Aconteceu no dia 29 de Outubro pelas 21 horas mais uma Assembleia de Freguesia de Cela.
Ordem de Trabalhos:
Período antes da ordem do dia
1.Intervenção da Junta de Freguesia.
2.Apresentação/votação de contrato promessa de arrendamento urbano para fim não habitacional.
3.Apreciação/votação da 2ª Revisão orçamental para o ano económico de 2014.
Período reservado ao público.
No período antes da ordem do dia e no Ponto 1, que foram tratados em conjunto, o Vitor Hugo perguntou pelas obras de requalificação da Praça da Cela Velha, junto à antiga estação da CP.
O Presidente da Junta informou que continua com a convicção dessas obras estarem prontas para as comemorações do 25 de abril de 2015.
João Paulo Raimundo deu os parabéns pela boa organização dos eventos alusivos aos 500 anos do Foral da Cela.
Perguntou de seguida pela reparação de diversas ruas nos Rebelos, Junqueira e Casal dos Ramos, a Rua do Poço Negro, e a Rua da Barrada. O Presidente respondeu que vão efectuar algumas pavimentações, sendo as prioridades as seguintes: 1º Rua da Barrada, 2º Casal dos Ramos até ao Acipreste e 3º Rua do Poço Negro.
Questionou as contas da Festa da Fruta e o preço da pavimentação do terreno da Festa da Fruta.
Perguntou também pelos custos dos equipamentos recentemente adquiridos pela Granja da Maçã, nomeadamente um cilindro e uma retro-escavadora.
Presidente respondeu que quando trouxer à Assembleia de Freguesia as contas da Granja da Maçã poderemos verificar esses custos.
O Tesoureiro da Junta passou depois a explicar os números da Festa da Fruta. Números mais expressivos: gastaram-se 18.700 € em conjuntos, 738€ em publicidade, 600€ para a Sociedade Portuguesa de Autores.
No Ponto 2, João Paulo Raimundo deu os parabéns à Dra. Joana Sanheiro que ganhou o concurso para a Farmácia da Cela, e à Dra. Carla Rodrigues autora do contrato, que estiveram presentes na Assembleia de Freguesia.
Chamou a atenção para a cláusula 18ª, pois pelo seu teor esta pode ser muito grave para a Junta de Freguesia, se tiver de indemnizar os promotores, no caso de atraso nas obras. Mais ninguém levantou problemas e o contrato foi aprovado.
No Ponto 3 não se levantaram grandes questões e a 2ª Revisão foi aprovada.
No Período Depois da Ordem do Dia, na intervenção do público, Rui Pereira reclamou mais uma vez a limpeza da estrada do Valverde. Presidente marcou uma reunião no local na próxima terça-feira pelas 10 horas.
Carlos Pedro reclamou da rua onde mora, Rua do Poço Negro, cuja resposta já tinha sido dada acima.
Élio Pereira falou sobre a limpeza das valetas na Cela Velha, sinais danificados por toda a freguesia e nas pinturas das estradas. Presidente respondeu que a Junta já gastou 4.000€ em sinais.
Foi dada por encerrada a Assembleia.
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a Junta de Freguesia reúne publicamente na 1ª 2ª fª de cada mês
(não diz a hora)
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A Freguesia está inserida numa área com magnífica vista de terra e mar. É a 26 de Maio de 1286 que a Cela recebe “carta de povoação” do Mosteiro de Alcobaça. Foi-lhe dado foral pelo abade de Alcobaça, D. Frei Martinho II, em 1324. Já em 1514, D. Manuel I concedeu-lhe Foral definitivo onde atribui o nome de Cela Nova, para fazer a distinção com Cela Velha. Teve uma escola agrícola, provavelmente fundada pelo Cardeal D. Afonso. Foi sede de concelho até ao início do século XIX. Era constituído apenas pela freguesia da sede e tinha, em 1801, 1 585 habitantes. Em 1999 foi elevada à categoria de Vila.
Um elemento marcante da paisagem da freguesia são os campos da Cela Velha que na sua origem estavam submersos recorrentemente por causa das chuvas que vindas das encostas inundavam a Foz do Alcoa e originavam a formação de grandes pântanos. A pedido da população local e com a intervenção também do General Humberto Delgado o Estado procedeu à realização de importantes obras de recuperação dos campos e à criação de um sistema de escoamento das águas através de valas, que fizeram daquela vasta planície um espaço ideal para a horticultura. Foi uma notável obra de engenharia hidráulica que muito veio contribuir para o aproveitamento agrícola dos vastos campos, que se tornaram importantes referências sobretudo na horticultura, tradição que ainda hoje mantém.
Toponímia
Segundo Baptista de Lima a origem do topónimo de Cela deve-se a uma antiga tradição segundo a qual algumas mulheres se enclausuravam em celas por toda a vida sem nunca de lá saírem, daí aparecerem cerca de duas dezenas de povoações portuguesas com este nome. Na Cela não existe tradição ou lenda que indique a existência de alguma destas “celas”. Para Mário de Sá o topónimo Cela poderá ter origem na palavra “cala, calha” ou “quelha”, que significava caminho, teoria que poderá ter alguma lógica já que neste local existia uma via romana que ligava Lisboa ao Norte e que passava junto à Cela Velha. Porém, uma outra explicação que será talvez mais aceitável e mais lógica pois tem por base elementos relacionados à vida e atividade dos Monges de Alcobaça. Segundo uma velha lenda, um frade cisterciense instalou-se numa “pequena cela”, onde recebia os tributos dos habitantes destinados ao Mosteiro, que depois eram arrecadados na “tulha” (uma espécie de armazém), e por isso o local ficou a ser designado por “Cela”.
Heráldica
Ordenação heráldica do brasão, bandeira e selo branco da Freguesia da Cela Publicada no Diário da República, III Série nº 27, de 01/02/95.
Escudo de azul, torre de prata, aberta e lavrada de negro, acompanhada em chefe de uma mão aberta do mesmo, ladeada por dois ramos de macieira de ouro. Coroa mural de quatro torres de prata. Listel branco com a legenda em maiúsculas, a negro: “VILA DA CELA”.
Bandeira – esquartelada de branco e azul. Cordão e borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro.
Selo Branco – circular, com as peças do escudo sem a indicação de cores e metais, tudo envolvido por dois círculos concêntricos, onde corre a legenda: “Junta de Freguesia da Cela – Alcobaça”.
Memória Descritiva e justificativa das Armas da Cela
- Torre — Sobre o significado do castelo(ou torre) reportamo-nos à obra do historiador de Alcobaça, Vieira Natividade: “Mosteiro e Coutos de Alcobaça” onde refere a existência de uma torre chamada D. Framundo. A elevação onde existia a torre, conhecida por monte de D. Framundo, vem referida na Carta de Povoação de Alfeizerão que data de 1342. Sendo os campos de Cela os fundos de uma antiga lagoa, a dita torre era destinada a funções de vigia do porto da Pederneira, frente em linha reta ao monte de São Bartolomeu destinado ao mesmo fim.
- Mão — A simbologia da mão está desde remotíssima antiguidade ligada à ação, ao gesto, às cinco partes do corpo (quatro membros e cabeça), ao simbolismo do número cinco, ao amor, saúde, humanidade, etc. Significa em culturas antigas trabalho humano e força magnética, e é com esse significado usado como amuleto na simbologia islâmica. Para os romanos, “manus” tem o mesmo significado de poder do “pater familias” e vê-se por vezes sobreposta ao signum das legiões em vez da águia. No cristianismo significa proteção, autoridade, força. Dado a influência de todas estas correntes na história local, é natural que o símbolo tenha transitado progressivamente por se ajustar às diferentes crenças.
- Ramos de árvore — A região é rica em árvores de fruta, sendo referida essa riqueza desde o tempo dos monges agrónomos, pelo que carece de justificação a inclusão deste elemento no emblema. Escolheu-se o ramo de macieira por ser a árvore de fruto que mais se cultiva na região.
Mapa
• Aqui está representado o mapa da Freguesia.