Vai haver eleições em 2018...
2jul
México tem novo presidente...Obrador!...dizem que é de esquerda após tantos anos de direita
López Obrador é o novo presidente do México
Apesar de os resultados serem preliminares, os outros candidatos já reconheceram a vitória do candidato progressista, líder do partido Morena e candidato pela coligação Juntos Haremos Historia.
Com
49% do escrutínio divulgado, Andrés Manuel López Obrador obtém 53,6%
dos votos, seguido dos candidatos da oligarquia que tem dominado o país:
Ricardo Anaya, da coligação Por México al Frente (em que se integra o
Partido de Acção Nacional), com 22,6%, e José Antonio Meade, candidato
da coligação Todos por México (onde se encaixa o Partido Revolucionário
Institucional, do actual presidente, Peña Nieto), com 15,4%. Jaime
Rodríguez Calderón, independente, obtém 5,5% dos votos.
Pouco depois da divulgação dos primeiros resultados, os restantes candidatos reconheceram o triunfo eleitoral do antigo chefe de governo do Distrito Federal (2000-2005) e que havia sido candidato à Presidência do México em 2006 e 2012 – processos eleitorais marcados por denúncias de fraude e compra de votos.
O candidato progressista, que se manteve sistematicamente à frente das sondagens, disse que irá trabalhar em prol dos «menos favorecidos», tendo garantido que vai defender e implementar políticas sociais que apresentou no seu programa eleitoral, nomeadamente ao nível da Educação, do Emprego e da Saúde.
Antes,
na sede central da coligação Juntos Haremos Historia, integrada pelo
Morena, o Partido do Trabalho e o Partido Encontro Social, López Obrador
afirmou que o seu governo terá como missão fundamental «erradicar a
corrupção e a impunidade», acrescentando que a corrupção é o «resultado
de um regime político em decadência», indica a TeleSur.
Apelou ainda à «reconciliação» entre todos os mexicanos e, a nível económico, garantiu que «não haverá subida de impostos nem gasolinazos [aumento do preço da gasolina]».
Ao nível da política externa, o novo chefe de Estado mexicano afirmou que o seu país será «amigo de todos os povos e governos do mundo», que «respeitará os princípios de autodeterminação e de resolução pacífica dos conflitos», e que irá procurar estabelecer relações de «mútuo respeito» com a administração dos EUA.
Do seu programa constam também medidas para lidar com a questão da violência endémica no país azteca, que, só no ano passado, provocou 29 mil mortos (por homicídio doloso) e, nos últimos anos, 33 mil desaparecimentos forçados, em grande medida relacionados com os fenómenos do narcotráfico e do crime organizado.
Para além da Presidência da República, as eleições de ontem decidiam, a nível federal, a constituição do Senado e da Câmara dos Deputados. A nível local, estavam em causa oito governadores, a chefia do governo da Cidade do México e as suas 16 delegações – que passarão a ser municípios –, congressos estatais, autarquias e milhares de cargos municipais.
Pouco depois da divulgação dos primeiros resultados, os restantes candidatos reconheceram o triunfo eleitoral do antigo chefe de governo do Distrito Federal (2000-2005) e que havia sido candidato à Presidência do México em 2006 e 2012 – processos eleitorais marcados por denúncias de fraude e compra de votos.
«Não vou trair o povo mexicano»
Falando já depois da meia-noite (hora do Centro do México) para os milhares de apoiantes que se juntaram na Praça de El Zócalo, na Cidade do México, o fundador do Movimento de Regeneração Nacional (Morena) garantiu que o seu governo será «do povo e para o povo» e que não irá trair a confiança que nele «depositaram milhões de mexicanos».O candidato progressista, que se manteve sistematicamente à frente das sondagens, disse que irá trabalhar em prol dos «menos favorecidos», tendo garantido que vai defender e implementar políticas sociais que apresentou no seu programa eleitoral, nomeadamente ao nível da Educação, do Emprego e da Saúde.
Apelou ainda à «reconciliação» entre todos os mexicanos e, a nível económico, garantiu que «não haverá subida de impostos nem gasolinazos [aumento do preço da gasolina]».
Ao nível da política externa, o novo chefe de Estado mexicano afirmou que o seu país será «amigo de todos os povos e governos do mundo», que «respeitará os princípios de autodeterminação e de resolução pacífica dos conflitos», e que irá procurar estabelecer relações de «mútuo respeito» com a administração dos EUA.
Do seu programa constam também medidas para lidar com a questão da violência endémica no país azteca, que, só no ano passado, provocou 29 mil mortos (por homicídio doloso) e, nos últimos anos, 33 mil desaparecimentos forçados, em grande medida relacionados com os fenómenos do narcotráfico e do crime organizado.
Elevada participação
De acordo com o presidente do Instituto Nacional Eleitoral, Lorenzo Córdova, a participação nas maiores eleições da história do México foi «bastante elevada», tendo referido que os dados premilinares apontavam para uma participação superior a 60% – o que contraria a tradicional alta abstenção no país centro-americano, segundo informa a RT.Para além da Presidência da República, as eleições de ontem decidiam, a nível federal, a constituição do Senado e da Câmara dos Deputados. A nível local, estavam em causa oito governadores, a chefia do governo da Cidade do México e as suas 16 delegações – que passarão a ser municípios –, congressos estatais, autarquias e milhares de cargos municipais.
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https://www.facebook.com/teleSUR/videos/10155529989701179/?hc_ref=ARSDLRctEXejSqsOl3Mykv-MeZLI8j98UxEiOtkWBLCHhjO4eqnvKWFvZ_7HSh3tvI0
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16mAIo2018
90 políticos mortos no México desde seTEMbro2017...Leu ou viu alguma notícia???..
https://www.facebook.com/960198530674380/photos/a.960209104006656/2087062991321256/?type=3&theater
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maio...
Impressiona que não haja uma única notícia DOS "NOSSOS DEMOCRÁTICOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL" de várias dezenas de políticos mortos...
Exemplo:
Eleitores cercam a casa de prefeito eleito assassinado
Reuters / Angel Hernandez / 20.7.2018
Com a eleição geral no México se aproximando, uma onda de violência
tomou conta do país. Pelo menos 82 candidatos e ocupantes de cargos
públicos foram mortos desde o início da corrida eleitoral, em setembro,
de acordo com um levantamento feito em conjunto pela Etellekt, empresa
mexicana de consultoria de segurança, e pela agência Reuters.A eleição, marcada para 3 de junho, vai eleger o novo presidente do México, além de membros do Senado e do Congresso, dos governadores de alguns dos estados e deputados estaduais por todo o país.
Guerra entre cartéis
A violência pré-eleitoral atinge principalmente o estado de Guerrero, no sudoeste do país, onde pelo menos oito candidatos à assembleia estadual foram mortos nos últimos seis meses. Cartéis de narcotraficantes lutam pelo controle da produção e tráfico de drogas na região, a maior produtora de papoula do México.
https://hypenews.net/ameaas-e-assassinatos-marcam-a-campanha-eleitoral-no-mxico/
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Via Avante:
A incessante luta pela soberania dos povos da América Latina
Edição: 2324, 14-06-2018
América monstruosa
Edição: 2322, 30-05-2018
Trabalham mas não saem da pobreza e vivem nos países ricos
Edição: 2320, 17-05-2018
A célebre frase do presidente mexicano Porfírio Diaz (1830-1915) só peca por ser geograficamente limitada: «Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos.»
(...)
Música, poesia, angústias e esperanças
Antes
dos discursos foi a música a transportar para a América Latina as
dezenas que pessoas que participaram na sessão de solidariedade do
passado dia 7. E quem melhor para representar as angústias e esperanças
dos latino-americanos do que os poemas e canções dos chilenos Pablo
Neruda, Victor Jara e Violeta Parra, trazidos pela guitarra de Rui
Galveias e a voz de Joana Manuel, dois dos cinco elementos do grupo El
Sur?
A
primeira canção que interpretaram, El Pueblo, um poema de Neruda
(incluído no magistral Canto Geral) musicado por Parra, é em si mesma um
resumo perfeito do que as intervenções a seguir demonstrariam: «Paseaba
el pueblo sus banderas rojas/ Y entre ellos en la piedra que tocaron/
Estuve en la jornada fragorosa/ Y en las altas canciones de la lucha.//
Vi como paso a paso conquistaban./ Sólo su resistencia era camino,/ Y
aislados eran como trozos rotos/ De una estrella, sin bocas y sin
brillo.// Juntos en la unidad hecha en silencio,/ Eran el fuego, el
canto indestructible,/ El lento paso del hombre en la tierra/ Hecho
profundidades y batallas.// Eran la dignidad que combatía/ Lo que fue
pisoteado, y despertaba/ Como un sistema, el orden de sus vidas/ Que
tocaban la puerta y se sentaban/ En la sala central con sus banderas.»
**
Director de fotografia distinguido no MéxicoEdição: 2318, 03-05-2018
**
Posição conjunta contra bombardeamento à Síria
Edição: 2318, 03-05-2018
**
Adriana e Efrén lembrados em Lisboa
Edição: 2317, 27-04-2018
**
Partidos comunistas e progressistas adoptam posição conjunta
Edição: 2316, 19-04-2018
**
Califórnia recusa reprimir migrantes
Edição: 2316, 19-04-2018
O
governador do estado norte-americano da Califórnia proibiu os 400
membros da Guarda Nacional que aceitou deslocar para a fronteira com o
México de integrarem o combate à imigração, seja em acções de
patrulhamento e detenção seja em quaisquer funções de apoio àquelas.
De
acordo com informações apuradas pela Associated Press, Jerry Brown
esclareceu as autoridades federais que o acordo alcançado a semana
passada com a administração central – o qual permitiu a Donald Trump
obter a colaboração dos governos do Texas, Arizona e Novo México para a
deslocação de cerca de 1600 militares, sob a alçada destes, com a missão
de conter a entrada ilegal de sul-americanos nos EUA – tem como único
propósito reforçar operações contra o narcotráfico.
http://www.avante.pt/pt/2316//149605/
**A guerra comercial
Edição: 2314, 05-04-2018
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Desastres naturais atingem México, Caraíbas e EUA
Edição: 2285, 14-09-2017
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19jun1923...O revolucionário Pancho Villa é assassinado nas imediações de Parras de la Fuente
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Postei:
19jun
1867...O
Imperador do México, Maximiliano, é capturado e executado..Pouco se
fala da actualidade...Sabemos que o México venceu a Alemanha no Mundial
da Rússia...Mas quem sabe que mataram mais de 100 políticos na campanha
eleitoral para as eleições de 2018???
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https://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2019/06/19-de-junho-de-1867-o-imperador-do.html?spref=fb&fbclid=IwAR1UxlzCOrx1nrq3h-Ctw9rAlxOiA79gbv-6HqbSd9itW-hHmxt6mAmpn3M
19 de Junho de 1867: O Imperador do México, Maximiliano, é capturado e executado
O
imperador do México, Maximiliano, irmão do imperador da
Áustria-Hungria, Francisco José I foi fuzilado no dia 19 de Junho de
1867 em Querétaro (México), com dois dos seus generais, pelos
partidários do presidente Juárez. Maximiliano tinha aceite em 1864, a
coroa imperial do México que lhe havia oferecido Napoleão III. Contudo,
Maximiliano não conseguiu impor a sua autoridade visto que os mexicanos
continuaram fieis a Juárez.
Em 1861, o liberal mexicano Benito Juárez tornou-se presidente de um país arruinado financeiramente, obrigando-o a deixar de cumprir os seus compromissos de pagamento da dívida aos governos europeus. Em resposta a França, a Grã-Bretanha e a Espanha enviaram as suas forças navais a Vera Cruz a fim de exigir o pagamento. A Grã-Bretanha e a Espanha negociaram com o México e retiraram as suas tropas navais, mas a França, governada por Napoleão III, decidiu valer-se da oportunidade para estabelecer um império em território mexicano. Posteriormente em 1861, uma frota francesa bem armada tomou de assalto Vera Cruz, desembarcando um amplo contingente, obrigando o presidente Juárez e o seu governo à retirada.
Certos de que uma vitória francesa no México viria facilmente e com rapidez, 6 mil combatentes franceses comandados pelo general Charles Latrille de Lorencez desencadearam um ataque a Puebla de Los Angeles, uma pequena cidade no centro-oriente do México. Do seu novo quartel general no norte do país, Juárez reuniu uma força mal treinada, enviando-a a Puebla. Comandados pelo general Ignacio Zaragoza, os 2 mil mexicanos fortificaram a cidade, preparando-se para o assalto francês. Em 5 de Maio de 1862, Lorencez lançou o seu exército, bem-provisionado e apoiado por pesada artilharia, diante da cidade de Puebla, começando o assalto a partir do norte. A batalha durou do raiar do dia até ao final da tarde e quando os franceses finalmente bateram em retirada deixaram perto de 500 baixas contra menos de 100 mortos entre os mexicanos.
Embora não tenha sido a maior vitória estratégica da guerra contra a França, a vitória de Zaragoza em Puebla representou uma grande vitória moral para o governo mexicano e simbolizou a capacidade do país de defender a sua soberania contra as ameaças de uma poderosa nação estrangeira. Hoje, os mexicanos celebram o aniversário da Batalha de Puebla como o Cinco de Maio, feriado nacional no país.
Em nome da Doutrina Monroe (a América para os americanos), Washington exigira em 12 de Fevereiro de 1866, que o imperador francês retirasse as suas tropas do México. Napoleão III recusou e pediu a Maximiliano, imperador do México desde 1864, para implantar um exército nacional.
Em 1861, o liberal mexicano Benito Juárez tornou-se presidente de um país arruinado financeiramente, obrigando-o a deixar de cumprir os seus compromissos de pagamento da dívida aos governos europeus. Em resposta a França, a Grã-Bretanha e a Espanha enviaram as suas forças navais a Vera Cruz a fim de exigir o pagamento. A Grã-Bretanha e a Espanha negociaram com o México e retiraram as suas tropas navais, mas a França, governada por Napoleão III, decidiu valer-se da oportunidade para estabelecer um império em território mexicano. Posteriormente em 1861, uma frota francesa bem armada tomou de assalto Vera Cruz, desembarcando um amplo contingente, obrigando o presidente Juárez e o seu governo à retirada.
Certos de que uma vitória francesa no México viria facilmente e com rapidez, 6 mil combatentes franceses comandados pelo general Charles Latrille de Lorencez desencadearam um ataque a Puebla de Los Angeles, uma pequena cidade no centro-oriente do México. Do seu novo quartel general no norte do país, Juárez reuniu uma força mal treinada, enviando-a a Puebla. Comandados pelo general Ignacio Zaragoza, os 2 mil mexicanos fortificaram a cidade, preparando-se para o assalto francês. Em 5 de Maio de 1862, Lorencez lançou o seu exército, bem-provisionado e apoiado por pesada artilharia, diante da cidade de Puebla, começando o assalto a partir do norte. A batalha durou do raiar do dia até ao final da tarde e quando os franceses finalmente bateram em retirada deixaram perto de 500 baixas contra menos de 100 mortos entre os mexicanos.
Embora não tenha sido a maior vitória estratégica da guerra contra a França, a vitória de Zaragoza em Puebla representou uma grande vitória moral para o governo mexicano e simbolizou a capacidade do país de defender a sua soberania contra as ameaças de uma poderosa nação estrangeira. Hoje, os mexicanos celebram o aniversário da Batalha de Puebla como o Cinco de Maio, feriado nacional no país.
Em nome da Doutrina Monroe (a América para os americanos), Washington exigira em 12 de Fevereiro de 1866, que o imperador francês retirasse as suas tropas do México. Napoleão III recusou e pediu a Maximiliano, imperador do México desde 1864, para implantar um exército nacional.
A
expedição francesa ao México começou em 1862 quando o imperador gaulês,
decidiu criar um império católico para contrabalançar o poder dos
Estados Unidos, maioritariamente protestantes. Colocou na chefia do
governo do México o irmão do imperador da Áustria, Maximiliano. Todavia,
diante da pressão norte-americana e das guerrilhas mexicanas, Napoleão
III retiraria as suas tropas deixando Maximiliano só, diante dos
insurgentes mexicanos. Abandonado no México, o imperador Maximiliano foi capturado pelas forças de Juárez e em 19 de Junho de 1867, executado.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

O Imperador Maximiliano

O Imperador Maximiliano - Franz Xaver Winterhalter

A execução do Imperador Maximiliano - Édouard Manet
***
Via:
http://www.infoescola.com/mexico/historia-do-mexico/
O México é um país com uma história
Em 1519, o espanhol Hernán Cortez chegou à ilha de Cozumel e, de lá, se deu a invasão do atual território mexicano. Tenochtitlán, capital do império azteca, foi destruída a partir de 1520, sobre suas ruínas foi construída a atual capital do México, Cidade do México. Junto dos militares espanhóis, chegaram, em 1524, também missionários (frades franciscanos) que convertiam os indígenas à fé católica.

O Partido revolucionário institucional (PRI) dominou a cena política mexicana entre 1929 e 2000, todos os presidentes eleitos neste período pertenciam ao PRI, até que, em 2000, Vicente Fox Quesada foi eleito pelo Partido da Ação Nacional do México.
O México passou por uma séria crise econômica, em 1994, devida à falta de competitividade das empresas mexicanas face à instalação de empresas norte-americanas, pertencentes ao NAFTA, que se instalaram no país. Cerca de 200 mil mexicanos perderam seus empregos. O México precisou de ajuda externa e os EUA fizeram um empréstimo a aquele país de 29 bilhões de dólares. No final da década de 90, o México foi o país que mais cresceu na América Latina.
***Via Lenir Piccolli Zardo:
https://www.facebook.com/newanarchygreen/photos/a.532380976817563.1073741828.532194050169589/916912001697790/?type=3&theater
***
famoso discurso do embaixador Guaicaípuro Cuatemoc
"Abandonemos, ainda que por momentos, o preconceito que se instalou nas nossas cabeças em consequência da maneira como nos foi ensinada a História e apreciemos livremente este assombroso discurso."
Um discurso feito pelo embaixador
Guaicaípuro Cuatemoc, de ascendência indígena, sobre o
pagamento da dívida externa do seu país, o México,
embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade
Européia.
A Conferência dos
Chefes de Estado da União Européia, Mercosul e Caribe, em
Madrid, em Maio de 2002, viveu um momento revelador e
surpreendente: os Chefes de Estado europeus ouviram
perplexos e calados um discurso irônico, cáustico e
historicamente exato.
Eis o discurso:
"Aqui estou eu,
descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos,
para encontrar os que a "descobriram" há 500... O irmão
europeu da alfândega pediu-me um papel escrito, um
visto, para poder descobrir os que me descobriram. O
irmão financeiro europeu pede ao meu país o pagamento,
com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem
nunca autorizei que me vendesse.
Outro irmão europeu explica-me
que toda a dívida se paga com juros, mesmo que para isso
sejam vendidos seres humanos e países inteiros, sem lhes
pedir consentimento.
Eu também posso reclamar
pagamento e juros. Consta no "Arquivo da Companhia das
Índias Ocidentais" que, somente entre os anos de 1503 a
1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos
de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da
América.
Teria aquilo sido um saque?
Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos
faltaram ao sétimo mandamento!
Teria sido espoliação?
Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como
Caim, matam e negam o sangue do irmão.
Teria sido genocídio? Isso
seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de
Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a
arrancada do capitalismo e a actual civilização européia
se devem à inundação dos metais preciosos tirados das
Américas.
Não, esses 185 mil quilos de
ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de
tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao
desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria
presumir a existência de crimes de guerra, o que daria
direito a exigir não apenas a devolução, mas uma
indenização por perdas e danos.
Prefiro pensar na hipótese
menos ofensiva.
Tão fabulosa exportação de
capitais não foi mais do que o início de um plano
"MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da
Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os
muçulmanos, criadores da álgebra e de outras conquistas
da civilização.
Para celebrar o quinto
centenário desse empréstimo, podemos perguntar: Os
irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo
menos produtivo desses fundos?
Não. No aspecto estratégico,
dilapidaram-nos nas batalhas de Lepanto, em navios
invencíveis, em terceiros reichs e várias outras formas
de extermínio mútuo.
No aspecto financeiro, foram
incapazes - depois de uma moratória de 500 anos - tanto
de amortizar capital e juros, como de se tornarem
independentes das rendas líquidas, das matérias-primas e
da energia barata que lhes exporta e provê todo o
Terceiro Mundo.
Este quadro corrobora a
afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma
economia subsidiada jamais pode funcionar, o que nos
obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o
pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente,
temos demorado todos estes séculos para cobrar.
Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a
cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e
sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que
os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.
Limitar-nos-emos a exigir a
devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico
juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300
anos, concedendo-lhes 200 anos de bônus.
Feitas as contas a partir
desta base e aplicando a fórmula européia de juros
compostos, concluímos, e disso informamos os nossos
descobridores, que nos devem não os 185 mil quilos de
ouro e 16 milhões de quilos de prata, mas aqueles
valores elevados à potência de 300, número para cuja
expressão total será necessário expandir o planeta
Terra.
Muito peso em ouro e prata...
quanto pesariam se calculados em sangue?
Admitir que a Europa, em meio
milênio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para
estes módicos juros, seria admitir o seu absoluto
fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos
conceitos capitalistas.
Tais questões metafísicas,
desde já, não nos inquietam a nós, índios da América.
Porém, exigimos a assinatura de uma carta de intenções
que enquadre os povos devedores do Velho Continente na
obrigação do pagamento da dívida, sob pena de
privatização ou conversão da Europa, de forma tal, que
seja possível um processo de entrega de terras, como
primeira prestação de dívida histórica..."
"Quando terminou seu discurso
diante dos chefes de Estado da Comunidade Européia,
Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese
de Direito Internacional para determinar a verdadeira
Dívida Externa...."
P.S. "Quando a Bolívia se tornou
independente em 1825 (Simon Bolivar) foi calculado que até
aquela data tinham sido tirados 35 milhões de quilos de
prata"
Pepe
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Via Avante
4ag2016
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Via Avante
4ag2016
México
O México e a Austrália concordaram em estabelecer mecanismos de aproximação para incrementar o comércio, atrair investimentos, fortalecer os intercâmbios na área da educação, promover o turismo e continuar a combater o crime organizado.
O anúncio, no início desta semana, foi feito durante a visita oficial do governador-geral da Austrália, Peter Cosgrove, ao México, a primeira deslocação deste tipo e que se inscreve no 50.º aniversário das relações diplomáticas entre os dois estados.
O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, recebeu o visitante e revelou que foi acordado impulsionar o diálogo político a todos os níveis para promover as trocas económicas, assim como continuar a trabalhar visando a integração das economias do Pacífico. Especificou que o México aproveitará «todo o potencial de cooperação» e enviará mais investigadores para a Austrália, em sectores como o meio ambiente, a educação, a inovação, a ciência e a tecnologia.
Do seu lado, Cosgrove assegurou que a Austrália é uma nação próspera, amigável e aberta, pelo que procura com o México mais investimento e comércio.