morreu a 7jan2017
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12jan2017
A PRODUÇÃO PERVERSA DE UM MITO HISTÓRICO
Mário Soares foi, sim, um dos pais fundadores do tipo de regime financeiro, económico e político que hoje se aplica em Portugal, subsidiário do ordenamento não-democrático da União Europeia; e tutor de uma liberdade sem dúvida condicionada, para a maioria dos cidadãos, pelos instrumentos e tentáculos da mesma União Europeia.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10208438377298150&set=a.1455858037605.2065401.1267953142&type=3&theater
Os pais da liberdade são os cidadãos livres que a conquistam e a defendem, mas têm quase sempre pela frente aqueles que, graças a usos mais ou menos perversos do poder, sustentam estar escrito no destino haver uns cidadãos mais livres do que outros.
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9jan2017
Via ACORDAR PORTUGAL

https://www.facebook.com/acordarpt/photos/a.100366523457036.810.100356763458012/709919069168442/?type=3&theater
Extremamente esclarecedor este texto de um dos maiores ladrões que Portugal já teve.
Lembremos-nos de que Ricardo Salgado era um grande financiador da Fundação Mário Soares bem como de Cavaco Silva.
Mário soares uniu-se com a direita Portuguesa e com a CIA para dar um golpe manobrado pela CIA do seu amigo Carlucci por forma a entregar a economia e finança Portuguesa as mesmas famílias que antes do 25 de Abril mandavam em Portugal, bem como vender sectores estratégicos nacionais aos interesses estrangeiros.
Lembremos-nos de que Ricardo Salgado era um grande financiador da Fundação Mário Soares bem como de Cavaco Silva.
Mário soares uniu-se com a direita Portuguesa e com a CIA para dar um golpe manobrado pela CIA do seu amigo Carlucci por forma a entregar a economia e finança Portuguesa as mesmas famílias que antes do 25 de Abril mandavam em Portugal, bem como vender sectores estratégicos nacionais aos interesses estrangeiros.
Somos anti-fascistas, por esse mesmo motivo é que neste período de amnésia colectiva muito influenciado pela comunicação social dominante denunciamos:
1- Mário Soares não é o pai de Democracia nenhuma.
2- Muitos foram os homens e mulheres que durante décadas lutaram contra o fascismo, muitos deles enfrentando largos anos de prisão tortura e até a morte.
3- Muitos foram os homens e mulheres que no dia 25 de Abril juntamente com os militares saíram à rua na defesa de um Portugal soberano, livre e democrático.
4- Muitos foram os homens e mulheres que no pós 25 de Abril lutaram por um país dos trabalhadores e do povo, e ai Mário Soares esteve CONTRA os trabalhadores e o povo,
5- Mário Soares entregou a soberania nacional a interesses estrangeiros como o caso da CEE/UE
6- Mário Soares entregou o sector produtivo, energético, e financeiro aos mesmos que mandavam antes do 25 de Abril como os Mello, Champalimaud, Espirito Santo ETC.
7- A ideia que há décadas se tenta "vender" de que Mário Soares é o pai da Democracia, deve-se exclusivamente ao facto de os donos da comunicação social (as elites) vêm na figura de Mário Soares aquele que permitiu continuarem a aumentar as suas fortunas à custa da exploração dos trabalhadores, do povo e dos recursos do país.
1- Mário Soares não é o pai de Democracia nenhuma.
2- Muitos foram os homens e mulheres que durante décadas lutaram contra o fascismo, muitos deles enfrentando largos anos de prisão tortura e até a morte.
3- Muitos foram os homens e mulheres que no dia 25 de Abril juntamente com os militares saíram à rua na defesa de um Portugal soberano, livre e democrático.
4- Muitos foram os homens e mulheres que no pós 25 de Abril lutaram por um país dos trabalhadores e do povo, e ai Mário Soares esteve CONTRA os trabalhadores e o povo,
5- Mário Soares entregou a soberania nacional a interesses estrangeiros como o caso da CEE/UE
6- Mário Soares entregou o sector produtivo, energético, e financeiro aos mesmos que mandavam antes do 25 de Abril como os Mello, Champalimaud, Espirito Santo ETC.
7- A ideia que há décadas se tenta "vender" de que Mário Soares é o pai da Democracia, deve-se exclusivamente ao facto de os donos da comunicação social (as elites) vêm na figura de Mário Soares aquele que permitiu continuarem a aumentar as suas fortunas à custa da exploração dos trabalhadores, do povo e dos recursos do país.
Não nos espanta em nada este texto de Ricardo Salgado.
http://www.jornaldenegocios.pt/…/mario-soares-um-grande-por…
http://www.jornaldenegocios.pt/…/mario-soares-um-grande-por…
8jan2017
Via Acordar Portugal
Mário Soares o pai da "democracia" comandada de Washington.
E
Não a Democracia comandada pelo povo Português.

https://www.facebook.com/acordarpt/photos/a.100366523457036.810.100356763458012/709874559172893/?type=3&theater
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https://www.facebook.com/acordarpt/videos/588476737979343/?hc_ref=PAGES_TIMELINE
*
via Público

https://www.facebook.com/Publico/photos/a.325686791982.182380.88388366982/10154923305141983/?type=3&theater
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7jan2017
via
http://www.abrilabril.pt/nacional/morreu-mario-soares

"Após
o 25 de Abril, protagoniza movimentações com o objectivo de travar o
processo revolucionário, ficando célebre o episódio do 1.º de Maio de
1975 quando quebrou o compromisso assumido de participação no desfile
unitário promovido pela Intersindical Nacional.
De primeiro-ministro a Presidente da República
Enquanto primeiro-ministro, a formação do I governo constitucional marca, por um lado, o fim da dinâmica revolucionária e, por outro, a viragem para o desencadeamento do processo contra-revolucionário a partir do governo e da Assembleia da República, onde o PS, partido com maior representação parlamentar, manteve alianças preferenciais com os partidos da direita.
É nesse quadro que, por exemplo, foram aprovadas leis que abriram caminho à posterior privatização de sectores estratégicos (Lei da Delimitação dos Sectores) e ao combate à Reforma Agrária, com a tristemente célebre «Lei Barreto». No plano laboral, foi aprovada a lei dos contratos a prazo e avançados projectos que promoveram a facilitação dos despedimentos colectivos e a restrição de direitos sindicais."
*** De primeiro-ministro a Presidente da República
Enquanto primeiro-ministro, a formação do I governo constitucional marca, por um lado, o fim da dinâmica revolucionária e, por outro, a viragem para o desencadeamento do processo contra-revolucionário a partir do governo e da Assembleia da República, onde o PS, partido com maior representação parlamentar, manteve alianças preferenciais com os partidos da direita.
É nesse quadro que, por exemplo, foram aprovadas leis que abriram caminho à posterior privatização de sectores estratégicos (Lei da Delimitação dos Sectores) e ao combate à Reforma Agrária, com a tristemente célebre «Lei Barreto». No plano laboral, foi aprovada a lei dos contratos a prazo e avançados projectos que promoveram a facilitação dos despedimentos colectivos e a restrição de direitos sindicais."
7jan2017
http://www.pcp.pt/face-ao-falecimento-do-dr-mario-soares
Nota do Secretariado do Comité Central do PCP
Face ao falecimento do Dr. Mário Soares

O Partido Comunista Português, face ao falecimento do Dr. Mário
Soares já apresentou directamente ao Partido Socialista e à família as
suas condolências.
Mário Soares, fundador do Partido Socialista, seu Secretário-geral, personalidade relevante da vida política nacional, participante no combate à ditadura fascista, no apoio aos presos políticos, desempenhou após o 25 de Abril os mais altos cargos políticos, designadamente como Primeiro-Ministro, como Presidente da República e membro do Conselho de Estado.
Lembrando o seu passado de antifascista, o PCP regista as profundas e conhecidas divergências que marcaram as relações do PCP com o Dr. Mário Soares, designadamente pelo seu papel destacado no combate ao rumo emancipador da Revolução de Abril e às suas conquistas, incluindo a soberania nacional.
*** Mário Soares, fundador do Partido Socialista, seu Secretário-geral, personalidade relevante da vida política nacional, participante no combate à ditadura fascista, no apoio aos presos políticos, desempenhou após o 25 de Abril os mais altos cargos políticos, designadamente como Primeiro-Ministro, como Presidente da República e membro do Conselho de Estado.
Lembrando o seu passado de antifascista, o PCP regista as profundas e conhecidas divergências que marcaram as relações do PCP com o Dr. Mário Soares, designadamente pelo seu papel destacado no combate ao rumo emancipador da Revolução de Abril e às suas conquistas, incluindo a soberania nacional.
Não esqueço a submissão dele à Alemanha e aos EUA
quando se assustou com o Povo em luta
nos locais de trabalho
nas ocupações das empresas e das terras abandonadas
***
Votei nele para PRepública contra Freitas do Amaral..
***
22fev1962
na prisão escreveu 1 poema à Maria Barroso
sua mulher
cantado por Carlos Mendes
https://www.youtube.com/watch?v=iOi5-JmXc9w
*

https://www.facebook.com/quem.le.sophia.de.mello.breyner.andresen/photos/a.114014221967684.7650.112890882080018/1205112406191188/?type=3&theater
Poema de amor, escrito por MÁRIO SOARES a MARIA BARROSO, em 1962, quando se encontrava detido na prisão do Aljube.
Para ti
Meu amor
Levanto a voz
No silêncio
Desta solidão em que me encontro
Sei que gostas de ouvir
A minha voz
Feita de palavras ternas e doces
Que invento para ti
Nos momentos calmos
Em que estamos sós
Sei que me ouves
Agora…
… uma vez mais
Apesar da distância
E do silêncio
Opera esse milagre
Simples
Como tudo o que é natural
Carlos Mendes musicou e cantou este poema. Para ouvir:
https://goo.gl/Bq2iTK
Fotografia: Mário Soares e Maria Barroso em 1958
(LT e CC)
Para ti
Meu amor
Levanto a voz
No silêncio
Desta solidão em que me encontro
Sei que gostas de ouvir
A minha voz
Feita de palavras ternas e doces
Que invento para ti
Nos momentos calmos
Em que estamos sós
Sei que me ouves
Agora…
… uma vez mais
Apesar da distância
E do silêncio
Opera esse milagre
Simples
Como tudo o que é natural
Carlos Mendes musicou e cantou este poema. Para ouvir:
https://goo.gl/Bq2iTK
Fotografia: Mário Soares e Maria Barroso em 1958
(LT e CC)
teve que se casar com ela, com procuração ao amigo Rogério Duarte
para que ela o pudesse visitar na prisão
22 de fevereiro de
1962, quando estava preso no Aljube, em Lisboa, as seguintes frases de
amor: "Sei que me ouves agora uma vez mais, apesar da distância e do
silêncio, o amor opera esse milagre".
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/mario_soares_dedica_poema_a_mulher
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/mario_soares_dedica_poema_a_mulher
22 de fevereiro de
1962, quando estava preso no Aljube, em Lisboa, as seguintes frases de
amor: "Sei que me ouves agora uma vez mais, apesar da distância e do
silêncio, o amor opera esse milagre".
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/mario_soares_dedica_poema_a_mulher
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/mario_soares_dedica_poema_a_mulher
Mário Soares escreveu a
22 de fevereiro de 1962, quando estava preso no Aljube, em Lisboa, as
seguintes frases de amor: "Sei que me ouves agora uma vez mais, apesar
da distância e do silêncio, o amor opera esse milagre".
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/mario_soares_dedica_poema_a_mulher
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/mario_soares_dedica_poema_a_mulher
Mário Soares escreveu a
22 de fevereiro de 1962, quando estava preso no Aljube, em Lisboa, as
seguintes frases de amor: "Sei que me ouves agora uma vez mais, apesar
da distância e do silêncio, o amor opera esse milagre".
Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/mario_soares_dedica_poema_a_mulher
*** Ler mais em: http://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/mario_soares_dedica_poema_a_mulher
13DEZ2016
internado no Hospital
muito débil
inconsciente
***
14dez2016
Antifascistas da Resistência
ACTIVIDADE POLÍTICA EM DEMOCRACIA
MÁRIO SOARES (N.1924)
Foi um destacado dirigente da Oposição ao regime fascista. Militante da Resistência desde muito jovem, perseguido, foi preso pala PIDE por 12 vezes (casando até na prisão) e cumpriu no total 3 anos de cadeia . Foi desterrado para São Tomé sem julgamento, e estava exilado em França quando viu a Ditadura fascista chegar ao fim. Teve um muito importante papel na defesa de presos políticos nos Tribunais Plenários fascistas e no Tribunal Militar.
Em 1986 disputou a 2ª volta das eleições presidenciais apoiado por todas as forças de esquerda e foi eleito.
Em 1986 disputou a 2ª volta das eleições presidenciais apoiado por todas as forças de esquerda e foi eleito.
Mário Alberto Nobre Lopes Soares nasceu em Lisboa, a 7 de Dezembro de 1924, filho de João Lopes Soares, professor, pedagogo e político da Iª República, e de Elisa Nobre Soares. Foi casado com Maria de Jesus Barroso Soares desde 1949, e teve dois filhos: Isabel Soares, psicóloga e directora do colégio da família, e João Soares, advogado e deputado à Assembleia da República.
Em 1951 licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e em 1957, em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Foi professor do ensino secundário particular e director do Colégio Moderno, fundado por seu pai. Exerceu a advocacia durante muitos anos e, durante o seu exílio em França, exerceu funções docentes nas Universidades de Vincennes e da Sorbonne, tendo sido igualmente professor associado na Faculdade de Letras da Universidade da Alta Bretanha (Rennes) - Universidade de que é doutor "Honoris Causa".
Em 1951 licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e em 1957, em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Foi professor do ensino secundário particular e director do Colégio Moderno, fundado por seu pai. Exerceu a advocacia durante muitos anos e, durante o seu exílio em França, exerceu funções docentes nas Universidades de Vincennes e da Sorbonne, tendo sido igualmente professor associado na Faculdade de Letras da Universidade da Alta Bretanha (Rennes) - Universidade de que é doutor "Honoris Causa".
ACTIVIDADE POLÍTICA CONTRA A DITADURA
Desde os tempos de estudante universitário foi um activo resistente à ditadura. Iniciou então um longo e persistente combate, que o levou a estar presente e a participar - sem abrandar a sua entrega durante 30 anos, - nos combates da Oposição democrática ao fascismo. Pertenceu ao MUNAF (Movimento de Unidade Nacional Anti-Fascista), em 1943, e, depois, foi membro da Comissão Central do MUD (Movimento de Unidade Democrática), sob a presidência do Prof. Mário de Azevedo Gomes (1946). Tendo sido fundador do MUD Juvenil, foi membro da sua primeira Comissão Central. Foi Secretário da «Comissão Central da Candidatura do General Norton de Matos à Presidência da República» (1949). Integrou o «Directório Democrático-Social» (1955), dirigido por António Sérgio, Jaime Cortesão e Azevedo Gomes e, em 1958, pertenceu à Comissão da Candidatura do General Humberto Delgado à Presidência da República.
Foi membro da «Resistência Republicana e Socialista», na década de 50, redactor e signatário do «Programa para a Democratização da República» em 1961, tendo sido candidato a deputado pela Oposição Democrática, em 1965, e pela CEUD, em 1969.
Foi membro da «Resistência Republicana e Socialista», na década de 50, redactor e signatário do «Programa para a Democratização da República» em 1961, tendo sido candidato a deputado pela Oposição Democrática, em 1965, e pela CEUD, em 1969.
Como advogado defensor de presos políticos participou em numerosos julgamentos, realizados em condições de grande tensão política e dramatismo, disponibilizando-se, corajosa e generosamente (ao lado de outros), para enfrentar o Tribunal Plenário e o Tribunal Militar Especial. Representou a família do General Humberto Delgado na investigação do assassinato daquele antigo candidato à Presidência da República, tendo contribuído decisivamente para desvendar as circunstâncias e denunciar as responsabilidades nesse crime cometido pela polícia política de Salazar (PIDE).
Em resultado da sua actividade política contra a ditadura foi 12 vezes preso pela PIDE (cumprindo um total de quase 3 anos de cadeia), deportado sem julgamento para a ilha de S. Tomé (África) em 1968 e, em 1970, forçado ao exílio em França.
Em 1964, Mário Soares fundou em Genebra a Acção Socialista Portuguesa (ASP), com Manuel Tito de Morais e Francisco Ramos da Costa. A ASP representava um novo esforço de estruturação do movimento socialista, social-democrata e trabalhista internacional, mas não logrou estabelecer as bases de implantação a que aspirava, conciliando dificilmente os instrumentos de luta na clandestinidade com as poucas possibilidades de intervenção legal permitidas pelo regime do Estado Novo. Mário Soares teve um papel determinante nos momentos mais importantes da ASP (1).
Em 1973, no Congresso realizado em BadMünstereifel, na Alemanha, a Acção Socialista Portuguesa, que Mário Soares fundara em 1964, transformou-se em Partido Socialista, e MS foi eleito Secretário-Geral e sucessivamente reeleito no cargo ao longo de quase treze anos (2).
Em resultado da sua actividade política contra a ditadura foi 12 vezes preso pela PIDE (cumprindo um total de quase 3 anos de cadeia), deportado sem julgamento para a ilha de S. Tomé (África) em 1968 e, em 1970, forçado ao exílio em França.
Em 1964, Mário Soares fundou em Genebra a Acção Socialista Portuguesa (ASP), com Manuel Tito de Morais e Francisco Ramos da Costa. A ASP representava um novo esforço de estruturação do movimento socialista, social-democrata e trabalhista internacional, mas não logrou estabelecer as bases de implantação a que aspirava, conciliando dificilmente os instrumentos de luta na clandestinidade com as poucas possibilidades de intervenção legal permitidas pelo regime do Estado Novo. Mário Soares teve um papel determinante nos momentos mais importantes da ASP (1).
Em 1973, no Congresso realizado em BadMünstereifel, na Alemanha, a Acção Socialista Portuguesa, que Mário Soares fundara em 1964, transformou-se em Partido Socialista, e MS foi eleito Secretário-Geral e sucessivamente reeleito no cargo ao longo de quase treze anos (2).
A Declaração de Princípios e Programa do Partido Socialista são aprovados em Agosto de 1973 e resultaram de diversas contributos de militantes e simpatizantes do interior e do exterior. Na Declaração de Princípios afirmava-se a defesa do socialismo em liberdade, ao mesmo tempo que se defendia como objectivo último uma sociedade sem classes e o marxismo era aceite como "inspiração teórica predominante", embora permanentemente repensado. O Programa reflectia, assim, um compromisso entre o sistema parlamentar da Europa Ocidental e uma estratégia de ruptura com a organização capitalista da economia.
Em 25 de Abril de 1974, Mário Soares estava no exílio em França, de onde regressou a Portugal no dia 28, tendo chegado a Lisboa no chamado "combóio da liberdade". Passados poucos dias, foi enviado pela Junta de Salvação Nacional às capitais europeias para obter o reconhecimento diplomático do novo regime democrático.
ACTIVIDADE POLÍTICA EM DEMOCRACIA
Participou nos I, II e III Governos Provisórios, como Ministro dos Negócios Estrangeiros, e no IV, como Ministro sem Pasta.
Como Secretário-Geral do PS participou em todas as campanhas eleitorais, tendo sido deputado por Lisboa em todas as legislaturas, até 1986. Em consequência da vitória do PS nas primeiras eleições legislativas realizadas em 1976, foi nomeado Primeiro-Ministro do I Governo Constitucional (1976 -77), tendo também presidido ao II (1978) (3). Rompido que foi, por denúncia unilateral do CDS, o acordo político de incidência governamental em que assentava o II Governo Constitucional e demitido o Executivo pelo então Presidente da República, general Ramalho Eanes, Mário Soares liderou a oposição entre 1978 e 1983, tendo sido durante esse período viabilizada a primeira revisão da Constituição da República, eliminando a tutela político-militar do Conselho da Revolução, que vinha dos primeiros tempos da Revolução, e consagrou o carácter civilista, pluripartidário e de tipo ocidental do regime. Foi então criado o Conselho de Estado, para o qual Mário Soares foi eleito pelo Parlamento.
Após nova dissolução da Assembleia da República, ocorrida em 1983, e na sequência das eleições legislativas que voltaram a dar a vitória ao PS, foi nomeado Primeiro-Ministro do IX Governo Constitucional, com base numa coligação partidária PS/PSD (1983-85) (4). Coube ao IX Governo Constitucional ultimar o processo de adesão de Portugal à CEE, conduzir as últimas negociações e assinar o Tratado de Adesão, em Junho de 1985.
Apesar de o PS ter perdido as eleições de Outubro de 1985, realizadas por força de nova dissolução da Assembleia da República, em consequência do rompimento, pelo PSD, da coligação PS/PSD, Mário Soares candidatou-se às eleições presidenciais, previstas para Janeiro de 1986. Teve o apoio de independentes e do PS (na 1ª volta) e de toda a esquerda (na 2ª volta), tendo sido eleito em 16 de Fevereiro, por cinco anos. Foi o primeiro Presidente civil eleito directamente pelo povo, na história portuguesa. Renunciou então aos seus cargos de Secretário-Geral do PS e de deputado.Em Janeiro de 1991 foi reeleito Presidente da República, logo à 1ª volta, tendo obtido 70,40 % dos votos validamente expressos e terminou o seu segundo mandato em Março de 1996. Tornou-se membro do Conselho de Estado desde 1996, por inerência.
Como Secretário-Geral do PS participou em todas as campanhas eleitorais, tendo sido deputado por Lisboa em todas as legislaturas, até 1986. Em consequência da vitória do PS nas primeiras eleições legislativas realizadas em 1976, foi nomeado Primeiro-Ministro do I Governo Constitucional (1976 -77), tendo também presidido ao II (1978) (3). Rompido que foi, por denúncia unilateral do CDS, o acordo político de incidência governamental em que assentava o II Governo Constitucional e demitido o Executivo pelo então Presidente da República, general Ramalho Eanes, Mário Soares liderou a oposição entre 1978 e 1983, tendo sido durante esse período viabilizada a primeira revisão da Constituição da República, eliminando a tutela político-militar do Conselho da Revolução, que vinha dos primeiros tempos da Revolução, e consagrou o carácter civilista, pluripartidário e de tipo ocidental do regime. Foi então criado o Conselho de Estado, para o qual Mário Soares foi eleito pelo Parlamento.
Após nova dissolução da Assembleia da República, ocorrida em 1983, e na sequência das eleições legislativas que voltaram a dar a vitória ao PS, foi nomeado Primeiro-Ministro do IX Governo Constitucional, com base numa coligação partidária PS/PSD (1983-85) (4). Coube ao IX Governo Constitucional ultimar o processo de adesão de Portugal à CEE, conduzir as últimas negociações e assinar o Tratado de Adesão, em Junho de 1985.
Apesar de o PS ter perdido as eleições de Outubro de 1985, realizadas por força de nova dissolução da Assembleia da República, em consequência do rompimento, pelo PSD, da coligação PS/PSD, Mário Soares candidatou-se às eleições presidenciais, previstas para Janeiro de 1986. Teve o apoio de independentes e do PS (na 1ª volta) e de toda a esquerda (na 2ª volta), tendo sido eleito em 16 de Fevereiro, por cinco anos. Foi o primeiro Presidente civil eleito directamente pelo povo, na história portuguesa. Renunciou então aos seus cargos de Secretário-Geral do PS e de deputado.Em Janeiro de 1991 foi reeleito Presidente da República, logo à 1ª volta, tendo obtido 70,40 % dos votos validamente expressos e terminou o seu segundo mandato em Março de 1996. Tornou-se membro do Conselho de Estado desde 1996, por inerência.
Em 1996 assumiu a presidência da Fundação que havia sido fundada, em 1991, com o seu nome . Em 1999 foi eleito Deputado ao Parlamento Europeu, tendo cumprido toda a legislatura (1999-2004). Em 2006 concorreu, de novo, a Presidente da República, pelo PS, tendo perdido as eleições para Aníbal Cavaco Silva.
De entre a actividade internacional desenvolvida no exercício de cargos públicos, destaca-se: como Ministro dos Negócios Estrangeiros, o estabelecimento de relações diplomáticas com todos os países do Mundo e o início oficial do processo de descolonização nos encontros de Dakar, com Aristides Pereira, antigo Presidente da República Popular de Cabo Verde, e de Lusaka, com Samora Machel, malogrado Presidente da República Popular de Moçambique; como Primeiro-Ministro, o impulso inicial dado ao processo de adesão de Portugal à CEE, em Março de 1977 (I Governo Constitucional), o começo das negociações com o FMI para a recuperação da economia portuguesa (II Governo Constitucional) e a consagração da opção europeia com a assinatura, em simultâneo com a Espanha, do Tratado de Adesão, em 1985 (IX Governo Constitucional); como Presidente da República, a defesa intransigente do respeito pelos direitos dos homens e dos povos, de que Timor-Leste constituía então uma referência portuguesa dramática, a frontalidade assumida em visitas oficiais e cimeiras de Chefes de Estado e de Governo na denúncia dos regimes que se afastavam do modelo proposto pela Carta da ONU para o desenvolvimento e a intervenção permanente no sentido de a dimensão atlântica encontrar forma numa comunidade de povos de expressão portuguesa, reaproximando o Brasil dos novos conceitos estratégicos nacionais.
É membro honorário da Academia das Ciências de Lisboa, da Sociedade Portuguesa de Autores, da Sociedade Portuguesa de Escritores, Presidente do Conselho de Patronos da Fundação Arpad Szennes/Vieira da Silva e membro do Júri do Prémio Pessoa.
Como Secretário-Geral do PS e Vice-Presidente da Internacional Socialista (IS) - cargo para que foi eleito no Congresso de Genève, em 1976, e depois sucessivamente reeleito até ser nomeado Presidente Honorário em 1986 - Mário Soares desenvolveu uma intensa actividade internacional. Foi presidente das Comissões da IS para o Médio-Oriente e para a América Latina, tendo realizado várias missões de informação àquelas zonas e bem assim à África Austral. Participou em numerosas negociações, encontros, colóquios, congressos e missões no quadro da Internacional Socialista e fora dele.
Como Secretário-Geral do PS e Vice-Presidente da Internacional Socialista (IS) - cargo para que foi eleito no Congresso de Genève, em 1976, e depois sucessivamente reeleito até ser nomeado Presidente Honorário em 1986 - Mário Soares desenvolveu uma intensa actividade internacional. Foi presidente das Comissões da IS para o Médio-Oriente e para a América Latina, tendo realizado várias missões de informação àquelas zonas e bem assim à África Austral. Participou em numerosas negociações, encontros, colóquios, congressos e missões no quadro da Internacional Socialista e fora dele.
Notas:
(1) Na sua actividade na ASP, destacam-se:
Inicio da publicação do Portugal Socialista em Maio de 1967; Declaração do Bureau da Internacional Socialista sobre as eleições portuguesas (1969); Convenção Nacional da A.S.P. (1970); Emissão de uma Circular da A.S.P. aos Partidos Socialistas Europeus e carta de Mário Soares solicitando a admissão da A.S.P. na Internacional Socialista (1971); Carta Mário Soares e de Tito de Morais solicitando apoio do Partido Operário Social-Democrata da Suécia e admissão da A.S.P. na Internacional Socialista (1972); Emissão do relatório da A.S.P. sobre o quadro político português herdado de 1972, mensagem de Mário Soares apelando à unidade da Oposição, comunicado do núcleo de Londres da A.S.P., sobre a vigília na Capela do Rato, saudação de Mário Soares ao III Congresso da Oposição Democrática, carta da A.S.P. ao Conselho da Europa sobre o III Congresso da Oposição Democrática, carta de Rodney Balcomb, dirigente da Internacional Socialista, sobre as relações entre Portugal e a CEE (1973).
(2) Militantes da Acção Socialista Portuguesa, idos de Portugal e de diversos núcleos no estrangeiro, de entre outros países e cidades de Londres, Paris, Genebra, Suécia, Argélia e Brasil, reunidos em Congresso da Acção Socialista Portuguesa e "ponderando os superiores interesses da Pátria, a actual estrutura e dimensão do movimento, as exigências concretas do presente e a necessidade de dinamizar os militantes para as grandes tarefas do futuro, deliberou transformar a A.S.P. em Partido Socialista».
(3) Neste período, foi necessário enfrentar e resolver uma complicada situação financeira e económica do país, que MS procurou ultrapassar mediante a aplicação de um «programa de estabilização e rigor» negociado com o FMI. Foi ainda durante o I Governo Constitucional que se procedeu à integração, com pleno êxito, de quase um milhão de portugueses retornados das ex-colónias. Durante 1976 e 1977 foram também aprovadas as primeiras leis que deram forma ao novo Estado de Direito (código civil, lei da delimitação dos sectores, lei de bases da reforma agrária, etc.) e começaram a funcionar, com regularidade, os mecanismos institucionais previstos na Constituição de 1976.
(4) Este Governo viu-se confrontado com uma nova crise financeira que o levaram a pôr em prática um novo plano de emergência e recuperação.
Helena Pato
Biografia escrita a partir de:
Júlio Vintém relembra:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=876521162368197&set=a.400068303346821.92725.100000309636991&type=1&theater
"ACONTECEU ONTEM MAS HOJE CONTINUA A SER NOTICIA.
Soares "foi o pai da democracia" dizem todos os dirigentes do PS e os convidados de direita.
Dizem: o pai da democracia que "lutou" antes do 25 de Abril contra a ditadura e depois do 25 de Abril contra a "ditadura de esquerda".
A verdade essencial é que antes do 25 de Abril Mário Soares sempre procurou dividir os movimentos unitários antifascistas que lutavam contra a ditadura fascista.
Depois do 25 de Abril, foi o homem de mão do capitalismo, teve o papel principal na recuperação capitalista e da situação de exploração e empobrecimento a que chegamos.
A Verdade é que, meses após o 25 de Abril, sempre esteve contra os valores conquistados com a revolução, contra o PCP e outros Democrata e Patriotas e sempre lutou, sim, mas pela Democracia da Grande Burguesia e do grande capital pela mão dos governos PS/PSD/CDS que arrastaram o Povo e o País para o estado a que chegamos!"
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Tenho na memória os debates com Álvaro Cunhal em que este tinha toda a razão
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lembro-me dele a justificar que tinha de meter o socialismo na gaveta
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lembro-me dele a dar cabo das nacionalizações
e com Medina Carreira a trazer o Espírio Santo
para as primeira privatizações da banca
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1986
Votei nele contra Freitas do Amaral depois de ter votado Salgado Zenha na 1ª volta...
por indicação do congresso extraordinário do PCP...
O que teria sido a política deste país sem ele ter sido eleito PRepública?
Freitas do Amaral até já esteve com Sócrates no governo...
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O caso do não apoio a Ramalho Eanes
Vitor Dias relembra:
http://otempodascerejas2.blogspot.pt/
07 Dezembro 2014
Informção para os mais novos ou...
... uma certa rectificação a Maria João Avilez
Na série de depoimemtos que hoje publica a propósito do 90º aniversário de Mário Soares (a quem felicito e cumprimento pela bonita data inclui-se um de Maria João Avillez, jornalista com quem durante muitíssimos anos por razões profissionais mantive sempre relações muito cordiais, onde afirma a dado passo:
Quero crer que M. J. Avillez terá mais sido vítima da pressa do que de qualquer vontade de enevoar as coisas. Mas, como nem tododtemos a minha idade e a dela, então talvez seja justo esclarecer que dizer que «o PS lhe retirou apoio por causa da recandidatura do general Eanes» é uma maneira algo embrulhada de contar as coisas. O que realmente aconteceu é, contra a opinião do Secretariado do PS, Mário Soares resolveu retirar o apoio à candidatura de Eanes em 1980 (contra Soares Carneiro) e se autosuspendeu das funções de Secretário-geral do PS. E, pior que tudo, para além do problema de assinaturas que isso causou à candidatura de Eanes (como ele se resolveu não posso contar), Mário Soares não se remeteu a uma prudente reserva, antes fez numerosas declarações e deu numerosas entrevistas em defesa da sua atitude. Algures, em sítio indeterminado, devo aliás ainda ter muitas dessas entrevistas que seria pura crueldade revisitar agora pois, efectivamente, entre outros, não foi dos momentos mais bonitos da longa carreira de Mário Soares. Mas, pronto, hoje é dia de parabéns.
Apoiou Passos Coelho quando ele começou como leader do PSD
e depois atacou-o em encontros de td a esquerda
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Apoiou Seguro e depois Costa contra Seguro
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Ontem vi 1 homem de 90 anos com td a genica no Congresso da JS:
Via TVI
«O país está de cócoras e tudo foi destruído»
http://goo.gl/nCmdJK
https://www.facebook.com/tvi24/photos/a.425836245991.210309.106349590991/10152982839115992/?type=1&fref=nf
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"Quando chego a uma sala destas, cheia de gente jovem, numa situação em que o país está de cócoras, em que tudo foi destruído, em que não há nada (…) e em que tanta gente, por medo ou por qualquer outra razão, não é capaz de lutar, estar aqui e ver-vos a vocês todos aqui aos berros pela liberdade e pela democracia, para mim é o melhor que me poderiam ter feito", disse.
Mário Soares falava a centenas de jovens socialistas participantes no congresso da JS, que termina domingo em Tróia, no concelho de Grândola, distrito de Setúbal, e em que o actual secretário-geral João Torres deve ser reeleito para um segundo mandato para o biénio 2014/2016.
Na intervenção que fez perante 800 jovens congressistas, Soares, que completa domingo 90 anos, recordou um passado de luta pela liberdade e pela democracia ao longo da vida.
Numa intervenção que foi também um incentivo aos jovens socialistas, para que continuem a lutar pelos valores da liberdade e democracia, Mário Soares lembrou que esteve preso muitas vezes e disse ter conhecido todas as prisões portuguesas da época.
Numa intervenção que foi também um incentivo aos jovens socialistas, para que continuem a lutar pelos valores da liberdade e democracia, Mário Soares lembrou que esteve preso muitas vezes e disse ter conhecido todas as prisões portuguesas da época.
O líder histórico do PS recordou ainda alguns períodos do seu percurso de vida, em que lidou com grande líderes munidas, como François Mitterrand, Willy Brandt e Olof Palme, e em que desempenhou funções governativas e na Presidência da República, mas garantiu que sempre se sentiu como um cidadão normal.
"Vejo-me como um cidadão normal, que faz aquilo que deve fazer, em função da liberdade, em função da democracia", disse Soares, que se congratulou por ver tantos jovens a fazer o mesmo que ele fez ao longo da vida.
Lusa
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Acordar Portugal
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Acordar Portugal
Olhe Que não??
1-Álvaro Cunhal(PCP) avisou-nos sobre o perigo de com a moeda única ficarmos sujeitos à "ditadura" do Banco Alemão.
-PS e PSD disseram que era mentira.
-Hoje o banco Alemão exerce o seu poder de forma ditatorial em toda a zona euro.
1-Álvaro Cunhal(PCP) avisou-nos sobre o perigo de com a moeda única ficarmos sujeitos à "ditadura" do Banco Alemão.
-PS e PSD disseram que era mentira.
-Hoje o banco Alemão exerce o seu poder de forma ditatorial em toda a zona euro.
2-Carlos Carvalhas(PCP) avisou-nos que a entrada de Portugal na moeda única levaria ao congelamento de salários, à perca de direitos e ao desmantelamento da segurança social.
-PS e PSD disseram que era mentira.
-Hoje com o Euro em Portugal há 13 anos temos os salários congelados, perdemos direitos e PS e PSD preparam-se para desmantelar a segurança social na próxima legislatura.
-PS e PSD disseram que era mentira.
-Hoje com o Euro em Portugal há 13 anos temos os salários congelados, perdemos direitos e PS e PSD preparam-se para desmantelar a segurança social na próxima legislatura.
3-Hoje Jerónimo de Sousa avisa que é preciso que preparemos o país para uma eventual saída do Euro, que caso não saiamos pelo próprio pé, mais cedo ou mais tarde seremos expulsos da Moeda única de forma não preparada e repentina o que levará a consequências gravosas para o país.
(Que se entenda que o que o PCP prentende não é sair já do Euro, mas sim preparar essa saída, qualquer pessoa de bom senso percebe que mais vale estarmos preparados para o pior, do que sermos apanhados de surpresa.
-PS e PSD dizem-nos que não nos devemos preparar.
(Que se entenda que o que o PCP prentende não é sair já do Euro, mas sim preparar essa saída, qualquer pessoa de bom senso percebe que mais vale estarmos preparados para o pior, do que sermos apanhados de surpresa.
-PS e PSD dizem-nos que não nos devemos preparar.
Conclusão:
O PCP já avisou 2 vezes e acertaram, PS e PSD mentiram-nos.
E agora? Vais continuar a acreditar em quem te mentiu? Ou vais acreditar em quem te avisou duas vezes?
O PCP já avisou 2 vezes e acertaram, PS e PSD mentiram-nos.
E agora? Vais continuar a acreditar em quem te mentiu? Ou vais acreditar em quem te avisou duas vezes?
22set2008
HistóriaLivro revela que Frank Carlucci comandou
actividades da CIA em Portugal em 1975
https://www.publico.pt/2008/09/22/politica/noticia/livro-revela-que-frank-carlucci-comandou-actividades-da-cia-em-portugal-em-1975-1343564
A revelação é feita no livro "Carlucci vs. Kissinger - Os EUA e a Revolução Portuguesa", de Bernardino Gomes e Tiago Moreira de Sá (Ed. D. Quixote) que, com recurso a documentos desclassificados dos arquivos norte-americanos, reconstitui em cerca de 500 páginas a forma como os Estados Unidos acompanharam a situação em Portugal de 1974 a 1976.
"Tudo o que a CIA fez foi sob o meu comando. Qualquer acção que possa ter desenvolvido destinava-se a executar a política dos EUA, que era apoiar as forças democráticas em Portugal. A CIA era parte da equipa [da embaixada] e eles faziam o que lhes mandava", afirma o ex-diplomata na obra.
Carlucci foi sempre um alvo do PCP e da extrema-esquerda. Chegou a Portugal no início de 1975, meses depois do 25 de Abril, em pleno ambiente revolucionário, e tinha palavras de ordem contra ele pintadas nas paredes de Lisboa.
A declaração do ex-diplomata é feita a propósito da importância que dava às "informações" e para explicar o primeiro diferendo que teve com o secretário de Estado, Henry Kissinger, sobre a revolução portuguesa e a resposta a dar pelos Estados Unidos.
Carlucci estava a favor dos "moderados" e Kissinger, durante algum tempo, alimentou a teoria da vacina - que Portugal estava perdido para os comunistas e que, por isso, serviria de "vacina" para outros países em transição, como Espanha e Grécia, ou onde os comunistas tinham crescente influência, Itália.
Sem seu conhecimento prévio, em finais de Janeiro de 1975, o Departamento de Estado envia a informação, tendo como base os serviços de informações, de que "o PCP e elementos de esquerda do MFA" estariam a "planear um golpe" contra os moderados - informações que Carlucci desvalorizou, pedindo que, de futuro, pudesse ter "acesso a toda a informação de 'intelligence' e uma hipótese de a comentar antes de ela ser distribuída".
No livro, os dois autores apresentam "a visão e a acção política dos Estados Unidos em Portugal durante a transição democrática", em que Washington receou que Portugal se tornasse um país comunista.
E concluem: "A acção da América acabou mesmo por contribuir para a vitória das forças democráticas".
Outra das conclusões é que, apesar de Washington ter sido surpreendida pelo golpe do Movimento das Forças Armadas (MFA), a 25 de Abril de 1974, que derrubou uma ditadura de 48 anos, foi recebendo muitas informações sobre a eventualidade de um golpe dos jovens oficiais.
Um exemplo: a 23 de Abril de 1974, um diplomata norte-americano de passagem por Lisboa, Bob Bentley, encontrou-se com um "colaborador próximo" do presidente do conselho a um dia de ser deposto, Marcello Caetano, que lhe falou da iminência de um golpe.
Bentley dirigiu-se à sua embaixada em Lisboa, onde o número dois, Richard Post (em substituição do embaixador Stuart Nash Scott, ausente a caminho dos Estados Unidos), dizendo-lhe o que apurara.
Richard Post, com quem Bentley tinha más relações, "respondeu-lhe que não tinha nada a ver com o assunto e expulsou-o do seu gabinete".
Este trabalho resulta de quatro anos de investigação nos Estados Unidos e em Portugal, através da consulta de arquivos e de muitos documentos norte-americanos desclassificados, e aborda todas as fases da revolução portuguesa - o 28 de Setembro, o golpe de 11 de Março, o Verão Quente e o 25 de Novembro.
Com um Governo em que participavam ministros comunistas, os Estados Unidos receavam pela segurança dos segredos militares da NATO, tendo equacionado o cenário de expulsão ou "quarentena" da Aliança Atlântica.
Num país à beira da guerra civil, no Verão Quente, os autores consideram que o PS, liderado por Mário Soares, chegou mesmo a "pedir ajuda militar" - pedido esse recusado - e que só terá chegado passado o 25 de Novembro, com a entrega de material para a tropa de choque.
A apresentação está marcada para dia 30 de Setembro na Fundação Luso-Americana, em Lisboa, numa cerimónia em que estarão presentes o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
Bernardino Gomes é licenciado em Ciências Políticas pela Universidade de Lovaina (Bélgica), foi chefe de gabinete de Mário Soares quando este era primeiro-ministro, é assessor do Ministério dos Negócios Estrangeiros e investigador do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI), da Universidade Nova de Lisboa.
Tiago Moreira de Sá foi jornalista (1995-2003), é historiador, autor do livro "Os Americanos na Revolução Portuguesa" (Ed. Notícias) e actualmente é investigador do IPRI.
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a opinião da Joana Nunes:
Hoje é dia de parabenizar o “fundador da democracia portuguesa”, o “pai da democracia”,o “homem maior da democracia”. Como se a democracia pudesse ser dada e não conquistada. Como se, quando Mário Soares aterrou em Lisboa depois do exílio, a revolução não estivesse na rua. Esta é a visão da história de quem a venceu, sem dúvida, visão paternalista e enviesada. O PREC, esse período tenebroso, em que a força colectiva vingou na construção de todo o tipo de associações, cooperativas, sindicatos livres, em que foram aqueles que tinham a força produtiva a decidir os seus destinos. A democracia e a cidadania chegaram ao Alentejo com a Reforma Agrária. A mesma que o senhor Soares começou por destruir, com o apoio das forças policiais e forças reaccionárias rurais. Como se a terra pudesse ter donos. Como a democracia. Durou pouco tempo é certo, mas é esta a raiz da democracia que eu reivindico.
A democracia que o senhor Soares fundou foi a democracia dos exploradores, a que lhes restituiu os privilégios anteriores, a mesma que hoje nos rouba a possibilidade de decidir os nossos destinos.
E não consigo deixar de dizer, vendo Adriano Moreira na homenagem a Mário Soares, como é repugnante. O homem que hoje se passeia como democrata, no passado ministro do Ultramar, que quando começa a Guerra Colonial, manda reactivar o Campo de “Morte Lenta” do Tarrafal, em 1961. É a hipocrisia da democracia burguesa.
A democracia que o senhor Soares fundou foi a democracia dos exploradores, a que lhes restituiu os privilégios anteriores, a mesma que hoje nos rouba a possibilidade de decidir os nossos destinos.
E não consigo deixar de dizer, vendo Adriano Moreira na homenagem a Mário Soares, como é repugnante. O homem que hoje se passeia como democrata, no passado ministro do Ultramar, que quando começa a Guerra Colonial, manda reactivar o Campo de “Morte Lenta” do Tarrafal, em 1961. É a hipocrisia da democracia burguesa.
http://www.ionline.pt/artigos/portugal/congresso-js-mario-soares-elogia-atitude-jovens-socialistas-na-luta-pela-liberdade