações, o direito à comparação entre culturas numa hierarquia, o que lhes dava a tranquilidade de espírito para apregoarem estar a civilizar os indígenas, incultos, bárbaros, selvagens. Como comparar passados e experiências?”
O planalto e a estepe -  p.54
“Realmente era melhor guardar segredo. O segredo, quando o deixa de o ser, perde parte do encanto. O sabor reside no mistério. A verdade crua é o ácido da doçura do segredo. Um dia, o nosso segredo teria de ser revelado, a felicidade não é eterna. Mas a nossa parecia ser. E esquecíamos o futuro, concentrados apenas na ventura de nos amarmos.”
O planalto e a estepe -  p.157
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http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=393

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VIA CITADOR:

"O papel das elites é formular as necessidades que as populações sentem. Esse é o papel do intelectual."
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